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IT: a coisa

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It foi um livro que sempre me assustou com seu tamanho, mas a convite da Suma acabei recebendo o pontapé para iniciar esse camalhaco, e através da leitura coletiva organizada por eles eu pude conhecer essa história incrível, e agora mal posso esperar para assisti os dois filmes e comparar com a história.

It conta a história de um grupo de amigos de Derry, o clube dos otarios, sete jovens que acabaram se encontrando e se unindo em suas peculiaridades, e principalmente se unindo por terem presenciado aparições bizarras, coisas que aparentemente os adultos não conseguem ver.

Derry é uma cidade amaldiçoada, aparentemente a cada 27 anos uma coisa aparece e o número de crianças desaparecidas aumenta drasticamente, mas também há um véu, que impede que as pessoas realmente reparem nessas bizarrices que acontecem a cada ciclo.

Mas quando o irmão de Bill, Georgie, morre, parece o início de um novo ciclo da coisa, e os otarios acabam se unindo para tentar entender o que é a Coisa é como derrota-la. Mas será que sete crianças irá conseguir acabar com essa criatura sobrenatural?

It foi uma litura bem densa, que me encheu de medo em vários momentos, mas que no fim mostrou algo além do terro: a capacidade que as crianças têm de acreditar, de se unir, e como isso é poderoso.

O livro mescla passado e presente, onde vamos acompanhar como o clube dos otarios está 27 anos depois da primeira aparição, e a medida que eles vão se lembrando do seu passado, vamos conhecendo o que aconteceu quando eles eram crianças, como se uniram e como foi o confronto final com a Coisa.

Foi uma leitura muito agradável, e que recomendo muito a vocês, porque por mais que tenha demorado um pouquinho de tempo, e tenha tido uns sustinhos no decorrer da leitura, a mensagem final foi extremamente gratificante

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“It: A coisa” é um livro grande, realmente grande. Com mais de 1.100 páginas e dividido em 5 partes, a 1º parte é realmente uma grande introdução e ambientação de todo cenário do livro e da história que virá a seguir. Somos apresentados a George Denbrough, um garotinho de 6 anos, que em um dia de chuva, sai para brincar com seu barquinho de jornal feito por seu irmão mais velho, Bill, pelas ruas da cidade de Derry, no Maine (Sim, King gosta de ambientar seus livros no estado!). O que acontece é algo tão assustador que o próprio garotinho acredita ter saído de seus pesadelos: um palhaço está na galeria de esgosto subterrânea e resgatou seu barquinho, levado pela correnteza – mas o palhaço, na verdade, mata George de um jeito que mistura terror puro com gore, arrancando o braço do pequeno. Isso tudo se dá em 1957.

O livro então salta para o ano de 1984, ano no qual os acontecimentos “no presente” se desenrolam. Damos de cara com um assassinato horrendo de Adrian Mellon, que estava simplesmente passeando com seu namorado e foi brutalmente espancado e jogado de cima de uma ponte. Mas, para incredulidade dos investigadores, um dos assassinos diz ter visto um palhaço lá embaixo e que havia sido esse palhaço que realmente matou Adrian. Claro que ninguém leva a sério a confissão, já como era obvio que o homem morrera da queda – mesmo o namorado de Adrian dizendo que também viu a sinistra figura desse palhaço. Dai sim, somos apresentados aos personagens principais do livro: William “Bill” Denbrough, um escritor e roteirista casado com uma beldade do cinema e que está na Inglaterra, que sofreu anos por sua gagueira quando criança; Richie Tozier, com seus óculos e seu cérebro rápido para ótimas tiradas que se tornou um locutor de rádio de bastante sucesso em Los Angeles; Eddie Kaspbrak, que se casou com uma cópia de sua mãe, a quem viveu sempre dominado quando os eventos em 57/58 aconteceram mas que encontrou certo conforto sendo motorista de celebridades e ricos em New York; Ben Hanscom, um arquiteto de sucesso que vive basicamente solitário e sem ninguém, era terrivelmente gordinho quando criança; Stanley Uris, que é o judeu do grupo e sofreu bastante bullying com isso, se casou com uma mulher que ama e se tornou rico, mas não conseguem ter um filho; Beverly Rogan, outrora Marsh; a única garota do grupo, com seus cabelos ruivos e um corpo incrível, que se tornou modelista e está em um casamento abusivo, replicando o mesmo relacionamento que tinha com seu pai quando criança e no início de sua adolescência; e, por fim, temos Mike Hanlon, bibliotecário e único que continuou a morar em Derry e que sofreu tanto bullying quanto todos seus amigos.

