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A prometida

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A leitura é bem fluida, coisa que a autora faz muito bem, mas no final das contas acabou sendo esquecível. Nenhum dos personagens têm charme, carisma ou qualquer característica que me fizesse torcer por eles (tanto a favor como contra) e a história em si, no final das contas, não é interessante, nenhum dos possíveis pretendentes têm química com a protagonista e os diálogos parecem engessados. O que me manteve lendo até o fim foi mesmo a escrita da autora. Apesar de tudo, não é um livro ruim. É apenas tanto faz. Pretendo ler a continuação quando sair porque pode ser que alguns pontos que tinham potencial nesse livro e não foram desenvolvidos acabem tendo mais atenção depois.

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Primeiramente, obrigada, NetGalley e Seguinte, por disponibilizarem o livro.

Quando o rei Jameson se declara para lady Hollis, ela fica radiante. Afinal, a jovem cresceu no castelo, competindo com as outras damas da nobreza pela atenção do rei. Cheia de ideias e opiniões, logo Hollis percebe que, por mais que os sentimentos por Jameson sejam verdadeiros, estar ao seu lado a transforma num mero enfeite. Tudo fica ainda mais confuso quando ela conhece Silas, um estrangeiro que parece enxergá-la como realmente é.

O que eu poderia falar sobre os personagens? A questão é que não sei se os conheço, esse é o primeiro problema da obra em questão. Os personagens não são bem desenvolvidos, não sabemos suas intenções, seus anseios e não podemos prever o destino deles.

A escrita da Kiera Cass é muito fluida, eu li esse livro em poucas horas. Entretanto, apenas uma boa escrita não foi suficiente para garantir uma boa leitura. Se os personagens não são desenvolvidos, os acontecimentos muito menos. As relações de amizade e de amor não possuem conexão ou sentimento. Ler este livro foi como ouvir alguém contar sobre o que aconteceu com outra pessoa, há distanciamento.

O desfecho oi bem inesperado. Poderia ter sido emocionante e vibrante se o livro possuísse um bom desenvolvimento para nos conectar à história.

Sabe aquele livro que poderia ter sido bom? “A prometida” tem um bom enredo, tem reviravoltas, segredos, política, mas... tudo isso ficou solto num texto não muito bem construído. Eu gostei do que aconteceu, tenho até curiosidade em conhecer o rumo que a autora pretende dar, mas não consegui gostar de nenhum personagem e nem torcer por ninguém. O livro tem mais de 300 páginas, ainda assim senti que tudo ficou muito superficial, infelizmente.

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Cheia de ideias e opiniões, logo Hollis percebe que, por mais que os sentimentos de Jameson sejam verdadeiros, estar ao seu lado a transformaria num simples enfeite. Tudo fica ainda mais confuso quando ela conhece Silas, um estrangeiro que parece enxergá-la - e aceitá-la - como realmente é. Só que seguir seu coração significaria decepcionar todos à sua volta...
Hollis está diante de uma encruzilhada - qual caminho levará ao seu final feliz?
Pelo visto a dona Kiera Cass está cheia de novidades para os seus fãs nessa quarentena. Para quem não conhece a autora, ela é estadunidense, formada em história , e conhecida por sua série de livros “A Seleção” (35 pretendentes, mas apenas 1 coroa) e também pelo livro ‘A Sereia”. Recentemente fomos agraciados pela grande noticia da adaptação da série” A seleção “pela Netflix e agora estamos em mãos com sua nova série de livros para curtir e fugir um pouco dessa nossa prisão. A prometida é o titulo do primeiro volume da série.

Assim embarcamos em mais um universo de reis e nobres, na esperança de um novo casamento real. A trama já se dar no meio do flerte entre nossa protagonista, Hollis, e o rei Jameson, do reino de Coroa. O que aparentava apenas um passageiro relacionamento, assim como os anteriores, está aos poucos se tornando uma oportunidade da coroação de uma nova rainha. Contudo, tudo começa mudar para Hollis conforme a pressão da coroa se torna cada ez mais presente e piora com o aparecimento de uma família de estrangeiros com um garoto de belos olhos azuis.

