O reino de Zália

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Pub Date Oct 04 2018 | Archive Date Nov 05 2018

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Description

No primeiro livro de fantasia de Luly Trigo, uma princesa se vê obrigada a assumir o governo do país em meio a revoltas populares, intrigas políticas, conflitos familiares e romances arrebatadores.


Por ser a segunda filha, a princesa Zália sempre esteve afastada dos conflitos da monarquia de Galdino, um arquipélago tropical. Desde pequena ela estuda em um colégio interno, onde conheceu seus três melhores amigos, e sonha em seguir sua paixão pela fotografia.
Tudo muda quando Victor, o príncipe herdeiro, sofre um atentado. Zália retorna ao palácio e, antes que possa superar a perda do irmão, precisa assumir o posto de regente e dar continuidade ao governo do pai. Porém, quanto mais se aproxima do povo, mais ela começa a questionar as decisões do rei e a dar ouvidos à Resistência, um grupo que lidera revoltas por todo o país. Para complicar a situação, Zália está com o coração dividido: ela ainda nutre sentimentos por um amor do passado, mas começa a se abrir para um novo romance.
Agora, comprometida com um cargo que nunca desejou, Zália terá de descobrir em quem pode confiar — e que tipo de rainha quer se tornar.

No primeiro livro de fantasia de Luly Trigo, uma princesa se vê obrigada a assumir o governo do país em meio a revoltas populares, intrigas políticas, conflitos familiares e romances arrebatadores.


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Available Editions

ISBN 9788555340734
PRICE

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Featured Reviews

Luly Trigo tem uma escrita leve que nos transporta totalmente para o universo que ela cria e em "O Reino de Zália" temos uma fantasia contemporânea que mostra a força feminina com uma linguagem simples e cativante. Um conto de fadas moderno, juvenil, e com um enredo que trabalha fortes temas sociais.



Apesar de pertencer à família real de Galdino, Zália foi criada longe de tudo que envolvesse a Coroa, em um internato no qual conheceu seus três melhores e inseparáveis amigos. Por ser a segunda na linha de sucessão do trono, ela tem sonhos que não envolvem ser da realeza: fotografia e viajar o mundo. A responsabilidade de comandar o reino quando seu pai se for pertence ao seu irmão Victor, que é o atual príncipe regente.
"Não quero imaginar no que minha vida vai se transformar, mas é difícil evitar quando meus sonhos estão gritando 'socorro' dentro de mim."
Porém, a vida dela muda quando seu irmão sofre um atentado que o leva a morte e ela precisa assumir o seu lugar. Ainda em choque, Zália volta para o palácio para continuar o trabalho que Victor vinha realizando ao lado do pai. Assim é cercada por pessoas que a apoiam e a mostram como a administração de Galdino funciona. Quanto mais Zália estuda e conhece a realidade do povo, percebe que algo está errado e a visão que tinha sobre a Resistência, um grupo que cria protestos pelo país e que pode ser responsável pela morte de seu irmão, começa a mudar.

Cercada por tantas responsabilidades ela não sabe como agir diante de tanta pressão, tanto do seu pai quanto do povo. Sua nova e inesperada função traz também o grande amor de infância dela, surgindo para assombrar seu coração, ficando mais próximo do que ela gostaria e pior: ele aparece quando Zália finalmente se abria para um novo romance.