Mike é o catalizador de tentar reunir seus amigos porque justamente foi o único a continuar a morar em Derry e se lembrar de tudo que aconteceu entre os anos de 57 e 58. Ele começa a ligar para todos seus outrora amigos, sendo que alguns nem ao menos se lembram dele até ele mencionar a cidade, já como a maior parte das pessoas parece simplesmente esquecer o que acontece na cidade quando se afasta de lá. Todos amigos começam a se lembrar a medida que a conversa com Mike vai acontecendo no telefone, e todos decidem que vão voltar a cidade devido a uma promessa que fizeram quando tudo aconteceu: que voltariam se tudo voltasse a acontecer. Bem, tudo estava voltando a acontecer e Mike estava anotando tudo, rezando para não precisar contatar seus antigos amigos, o que obviamente não aconteceu como ele esperava. Todos cumpriram sua palavra, encontrando um jeito de voltar para Derry, deixando seus conjugues e suas vidas em pause – menos Stanley.

Mesmo ainda no começo, já deu pra sentir que o coração de “It: A Coisa” é o relacionamento entre os amigos e o valor da palavra que eles deram ainda no começo de suas vidas, todos decididos a retornarem para o seu pior pesado e da cidade que tanto tentaram fugir há mais de 25 anos atrás. Se fica fácil entender o fascínio que o livro provoca há 3 décadas em todos leitores: é a amizade formada entre essas crianças sofridas e traumatizadas que faz a narrativa lhe prender. Por diversas vezes me peguei entendendo a pureza dos sentimentos dos personagens uns pelos outros, no alto de seus 11, 12 anos e da forma como eles se tornaram amigos. Como Ben, um garoto tão solitário começa a se aproximar de Bill e Eddie, que já eram grandes amigos, como Bev, tão traumatizada com seu pai encontra consolo na amizade do grupo que lhe faz ter certeza de que ela não está ficando louca; como Richie, com sua boca frouxa, encontra amigos o suficiente para rirem de suas piadas e como Stan se encontra entre eles. Fatos sobrenaturais começam a acontecer com essas crianças, que entendem rapidamente que estão lutando contra algo muito maior do que eles.

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Vamos iniciar essa resenha explicando que Pennywise é apenas uma das formas do ser chamado "a Coisa". Ao longo da narrativa lemos várias de suas formas; a prioridade é aquilo que mais se teme.

Apesar de alguns fãs de Stranger Things forçarem a barra acusando It de plágio, por causa do filme, esse livrão foi publicado em 1986. O enredo começou a ser desenvolvido em meados dos anos 70, e ele só finalizou em 85. Não é a única história de King a reunir um grupo de amigos metidos em terríveis mistérios. Quem teve uma infância cinéfila marcante, nos anos 80/90, deve lembrar muito bem de Conta Comigo, também baseado em uma de suas histórias.

A produção de It é cercada por certas polêmicas. Uma delas é o vício do autor da época, que o levou a uma certa viagem ao compor algumas cenas deste livro, inclusive uma bem polêmica. Há umas partes bem fumadas sim, principalmente pelas páginas finais. E acredito que seja um dos seus livros mais prolixos - comparando com os meus lidos. Até porque estamos lendo um documentário sobre uma cidade que, certamente, precisaria chamar os Winchester pra salgar o solo. Nem a sensitiva do Gugu no Carandiru aguentaria.

Ah sim! It deveria se chamar "Derry - Um Documentário Maligno" ou algo do tipo. Não tem nada de agradável no passado desse lugar, nem no presente, e seu futuro soa duvidoso. O ódio sempre predominou em cada ação da grande maioria de seus moradores. Desenvolvida como uma cidade fictícia instalada no Maine, há muita liberdade criativa envolvida. A narrativa é dividida em cinco partes, interlúdios e epílogo. Além de termos consciência, nas primeiras páginas, que há um personagem "escrevendo" os acontecimentos.