Podemos sentir um pouco da pegada da seleção nas páginas dessa nova série, mas, pelo menos nesse primeiro livro, não tem como se buscar o mesmo nível, mas ainda assim parece ser um enredo que promete. A trama tem tudo para desenvolver grandes plots, entendo que, como primeiro livro, ele tenha que preparar e introduzir a história, mas na seleção eu devorei o livro e tive tudo e mais um pouco do que esperava. No que diz respeito a leitura, não há o que reclamar da fluidez do livro, o que o torna uma leitura super rápida, mas me incomodou algumas passagens de tempo na história que trocavam do nada, sem aviso, contudo não sei se fora devido a formatação do livro para o kindle. Sobre a capa, não há como negar que não seja a mesma autora da seleção, o livro.

Quanto aos personagens, foram tudo o que já imaginava desde o inicio. A Hollys tem tudo para ser uma personagem forte, mas devo confessar que certas atitudes podem irritar o leitor ( embora eu não tenha me irritado, não sei o porquê). O rei Jameson já demonstrava sinais do que poderia ser, ela não foi um escroto, mas tevê umas atitudes duvidosas. Silas tem minha torcida e foi um personagem maravilhoso, mas poderia ser mais desenvolvido. Delia Grace, no final, não esperava outra atitude sua, mas coloco um ponto aqui e vou esperar as cenas dos próximos capítulos dessa personagem. Ainda tivemos vários outros personagens espetaculares que, na minha opinião, ainda tem muito a acrescentar, como Scarlet, Nora, Sullivan e talvez até o Etan.

Tenho muitas teorias sobre o decorrer da história e, se tudo correr bem, temos em mãos mais um grande sucesso, sem dúvida. A Kiera deixou no gatilho muitas teorias das conspirações, disputas pelo poder, plot twists e um universo gigantesco para ser explorado. E embora, não tenha sido “a leitura”, eu boto fé na série e vou aguardar os próximos volumes. Mas, sem dúvida, uma boa leitura para passar o tempo. Então aproveitem o tempo livre e se cuidem também.

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A prometida é um livro que traz uma grande carga de responsabilidade por ser o primeiro que Kiera Cass escreve após sua renomada série A seleção. Me joguei nessa leitura de olhos fechados, sem ler a sinopse e tendo visto apenas uma resenha.

A história como um todo não foi chata de ler, mas foi muito rasa. O que pareceu para mim é que o plot trocava de foco o tempo todo, e a base que o livro deu para a série foi bastante superficial. Esse livro me pareceu uma introdução e uma promessa do que está por vir, pois foi como se tudo que aconteceu nele no fim fosse “jogado fora” para ser reconstruído nos próximos livros, e isso me incomodou profundamente.

Além disso, a personalidade dos personagens não foi bem desenvolvida, o que contribuiu para deixar o livro raso. Ao meu ver tanto a relação de Hollis com Jameson quanto a dela com Silas foram mal construídas, sem conversa, o legítimo insta-love. E assim como eram construídas, foram desconstruídas, quase que do nada e de repente. Não consegui me apegar aos personagens e nem criar empatia com eles.

No geral a história me lembrou muitos aspectos de A seleção, mas principalmente aqueles que não gostei da série: personagens femininas muito centradas nos homens, mulheres brigando entre si e a falta de diversidade e representatividade nas tramas da autora.

✅ Você vai gostar se: quer uma história leve e para ser lida rapidamente, gosta de muitas mudanças no enredo e quer um livro bem parecido com A seleção.

❌ Você não vai gostar se: não gosta de relacionamentos pouco desenvolvidos, quer um livro com mais profundidade nos personagens e espera um desenvolvimento maior da autora desde o lançamento de A seleção.

