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O aprendiz de assassino

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Simplesmente maravilhoso, a autora abre essa trilogia do jeito que a gente gosta, e coloca em pauta tudo o que vai ser importante nos próximos livros, é uma fantasia mais focada no lado poltiico, afinal a gente está dentro da nobreza, e acompanha esse pequeno bastardo nas descobertas que ele faz, e sabe muito bem porque o Rei aceitou ele lá, e claro torce pra que ele se rebele e mostre quem ele é de verdade, como toda a boa fantasia tem o seu sistema de magia, que foi explorado mas muito pouco nesse primeiro volume, ansiosa pra ver como as coisas vão se desenrolar na continuação.

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Aos seis anos de idade, Fitz se vê sendo abandonado por seu avô e mãe. O homem alega que ele é um bastardo do príncipe e está na hora do pai cuidar do garoto. Sendo importante demais para ser deixado livre por aí, Fitz é criado em meio aos plebeus e criados da Cidade de Torre do Cervo.

Como uma peça perigosa no jogo dos tronos, o rei decide deixar o garoto o mais próximo possível e o faz se tornar um homem do rei, dando-lhe diversos treinamentos e uma boa educação. A partir disso, Fitz vai fazer de tudo para provar sua lealdade e se tornar essencial para a sobrevivência do reino.

O Aprendiz de Assassino não é uma história simples e fácil de ser explicada, aqui nós vamos acompanhar em primeira pessoa a narração da vida do jovem Fitz dos seis anos até quase o fim da adolescência.

Sendo uma fantasia com jornada do herói, Robin Hobb nos traz uma história um pouco lenta e sem muitos grandes acontecimentos, mas que ainda assim consegue deixar o leitor imerso e intrigado com o que o futuro reserva para nosso jovem protagonista.

Sou um pouco suspeita para falar porque eu amo esse plot e não ligo tanto da história ser lenta nesse caso, mas eu gostei muito dessa história e adorei poder acompanhar toda a jornada do Fitz. Os capítulos são meio grandes mas no decorrer da leitura isso acabou não me atrapalhando.

Apesar de ter gostado bastante eu confesso que esperava um pouquinho mais pela fama do livro. Foram poucos os personagens que eu realmente me apeguei e gostei, principalmente pelo fato de que a visão do Fitz nos deixa com uma relação complicada com muitos deles e nunca sabemos em quem confiar.

O Aprendiz de Assassino é uma fantasia para quem gosta de descrições e um desenvolvimento mais lento e introdutivo. Não vejo a hora de saber como continuará a jornada do nosso jovem aprendiz.

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Como toda high fantasy, o universo é complexo e amplo, se tornando bastante complexo de entender sem atenção. “O Aprendiz de Assassino” não é o tipo de livro que você irá entender se não fixar sua atenção e concentração, trazendo um mundo novo e repleto de disputas, além de, claro, muita traição e aventura. Mas, sinceramente, a atenção e o tempo entregue a narrativa valeu a pena: o livro entrega mesmo tudo que promete, sendo um primeiro livro brilhante. Você se apega ao pequeno Fitz e sua jornada, vendo o quanto ele sofreu em sua tenra infância e como ele aprendeu com os poucos amigos que tem, a justamente não confiar em ninguém, mostrando bastante do que acredito que virá a ser sua personalidade. Não é um livro fácil de se ler, como falei, mas também é um livro que faz comparativo ao que seu próprio principal personagem enfrenta em suas páginas: há se ter paciência para conseguir aprimorar suas qualidades. Leia e não se arrependa. Prometo.

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Esse livro vai acompanhar o inicio da jornada do Fitz, o bastardo do filho mais velho do rei, que esta se tornando um assassino para o rei. A historia tem um ritmo lento e capítulos longos que podem cansar um pouco mas é compensado pela escrita do autor que prende na história e possui um talento para a construção do universo do livro sem explicar mais do que o necessário e deixando espaço para crescimento deste nos próximos livros.
Na conclusão do livro é possível sentir toda a agonia dos acontecimento acelerado ocorrendo que podem causar grandes alterações no reino do Fitz com mortes mas com justificativa e que não se sente que foram gratuitas (exatamente o ao contrario).
A tradução feita pela editora Suma fico boa (realizei a comparação fazendo a leitura ao mesmo tempo do livro em inglês) com adaptações necessárias e bem feitas. E uma leitura que eu recomendo para quem gosta de livros livros de fantasia mais longos.