A primeira parte inicia em 1957 e, neste ano, foca apenas nos irmãos Denbrough. Bill está de cama, enquanto o irmão caçula parece bem animado com a preparação de um barquinho. Derry está lidando com uma tempestade, e parece que a cidade não lida bem com as chuvas. Mesmo assim o pequeno George é corajoso demais para sair e brincar. É quando ele conhece Bob Gray, ou simplesmente Pennywise - O Palhaço Dançarino, que está escondido no esgoto. E é assassinado.

Depois pulamos para 1984. Conhecemos o casal Adrian e Don, que sofre um ataque homofóbico durante um festival em Derry, que aliás, está de mudanças no cenário. Entretanto, o ar odioso permanece pelo ar da cidade, e continua levando seus moradores a cometerem certas sandices. Don está na delegacia, prestando depoimentos, junto com alguns garotos. Adrian foi violentado e jogado no canal da cidade. Alguns juram ter visto Pennywise. Pode-se ler nas entrelinhas: a Coisa está nessas ações. Não só atos, mas também palavras.

Em 1985 o autor apresenta a vida "atual" dos antigos amigos do grupo de Bill Denbrough, chamado Clube dos Otários. Todos recebem telefonemas de Mike Hanlon, o único que decidiu ficar em Derry, e trabalha na biblioteca. O problema é que muitos não lembram de nada em relação ao local, apenas vagas memórias, sem a presença dos terrores que passaram há mais de vinte anos atrás. Até as cicatrizes em suas mãos desapareceram. Na época eram crianças; agora adultos e com vidas formadas. Mas o simples telefonema de Mike começa a despertar os horrores vividos durante o Verão de 1958, quando decidiram enfrentar a Coisa, um ser maligno que vive no esgoto da cidade, e culpado pelo assassinato de George e outras crianças. Mike pede que todos cumpram a promessa que fizeram e retornem a Derry. Infelizmente, nem todos conseguem lidar com a tal reconexão.

A partir desse ponto, a narrativa mescla com os acontecimentos de 1958 conforme as recordações do grupo de amigos começam a surgir. Bill, o gago, agora escreve livros e roteiros, e está casado com uma estrela de cinema; Richie, boca de lixo, continua com suas divertidas imitações trabalhando numa rádio; Ben, monte de feno, se tornou um grande visionário em construções; Stanley, oloko dos pássaros, parece ter a vida perfeita ao lado da esposa; Eddie, oloko dos remédios, continua oloko dos remédios e acha que casou com a própria mãe; Enquanto Beverly, a amiga amada por todos, precisava apenas daquele telefonema para lembrá-la de toda valentia que a nutria. Quando crianças, costumavam se refugiar no Barrens, um cenário nada bonito de Derry, mas que eles conseguiam tornar aconchegante um para o outro.

As memórias da infância começam a nutri-los ainda mais após o reencontro. Impossível não se horrorizar com quanto bullying sofriam por parte da gangue de Henry Bowers. Os garotos eram violentos, chegando a deixar Ben com uma baita cicatriz. Beverly não lidava tanto com eles, mas em casa sofria com o tratamento abusivo do pai. A Coisa os levou um ao outro, pois foram aqueles que tiveram coragem de falar e também enfrentar, mesmo de cara com seus maiores medos. E agora, crescidos, precisam se lembrar de tudo e terminar o serviço.

As partes chamadas de "Interlúdio" são narradas por Mike. O rapaz conseguiu reunir argumentos suficientes sobre o quanto Derry absorveu de sentimentos odiosos com passar dos séculos. É uma baita pesquisa; vários relatos. E sim, King descreve tudinho. Derry é um personagem, assim como o grupo de Bill e a gangue de Henry. Então, é tão explorada e exposta quanto eles. A questão é: a Coisa que sempre influenciou esses atos ou ela se nutre deles?

