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Frank e o amor

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Não é só mais um livro Young Adult. Frank e o Amor fala de temas absurdamente importantes através de uma visão adolescente. Não fala apenas sobre apaixonar-se, descobrir o amor, mas sim sobre a recepção dos imigrantes, de outras culturas, nos Estados Unidos, e como todos lidam com isso.

Em Frank e o Amor, nós vamos conhecer a história de Frank Li, um adolescente de 17 anos, que está no último ano do Ensino Médio e está em época de vestibular. Frank é a primeira geração nascida nos Estados Unidos, após seus pais coreanos chegarem na América em busca de uma vida melhor. Lá eles também tiveram Hanna, a irmã mais velha de Frank.

Como coreanos, os pais de Frank queriam que tudo continuasse como os costumes da Coréia e que os dois filhos se casassem com descentes de coreanos também, Mas as coisas não acontecem assim. Fran vai se apaixonar por uma menina da escola que é fora da sua realidade. E para sair com ela escondido dos pais, ele passa a ter um relacionamento de fachada com Joy, que é filha de um casal coreano amigos dos pais de Frank.

Porém, a história vai muito além disso, muito além de uma história de amor entre adolescentes. Coisas vão acontecendo e fazendo com que os personagens amadureçam, tanto os adolescentes quanto os adultos. E são esses acontecimentos que deixam a trama ainda mais interessante. Esses conflitos são bem mais interessantes.

É um livro sobre aceitação de outras culturas, sobre imigração e mais importante, uma história sobre pessoas, sobre suas jornadas e dos caminhos que elas percorrem para chegar onde querem. Eu li super rapidinho e quando engrenei a leitura me vi, num piscar de olhos, em 90% do livro.

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Eu gostei muito da noção de cultura que esse livro trouxe, o livro aborda muito bem a questão com a família do Frank e da Joy.
Os personagens são interessantes, mas senti que só o Frank foi bem desenvolvido, o restante não tiveram uma grande evolução. Apesar disso, consegui me apegar aos personagens, fiquei torcendo para eles passarem na faculdade dos sonhos deles.
A tradução foi incrível, fez a escrita ser muito confortável de ler e muito rápida, quando notava já tinha lido 20%.
Um ponto negativo que achei foram os dois romances que aconteceram muito rápido e sem muito desenvolvimento, o que me atrapalhou um pouco na leitura.
Fora isso, acredito que é uma leitura muito válida e que você se diverte bastante.

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A história a princípio parece ser bem simples. Frank começa a sair com a garota de seus sonhos, Brit Means e tudo se complica porque nunca conseguiu conciliar as expectativas de sua família tradicional coreana com sua vida de adolescente na Califórnia.

Para poder continuar saindo com quem quiser, Frank começa um namoro de mentira com Joy Song, filha de um casal de amigos da família, que está passando pelo mesmo problema. Parece o plano perfeito, mas logo Frank vai perceber que talvez não entenda o amor ― e a si mesmo ― tão bem assim. E o que poderia ser a simples história de um triangulo amoroso traz muito mais no enredo.

Com uma narrativa em primeira pessoa, somos apresentados a vida de Frank, a questão do racismo entre as colônias de imigrantes que criam nichos e tentam manter sua origem mesmo em outra cultura. Problema que se agrava quando seus filhos nascem e se veem sem o sentimento de pertencimento, sem saber “onde se encaixam”.

"Q" é o personagem secundário que mais surpreende ao longo da trama, não apenas por sua amizade com Frank, mas também por expor de forma tão clara o que é ser negro e porque isso deve ou não ser importante. Como mesmo não concordando, precisa e sabe que em algumas situações será julgado apenas por sua cor de pele ou descendência trazendo à tona questões extremamente relevantes.

Conhecendo a história do autor, penso que esse livro seja um tanto autobiográfico e uma linda homenagem e reencontro com seu pai e sua própria história. Amei os destinos que cada um teve e confesso que em momento algum esperei as surpresas que aconteceram no final. Alguns desfechos foram incríveis por serem exatamente o esperado.

Recomendo a leitura onde todas as coisas convergem para que a trama no fim seja incrível e a história muito mais que um romance adolescente, que mesmo em sua aparente falta de significância, pode sim significar muito e por uma vida inteira.

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Eu não sabia bem o que esperar dessa leitura. Logo que foi anunciado eu fiquei curiosa para ler tanto pelo protagonista ser descendente de coreanos e o plot girar em torno dessa pressão vivida por ele em manter a "linhagem" nos EUA, como também pelo autor, então coreano também, ser marido da Nicola Yoon, de quem já li um livro e curti a escrita. Mas logo vi Frank receber feedbacks bem mistos e adiei a leitura, até enfim fazê-la esse ano. O saldo disso foi eu ficar em cima do muro com essa história.