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O Aprendiz de Assassino traz a história de um menino bastardo, largado pelo o avô materno, aos seis anos, na porta do castelo para ser criado pelo pai, Chivalry, o príncipe herdeiro. O pobre do menino fica aos cuidado do mestre dos estábulos, homem de confiança o príncipe.

O narrador de O Aprendiz de Assassino é o próprio garoto bastardo, já adulto (idoso?). Ele conta suas memórias. Então o leitor pode concluir que talvez seu relato não seja o mais confiável. O próprio narrador saliente que ainda carrega mágoas, e isso, com certeza, influência na forma de ver as coisas.

Nos primeiros anos no castelo, Torre do Cervo, o menino fica a maior parte do tempo meio que largado, fazendo serviços no estábulo, ainda por cima sendo odiado por todos. Até que um dia o rei decide que o melhor para o reino é que ele se torne aprendiz de assassino. Uma forma de controle.

Quase toda a narrativa foca nesse aprendizado: as aulas, os professores, a rotina de aprendizado. É a jornada do herói que a gente já conhece bem, com falhas e acertos no caminho de crescimento do herói.

Esse garoto, que deram o nome de Fitz, tem um talento, uma magia que não é explicada. Um dom que se torna fundamental para sua sobrevivência. Ele também vai receber treinamento para usar o talento. Só que não do modo adequado no início.

Já fazia um tempo que eu queria iniciar a leitura dessa série – A saga do Assassino. Então aproveite que a Suma está com novas edições para iniciar a leitura.

Eu esperava bem mais desse primeiro livro. Eu sei que todo início de série é meio morno, que é o momento de ambientar o leitor no universo criado. Mas ando meio que sem paciência para muita enrolação.

Não estou dizendo que a escrita da autora é ruim. É uma escrita consistente. E é isso que salva. Outra coisa que ajuda a narrativa é que a gente cria empatia pela menino bastado, sem nome, largado pela famílias, tanto da mãe, que a gente não não sabe nem quem é, quanto pela família do pai. Além disso, Fitz é extremamente inteligente. É fácil a gente gostar dele.

Como todo reino, a família do pai só se preocupa com o poder, e em quem vai assumir o reino. E estão o tempo todo tramando uns contra os outros. Acho que essa parte política vai ficar mais interessante no próximo livro.

O reino é dividido em ducados – Seis Ducados – e, para complicar as coisas, há invasões de salteadores dos navios Vermelhos, que praticam um tipo de lavagem cerebral nos reféns, que chamam de forjamento. Não posso negar que estou curiosa para saber mais sobre a magia, o tal talento, mas ainda não sei se vou seguir com esse série.

Dos personagens secundários, dois merecem destaque: Burrich, mestre dos estábulos, o cuidador do Fitz; Chade, o professor que ensina como se tornar assassino. Os dois têm papéis importantes na vida do bastardo. De certa forma, eles são a família dele.

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A escrita de Robin Hobb nunca nos deixa acalento, e a tradução mais uma vez não falhou!
O Aprendiz de Assassino é mais uma historia bem escrita, que não te deixa largar o livro até o final!

Personagens e mundos bem escritos e descritos! Com um plot de tirar o folego!

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A trilogia “A Saga do Assassino” é uma série de fantasia medieval muito, muito conhecida e elogiada, já encerrada. Os livros foram publicados em língua inglesa nos anos de 1995, 1996 e 1997 e que já haviam sido publicados aqui no Brasil pela Editora Leya, mas que agora ganham uma nova casa: a Editora Suma, em uma nova tradução com bastante diferença no texto final (falarei sobre isso no decorrer da resenha). Os livros são tidos como primorosos e indicados para todos aqueles que estão sentindo falta de “As Crônicas de Gelo e Fogo” (que agora também estão sendo publicados pela Editora Suma). A série é tão famosa entre os apaixonados por high fantasy que possuem sim, uma legião de fãs até os tempos atuais, fazendo da autora (sim, Robin Hobb é o pseudônimo da autora Margaret Astrid Lindholm Ogden) quase uma verdadeira unanimidade porque claro que há aqueles que não ficaram felizes com o rumo da história do protagonista – mas calma que nessa resenha NÃO há spoilers, já como eu mesma não sei nenhum e nem procurei por eles.

Uma última informação antes de irmos para o que realmente interessa como a série toda já foi publicada aqui entre os anos 2013 e 2014 em sua antiga Editora, acredito que os nomes dos livros não venham a sofrer alterações, em sua ordem: “O Aprendiz de Assassino”, “O Assassino do Rei” e “A Fúria do Assassino”, informação não oficial e nem confirmada pela atual Editora, a Suma, mas serve de informação também para vocês já.

