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A garota marcada para morrer

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Resenha:

“- Você foi à maior vítima em sua casa. Todos te traíram...”

A Garota marcada para Morrer, é o sexto livro da série Millennium, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, Millennium cuja trilogia inicial foi escrita pelo brilhante e talentoso Stieg Larsson, escritor sueco que infelizmente faleceu antes de ver sua obra conquistar o mundo, após sua morte e sucesso da série, seus herdeiros escolheram também autor sueco David Lagercrantz, para dar continuidade à escrita das aventuras do jornalista Mikael Blomkvist e da hacker Lisbeth Salander.

É dele a autoria então a segunda metade da série, que se encerra neste livro.

E para conhecer as resenhas dos livros anteriores basta clicar nas imagens abaixo:



Lisbeth e Mikael são protagonistas que é impossível não nos encantarmos, suas aventuras: primeiro desvendando um segredo que atormentou uma família por mais de 40 anos e garantindo que um serial killer implacável de mulheres fosse parado no primeiro livro, as tramas mais políticas e acertando contas com o passado de Lisbeth nos livros seguintes, foi realmente um prazer ler essa dupla que juntos ou separados cada um em um ponto da Europa, possuem uma ligação e química inegável.

Porém, chegou à hora de dizer adeus as aventuras dele, e pelo que li dos últimos livros, foi uma decisão acertada.

Lisbeth decidiu que era a hora de resolver de uma vez por todas as contas com aquela que por muitos anos ela decidiu que era a sua pior inimiga, sua irmã gêmea Camilla – lado a lado com seu pai, Zalachenko, ex espião russo, psicopata e que causou uma grande desgraça na vida de Lisbeth e de sua mãe – que herdou o império mafioso de seu pai de certa maneira.

Camilla é o oposto de Lisbeth em alguns pontos e muito parecida com ela em outros, se Lisbeth tem um visual andrógino, punk e assustador, Camilla é uma beldade, se Lisbeth é uma hacker talentosa com zero habilidade sociais, Camilla, com um sorriso pode dominar e manipular quem ela deseja, contudo, ambas são muito inteligentes, e desde o ultimo livro, ficou claro que o embate entre elas só era uma questão de tempo.

“Ela estava luminosa como sempre, e os olhos de kuznetsov brilharam como os dos meninos no pátio da escola costumavam brilhar muitos anos antes. Camilla era capaz de fazer a vida parar. Ela havia nascido com esse poder.”

E essa trama principal do ultimo livro. Onde temos não somente um embate entre duas forcas da natureza, mas podemos ver o quão à ausência do amor, pode destruir uma pessoa.

Mas, David ainda criou uma trama secundária, como de costume ligada ao jornalista Mikael e sua eterna busca pela verdade. Nesse livro temos a morte misteriosa de um morador de rua, que horas antes estava proferindo palavras desconexas. Em seu bolso tinha o telefone de Mikael, então ele é tragado em direção ao mistério de sua morte que acaba por se desdobrar em algo mais complexo, e como já de costume, se liga de alguma forma mirabolante ao que está havendo na trama principal. Trama interessante, necessária? Não acho.

“Que diabos achava que estava fazendo? Não sabia direito, mas aquela era a sua maneira de lidar com uma crise: ele agia.”

Nesse livro eu senti mais do que nunca a falta do estilo e talento da escrita de Larsson, foi um pouco difícil ver nos atuais atos de Lisbeth e Mikael, o estilo e personalidade da trilogia inicial. Em alguns momentos a leitura se arrastou, e quando ela engrenava, tinha uma mudança drástica para as outras tramas, que apesar de se entrelaçar com linha principal, não vi uma real necessidade de ela existir no livro.

O que gostei foi à pequena trama pessoal de Mikael no livro, que respondeu algumas questões que eu como fã ficava imaginando para o desfecho de sua história.

Em sua jornada final, Mikael e Lisbeth precisam enfrentar alguns momentos fortes, Mikael sofre não somente fisicamente, mas tem uma grande mudança em sua vida, o que para os fãs que o acompanham era já algo se não esperado, desejado. E Lisbeth, precisa enfrentar não somente seu medo, mas a realidade sobre suas ações durante sua vida inteira.

“- Existem inúmeras palavras maravilhosas para classificar a maioria das coisas na vida. – prosseguiu o homem. – principalmente o amor, não é mesmo? Você deve ter lido Keats ou Byron, e tudo isso, quando era jovem, e na minha opinião eles captaram muito bem o amor. Mas para a dor infinita, Mikael, para ela não existem palavras. Ninguém conseguiu descrevê-la, nem mesmo os maiores artistas, e é para lá que estamos indo, Mikael. Para o mundo sem palavras.”

Ao encerrar a leitura, eu disse adeus a eles.



Um livro indicado para quem gosta da série escrita por David Lagercrantz, já que ao contrário dos demais livros que até poderiam ser lidos em separado sem grandes dificuldades, este livro, tem como principal encerrar a história e quem ainda não leu os outros livros ficaria muito confuso.

O livro tem uma edição muito bonita, eu adorei as cores utilizadas na capa e a diagramação é clean.

Espero que gostem da leitura.