Já adianto que o livro em si não é ruim, longe disso. A narrativa do autor, logo no começo, é bem envolvente, sem enrolações, o que muito fez com que eu, por vezes, não conseguisse pausar a leitura. Aliado e mais ainda que isso até, tem o plot do protagonista em busca de conseguir namorar uma garota branca sem o medo dos pais rejeitarem-na como aconteceu com sua irmã mais velha ao namorar um rapaz negro, e o que soa como algo pequeno, acaba se desdobrando em várias discussões e reflexões ao longo da história, desde os altos e baixos vividos pelos imigrantes, a sensaçâo de não pertencer nem a um país nem ao outro, como no caso de Frank e os demais descendentes ao seu redor, até questões de preconceito, racismo e afins que o autor aborda ora com firmeza, ora com sutileza em breves alfinetadas que muito me fizeram pensar à respeito.

Mas o livro não é feito só disso e, uma vez que tive meus altos e baixos com alguns personagens, tiveram sim pontos negativos. Começando pelo Frank que, como narrador, me irritou muito pelos excessos de palavrões juntamente com os amigos em qualquer diálogo. Não é querer bancar a santa (ainda que na verdade eu não fale palavrões mesmo), mas tudo tem limites, né? Só que faltou aqui. Outro ponto também foi como, do nada, a narrativa antes envolvente e fluída foi se apagando nos últimos 25%, quando o autor inseriu um plot twist que em outros termos teria trazido coisas bacanas ao livro, mas que, da forma como foi desenvolvido, soou forçado e avançou sem que eu me importasse muito mais com os personagens, culminando em um desfecho um tanto. apressado e com cara de aberto, em que a única reação que eu tive foi de indiferença.

Enfim, Frank e o Amor tinha um bom potencial, mas que o autor pareceu não conseguir desenvolver e manter com muita estabilidade. Algumas coisas me irritaram muito, principalmente sobre os personagens em si, mas também tiveram seus pontos positivos, como os debates sobre raça e cultura, a até mesmo a amizade sólida e divertida entre Frank, Q e Joy.

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A princípio, tive um estranhamento com o livro pois a falta de concordância verbal dos pais do Frank me irritavam. Assim como tive um estranhamente com "Flores para Algernon.
Porém, após receber que essa foi uma maneira ema que o autor teve, para mostrar que os pais do Frank não sabiam falar a língua inglesa direito, ai eu consegui entender o porque das escolha. Entretanto isso demorou alguns capítulos.
Esse é o único ponto que eu acho que pode ser negativo para muitos leitores que vão ler a obra. Mas de resto, não tive nenhum problema com a obra, pelo contrário, adorei conhecer mais sobre a cultura em que Frank e sua família tem.

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Frank é um adolescente normal que mora na Califórnia. Descendente de coreanos, seus pais não aceitam que ele namore meninas que não sejam coreanas. Para encobrir seu namoro com Brit, uma típica garota americana, Frank e sua amiga, também descendente de coreanos, Joy, fingem estar namorando. Assim, Frank pode sair com Brit a vontade e Joy pode sair com seu namorado descendente de chinês, Wu. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Gostaria de começar dizendo que, apesar de parecer ser apenas um romance clichê de relacionamento falso, esse livro é MUITO mais do que isso. Eu mesma li com essa intenção (quem acompanha sabe que eu adoro a temática, rs), mas fui surpreendida com a história que foi abordada. Claro, o clichê acontece, o clichê parece ser o motivo do livro, mas percebemos, no fim das contas, que ele nem é a parte importante dessa história.
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Honestamente, esse livro, ainda que bem linear, me fez passar por uma verdadeira montanha russa de emoções. A história fala bastante sobre preconceito (racial, social, sexual), imigração, pressão familiar, falta de tolerância, arrependimentos, perdão, sobre parar de focar apenas no próprio umbigo e prestar atenção nas pessoas ao seu redor, sobre entender o que os outros passam. Foi um verdadeiro ensinamento e me fez refletir várias coisas sobre a vida, a sociedade em que vivemos, o preconceito e, principalmente, sobre família. Indico para todos mas, já te aviso, não vá esperando um romancezinho bobo e nem que tenha um final fechado (nem sempre as histórias precisam de um final fechado). ⠀⠀⠀⠀
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Nota Final: 4,5 /5

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“Frank nunca conseguiu conciliar as expectativas de sua família tradicional coreana com sua vida de adolescente na Califórnia. E tudo se complica quando ele começa a sair com a garota de seus sonhos, Brit Means, que é engraçada, inteligente, linda... Basicamente a nora perfeita para seus pais -- caso tivesse origem coreana também.

Para poder continuar saindo com quem quiser, Frank começa um namoro de mentira com Joy Song, filha de um casal de amigos da família, que está passando pelo mesmo problema. Parece o plano perfeito, mas logo Frank vai perceber que talvez não entenda o amor - e a si mesmo - tão bem assim.”

A trama pode parecer previsível à primeira vista, pois a sinopse se assemelha muito a um filme de comédia romântica adolescente, com cenas engraçadas e planos mirabolantes que claramente vão levar ao um romance bonitinho, mas não se deixe enganar. Sim, o livro tem, até certo ponto, a leveza, o humor e a fofura desse tipo de história, mas ele também aborda vários assuntos importantes e complexos, como racismo, relações familiares e imigração.

Ao mesmo que tempo que vemos como Frank e Joyce precisam se virar para manter a história que eles criaram, também conhecemos a relação dos dois com suas respectivas famílias, a história e o modo como seus pais enxergam a vida e as pessoas dos Estados Unidos. E para mim essa foi a parte mais legal do livro.