Agora sim, vamos falar sobre Fitz e sua jornada.

A trama é toda contada em flashback. Em algum tempo no futuro, Fitz começa a narrar sua história (em primeira pessoa, que fique claro), contando sua primeira lembrança: ele tinha por volta de 6 anos quando seu avô (pessoa horrível, diga-se de passagem) o entregou aos guardas do Rei Shrewd Farseer, pai do Príncipe Chivalry, o pai biológico do Garoto – sim, nessa fase de sua vida ele nem ao menos nome tinha, ou, se tinha, não se lembra, sendo somente chamando por “Garoto”. O Principe Chivalry é como uma especie de santo entre o povo, herdeiro do trono de seu pai Shrewd, tido por todos como honrado e justo, então um bastardo surgir é algo que todos encaram com grande choque, principalmente sua esposa, a Princesa Patience, que nunca conseguiu gerar um herdeiro. O garoto logo recebe o nome de FitzChivalry Farseer, sendo que Fitz é nome dado a bastardos em um geral e Burrich, o fiel servo colcheiro de seu pai, tem a tarefa de “cuidar” do garoto (e por “cuidar” entenda só não o deixar ser morto mesmo, porque de resto, Fitz fica bastante largado).

A chegada de Fitz é um choque tão grande que Chivalry abre mão do trono e vai para a terra natal de sua esposa, basicamente se exilando lá para poderem ter uma vida tranquila. Fitz, em contrapartida, não tem uma vida nada fácil e muito menos tranquila, sempre as voltas com pequenas aventuras até descobrir seu poder de Manha, um poder capaz de o fazer se comunicar mentalmente com animais desde essa tenra idade. Naquele mundo, essa habilidade era bastante odiosa em contraposto ao Talento, a capacidade que muitos de família nobre e da própria família real possuíam, que era de falar mentalmente com outros seres humanos. Já deu pra entender que a fantasia aqui também terá esses outros elementos, certo? Mas calma que tudo fica bastante calmo na narrativa, sem deixar dúvidas ao leitor sobre o destino de Fitz e seu destino.

[Continua em: https://idris.com.br/blog/2019/12/26/resenha-o-aprendiz-de-assassino-a-saga-do-assassino-1-robin-hobb]

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Meu primeiro contato com um livro de uma das autoras mais conhecidas de fantasia atualmente que é a Robin Hobb. Fiquei surpreendida com o quão boa foi essa experiência.

A escrita e construção da sua fantasia tem aquela escrita que me faz sentir nostálgica, das antigas da fantasias que li e me faz me apaixonar pelas fantasias. Mundo interessante e bem construído. Os personagens não o fazem se apegar de imediato mas você se prende em seus caminhos e labutas em um segundo.

A estória é bem construída, escrita e interessante. Quero ler logo a continuação.

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e-book foi enviado através do NetGalley em troca de uma resenha honesta.

Alguns devem conhecer a edição antiga desta trilogia lançada pela editora LeYa.
A Suma está lançando novas edições. O Aprendiz de Assassino faz parte da Trilogia Farseer e acompanha o protagonista Fitz durante a infância e parte de sua adolescência. Ele retorna em outras séries da autora, assim como o universo é mencionado em outras, totalizando dezesseis livros. Sua primeira publicação foi em 1995.

Ainda criança, Fitz é largado na Torre do Cervo pelo seu avô materno para ficar aos cuidados de seu verdadeiro pai, o Príncipe Chivalry, atual herdeiro dos Seis Ducados e conhecido por sua justa e perfeita conduta. Então não é nem um pouco esquisito que todos comecem a questionar se Fitz é realmente seu bastardo. Ninguém acredita que Chivalry cometeria tal ato. Mas ele fez.

Envergonhado, Chivalry decide afastar-se das atividades reais e isolar-se na floresta ao lado da esposa, que nunca pode gerar um herdeiro real. Ele deixa o menino aos cuidados de seu fiel escudeiro, Burrich, que o cria como um filho em meio aos cavalos e cachorros nos estábulos, batizando-o Fitz. Antes, todos o chamavam de "garoto". Os únicos "familiares" reais que simpatizam com Fitz são: seu tio Príncipe Verity e, aos poucos, seu avô paterno, o Rei Shrewd. Por outro lado, é totalmente detestado pela Rainha e pelo herdeiro caçula do Rei, o Príncipe Regal.