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Hollis Brite passou praticamente sua vida toda no castelo de Keresken. Mas o que não imaginava, era que o rei Jameson fosse prestar alguma atenção nela. Jameson está sempre trocando de companhia e Hollis pensa que logo mais o rei se cansará dela. Mas quando rei Jameson se declara pra ela, Hollis fica exultante. Afinal, sempre foi criada para isso.
Hollis é uma pessoa extrovertida e de personalidade forte. Inteligente e cheia de opiniões. Mas por mais que as intenções do rei sejam boas e verdadeiras para com ela, ela acaba percebendo que além de ser a futura rainha, Hollis será apenas um enfeite e a mulher que terá os herdeiros do rei.
Tudo se confunde ainda mais, quando Silas, um estrangeiro de outro reino, passa a enxerga-la da forma que ela realmente é. Só que Hollis está numa encruzilhada e a pressão em cima da futura rainha é muito grande e envolvem várias outras pessoas. Hollis não pode e não quer decepcionar ninguém...
Esse é meu primeiro contato com a autora e confesso que fui com as expectativas muito baixas. Sabe aquele velho ditado ?dessa água não beberei?? Pois então, era isso que eu falava dos livros da Kiera Cass. Mas acabei pagando língua e pasmem acabei lendo. E o pior (ou melhor) foi que eu gostei muito!
Aqui nesse livro, é preciso ler com a mente bem aberta para várias possibilidades que possam ocorrer ao longo da leitura. E foi isso o que mais gostei! Não li os outros livros da autora, mas consigo entender perfeitamente porque a maioria não gostou. Mas, apesar de ter previsto o final, ainda assim fiquei surpreendida com a audácia da autora e foi por isso que eu gostei tanto! Achei original e não vejo muito nos livros de romance.
Nem sempre o final feliz é como imaginamos, mas se tivesse sido de outra forma, talvez eu não teria gostado. Não sei se terá continuação, mas pela forma como terminou, acredito que terá sim! Na verdade, precisa ter e eu estou ansiosa por isso.

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Hollis Brite é uma jovem nobre que faz parte da corte real do reino de Coroa. Apesar de não ter feito nada para que isso acontecesse, ela conseguiu captar a atenção do jovem rei, se tornando o que ela acredita que seja a menina da vez.

Contrariando seu pensamento, o rei pretende torna-la rainha, o que a deixa muito animada e honrada. Mas com a chegada de um novo jovem na corte, Lady Hollis fica em dúvida entre seguir o coração ou o que seria melhor para todos.

Com uma história composta por mais diálogos do que história em si, Kiera Cass consegue mantar sua escrita fluída, mas nos traz algo surpreendentemente decepcionante.

Em A Prometida, temos uma construção pobre tanto de cenário/mundo quanto de personagens. Mesmo Hollis, a protagonista da história, não tem um aprofundamento, sendo tão rasa quanto qualquer outra pessoa apresentada. Pra mim ela foi uma incógnita durante todo o livro e apesar de o mesmo ser escrito em primeira pessoa, eu não sei o que ela queria ou o que pensava.

Falando em pensar, apesar de sabermos que ela gosta do rei porque cita isso em algum momento, não há indícios desse sentimento. O mesmo acontece com o outro mocinho por quem só de olhar no rosto dele e ver seus lindos olhos azuis, já se declara extremamente apaixonada. Tirando breves diálogos dos dois, ela não pensa em momento algum nele, não fundamentando esse sentimento criado.

Representatividade? Não temos, as poucas pessoas que a autora se deu ao trabalho de descrever ou eram pálidas ou bronzeadas pelo sol, todos loiros com exceção do rei que tem cabelo castanho.

Ao longo do livro, a história não vai caminhando/se desenvolvendo, as coisas simplesmente acontecem e você não se importa porque não teve um background pra se apoiar ou um motivo. Não há um plot principal ou algo assim, coisas acontecem e você não liga porque nada é bem apresentado ou construído.