Frank precisa lidar o tempo todo com as expectativas que os pais têm para ele, ao mesmo tempo que aprende o que realmente quer pra si e cresce com essas experiências. E, de muitos modos, esse é um livro sobre fala crescer e tudo o que isso acarreta. Seja conhecer seus pais como pessoas com histórias próprias e independentes de você, seja aprendendo lidar com as diversas facetas da vida adulta, inclusive as desagradáveis.

Gostei muito de ler “Frank e o amor” e ele superou em muito as minhas expectativas. Esperava ler algo fofo e leve, que me distraísse do momento atual e recebi isso e uma história cativante, que me deixou com os olhos cheio d’água mais de uma vez.

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Quando eu descobri esse livro eu achei ele muito interessante, fiquei ainda mais interessado nele quando descobrir que o David Yoon era o marido da Nicola Yoon, autora que eu adoro e que li os livros lançados no Brasil, claro que não perdi tempo e quando tive oportunidade eu logo peguei o livro para ler.

Para começar a falar sobre esse livro eu preciso dizer que fiquei muito incomodado com algumas situações que acontecem em sua primeira parte, eu escrevi uma carta aberta para Frank, detalhando as atitudes dele que me incomodaram e só depois disso consegui dar continuidade a leitura, mas, que bom que eu não desisti de ler o livro, porque eu terminei completamente apaixonado pela leitura.

A escrita do David é realmente muito gostosa e fluída, mesmo enquanto estava com problemas para ler o livro eu percebi isso, pois, o que me incomodou na leitura foi o quão realista o autor conseguia ser em sua narrativa, mas a forma como ele desenvolve a história é de um crescente impressionante, a história só vai ficando melhor e claro foi me deixando mais e mais imerso nela.

Inicialmente eu tive alguns problemas com Frank, mas, o seu desenvolvimento realmente me deixou muito feliz e satisfeito como não achei que conseguiria ficar, escrever a carta aberta me ajudou bastante a compreender melhor o personagem, suas atitudes e escolha, e isso acabou por tornar a evolução dele ainda mais preciosa. Amei conhecer Joy, ela é meio doida, mas, muito divertida uma personagem carismática sem esforço nenhum. Sem dúvidas o personagem que mais gostei foi Q, melhor amigo de Frank, sempre disposto a ajudar o amigo, sempre com um bom conselho, divertido, descolado ainda que um completo nerd.

Passada a dificuldade inicial eu acabei tão envolvido na leitura que eu simplesmente a terminei em um dia, ao iniciar a leitura nós esperamos um romance adolescente, mas David entrega muito mais do que isso, Frank lida com a amor em suas várias facetas, o amor da sua família, o amor dos seus amigos, e claro o amor romântico. Frank começou com o pé esquerdo, mas no fim ele me conquistou por completo.

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Quando comecei "Frank e o amor", acho que esperava uma história um pouco diferente daquela que recebi, mas ainda assim, eu fiquei muito feliz que foi essa história que chegou até mim. É um livro muito interessante para se falar sobre família, questões raciais e relacionamentos em geral.

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Frank Li não é um norte-americano comum. Ele é um filho de coreanos que migraram para a Califórnia na década de 1980. Por isso, toda a sua vida foi composta de inúmeros compromissos sociais com outros imigrantes coreanos, alimentação oriental e o pior... uma redoma muitíssimo dotada de preconceito. Aos desavisados fãs de k-culture: sul-coreanos podem ser pessoas bastante preconceituosas. Com negros, latinos e qualquer outro ser humano que não tenha olhos puxados, pele clara, e fluência nativa em coreano. Em Frank e o Amor, o preconceito coreano e a incapacidade dos Sr. e Sra. Li aprisionam a vida amorosa do secundarista prestes a se mudar para o outro lado do país.

Nos primeiros capítulos, Frank e Q querem fazer valer seu último ano de ensino médio, se apaixonarem e se arriscarem como dois nerds que nunca antes apostaram no amor. Frank e Q estão sempre juntos, e apesar de ser negro, a família Li o aceita bem. E é nesse momento que eles conhecem, na turma de cálculo avançado, Brit Means. Uma garota perfeita, o clichê americano disposta a fazer um trabalho em dupla com Frank. E como bons secundaristas em busca de aventura, logo as fagulhas de um relacionamento proibido começam a queimar. A família Li é incapaz de aceitar o namoro com uma garota branca, por isso, Frank recorre à Joy.

Desde pequeno, Frank frequenta a casa de Joy para reuniões de seus pais, conversam bastante, mas se ignoram na escola. Mantêm a relação apenas na frente da família. Mas agora ambos namoram com cônjuges que suas famílias jamais aceitariam, assim eles começam a forjar um namoro para poder manterem seus relacionamentos reais intactos. Você deve ter imaginado um final clichê e feliz, certo? Errado! David Yoon passa pelo final clichê 100 páginas antes do fim e a partir dali começa o verdadeiro final inesperado, de tirar o fôlego e arrancar lágrimas de quem já passou pela ruptura de se mudar para bem longe para fazer faculdade. A doçura das cenas me lembrou Cidades de Papel e o tempo todo nas últimas páginas, parecia estar tocando Smile, do Mikky Ekko na minha cabeça (trilha sonora do filme baseado na obra de John Green).