Com pouco tempo de convivência, Burrich começa a notar os traços fiéis de Chivalry no bastardo. Mas também nota uma grande conexão entre Fitz e um de seus cachorros, despertando o assombro. Descobre-se que o menino possui A Manha, um dom dito como proibido e amaldiçoado, pois a conexão animal leva o humano a se tornar um, assim Burrich o proíbe de usar. Ali, na corte, o único dom permitido é O Talento, um tipo de poder mental grandioso, que sempre ajudou o Rei a vencer inúmeros combates.

Os anos passam e o Rei Shrewd acredita que o neto bastardo já possui idade suficiente para lhe servir. Assim decide treiná-lo, em segredo, para torná-lo um assassino. E é um grande momento, pois estão sendo atacados por um misterioso grupo que parece domar toda população local. Mais tarde também o colocam para testar sua aptidão para absorver O Talento. Mas será que o garoto é tão poderoso assim?

Com a narrativa em primeira pessoa, deixando claro que um Fitz mais velho está recordando sua história, a autora Robin Hobb não mede esforços para nos presentear com um cenário repleto de magia, intrigas de família, segredos e confrontos. Não é o tipo de fantasia que matará personagens de cinco e cinco minutos, pois é nítido que este volume é uma introdução que levará a algo maior. Há momentos em que a leitura pode soar monótona - os capítulos são grandinhos - assim como terá momentos instigantes e, também, de certa violência.

Fitz ainda é muito novo e bastante ingênuo sobre a quem deve depositar sua confiança. Mesmo com todo ar paternal de Burrich, a relação entre eles é bastante complicada por causa do uso da Manha. E quanto mais o garoto se aproxima de seus deveres com o Rei, mais distante se tornam. Mas o mestre dos estábulos mal sabe a grande proteção que nutre em relação a ele. Embora Fitz não conquiste outros na Torre da mesma maneira.

O grande vilão - aliás, é bem fácil de descobrir se você for um leitor mais perspicaz - não está sozinho em seus planos gloriosos. Pequeno, o garoto garantia a segurança ajudando com os animais e perambulando em momentos propícios. Quando parte para seu treinamento, Fitz começa a chamar atenção e notar o despeito dos prováveis ceifadores. Da mesma maneira que conhecemos personagens de suma bizarrice abrindo o leque de opções duvidosas. A cena do "treinamento" do Talento é humilhação pura, colocando várias questões em aberto na trama. O menino sofre, viu?

Meu lado favorito foi essa questão do Talento e da Manha. O segundo, em especial, por envolver várias interações do protagonista com doguinhos. E vocês sabem, tudo que envolvem eles é emoção na certa. A menção final me acertou em cheio, e eu nem imaginava me emocionar em alguma parte desta história. Contudo, difícil não refletir se o grande temor de Burrich irá se realizar. Será que Fitz irá ceder ao modo selvagem?

Como toda fantasia a obra de Robin Hobb mantém uma narrativa cheia, mas ela destaca perfeitamente os coadjuvantes que serão de grande importância para a conclusão desta primeira aventura. Há algumas surpresas, em relação a personagens que não parecem tão importantes no início; e outros conectando-se em parte dos mistérios. Não sei se posso dizer que o Bobo - da Corte - é meu personagem favorito, pois desconfio que seja um disfarce de alguém. É um dos personagens mais intrigantes deste volume.

Certamente, O Aprendiz de Assassino deve marcar presença na lista dos amantes do gênero. As cenas envolvendo treinamentos e missões são o destaque. Há momentos também para certo romance, embora seja algo mais platônico. Simpatizei bastante com a personagem em questão, entretanto, não acredito em seu retorno. O final tem aquele gosto doce amargo, soando que Fitz pode torna-se ainda mais distante da corte. Não por sua vontade, mas por obrigação à sua segurança.

Edição lida em e-book e não era a final, então não posso comentar muito sobre a revisão. Mas vi a edição física e está linda, principalmente a capa com alguns tons prateados e belo azul. Já curiosa para conferir as outras que devem seguir o mesmo padrão. E, claro, há mapa e um ótimo glossário. Quem leu a edição antiga deve ter notado que os nomes dos personagens não foram traduzidos. Achei legal, pois deixa certo ar de curiosidade em relação às ações de todos eles.

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O Aprendiz de Assassino, de Robin Hobb

Avaliação: 5 / 5
Editora: Suma
ISBN: 9788556510846
Gênero: Fantasia Épica, Cortesia
Publicação: 2019
Páginas: 416
Skoob: https://www.skoob.com.br/o-aprendiz-de-assassino-320531ed947177.html

Este ebook foi concedido pela editora em troca de uma resenha honesta.

Minha primeira leitura do ano não poderia ter sido mais aventureira e emocionante!!!