Meu primeiro contato com esta história foi com a minissérie dos anos 90, lançada pelo canal americano - rede aberta - ABC. Pesquisando, descobri que naquela época eles estavam investindo em várias adaptações do King nesse formato. Fiquei ciente de vários spoilers. E por ter um personagem "escrevendo" é de se imaginar que a escrita será bem prolixa e mais densa. Pelas redes, peguei o spoiler da cena polêmica. Sinceramente, It não é um livro para mente conservadoras. Aliás, nenhum King é. Em comparação com o livro, na série rolou uma baita amenizada; a do cinema amenizou algumas coisas, mas se saiu melhor investindo nas cenas mais aterrorizantes do livro.

É difícil não comparar a personalidade nas distintas fases; muitas deduções para o possível motivo do esquecimento que caiu neles. O quanto você ainda nutre da sua infância em sua personalidade? Você se tornou um adulto chato? Adultos, muitas vezes, preferem fingir que não viram ou não se meter; crianças veem e questionam tudo. Você era mais corajoso quando era criança? Muitos se espantam com a construção dos personagens aos doze anos, xingando pelos cotovelos, pensamentos ardilosos, sexuais e o ato em si. Comparando com as coisas que presenciei desde que cresci - e até hoje - não me incomodou nem um pouco. Na verdade, dei é risada lembrando de certas coisas...

A narrativa de It inicia em meados dos anos 50, e segue até os anos 80. Mike ainda nos leva para outros séculos durante seus relatos nos interlúdios. Eram épocas com questões e costumes bem odiosos naqueles locais e arredores americanos. Alguns até hoje são assim. Vemos constantemente nas notícias e nas abordagens em filmes, não é? Sim, Derry é fictícia, mas é como se todos esses locais e pessoas fossem compactados ali. O horror exposto por Stephen King vai além da figura de Pennywise. Ele é fantasia. Bullying, racismo, homofobia, violência doméstica, abusos, negligência, mentiras e todos pecados pertencem ao terror real. A leitura deseja que a gente absorva isso e leve pra vida. Há temores maiores que um palhaço no esgoto.

Apesar de ter pré-adolescentes como protagonistas, It é um livro de TERROR para adultos, e como tal, vai se virar contra seus personagens sem piedade. Não é porque Beverly é menina/mulher que deve vai ficar de fora. A personagem é o retrato de como as mulheres eram tratadas naquela época, e muitos fechavam os olhos achando normal. Sem dúvidas, ela é minha favorita. No meu caso, odeio quando amenizam certas situações em grupo, no terror, só por personagem ser mulher. Fica muito: elas não conseguem/conseguiriam lidar. Beverly é uma das melhores personagens do livro. É ótimo acompanhar todos eles ganhando coragem e confiança, mas ela é a melhor. Nem consigo lembrar deles chorando. É incrível como se conecta com o momento em que as lembranças dela começam a retornar, pois ela também começa a absorver toda postura, firmeza e valentia que adquiriu lidando com Pennywise - e também seu pai - na infância. E assim que lembrou, enfrentou o embuste do Tom, seu marido.

Gosto de todos do grupo de Bill, dele não muito. Nem forma de criança e nem forma adulta. Ha! Como dito, Beverly é minha favorita. Ben é super fofo; Eddie e Richie nos divertem e também nos emocionam; Stan é er....; Mike é muito inteligente. Aliás, a abordagem grandiosa que ele tem no livro me deixou muito, mas muito surpresa. Os pais dele são uns amores. Se não me engano, na minissérie a participação dele nem é tão valorizada assim. King soube como despertar o lado marcante de cada um, em relação a Coisa. Cada um tem aquele confronto para chamar de memorável. Mas a cena da velha capirota é minha favorita eveeeeeer.

Como mencionado, a Coisa e Pennywise são a mesma figura. Sua forma "real" é revelada apenas na parte final. Além dessa criatura, também temos Henry e sua gangue que continuam na parte dos "adultos". Não que todos sejam humanos, mas também conseguem assustar, causar e fazer estragos por onde passam. Não há minuto de paz por aqui. Ambos são aterrorizantes. Stephen descreve perfeitamente o cenário nesses momentos. Muitas cenas nos chocam. E preparem-se, pois temos algumas perdas.