Antes de começar a leitura, eu não sabia que traria minhas temáticas preferidas: cultura coreana e último ano do ensino médio. No quesito cultura coreana, enquanto os romances de Frank desenrolam-se, existem passagens em primeira pessoa explicando as numerologias de nomes coreanos, a sua alimentação, hábitos de consumo e o estilo trabalhador exaustivo dos adultos da terra do k-pop. Foi uma imersão completamente diferente do que é entregue em doramas ou clipes de k-pop. Além disso, a temática do último ano do ensino médio, aquele clima de "agora ou nunca" que eu amo desde As Vantagens de Ser Invisível, está lá. Enquanto Frank e Q enviam suas cartas de motivação prestam vestibular, muitas emoções acontecem e as explicações sobre porque escolher Harvard ou MIT nos imergem também na cultura estadunidense. Ou seja: Frank e o Amor é uma viagem intercontinental gratuita.

Apesar das comparações com outras grandes obras da literatura infanto-juvenil contemporânea, "Francamente apaixonado" (tradução literal do título original, bem melhor que a oficial, em minha opinião) é um livro doce, apaixonante, leve, com cenas que estarão gravadas na minha cabeça sempre que lembrar. Noites no parque de diversões no píer, momentos secretos em estacionamentos vazios e demais ambientações incríveis. Por fim, uma narrativa em primeira pessoa que nos faz perceber, que quando nos apaixonamos, tudo o que queremos é leveza e paz para viver aquele sentimento até o momento em que perde o sentido e ambos tem que seguir novas rotas.

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Em Frank e o Amor temos um protagonista filho de coreanos que imigraram para a Califórnia. Então não é difícil imaginar que Frank foi criado em uma bolha oriental. Aliás, talvez vocês não saibam, mas os sul-coreanos podem ser pessoas muito preconceituosas com negros, latinos e quaisquer outras pessoas que não sejam como eles. Aí o que acontece? Frank se apaixona por Brit Means, uma norte-americana comum que nunca será aceita por sua família.

Eis que Frank tem a incrível ideia de pedir ajuda a Joy, uma coreana que conhece das reuniões de seus pais - lembram da bolha? Pois é, eles meio que se relacionam só com outros imigrantes coreanos. Ela também namora com uma pessoa que seus pais jamais aceitariam, então eles resolvem forjar um namoro para conseguirem manter um relacionamento com as pessoas que gostam de verdade. Se engana quem acha que esse livro tem um final feliz, digno de enredos com clichês iguais ao citado anteriormente. Obviamente ainda é uma trama bem adolescente, mas David Yoon muda o curso da história de uma hora para outra e nos presenteia com um fim totalmente inesperado.

Gostei muito da forma como o autor apresentou a cultura coreana, algo que eu nem sabia que ia gostar! Enquanto os romances tomam forma, Yoon nos apresenta algumas passagens em primeira pessoa que explicam as numerologias de nomes coreanos, a sua alimentação, hábitos de consumo e até mesmo o estilo de trabalho deles. Além disso, tem uma coisa que eu gosto muito, que é essa temática escolar, principalmente envolvendo o último ano do ensino médio, onde os jovens supostamente têm que tomar decisões que afetarão o futuro deles. Esse tipo de livro nunca fica cansativo para mim!

De forma geral, Frank e o Amor me surpreendeu bastante. Vi um bocado de críticas negativas sobre o livro, mas acredito que David Yoon escreve perfeitamente bem para o público adolescente. É uma história leve e doce, ingredientes que fazem a gente morrer de amores sem esforço algum. Além do mais, a narrativa em primeira pessoa ajuda muito no quesito "criar vínculo" com o personagem, um dos pontos que me fez afeiçoar tanto à essa história.

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Apaixonante do começo ao fim.
Todas as questões raciais abordadas enriquecem a narrativa, deixando-a interessante.
Tenho certeza que de alguma forma, em algumas mais e em outras menos, o livro tocará diversas pessoas.

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Confesso que não tinha grandes expectativas ao começar a ler Frank e o Amor e, francamente, comecei a leitura para tentar sair de uma fase ruim de livros que não me prendiam, então, a única coisa que esperava desse volume era que fosse uma história de amor, e, no seu âmago, é uma história de amor, porém é mais do que uma história de amor romântico, é uma livro sobre todos os tipos de amores: fraternos, familiares, amorosos, por si próprio, etc.

Aqui iremos acompanhar a história de um adolescente, o Frank, que é descendente de coreanos, porém, ele pouco sabe sobre o país em que seus pais viveram e decidiram trocar pelos Estados Unidos, inclusive ela não sabe muito falar coreano, por isso sua comunicação com seus pais beira aos monossílabos, já que os pais também não sabem falar muito bem inglês.

Apesar de sua família ter deixado a Coreia do Sul, eles seguem os padrões bem tradicionalista de seu país e, inclusive, fazem encontros com outros coreanos que moram nos Estados Unidos, como uma forma de ainda terem uma conexão com a Coreia e despertar nos filhos o amor pelo país.