Livro de estreia de Robin Hobb, lançado originalmente em 1995, O Aprendiz de Assassino é o primeiro volume da Saga do Assassino. A obra conta a história de Fitz, um bastardo do herdeiro ao trono que com seis anos foi jogado nas mãos de qualquer pessoa dentro do reino de Torre do Cervo que estivesse disposta a cuidar do fardo.

Ele não se lembra da mãe e nunca conheceu o pai, o honroso e respeitado, príncipe Chivalry, quem abdicou do direito ao trono logo após o escândalo da chegada de Fitz e se mudou para o interior. Deixado aos cuidados do homem dos estábulos e de confiança de Chivalry, o Garoto (como era mais conhecido) bastou uma boa parte do tempo sendo quase invisível e sofrendo desprezo dos demais.

Até o dia que o próprio rei Shrewd, resolve reconhecer sua existência e usá-lo ao seu próprio benefício: o rei ordena que seu conselheiro e assassino pessoal ensine o ofício incomum para a criança. Em meio a intrigas da corte, armadilhas e uma jornada de conhecer seu próprio potencial, Fitz tem que escolher onde fica sua confiança e obediência a fim de preservar sua própria vida.

"Cresci sem pai nem mãe, em uma corte onde todos me conheciam como um divisor de águas. E um divisor de águas me tornei."

Nesse primeiro livro, acompanhamos a existência de Fitz dos seis aos quatorze anos. A obra é repleta de aventura, conflitos e momentos eletrizantes. Para quem gosta de livros descritivos, com diálogos curtos, mas determinantes, O Aprendiz de Assassino é o prato cheio acompanhando da sobremesa. Basta ler duas frases e já é como se você fosse transportado para o lugar e momento. É incrível!

"Garoto, nunca tinha que somos outra coisa além do que somos. Assassinos, e não agentes misericordiosos de um rei sábio. Assassinos políticos traficando morte para proveito da nossa monarquia. É isso que somos."

Uma ponto que eu não poderia deixar de fora é o fato que, no começo da narrativa, descobrimos que Fitz tem um dom chamado Manha, que o permite se comunicar com os animais como se eles fossem um só. A intensidade e a emoção que provêm das poucas cenas em que essa ligação acontece me deixou com um sentimento bom tão enorme que foi difícil não sentir o sentimento lá no fundo.

"Os homens não sofrem a perda de um ente querido do mesmo modo que os cães. Mas nós a sofremos por muitos anos."

Hobb tem uma escrita tão imersiva que posso afirmar que esse foi um dos livros de fantasia mais excepcionais que já li!! Ansiosa para os próximos volumes repaginados serem lançados pela Suma! MIL ESTRELAS!!!

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“As crenças populares alegam que os nomes eram dados aos recém nascidos por magia e que devido a isso os de ascendência real não podia trair as virtudes que lhes eram atribuídas...”

O Aprendiz de Assassino é o primeiro livro da trilogia de Fantasia Épica da autora Robin Hobb, um livro com uma trama envolvente e intensa, onde os perigos podem ser encontrados tanto em ações diretas, onde os personagens lutam por sobrevivência, como nas complexas tramas políticas. Com uma nova edição lançada em 2019 no Brasil pela Suma das Letras, ela conta com novo projeto gráfico e tradução.

Temos uma sociedade medieval, e uma jornada onde toques de magia se fazem pontuais e criam um mundo misterioso e uma sociedade com um governo nobre.

A linhagem real do reino possui um dom mágico chamado talento, um talento que apesar de poder ser encontrado fora da linhagem real, por decreto de um antigo rei, o ensino dela foi legado apenas ao Rei e seu herdeiro.

Porém, graças um inimigo poderoso que começa a atacar o reino e os ducados que o formam de forma implacável e misteriosa, o talento de um jovem que não deveria existir, pode ser a única chance de salvar o reino.

Com uma escrita muito fluida Hobb, nos leva a conhecer Fitz, um bastardo sem nome, - Fitz, significa bastardo, e é assim que ele é conhecido – que nos conta sua história de vida, começando de suas memórias mais antigas, uma criança de seis anos abandonada por seu avô materno em frente a um castelo, para que fosse criado por seu pai.

Deste dia ele só lembra-se de uma voz feminina implorando para que ele não fosse dado, e de como foi recebido no castelo.

Dos anos de infância com sua mãe nada mais ficou em sua memória.

Não nomeado, não clamado por ninguém, entregue a realeza, ele descobre, que além de ser um bastardo é um bastardo real. Filho do príncipe Herdeiro Chivalry, ele descobre da maneira mais crua que nem sempre o sangue real é garantia de uma vida plena de amor, aceitação e felicidade.