Muitos elogios e explicações, mas It tem suas derrapadas. Vamos começar por sua cena polêmica: não acrescenta em nada no enredo. Não gosto de sexo gratuito nem em romances. Li e pensei: 'hum, será que tem algo deles adultos que precise disso?" Não. Outro ponto são os interlúdios. Alguns são enormes e maçantes. Muitas das informações ele poderia ter mencionado numa simples conversa de Mike com o grupo; torná-lo curioso pelos fatos da cidade ainda criança, similar a cena com o álbum do pai dele. Mas não. Tem que afirmar pra todo mundo que é virginiano mesmo.

Ler It: A Coisa foi uma das melhores experiências literárias da minha vida. A escrita de Stephen King pode ser densa, prolixa e, em alguns momentos, maçante? Sim! Mas eu já comentei, que ele fala comigo perfeitamente, principalmente em relação ao deboche, outros humores e referências. It: A Coisa é documentário puro. A cidade nem existe e o tom de pesquisa é incrível. Sempre esbarro com personagens que conheço de vista, de onde moro, ou conheci pelas páginas de suas histórias. Não sei como ele faz isso.

Eu aconselho e muito você se desafiar, gostando ou não. Sério, você vai olhar e dizer: "Eu terminei isso!". Vai ser gratificante e, claro, encher um pouquinho do seu ego literário. Tento manter uma meta de 50 páginas por dia, no formato físico, e consegui terminar em menos de um mês. Peguei, eduquei minha mente para não forçar o término; não se apressar. Até porque eu não ligo para quantidade de livros livros no ano. Agradeço mais uma vez a Suma pelo convite da leitura coletiva. Já posso começar a me achar fã referência Stephen King?

Se eu tive medo? Assim, cof, cof, o gênero "horror" é mais pra te chocar do que fazer medo. Mas é um choque feito do medo. Entendem? Por isso eu sou altamente contra essa palavra ter sido traduzida pra "terror". Enfim, quando eu era pequena fiquei traumatizada ao assistir Conta Comigo pela primeira vez, por causa daquela cena das sanguessugas. Eu nem sabia o que era uma. Quando a gente viaja, e mencionam que há lago/lagoa ou rio, eu sempre lembro daquela cena bendita e nem chego perto. Pois bem, adivinhem só a lembrança medonha que a Coisa desperta no Patrick, um dos integrantes da gangue do Henry. Fazia tempo que eu não ria de nervoso.

Não li tudo do Senhor King ainda - quem sabe um dia - mas acredito que seja a leitura mais intensa que fiz, junto com Outsider. Os seres são até parecidos. Aliás, em It há várias conexões às outras obras de King, e um personagem até aparece em outra. A construção da cidade faz a gente nem querer estadia gratuita. E isso é pelo comportamento das pessoas. Por fim, não posso deixar de mencionar que li muita opinião exagerada antes de ler esse livro. Até algumas mentiras. Passar olho não é ler. Por isso, leia e forme sua opinião. Se está em dúvidas, baixe uma amostra do e-book, na Amazon, no seu Kindle, no app ou leia no site mesmo. Isso é recomendação pra QUALQUER história, viu?

Edição lida é a do filme, com a jacket. O leitor pode removê-la, e a capa permanece a original. Minha preocupação foi a capa descolar com essa montanha de páginas, mas está tudo bem feito, com ótima diagramação. Só foi complicado arrumar uma posição legal pra ler, sem machucar o pulso. E precisamos enaltecer mais os tradutores. Minha nossa. Não só pelo tamanho, mas pelas viagens que o autor dá em algumas partes - devido ao uso de drogas ilícitas durante a escrita, na época - que são bem alucinógenas. O final é uma viagem bem louca.

E uma dica: você que pretende se firmar na escrita, seja literatura mais cult ou mais amena, este livro pode ser um ótimo estudo. No meu caso, tirei coisas positivas e negativas; coisas que servem como bom conselho a fazer, e outras jamais. O mais importante é a construção de cenário e pesquisa. Além desse fato de tornar uma cidade, meio que, uma personagem. É incrível.

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