/mais no blog De Cara Nas Letras

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Estava curiosa para ler este livro, pois já tinha lido comentários sobre ele e acompanhei a Luly na Bienal deste ano. Aliás conheci a Luly na Bienal retrasada, então uma jovem acompanhada pela mãe, que começava a se destacar e já chamava a atenção pelo talento. Talento este que fica sedimentado e comprovado neste livro simplesmente delicioso!
Há tempos um livro de fantasia não me prendia tanta a atenção. Qualquer momento livre que eu tinha, eu corria para o Kindle para ler mais um pouco deste universo mágico que a Luly criou.
O Reino de Zália é um conto de fadas, uma fantasia deliciosa, que lembra a Seleção, mas que é muito peculiar e diferente. O livro é fofo, os personagens são carismáticos e humanos. Luly encontrou um tom muito bom para compor este universo especial.
Zália é uma princesa pé no chão, sensível e bacana, que estuda num colégio interno. Têm três amigos inseparáveis, Julia, Bianca e Gil. Mariah, a mãe de Julia e sua professora também tem um papel importante na história, ajudando no seu processo de amadurecimento. Após a morte trágica do seu irmão, que acontece logo no início da trama, vê sua vida transformada da noite para o dia. É preciso assumir o trono, amadurecer e se comportar como uma regente. Segredos, mentiras e conspirações também fazem parte do enredo. Luly aborda ainda o relacionamento de Zalia com seus pais.
Zália é uma heroína forte e ao mesmo tempo terna, doce, amiga, madura e com arroubos próprios de uma jovem de 17 anos. Idealista, luta pelo que julga ser certo e é destemida e corajosa. Luly destaca a moda na trama e eu adorei as passagens que descrevem as roupas usadas por Zália, assim como o papel das redes sociais na sua vida. Para completar, Zália encontra e adota uma cachorrinha fofa, adoro personagens caninos nas tramas.
Claro que não poderia faltar romance e aqui teremos um triângulo amoroso. Zália é apaixonada por Enzo, amigo do seu irmão e ao que tudo indica um amor impossível. Enzo é um moço correto, honesto e lindo. Por outro lado, seu coração também balança por Antônio, que trabalha com seu pai e parece ser um homem muito interessante. Quem ganhará o amor da nossa heroína? Não vou contar, mas te adianto que desde o início torci por um dos dois mocinhos!
A trama tem um ritmo muito bom, Luly explora temas atuais como política, corrupção, vinculados a outros clássicos como amizade, valores e princípios. Devorei este livro e terminei a história morrendo de saudades dos personagens. Tomara que tenha continuação.

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*Eu recebi uma cópia eArc do NetGalley e da Companhia das Letras em troca de uma resenha honesta. Obrigada*

Soube do lançamento de O Reino de Zália através da própria autora, Luly Trigo, durante a Bienal do livro SP 2018. Apesar de ter outros livros da autora na minha estante, essa foi o meu primeiro contato com um romance escrito pela Trigo. Até agora, só havia lido o conto As Valentinas, uma das primeiras histórias escritas pela autora.
Quando vi que a Editora Companhia das Letras estava disponibilizando a leitura prévia do livro através da plataforma NetGalley fiquei muito empolgada com a possibilidade de leitura. Fiz a solicitação do livro e fiquei bem feliz em ter sido aprovada para ler antes do lançamento.
O Reino de Zália irá contar a história da princesa Zália, uma típica menina de 17 anos cursando o último ano do Ensino Médio. Ela vive em um internato desde o inicio da adolescência e seu sonho é se formar e poder se dedicar a fotografia, que é a sua grande paixão. Mesmo sendo da realeza, ela não tem as responsabilidades que o seu irmão Victor, herdeiro direto e príncipe regente, possui. Zália cresceu longe do reino e sem conhecer a fundo como as coisas funcionam. Porém, tudo isso muda quando o seu irmão morre, vítima de um atentado. Zália vê o seu mundo se transformar totalmente, de repente.
A princesa precisa assumir o lugar do irmão, já que seu pai por motivos de saúde não pode reinar o país. Zália nunca foi preparada para se tornar uma regente (e futura rainha) e se vê totalmente perdida sem saber muito bem o quê fazer e como fazer. Conforme ela vai conhecendo o funcionamento do reino e da regência, ela começa a se inteirar dos problemas que estão acontecendo no seu país. O povo está insatisfeito há muitos anos com a maneira que os últimos reis estão governando a nação, a Resistência, que é um grupo que luta por melhorias em Galdino, está questionando o papel da coroa no país e é suspeita por trás do atentado que matou o príncipe regente. Zália diverge do pai em muitas questões referentes ao reino e quer entender porque vê tantas inconsistências nos discursos dos governantes e nas reais necessidades da população. Com tudo isso ela decide investigar o que de fato está acontecendo, mas essa investigação revela muito mais do que Zália pode imaginar.