Quando foi entregue no castelo onde seu tio, reconheceu sua semelhança física com o irmão mais velho. Porém, quando a noticia se espalha pelo reino e chega a corte, tudo se torna muito mais complicado. O príncipe herdeiro casado com Lady Patiente, não possui um herdeiro com sua esposa amada, e a notícia de que o nobre e sempre virtuoso príncipe tem um filho bastardo, traz sofrimento a sua esposa.

Em uma reviravolta do destino, Principe Chivalry, abdica do direito ao trono e se retira da corte, indo morar com sua esposa no campo. Mas por ordem do Rei Shrewd, Fitz é levado para crescer na corte.

Ao ser entregue aos cuidados de Burrich, o homem de confiança do pai de Fitz, - que foi deixado para trás por este quando partiu para o exílio, - ele cresce em meio ao estábulo, aprendendo tudo com este que é o mestre do estábulo e dos animais da corte. Seus momentos de liberdade são dedicados a brincar com as crianças plebeias, que não tem a mínima ideia de quem ele é.

Mas graças à força de seu sangue, o poder dele primeiro chama a atenção de Burrich, que tenta o dissuadir de usar um dos poderes peculiares que ele possui, e o outro dom o chamado talento, o poder que corre na linhagem real, acaba por atrair a atenção do próprio avó de Fitz, que enxerga muito mais além do que podemos imaginar, afinal um bastardo real, nas mãos erradas pode se tornar um inimigo formidável, ainda mais o filho de um príncipe tão querido pelo povo.

Habilmente o Rei entrelaça Fitz, em uma teia emaranhada e forte, onde prende a lealdade da criança a serviço da casa real, e o entrega para ser treinado como o assassino do rei. Antevendo o valor de um bastardo real, que pode se infiltrar onde os príncipes e herdeiros naturais não podem, já que como o rei mesmo, considera, Fitz, pode ser uma excelente arma, mas é uma ferramenta descartável.

“- Falo isso na sua frente para que saiba que não hesitarei em sacrificá-lo. Ainda quer me servir?”

Na ânsia de pertencer a alguém e ser reclamado e sem enxergar um destino melhor para si mesmo, Fitz, se entrega ao destino sombrio, e se torna um pupilo atento.

De uma forma crua e sem enrolar, Hobb, nos conta a transformação da criança em um jovem com talentos sombrios, que aos poucos sem perceber vai caindo cada vez mais nas intrigas reais.

Desejando ser mais do que o garoto não nomeado, ele se mantêm sedento por cada migalha de afeição que encontra, na forma como um dos tios o trata, como seu tutor secreto na arte refinada do assassinato, ou até mesmo no carinho bruto de Burrich, e no elo com os animais, que torna sua vida um pouco menos triste.

“- Porque o seu coração será martelado sobre ele, e sua força ganhará tempera no fogo dele...”

Até que um inimigo se torna mais poderoso do que nunca, e em ataques a costa do reino, espalha destruição, caos e um terror jamais imaginado pelo povo.

Isso força que Fitz, deixe de lado para sempre qualquer inocência e se torne uma ferramenta para o reino. Talvez o único que possa evitar que todos sejam destruídos.

Passando por um brutal e cruel treinamento no talento, ele é testado tanto fisicamente, como psicologicamente.

“– Tenha cuidado – disse por fim – pois entre as paredes do jardim. Não possuo nenhuma influencia. Lá, sou cego. Era um aviso estranho, e eu guardei bem.”

Como podem ver O Aprendiz de Assassino é um livro com uma trama rica, e muito bem escrito, com um pouco de tudo o que eu gosto em livros de fantasia épica, temos uma jornada de “herói”, enquanto maquinações, traições e intrigas políticas aquecem o caldeirão de acontecimentos.

Por ser o primeiro livro da trilogia temos a apresentação do mundo criado pela autora, que aos poucos nos entrega as informações, por ser narrado por Fitz, que conta sua história, só sabemos o que esta acontecendo pelo ponto de vista do mesmo e somente quando ele sabe de algo. Podemos assim ir aos poucos compreendendo tudo. Desde a parte política da trama, como os intrigantes poderes que ele possui. E seus inimigos.

Recomendo este livro para todos que gostam de uma trama mais profunda e equilibrada, para os fãs das crônicas de gelo e fogo (sem a parte mais apimentada ou a violência sexual), e livros de fantasias épicas.

Mal posso esperar pelo lançamento do segundo livro, pela Suma das Letras para que eu possa continuar acompanhando a vida de Fitz, o não nomeado, o abandonado... A luz bruxelante da esperança.