Para completar, praticamente todos os pais do grupo sonham que seus filhos se relacionem, pois querem manter a "raça", o que para Frank e os outros jovens do grupo, é um absurdo e uma mistura de preconceito racista.

Ainda no meio de todos esses detalhes, Frank e os amigos estão no último ano do ensino médio e estão lidando com as aplicações para as universidades e a busca por seus sonhos. Como se não bastasse todos esses contornos - que para os jovens é tudo muito complicado - Frank se apaixona por uma americana: Brit.

Como lidar com tudo isso? Eu super entrei na pele de Frank e consegui me lembrar que na adolescência achamos tudo isso muito complicado e "becos sem saída", então eu consegui me envolver bastante. Entretanto, os dilemas amorosos de Frank nem chegaram perto de serem tão empolgantes como outras reflexões que o livro proporcionou.

Claramente, o romance amoroso em Frank e o Amor não é o foco total do livro, pois durante toda a narrativa somos confrontados com a situação de Frank se sentir um estrangeiro, por ter ascendência coreana, pela forma com os pais o tratam. É aí que também entramos em contato com o relacionamento de Frank e os pais, o tradicionalismo e a rigidez da cultura coreana, a falta de diálogo e ao mesmo tempo a forma como o amor entre eles é foi construído no meio de silêncios, em meio ao não dito.

Ainda dentro de Frank e o Amor o escritor nos colocou diante de outra forma genuína de amor: entre amigos, a forma como há um relacionamento tão profundo, troca de olhares e mutuo entendimento quando você tem um verdadeiro amigo, e como essa relação sobrevive mesmo diante dos problemas e descobertas da vida.

Definitivamente, Frank e o Amor é um livro que, de certa forma, mesmo sendo e tendo linguagem simples, aborda grandes e profundos temas, é um livro sensível, pulsante e "vivo". Para completar, um detalhe que realmente amo em livros jovens é os sarcasmos dos personagens, simplesmente Frank e seu melhor amigo Q são fabulosos nos diálogos.


Para finalizar, acredito que eu deva voltar a frisar que Frank e o Amor é mais do que um livro de romance entre um casal, por que estou frisando isso? Vi algumas pessoas que foram com sede demais ao livro shippando Frank e Brit e quando viram que o livro não se tratava apenas dos dois acharam "chato".

Por favor, para um livro ser bom ele não precisa focar no romance romântico, tá? Achei genial os contornos que Yoon deu ao seu livro, só acredito que o leitor precise se preparar para não focar apenas no casal principal, mas focar em todos os personagens. Com certeza, você gostará ainda mais desse livro. Eu amei!

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David Yoon acaba de chegar para os leitores brasileiros com Frank e o Amor publicado pela editora Seguinte, selo da nossa maravilhosa parceira Companhia das Letras. O livro lançando no início dezembro traz um incrível romance juvenil, repleto de clichês e reflexões necessárias. Confira um pouquinho mais dessa obra.

Frank Li é um jovem americano nascido na Califórnia, mas ele também é recebe o nome Sung-Min Li pois têm ascendência coreana. Antes de seu nascimento seus pais migraram para os EUA e agora, cursando seu último ano no Ensino Médio, o adolescente começa a enfrentar vários dilemas, entre eles a própria identidade. Qual faculdade escolher? Como lidar com o amor? Mais coreano ou mais americano?

"E não tem determinação maior do que aquela de amar quem se quer."

Todas essas questões rodeiam a cabeça de Frank e, além do pesar de todas essas dúvidas, ainda há o racismo que existe em sua própria casa. Tudo que o garoto deseja é ter uma vida normal, curtindo com seu amigo antes de enfrentar a faculdade e aproveitando os momentos com a garota que gosta. E a jovem se chama Brit Means, uma garota branca.

"Você ama o bastante pra chorar, admiro isso."

Joy Song surge na história na mesma situação que Frank, pois está apaixonada por uma pessoa que não é coreana. Assim é que começa a se desenvolver o seguinte plano: fingir um relacionamento entre ambos. Desta forma tanto Frank quanto Joy conseguiriam sair com seus verdadeiros encontros.

"Ela parece exatamente como eu me sinto: presa."

Logo no início o enredo parece ser uma grande história de amor juvenil, com muita fofura e aqueles clichês que no fundo todos amam. Os dramas amorosos existem, mas ficam de lado quando comparados as tramas entre os familiares. Desta maneira a leitura fica cada vez mais intensa e profunda, fazendo com que o leitor sinta múltiplas emoções em cada capítulo.

"(...) dói um pouco mais a cada vez."

A narração aborda sobre valores, culturas e a própria sociedade, afinal é uma realidade de muitas pessoas. Com o Frank o leitor experimenta as frustrações de muitas vezes não ser ouvido pela família, a falta de diálogo que há no convívio com aqueles que amam e compartilha importância de haver respeito entre TODOS. A obra é extremamente surpreendente e repleta de lições valiosas!

"As pessoas que se permitem aprender são as melhores."

O melhor de tudo isso é perceber a possibilidade de existir um pouco do próprio autor no personagem, tornando o enredo um pouco mais real. Afinal, vocês reconheceram o sobrenome deste brilhante autor? Ele é casado com Nicola Yoon, a magnífica autora de Tudo e Todas as Coisas.