O mundo criado em O Reino de Zália
Todo o universo criado pela Luly Trigo em O Reino de Zália é fictício, porém bem verossímil. Eu não sou muito ligada na temática de reinados e coroas, reis e rainhas, da maneira bem tradicional que conhecemos. Mas falou de realeza nos moldes mais modernos, como o modelo britânico, eu já gosto mais. Acho que foi por causa disso que eu me interessei tanto pela história. A Luly não só criou o país Galdino como também, sua história e formação e achei bem legal os nomes que ela usou para descrever os lugares e regiões. Eles são tipicamente brasileiros o que, para mim, dá proximidade com a leitor. E isso pode ser notado no mapa-pôster de Galdino que vem como brinde para aqueles que compraram o livro na pré-venda. Ele consegue mostrar geograficamente o mundo idealizado pela autora.

Temas abordados
Uma grande surpresa para mim foram os assuntos presentes nessa história. Um livro que irá falar sobre política, corrupção, desigualdade social não é o tipo de livro esperado para o público jovem. Porém, a Trigo retrata sobre esses e tantos outros temas de uma forma que não fica pedante, cansativo, nem raso. Ela consegue fazer o leitor pensar e refletir sobre a sua própria realidade, sobre a sociedade em que vive. Mesmo que não toque diretamente, mas uma sementinha da reflexão ela consegue plantar na cabeça do leitor. Vi tantas semelhanças nas questões políticas e sociais brasileiras, que deixaram um sorriso no rosto enquanto lia. Dentro de mim, tinha uma vozinha que torcia “Isso, garota! Manda ver!”Acho muito importante temas como esses (e tantos outros) presente em livros voltados para o público jovem pelos mais diversos motivos.
O tema família também está presente no livro. Apesar de viver praticamente boa parte de sua vida no internato, Zália é muito ligada a família. Os personagens da mãe e, principalmente, do pai estão constantemente em foco e tem papéis fundamentais na construção de todo o enredo.
Claro que há romance no livro, mas não é algo que norteia a história. Tem um triangulo amoroso e o leitor fica dividido em qual casal shippar. Senti falta de um romance paralelo com outros personagens, mas acho que essa não era bem a intenção da autora. Teve algumas situações românticas que poderiam ter sido cortadas porque achei que não acrescentavam muita coisa para o enredo central, o que deixou o livro um pouco arrastado.

Os personagens em O Reino de Zália
Gostei muito da construção dos personagens e na forma como eles evoluem ao longo do enredo. Não achei que haviam personagens demais ou de menos. Acho que na medida certa. Os amigos de Zália apesar de serem bem construídos, eles podiam ter tido um pouco mais de voz ativa na história. Teve momentos que fiquei incomodada com o comportamento da Zália com a amiga Júlia. Estava me dando nos nervos os ataques de princesa mimada que ela estava tendo.
Me apaixonei pelo Enzo (desculpa Antonio, mas não fui com sua cara!). Fiquei idealizando-o a cada cena que aparecia. Doce, apaixonado e super profissional nos seus deveres como guarda real. Antonio tem um charme, mas não o tipo que me agrada. Eu quero debater mais sobre essa parte romântica do livro mas tenho medo de dar um baita de um spoiler e arruinar as experiência dos futuros leitores.
Falando agora da Zália, a nossa protagonista. Ela é uma personagem carismática que conquista logo de cara. É uma menina que se encontra em uma posição delicada tendo que se tornar adulta de forma muito abrupta. Esse processo é complicado porque ela ainda é uma garota, cheia de sonhos, querendo conhecer o mundo, mas de repente precisa assumir o papel de soberana e governar um reino no qual mal sabe seu funcionamento. O leitor consegue notar o seu crescimento. O livro começa com uma princesa que vive em sua bolha, em seu pequeno mundo, mas que ao longo da história vai deixando suas inseguranças de lado para poder ser justa com o seu povo. Ela não é uma personagem forte que passa por um amadurecimento forçado e se torna uma personagem forte, diferente e destemida. É uma pessoa comum (não tão comum assim já que se trata de uma princesa), que se descobre mais do que imaginava ser. Claro que em muitas partes podemos ver o lado jovem, ingênuo e inexperiente de Zália em algumas situações, mas acho que é exatamente isso que deixa ela ser tão real. Acho que é mais uma descoberta de si e do seu potencial que está em evidência nessa personagem.
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Um dos pontos que mais me encantaram na leitura, foi no primeiro evento que Zália teve como princesa regente, na parte sobre o vestido (não é spoiler, tá bem no início). Acho que foi aí que o livro me conquistou de fato. Eu me vi tão envolvida com a leitura e tão maravilhada de uma forma que não sei explicar. Eu ia lendo e ia sentindo tudo que os personagens estavam vivendo ali. Depois desse capítulo fiquei pensando como teria sido ler esse livro aos meus 15, 16 anos! Com certeza a experiência teria sido bem mais intensa do que foi.
Ainda não tive contato com a obra física. O meu exemplar foi solicitado na pré-venda, antes mesmo de ter a oportunidade de ler o eArc. A capa é muito bonita e chama bastante atenção com o vestido azul com os detalhes do bordado. Haviam poucos erros de revisão e a diagramação provavelmente irá seguir as características da editora. Eu li no kindle o que atrapalha um pouco avaliar nesse quesito.
O Reino de Zália é uma história que irá agradar públicos de todas as idades, mesmo sendo um livro voltado mais para o público jovem. Acho que todos irão se deliciar com a escrita da Luly Trigo e com a história da Princesa Zália.