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Òtima fantasia medieval! Dessa ''nova'' leva de autor eu diria que o Hobb é um dos que mais consegue prender o leitor do inicio ao fim alem de tambem ser um dos mais originais, não quero dar spoilers mas adorei o ''sistema de magia'' que ele criou pro universo do livro e como ele funciona, me deixou realmente querendo saber mais sobre ele. Enfim...um livro que recomendo a todos!

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Vamos começar dizendo que nunca tinha lido nada da Robin, e aproveitei o relançamento como meta de leitura. A única coisa que sabia, era da fama, muito boa por sinal, da autora em relação aos livros. Fora que as capas originais são tão lindas, que eu até suspiro.

Uma coisa que eu percebi nesse livro, é que a Robin tem uma escrita maravilhosa, e para mim, funcionou da melhor maneira possível. Todo primeiro livro de fantasia acaba sendo mais massante pela explicação que o autor tem que dar do mundo que ele criou,
e nesse livro vivenciaremos isso, mas sem a parte massante, apesar da história demorar a mostrar algo significante, alguma ação e etc... eu não senti nada mais do que cativada pela leitura.

Enquanto eu ia acompanhando com calma a vida do Fitz, eu ia vendo os detalhes que a autora deixava no texto, coisas minimas, detalhes que vão te pegar lá na frente. E mesmo nesse começo calmo, eu me vi muito presa a história e ao personagem, e eu acho que isso foi muito intencional.

Eu fiquei um pouco surpreendida porque não é uma história como eu esperava, com sangue, dor, e muitoooo sofrimento da parte do menino que seria o aprendiz de assassino. Claro que o Fitz tem suas cotas de sofrimento, mas foi muito mais leve do que eu pensava. Na verdade, acho que o livro mexe mais com as entrelinhas, as estrategias, e as coisas que você consegue ver antes de uma criança.

Vamos falar do Fitz, como principal, ele encaixou muito bem nessa história, a forma como a autora mesclou a ingenuidade dele com a inteligência para algumas cenas foram espetacular. Você consegue ver que apesar, de em algumas partes, ansiar por uma ação maior do enredo, o livro condiz totalmente com a proposta que a autora apresenta no começo. E claro que o Fitz tem seu crescimento como personagem, mas no segundo livro, ele deve mostrar para o que veio, e crescer muito no enredo.

Os personagens secundários completam a trama ao mostrar como eram as coisas naquele tempo, em um mundo onde tudo e todos querem o poder, e não se pode confiar ou mesmo falar abertamente com as pessoas. Então temos cenas que ambientam mais esse mundo regido por Reis.

A parte da magia é desenvolvida de forma lenta, assim como nosso personagem, mas que no final desse livro, ele trás uma força, e uma esperança nossa, que no próximo volume ele venha com tudo, e possamos entender mais sobre o que é um Talento, e sobre outros poderes que podem estar escondidos nos personagens.

Eu sei que a resenha está gigante, mas devo ressaltar novamente que se você procura muita ação, e banho de sangue, esse não é o seu livro. Esse é um livro, de um modo geral, bem lento, mas que em nenhum momento isso me incomodou porque fui pega pela narração da autora.

Robbin Hobb tem uma maneira única de escrever um livro. Sua escrita é simples, bonita, e que te enlaça desde o começo. Os diálogos são construídos de uma maneira profunda e ficam na sua mente por muito tempo. Esse livro foi um belo começo para um série que promete entrar para o meu hall de favoritos.

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Robin Hobb é uma escritora. Vi que muita gente confunde, pelo nome, mas a Saga do Assassino foi escrito por uma mulher na década de 1990, em meio a todo machismo no ramo editorial de fantasias épicas. Queria deixar isso pontuado bem no início.

Aqui acompanhamos a saga de Fitz, filho bastado do príncipe Chilvary Farseer, herdeiro dos Seis Ducados. Fitz chega como uma surpresa bem desagradável, já aos seis anos de idade e sem lembranças da sua vida antes de ser levado para a Cidade de Torre do Cervo, jogado aos pés do rei Shrewd.

Excluído no meio da realeza, mas ainda assim carregando o sangue real, o jovem Fitz é protegido pelo mestre dos estábulos, Burrich, que o ensina a cuidar dos animais, e quem enxerga no garoto um poder perigoso: o de se comunicar com os animais. Fitz também carrega no sangue o Talento, magia ancestral que dá a habilidade de usar o poder da mente para influenciar e manipular as pessoas; esta, sim, uma habilidade que interessa e muito o rei Shrewd para proteger Torre do Cervo dos ataques de saqueadores selvagens, ameaça muito mais perigosa do que parece do início, dominada por uma força sobrenatural.