O livro é narrado pelo protagonista fazendo uso de uma fala mais adolescente, ainda está inserido diálogos que envolvem a cultura coreana. A obra conta com uma capa extraordinária contendo um efeito bem atrativo e diferenciado. A escrita simples e impecável ressalta a preciosidade de ensinamentos que há em cada linha, então não deixe de conferir esse tesouro.

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Este ebook foi concedido pela editora em troca de uma resenha honesta.

Essa resenha não é muito positiva, então talvez tenha alguns spoilers para embasar meus argumentos. Continue por sua conta e risco…

Se você olhou a capa, o título, a sinopse e gritou de satisfação pensando que ia se alimentar com mais um "fake-date" fofinho, prepare-se para um grande anticlímax com a obra.

Frank e o Amor é o romance YA de estreia de David Yoon. (O sobrenome soa familiar? Ele é o marido da Nicola Yoon, autora dos aclamados "O Sol Também é Uma Estrela" e "Tudo e Todas as Coisas"). O livro conta a história de Frank Li, um garoto que faz parte da segunda geração da família Li como imigrantes coreanos nos Estados Unidos. Segundo Frank, a sua família vive numa bolha coreana desde que chegaram no país, o que os tornam extremamente racistas com quem não tem as mesmas origens que eles.

Logo no começo, já percebemos que o racismo é tão extremo que a irmã mais velha de Frank, Hanna, foi "deserdada" por namorar, e então casar, com um cara negro, cortando assim praticamente todo o contato que ela tinha com a família.

Sim, uau.

Por causa disso, é compreensível o receio de Frank sobre quem ele deve "escolher" para namorar. Ele diz que a garota só precisa ser "boa e engraçada", mas no fundo ele também sabe que ela precisa ser coreana.

E é previsível que a primeira menina que ele vai ser apaixonar seja uma branca que não passou nem perto de nenhuma das Coréias: Brit Means. Eles são fofinhos juntos. Brit o tempo todo parece ser uma pessoa legal e bem compreensiva, mas o medo de que os pais de Frank descubram sobre os dois é o suficiente para deixá-lo em estado de pânico e ter a brilhante ideia de fingir estar namorando Joy, uma descendente coreana do círculo de amigos da família Li que também precisa esconder seu namoro com um garoto chinês. Tudo isso sem contar nada aos respectivos pares.

Francamente, Frank...

Lógico que isso acaba não dando muito certo. Não só porque era um plano super frágil e uma mentira insensível com os companheiros, mas também porque, do nada, depois de anos convivendo juntos, trocando algumas piadinhas e alguns momentos de consolo, Frank e Joy descobrem que estão perdidamente apaixonados um pelo outro.

E foi um momento tão "puts, você tomou banho e colocou uma roupa legal, acho que te amo" que eu reli umas duas páginas de novo, só para ver o que mudou de repente.

Não me levem a mal, Frank e Joy formariam um casal bem interessante, mas a forma como tudo aconteceu foi meio...desleixada? Enfim, podemos tentar defender que o amor é assim mesmo e que age de maneiras estranhas, mas a maior sensação que eu tive era que Frank e Joy, decretando amor um pelo outro, estavam tirando um pedregulho de dentro do sapato, uma tonelada dos ombros: finalmente, eles não precisariam ter que desafiar as regras dos pais.

Foi conveniente e confortável para os dois. Foi mais fácil. Para mim foi muito menos uma declaração de amor e mais um acordo tácito do tipo "vamos pegar o caminho largo" porque nenhum dos dois queriam lutar pelo o que eles diziam que amavam no primeiro instante. Principalmente Joy, que, no primeiro obstáculo que apareceu entre ela e Frank, também resolveu ir pelo caminho menos "doloroso".

"O que me faz perceber que o amor é uma crença mútua. Assim que a crença esvanece de um dos lados, puf, a coisa toda cai de cara no chão, como um cabo de guerra que de repente só tem um lado."

A obra, porém, não é de todo ruim. Admito que me diverti em várias partes do livro e que ele levanta o assunto do racismo e dos preconceitos contra os imigrantes de uma forma bem aberta. (Embora, como não é o meu lugar de fala, eu dei uma pesquisada com os leitores que se identificam com os assuntos e muitos deles declararam que poderia ter havido uma abordagem mais profunda.)

"— Eu poderia começar um serviço de música bem-sucedido [...],e para esses idiotas ainda seria coreano antes de tudo.
— Um homem pode ser presidente dos Estados Unidos, mas para esses idiotas, ele é antes de tudo negro. [...] Gente branca pode ser tudo o que quiser e ser branca por último, não antes de tudo."

Acho que os problemas com Frank e o Amor foram a expectativa que a mídia lançou nos leitores e o protagonista um tanto complicado de se relacionar. É um livro que fala sobre os diversos amores: entre amigos, entre namorados, entre irmãos e entre a família em geral; e tem personagens secundários profundos e cativantes que poderiam ter tido mais desenvolvimento. É uma leitura interessante para passar o tempo, mas não acho que repetiria, embora a escrita de David seja bem levezinha e eu daria outra chance a um novo livro dele no futuro.

"Todo mundo tem a beleza dentro de si, basta olhar com cuidado. Muita coisa no mundo é assim."