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Zália é uma jovem princesa de 17 anos que tem a sua vida virada de cabeça para baixo ao assumir a regência de Galdino. Ela foi criada longe dos problemas da realeza, estudava em um internato e lá conheceu seus amigos, as coisas iam muito bem, até que seu irmão sofre um atentado e ela precisa entrar em seu lugar. O rei, seu pai, não está bem de saúde e precisa de um regente, ele explica que Zália terá um posto de fachada, ele continuará comandando e ela apenas assinará os papeis e aparecerá em eventos.

Mas não é bem o que acontece, quando Zália se envolve com as questões políticas ela percebe que algumas coisas não estão certas e começa a questionar as atitudes de seu pai. Se por um lado o rei é rigoroso, por outro lado a mãe de Zália lhe dá total apoio e diz para a filha fazer aquilo que achar ser o certo, ainda que para isso deva ir contra o próprio pai. Há muitos anos a população de Galdino está insatisfeita com a coroa, a resistência quer melhorias para o povo e rei parece não enxergar a situação crítica na qual a população se encontra. Quando Zália assume o poder há uma clara divisão de opiniões.

As pessoas não esperavam que houvesse mudança e se surpreendem quando Zália chega com novas propostas. Ela quer ouvir os dois lados, já conhece a opinião do rei e precisa ver o que exatamente a resistência está pedindo, tudo o que chega ao seu conhecimento é mídia manipulada, então ela vai atrás da verdade. A jovem regente quebra todos os protocolos e deixa os mais conservadores preocupados, mas a população vê nela a esperança.

Zália faz suas próprias investigações e conta com a ajuda de pessoas de sua confiança, o que ela e sua equipe descobrem a deixa revoltada. A situação de Galdino está crítica, o serviço público é precário, a saúde é um caos, a educação é vergonhosa, até a merenda das crianças está em falta. Zália não pode permitir que isso continue e quer dar um basta. Porém, não é fácil combater a corrupção, são muitas pessoas que ganham com o desvio de dinheiro e elas não vão deixar Zália acabar com o esquema.

Enquanto ainda está se acostumando à nova vida e tentando colocar Galdino em ordem, Zália também enfrenta um dilema em seu coração. Ela sempre foi apaixonada por Enzo, ele foi o seu primeiro e único amor, mas também foi quem partiu o seu coração. Quando ela volta ao palácio Enzo deixa claro que não há mais anda entre os dois. Em contrapartida, Antônio (assessor político) se aproxima cada vez mais e Zália resolve dar uma chance a ele, mas fica dividida entre os dois.

Zália precisa ser forte para enfrentar todas as consequências de seus atos, seja na vida amorosa ou na política, nenhum outro membro da família real fez o que a jovem princesa está fazendo e isso é perigoso. Se a população está gostando, os governantes não estão. Tem muita gente que pode ir presa com a investigação de Zália. O rei toma providências para colocar um freio na filha, mas ela não vai parar. Zália vai lutar para defender o seu povo, custe o que custar.