Até a próxima.

http://www.eupraticolivroterapia.com.br/2019/12/a-garota-marcada-para-morrer-millennium.html?m=1

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“- Você foi à maior vítima em sua casa. Todos te traíram...”

A Garota marcada para Morrer, é o sexto livro da série Millennium, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, Millennium cuja trilogia inicial foi escrita pelo brilhante e talentoso Stieg Larsson, escritor sueco que infelizmente faleceu antes de ver sua obra conquistar o mundo, após sua morte e sucesso da série, seus herdeiros escolheram também autor sueco David Lagercrantz, para dar continuidade à escrita das aventuras do jornalista Mikael Blomkvist e da hacker Lisbeth Salander.

É dele a autoria então a segunda metade da série, que se encerra neste livro.

Lisbeth e Mikael são protagonistas que é impossível não nos encantarmos, suas aventuras: primeiro desvendando um segredo que atormentou uma família por mais de 40 anos e garantindo que um serial killer implacável de mulheres fosse parado no primeiro livro, as tramas mais políticas e acertando contas com o passado de Lisbeth nos livros seguintes, foi realmente um prazer ler essa dupla que juntos ou separados cada um em um ponto da Europa, possuem uma ligação e química inegável.

Porém, chegou à hora de dizer adeus as aventuras dele, e pelo que li dos últimos livros, foi uma decisão acertada.

Lisbeth decidiu que era a hora de resolver de uma vez por todas as contas com aquela que por muitos anos ela decidiu que era a sua pior inimiga, sua irmã gêmea Camilla – lado a lado com seu pai, Zalachenko, ex espião russo, psicopata e que causou uma grande desgraça na vida de Lisbeth e de sua mãe – que herdou o império mafioso de seu pai de certa maneira.

Camilla é o oposto de Lisbeth em alguns pontos e muito parecida com ela em outros, se Lisbeth tem um visual andrógino, punk e assustador, Camilla é uma beldade, se Lisbeth é uma hacker talentosa com zero habilidade sociais, Camilla, com um sorriso pode dominar e manipular quem ela deseja, contudo, ambas são muito inteligentes, e desde o ultimo livro, ficou claro que o embate entre elas só era uma questão de tempo.

“Ela estava luminosa como sempre, e os olhos de kuznetsov brilharam como os dos meninos no pátio da escola costumavam brilhar muitos anos antes. Camilla era capaz de fazer a vida parar. Ela havia nascido com esse poder.”

E essa trama principal do ultimo livro. Onde temos não somente um embate entre duas forcas da natureza, mas podemos ver o quão à ausência do amor, pode destruir uma pessoa.

Mas, David ainda criou uma trama secundária, como de costume ligada ao jornalista Mikael e sua eterna busca pela verdade. Nesse livro temos a morte misteriosa de um morador de rua, que horas antes estava proferindo palavras desconexas. Em seu bolso tinha o telefone de Mikael, então ele é tragado em direção ao mistério de sua morte que acaba por se desdobrar em algo mais complexo, e como já de costume, se liga de alguma forma mirabolante ao que está havendo na trama principal. Trama interessante, necessária? Não acho.

“Que diabos achava que estava fazendo? Não sabia direito, mas aquela era a sua maneira de lidar com uma crise: ele agia.”

Nesse livro eu senti mais do que nunca a falta do estilo e talento da escrita de Larsson, foi um pouco difícil ver nos atuais atos de Lisbeth e Mikael, o estilo e personalidade da trilogia inicial. Em alguns momentos a leitura se arrastou, e quando ela engrenava, tinha uma mudança drástica para as outras tramas, que apesar de se entrelaçar com linha principal, não vi uma real necessidade de ela existir no livro.

O que gostei foi à pequena trama pessoal de Mikael no livro, que respondeu algumas questões que eu como fã ficava imaginando para o desfecho de sua história.

Em sua jornada final, Mikael e Lisbeth precisam enfrentar alguns momentos fortes, Mikael sofre não somente fisicamente, mas tem uma grande mudança em sua vida, o que para os fãs que o acompanham era já algo se não esperado, desejado. E Lisbeth, precisa enfrentar não somente seu medo, mas a realidade sobre suas ações durante sua vida inteira.

“- Existem inúmeras palavras maravilhosas para classificar a maioria das coisas na vida. – prosseguiu o homem. – principalmente o amor, não é mesmo? Você deve ter lido Keats ou Byron, e tudo isso, quando era jovem, e na minha opinião eles captaram muito bem o amor. Mas para a dor infinita, Mikael, para ela não existem palavras. Ninguém conseguiu descrevê-la, nem mesmo os maiores artistas, e é para lá que estamos indo, Mikael. Para o mundo sem palavras.”

Ao encerrar a leitura, eu disse adeus a eles.

Um livro indicado para quem gosta da série escrita por David Lagercrantz, já que ao contrário dos demais livros que até poderiam ser lidos em separado sem grandes dificuldades, este livro, tem como principal encerrar a história e quem ainda não leu os outros livros ficaria muito confuso.

O livro tem uma edição muito bonita, eu adorei as cores utilizadas na capa e a diagramação é clean.

Espero que gostem da leitura.

Até a próxima.

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