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Frank e o Amor é o primeiro livro de David Yoon e ele mandou muito bem! A leitura flui muito fácil, sem contar que a forma como ele decidiu escrever deixou a história super engraçada (sim, eu ri alto várias vezes durante a leitura). Mas para quem gosta de um draminha básico, também tem uma partes bem emocionantes que fizeram umas lágrimas rolarem…

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Recebi esta arc da Companhia das Letras e fiquei bastante animada com o plot da história. Isso porque Frank é um americano descendente de coreanos, com pais coreanos que inclusive falam muito mal o inglês, que não aceitam que ele namore qualquer outra pessoa a não ser que a garota seja coreana assim como eles. Só que Frank acaba se apaixonando por Brit Means, uma garota super engraçada e gentil, mas que infelizmente é branca descendente de europeus. Para conseguir um pouco de liberdade e namorar quem quiser, ele e Joy Song, a filha de um dos amigos de seus pais que também é coreana e passa pelo mesmo problema com o namorado chinês, resolvem fingir que estão namorando para a família de ambos.

Com muita leveza e sarcasmo, David Yoon traz uma crítica ferrenha ao racismo presente na sociedade. O pai e a mãe de Frank, e até mesmo seus amigos coreanos, se colocam em um pedestal de superioridade às outras etnias, como se só eles fossem importantes e por este fato, eles só se relacionam com quem também é coreano. Por isso Frank precisa casar e namorar garotas que venham da mesma linhagem que ele, o que é um absurdo porque um garoto de quase dezoito anos pode namorar quem quiser. O fato dos pais deles serem tão mente fechada para o tipo de assunto é desesperador, ainda mais quando eles tem uma postura racista a maior parte do tempo e quando Frank põe isso em xeque, eles argumentam que estão apenas brincando. Uma coisa muito comum de quem é racista mas finge que não é.

O interessante da obra é que o autor acrescenta vários personagens de outras etnias que vão de contra a essa ideia de que os coreanos são os únicos presentes na história. Ele nos apresenta Q, o melhor amigo de Frank que é negro, Wu, o namorado chinês de Joy e a própria Brit, que teve a sorte de ser só uma "branca". E se o autor tivesse parado aí eu acho que teria sido bastante convincente e a história teria fluido de uma forma bem interessante. Só que ele resolveu tomar outros rumos, o que acabou me incomodando bastante.

ALERTA SPOILER
A ideia da trama é apresentar esse impasse do Frank ao se apaixonar por uma menina branca, e fazer ele perceber que no final ele gosta mesmo é da Joy, sua amiga coreana. Isso não é nenhuma novidade porque tá presente na sinopse do livro ali em cima. O problema é que até a metade do livro, a Brit é inserida como a namorada perfeita do cara, com quem ele vai descobrindo as primeiras coisas a respeito de se apaixonar e faz com que o leitor acabe se apegando a ela também, porque de fato, a Brit é uma personagem muito maravilhosa. Ela é divertida, engraçada, não é preconceituosa, gosta de verdade do Frank e tals. Só que em nenhum momento eu senti que o autor estava subdesenvolvendo o romance entre o Frank e a Joy. Porque se cria uma espécia de triângulo amoroso onde a gente sabe que o personagem vai ficar com outra pessoa, o leitor imagina que o autor vai desenvolvendo o casal implicitamente até que eles descubram que sempre se amaram e tals.

Só que pra mim isso não rolou. a Joy ela se apresenta a todos momentos somente como uma amiga e eu não consegui enxergar nada romântico acontecendo entre ela e o Frank. Então eu não comprei a ideia do casal porque pra mim ela não foi bem vendida, eu achei que eles não tinham que ficar juntos e até se ficasse, ia ser meio sem graça porque ia de contra toda a ideia do cara ir contra os pais e namorar alguém que não fosse coreano. Até porque a irmã mais velha de Frank, Hana, namora um caro negro e os pais deles basicamente fingem que ela não existe por causa dessa decisão. O enredo pra mim perfeito seria se o Frank fosse também de contra a imposição dos pais e taca-se um foda-se pra eles. Mas tudo o que basicamente acontece é Frank fingindo que namora outra garota sem confrontar os pais em nenhum momento sobre isso, e no fim, ele terminando com ele porque magicamente ele descobriu que gosta da Joy e que ela é o amor da sua vida. Gente, vocês não tem noção do quanto isso me incomodou. Meu coração ficou extremamente acelerado por causa disso porque pra mim foi o pior rumo que o autor poderia ter tomado. Pra mim o livro acabou ali, eu não conseguia mais ler de tanta raiva que eu tava sentindo do Frank e da Joy, que do nada se tornou o casal perfeito.

Isso não quer dizer que se você ler o livro, você vai ter a mesma sensação que eu. Muita gente nas resenhas disse que gostou da obra, e eu acredito que porque gostaram da Joy com o Frank. Mas eu já estava muito #TeamBrit pra conseguir mudar minha decisão e por isso acabei não gostando mais do enredo.