Minha Impressão
O Reino de Zália vai além de um simples romance para jovens, é um livro que nos leva a pensar e desperta no leitor um senso crítico. Luly Trigo construiu um enredo encantador e envolvente, a autora levanta questões importantes e atuais e faz isso com maestria. Na trama nós temos muitas informações que podem ser ou não verdadeiras e a Luly as desenvolve de uma maneira que faz o leitor pensar por si próprio para descobrir quais são as certas.

Zália é uma personagem apaixonante, forte e decidida. No começo eu não acreditei no que ela era capaz e fiquei extremamente feliz em descobrir o quanto eu estava enganada sobre ela. Terminei a leitura orgulhosa dela! Quer empoderamento feminino? Aqui tem. Quer representatividade LGBT? Tem também. Os personagens secundários dão um show e trazem à trama ainda mais qualidade. Sobre Enzo e Antônio não dá para falar muito para não correr o risco de deixar algum spoiler, mas digo uma coisa, eu estava certa desde o início, um deles não é confiável.

Mesmo tendo amado demais o livro, alguns momentos ficaram um pouco cansativos devido ao excesso de detalhes que não eram necessários. Outra coisa que me incomodou no começo foi a Zália ter colocado seus amigos como conselheiros, eu entendi que ela queria se cercar de pessoas confiáveis e de gente da sua idade, mas não os vi tendo lá grande serventia para ela nessa função ao decorrer da trama, o Gil foi quem mais colaborou ao comandar a equipe responsável pelas redes sociais, mas nem tanto assim.

A política é bem explorada no livro, através de uma linguagem atual a autora fala diretamente aos jovens, mas é uma obra para todas as idades, para todos os públicos. O que vemos na obra é o retrato do Brasil, livros assim são cada vez mais necessários e sou grata porque a Luly Trigo escreveu uma obra tão completa. É preciso ter respeito pelo próximo, você pode não concordar com a opinião do outro, mas deve respeitá-la.

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O livro O reino de Zália, da autora brasileira Luly Trigo, só vai ser lançado no mês que vem, porém recebemos uma prova do livro para lermos antes de todo mundo! Yaaay! :D Adoro conhecer autores brasileiros e tendo princesas fico ainda mais animada… E esse é um livro MUITO importante para o momento político em que nós estamos vivendo agora.

Zália é a segunda herdeira do trono de Galdino, e por isso, quem assume o reino caso algo aconteça com o pai é o seu irmão mais velho, Victor. Desde pequena ela estuda em um colégio interno e por isso é criada afastada do palácio e de quase todos os eventos da monarquia. Porém o rei já estava com a saúde debilitada e quem assume o posto é Victor… Até que ele sofre um atentado e não sobrevive. A única pessoa que pode continuar com o trabalho do atual rei é Zália, mesmo não sendo preparada para tal função. Só que nem todo mundo concorda com as atitudes do rei, e conforme Zália vai aprendendo mais sobre A Resistência, um grupo que quer mudanças na monarquia, ela fica mais ainda na dúvida sobre o que é certo e o que é errado…

O reino de Zália é um livro muito bom pela discussão política que ele traz para um público jovem adulto. Sim, Galdino (que é um arquipélago tropical) não existe, mas os problemas que essa monarquia enfrenta reflete o de vários países, incluindo o Brasil. Os problemas com a população mais pobres, desvio de dinheiro, roubos… É tudo o que tem no nosso dia a dia. Eu achei brilhante como a autora resolveu tocar nesse tema: sem querer “dar uma lição de moral” e sim discutir, alertar. Porém, a leitura foi arrastada e eu vou tentar explicar o motivo disso (sem spoilers!)

O inicio do livro – quando conhecemos os personagens e Galdino – foi muito interessante, assim como os desdobramentos do final. Porém, o desenvolvimento do enredo foi muito lento. Uma grande parte do livro é a Zália descobrindo que os seus conceitos não são corretos, o que é importante para o crescimento da personagem. Porém o final ficou muito corrido quando analisamos o enredo como um todo. O final é tão interessante quanto o início porque ele mostra a protagonista agindo com todas as informações que ela conseguiu. E tem sim algumas consequências drásticas mas tudo pareceu muito… Fácil. Eu não posso explicar muito porque teria que dar spoilers porém um sistema que funciona muito tempo da mesma forma não é desmontado assim de um dia para o outro. Sim, fica subintendido que o reino ainda tem um longo caminho pela frente e talvez uma revolta maior pode ter acontecido depois do ponto que o livro terminou… Porém eu acabei com a sensação de que foi mais difícil pra Zália entender e aceitar o que estava acontecendo do que para conseguir por seus planos em prática.