Treinado para servir como assassino real, Fitz recebe uma difícil missão, e independente do resultado de suas ações sua vida fica em risco. As linhas que ligam essas tramas de manipulação e assassinatos estão bem mais emaranhadas do que qualquer rei, príncipe ou bastardo poderia imaginar.

"Não faça o que não pode desfazer, até ter considerado o que não poderá fazer depois de tê-lo feito."

Livro confuso! O Talento é explicado sem tantos detalhes e de forma esparsa, fazendo com que o leitor aprenda sobre ela ao mesmo tempo em que o próprio protagonista o faz. E sim, o jogo político que acompanhamos aqui extremamente elaborado me deixando confusa (também). E o que falar sobre a construção de mundo? Incrível. Mal posso esperar para ler mais dessa autora e, claro, continuar acompanhando a saga do assassino. Gostei demais dessa experiência. Quebrei a cabeça? Sim, mas foi ótimo montar as pecinhas que formam essa complicada narrativa. Recomendo muito para os fãs do gênero.

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O plot de "Aprendiz de assassino" é bem básico, vamos acompanhar a historia de uma garotinha bastardo deixado aos 6 anos de idade pelo avó materno para ser criado pela família real ao qual também pertence!

Em "Aprendiz de assassino" cada nobre recebe o nome de acordo com a característica que lhe moldará e formará seu caráter, não saber no começo o nome do personagem principal tem um motivo bem especifico, afinal ele é um bastardo.

"A minha presença deixava alguns desconfortáveis .Fui me habituando ao murmurio de vozes que começavam sempre que eu deixava a cozinha."

Apesar de demorar a embarcar nas histórias de fantasia a magica na minha experiencia de leitura acontece que sempre me apego muito a personagens desses mundos e quando Fitz começa a relatar que na infância precisou se abrigar nos estábulos do reino quando foi deixado lá já foi criando em mim uma sensação de revolta, em 4 paginas eu já queria vingança, sem nem conhecer os outros aspectos da trama, não me julguem, mas livros de fantasia me causam isso !

Quem toma conta de Fitz no começo é o braço direito do seu pai ( que é o filho mais velho do rei dos Seis ducados) que apesar de ser casado não tem herdeiros legítimos!
Obviamente no começo o pequeno Fitz é rejeitado pela família real, a história vai de desenvolvendo e nos são apresentadas dois tipos de magias, a "Manha " que é o dom de entender os animais e o "Talento" que o dom ligado as relações humanas, um tipo de telepatia e controle mental , obviamente para manter um reinado de sucesso o "Talento " é muito mais importante que a "Manha" tanto que  a manha não é bem vista, é proibida.

Obviamente Fitz tem uma aptidão para a Manha, porque vamos e convenhamos toda desgraça é pouca, sendo alimentado e ignorado por muito tempo pela família real, Fitz cresce nos estabulo até que o rei decidi que é mais prudente te-lo como aliado, afinal se ele possui a Manha é necessário que alguém lhe ensino o Talento, afinal de contas um bastardo pode ser usado contra o próprio rei e reino.

A partir desse momento Fitz começa a ser ensinado sobre tudo o que um nobre deveria fazer e em contrapartida o rei lhe cobra fidelidade e essa fidelidade vem em forma do treinamento especial para se tornar um assassino extremamente eficaz que trabalhe em favor do reino !

"Cresci sem pai nem mãe em uma corte onde todos me conheciam com um divisor de águas. E um divisor de águas me tornei."

Até então nada novo no mundo das fantasias onde o jogo politico não tem o menor escrúpulo, segui a leitura me perguntando quando é que Fitz se daria conta de que estava sendo completamente moldado e usado. A grande sacada dessa história é que Fitz é a grande estrela do plot apesar das aventuras e disputas Robin Hoob entrega um mundo que faz o personagem principal a estrela da própria história que cresce e amadurece muito já no primeiro livro, sem contar o quanto o pobre sofre, alias tenho certeza que os elogios que RR Martin tece ao livro se deve ao sofrimento que a autora faz o personagem passar.

Assim que entendemos como funciona a relação entre os personagens Fitz já está quase pronto para a primeira missão em nome da defesa dos Seis Ducados e por ser o primeiro livro de uma trilogia obviamente terminados parte dessa história com um enorme cliffhanger ou seja se prepare para uma leitura deliciosa e espere loucamente pela sequencia !


Ps: Resenha completa no www.prateleiradecima.com.br

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