TERMINOU SPOILER
Mas nem só disso se vive o livro. Lá pelo fim das páginas, o autor cria uma tensão entre a família do Frank e ele mesmo. E pra mim foi a parte mais sensível da história, porque é quando vemos um embate entre o Frank e os pensamentos racistas dos pais. E outras coisinhas a mais que vou deixar que vocês descubram. Como eu já estava puta pelos caminhos que a história tinha tomado, eu não consegui mais me conectar com os personagens, então o final, apesar de emocionante, não me tocou de nenhuma forma.

É claro que a minha opinião é uma coisa bem individual e proveniente de um momento meu com a história. Se você ler Frank e o Amor, eu espero que tenha uma experiência bem melhor com o livro e me conte o que você gostou. De toda forma, minha nota ia ser 2,5 KKKKK Mas eu não posso descartar toda a ideia da trama por causa de uma coisa que eu não gostei. Até porque o tema abordado é muito interessante e a narrativa do autor é muto legal mesmo. Então optei pelo 3 KKKK Mas assim, como eu disse ali em cima, acho que cada um precisa tirar suas próprias conclusões do que realmente gostou ou não na história. Convido a vocês fazerem isso, e se você já leu, me conta aí nos comentários se gostou ou não.

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"Vou te dizer uma coisa. Vivo para fazer as pessoas rirem. Pais, irmãos, amigos, amantes, não importa. Só preciso fazer isso. Se por algum motivo você não sabe fazer alguém rir, aprenda. Estude como se fosse pro vestibular. Se tiver a infelicidade de não haver ninguém na sua vida que te faça rir, largue tudo e encontre essa pessoa. Atravesse o deserto se precisar. Porque risada não tem só a ver com graça. É a música das profundezas do cosmo que conecta todos os seres humanos e que diz tudo o que as palavras não conseguem expressar".

Frank e o Amor foi um livro que me surpreendeu. Depois de algumas decepções recentes com o gênero jovem adulto eu estava um pouco desiludida, confesso, mas que bom (!) que resolvi ler esse logo. Primeiro porque a Aline (@ousejalivros) amou e temos gostos parecidos, segundo porque eu estava precisando de um livro leve e divertido. E esse é definitivamente um livro super divertido e envolvente.

Aqui conhecemos Frank Li, um adolescente que vive com seus pais coreanos, tem um melhor amigo chamado Q, um histórico escolar impecável e uma namorada, Britt, que precisa esconder da família supertradicional. Para conseguir esconder o namoro com uma garota branca, ele entra em um acordo com sua amiga Joy, também coreana, que namora um chinês (seria inaceitável para seus pais). Juntos eles montam um namoro de mentira. Como sabemos, isso não costuma dar muito certo.

Livro super divertido, mas que toca em temas sensíveis, como pressão familiar, preconceitos e racismo. E tem bastante representatividade!Também fala sobre amizade, primeiro amor e o medo do desconhecido. Me lembrou bastante Cidades de Papel (um dos meus favoritos do gênero), principalmente na forma como o autor abordou a amizade entre os personagens e as diferentes formas de amar.

Tem algumas inconsistências? Tem. Achei alguns capítulos repetitivos, outros foram pouco aprofundados quando deveriam. Não é um livro perfeito, mas foi escrito de tal forma que é impossível não acreditar que o David Yoon colocou todo seu coração nesse que é seu livro de estreia.

Recomendo! É realmente um livro apaixonante. E me fez rir pra caramba! 💖

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“ Você ama o bastante pra chorar.”
Quem me conhece sabe como eu gosto de ler a visão masculina sobre o amor, pois num universo predominantemente feminino onde elas colocam o que eles pensam é sempre interessante descobrir como eles realmente veem o amor.
Frank e o Amor é o romance de estreia de David Yoon e vem mostrar muito da cultura coreana nos Estados Unidos, preconceitos entre raças, auto descobertas e muito amor.
Frank é um garoto coreano que está no último ano do ensino médio mas que ainda não conseguiu perceber a própria força. Ele vive à sombra das regras rigorosas dos pais. Junto com o melhor amigo Q e a amiga Joy, ele vai mergulhar no amor em todas as suas faces: o amor-próprio, o amor fraternal, o amor familiar e o primeiro amor.
De início, tive uma certa dificuldade em conseguir entrar na história pois os pensamentos do personagem são ligados em 220 voltz , pois o escritor escolhe apresentar em detalhes o que estava acontecendo na vida de Frank e de quem estava a sua volta. Aos poucos, fui conseguindo conectar com o personagem e seus dilemas.
3/5 estrelas

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Quando li a sinopse de "Frank e o amor", imaginei um livro bem diferente. Um fake dating bem fofinho, daqueles de fazer suspirar e o coração transbordar de amor. Mas, como já disse, "Frank e o amor" é um livro bem diferente do que eu imaginava e essa surpresa não podia ser melhor.

Esse livro é tão encantador! Devorei as páginas (mesmo que tentasse inutilmente ler mais devagar), ri, chorei, amei e cresci com os personagens. Me apaixonei pelos personagens tão bem construídos e tão cativantes. Fiquei emocionada com a representatividade tão bem feita e que sei que deixará muitos corações alegres. Amei a escrita envolvente do David Yoon e torci para que escreva mais e sempre.

Saio dessa leitura emocionada e com um gosto agridoce e bem-vindo nos lábios. Obrigada por me proporcionar essa leitura!

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