Um ponto interessante desse livro é que, enquanto livros para essa faixa etária tendem a esquecer os pais, eles são extremamente importantes aqui. Eu adorei o desenvolvimento tanto da mãe (aliás, principalmente dela) quanto o do pai – eles não são perfeitos, longe disso, mas eles são importantes para Zália de formas diferentes. E no caso da mãe, esses conflitos foram muito mais interessantes do que o triângulo amoroso. É interessante que o triângulo amoroso está presente mas não como se fosse uma “obrigação” por causa da faixa etária – ele tem uma importância para o enredo em si. Eu só fiquei sentindo falta de um desenvolvimento um pouco maior dos sentimentos dos personagens mas talvez, se isso acontecesse, ofuscaria um pouco a parte mais importante do enredo.

Enfim, O reino de Zália é um livro bastante interessante por tratar exatamente de política para um público mais jovem e principalmente falando a linguagem dele. Ele é um daqueles livros que apesar dos problemas que eu citei eu o coloco sem dúvidas na lista “todo mundo deveria ler”. Esse lançamento veio exatamente no momento certo para o nosso país. Eu acho que muito dos problemas que nós temos vem do fato que as pessoas não leem – e com isso não desenvolvem pensamento crítico e nem conseguem se colocar na pele de pessoas em situações diferentes da sua. Eu já mudei de opinião de vários assuntos por causa de livros que eu li… E, sinceramente, essa é uma das coisas que falta nesse país.

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Uma história jovem, autêntica e gostosa de ler. Tudo que precisamos para entender a politica nos dias de hoje, e ainda shippar muito a Zália com seus dois amores.

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Esse foi meu primeiro contato com a escrita da Luly trigo e foi uma experiência bem gostosinha, apesar de, durante a leitura, chegar a conclusão de que realmente não me encaixo no público alvo do livro ou no grupo de pessoas por quem ele será mais bem aproveitado. Isso, porém, não tirou o prazer de conhecer a história e por isso resolvi compartilhar minha opinião com vocês.

No mesmo estilo de escrita de Kiera Cass, em sua construção da trilogia A Seleção, temos aqui uma história leve, com uma protagonista jovem, triângulo amoroso, amigos inseparáveis e, a parte que diferencia a narrativa de todas as outras no estilo, um contexto político familiar. O reino é Galdino, mas se o Brasil vivesse uma monarquia, seria bem aqui que a trama se passaria.

Se você é adulto ou adolescente, espero eu, está inteirado com a situação complicada em que estamos metidos. Corrupção pra todo lado, desvio de dinheiro, novas leis trabalhistas, aumento de impostos… Pois bem, Luly Trigo pega tudo isso e coloca no colo de Zália pra resolver, já que vai ter que assumir o poder.

Tirando a parte ilusória onde tudo parece muito fácil, de forma geral, achei que a inserção desses elementos dentro de uma trama que deve conversar melhor com um público saindo do infantojuvenil e adentrando o young adult, tem muito a agregar, pois trará uma percepção “indolor” de algo que precisamos estar atentos e que, na maioria das vezes, não chega a ser assunto dentro da faixa etária, que cresce alheia aos problemas que os cercam, ou são levamos a acreditar nas mesmas crenças políticas de seus familiares, sem a oportunidade de descobrir pelo que realmente quer lutar.

Como eu falei, é uma ilusão achar que na vida real as coisas vão se revolver tão fácil, mas vale a mensagem de esperança que Zália propõe no livro, como alguém disposta a mudar, a consertar e a fazer melhor. Afinal, isso é o que gostaríamos de ter em nossos políticos.

Em paralelo com isso, temos essa jovem buscando a aprovação do pai, ainda rei, dos amigos que vão ajudá-la como podem e, claro, o triângulo amoroso que, para uma leitora calejada que nem eu, o problema estava estampado na primeira linha. Entretanto, como muitas vezes comento quanto vou ler um livro mais jovem, ao perceber que é essa a situação, eu visto a minha “capinha imaginária” de uma Tamirez de 15/16 anos, que estaria lendo a história em uma outra época.

Dada a minha experiência divertida com A Seleção, que fora o estilo de narrativa não compartilha mais muita coisa com a trama de Trigo (não tem uma seleção de garotas pra ver quem vai ser a princesa, ok? nem um príncipe bonitão, porém talvez tenha um guarda – ohhh), e o sucesso que a série fez por aqui, acho que a autora vai atingir um público interessante, desde que o direcionamento da história seja feito de forma correta, já que não acho que surpreenderá leitores mais adultos, pela simplicidade e clichês presentes na história.

A autora também dá uma arriscada nas questões de diversidade, mas é bem raso, assim como toda a questão da Resistência. Não há profundidade em nenhum âmbito da trama. Em contra partida, temos muitas personagens femininas que tem papel importante no livro, o que é sempre bom de se ver, principalmente em uma “monarquia”. E, vale dizer, que de “fantasia” o livro tem só o cenário inventado, porque não há nenhum elemento mágico ou realmente fantástico.

Mas, me surpreendi positivamente com a sutileza com que a autora inseriu as questões que marcam o nosso cenário, entre os problemas que Zália vai enfrentar. É de certa forma educativo e isso é sempre algo bacana, mesmo que disfarçado entre outras questões. Por isso, mesmo não tendo encontrado nada novo em relação ao arco ou grandes plot twists, tive uma experiência positiva e acho que é uma boa leitura para os jovens que ainda estão adentrando o mundo da literatura ou ainda não querem se aventurar em histórias mais complexas. Pra quem procura um livro ao estilo conto de fadas que tem algo a acrescentar fica aqui a opção nacional, nessa nova aventura da autora.

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Em O Reino de Zália, primeiro livro de fantasia de Luly Trigo, Zália é a segunda na linha de sucessão no trono de Galdino. Ela sempre passou a vida sendo a filha que ficaria longe dos holofotes e das principais responsabilidades reais. Tudo o que mais queria era se formar no ensino médio, cursar fotografia e sair pelo mundo registrando momentos especiais. Porém, as coisas não saíram nada do jeito que Zália planejava.

A princesa nunca pensou em assumir o trono, mas no dia em que Victor, seu irmão, príncipe e regente de Galdino, sofre um atentado que acaba acarretando sua morte, a menina se vê cada vez mais longe de concretizar seus planos de ter uma vida quase normal.

Entretanto, quando percebe que seu pai não acredita na sua competência para ser regente até a renúncia dele, Zália fica tentada a provar que ela dá conta do recado e muito bem. Ela só não esperava que enfrentaria tantas mudanças e desafios de uma só vez: começando com a troca de toda a sua equipe e a volta de um amor do passado mal resolvido literalmente fazendo guarda em sua porta.

Pouco a pouco, enquanto tenta descobrir a verdade sobre a morte de Victor e qual a ligação da Resistência (grupo de rebeldes inconformados com a gestão da Coroa) com isso, a garota começa a perceber que o mundo -- o país -- que ela achava ser perfeito, não passava de uma ilusão e que nem tudo que lhe fora contado como verdade de fato era.

Em meio a mentiras e intrigas, Zália terá que decidir onde e em quem deverá colocar sua confiança tanto nas questões profissionais quanto nas pessoais e por onde deve começar a mudança para satisfazer o seu povo.

Por muitas vezes com um pé no mistério, eu fiquei fascinada tanto com a escrita da Luly Trigo quanto com a fluidez do enredo (principalmente nas tarefas mais “burocráticas” do governo de Zália que foram tão bem explicadas e sem rodeios que não ficaram chatas em nenhum momento). É uma história sobre amizade, sobre amor, sobre empoderamento e sobre família. O conjunto perfeito na medida certa.

O Reino de Zália é uma leitura bem leve, mas enriquecedora que nos mostra o verdadeiro valor da amizade, que nada é difícil quando estamos ao lado das pessoas que amamos e confiamos e, principalmente, que não precisamos ser uma princesa ou uma rainha para começarmos a mudar o mundo. Podemos ser tudo o que quisermos ser ainda que nos digam que não estamos aptos ou que não somos os melhores para fazer algo, basta acreditarmos em nós mesmos.

"Não existe liberdade sem aqueles que amamos por perto." - Zália

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