Eu sinceramente ainda não sei muito o que pensar da história, eu não entendia nenhum dos personagens porque não temos uma construção e desenvolvimento deles e é impossível saber quais as intenções de cada um. É tudo muito vago e raso e isso me agoniou muito porque eu não via para onde a história estava indo ou o que queriam, eu só li e absorvi os acontecimentos mecanicamente. É triste isso.

A Prometida acaba sendo apenas uma promessa e infelizmente não consegue entregar uma boa história.

Quero agradecer a Companhia das Letras/Seguinte pela disponibilização do livro em eBook.

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Eu amei muito A Seleção e esperava uma protagonista tão cativante como America e também um romance para torcer, com um mocinho bem Maxon. No entanto, não foi assim. Hollis não chegou no meu coração e romance para valer não existiu. A Prometida foi bem diferente de que eu esperava, ainda prefiro A Seleção.

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Gosto muito da escrita da Kiera Cass. Já li (quase) todos os livros que ela publicou, e sempre gostei. Em A Prometida não consigo expressar minha mini decepção. Os personagens não me cativaram, a história não me cativou, o final não foi legal. Indico para que todos leiam e tenham a sua própria opinião. Eu espevara um pouquinho mais desse livro. A capa está linda, a Seguinte sempre arrasa.

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Desde o primeiro anuncio do lançamento deste livro, fiquei super ansiosa para ler, afinal, é da Kiera né! Autora de A Seleção que eu gosto muito, mas caramba, nunca na minha vida fiquei tão frustrada com um livro quanto fiquei com A Prometida!

Eu não sei que fenômeno é esse que aconteceu com essa autora. Sorte de principiante talvez? Porque eu li A Seleção e amei, mesmo. Aí veio a Sereia que eu achei fraquíssimo, li "na marra" pois queria saber no que ia dar. Então vieram os livros da filha da América e do Maxon (de A Seleção) e puxa, não é tão sofrível fazer a leitura deles, mas é inegável que a qualidade da história caiu, e não foi pouco!

Então veio o lançamento de A Prometida e em meio à essa pandemia, conseguiram fazer algum estardalhaço na internet, nos tirando o foco do Covid e nos chamando atenção para o livro....que foi fraco demais....

Bom, vou deixar aqui os links de todas as resenhas dos livros que citei acima, para ler, basta clicar nas imagens:

Reclamações feitas, vamos voltar à esse livro que, na minha opinião, tinha tudo para ser maravilhoso. Mas não foi!

Hollis é uma menina superficial e vazia, onde o maior objetivo da vida é casar-se com o rei Jameson. Veja bem, ela quer ser rainha. Não esposa ou nada que o valha. Sua ambição é casar com o rei e ser paparicada pelas pessoas que a cercam e amada pelo povo. Ponto. Fim do objetivo de vida da garota!

Seus pais insuportáveis vêem na filha a oportunidade de entrar para a família real, a melhor amiga dela vê a oportunidade de também fazer um bom casamento.... simples assim...

“O que é uma amiga senão alguém que acredita que você consegue mais do que imagina?”

Então o rei deixa de dar atenção para todas as outras meninas que o cercam e agora só tem olhos para ela! Uma menina de 16 anos que precisa de alguém até para escovar seu cabelo, e pelo jeito, por um bom tempo precisou de alguém até para pensar por ela...enfim...nada legal....

O rei...ah esse sim....egoísta e mandão! Não fui com a cara dele desde o início! E eu acho que ele não é exatamente um mocinho não...Fora isso, outro personagem vazio, sem nada a acrescentar!

"O charme não me daria uma coroa nem traria esperança ao reino."

Eu não posso ficar contando detalhes da história para não acabar soltando um spoiler e assim, estragar sua leitura. Porque, como eu sempre digo e faço questão de salientar...EU não gostei. isso não significa que seja ruim, afinal de contas é a minha opinião, que não deve influenciar nada na sua opção de ler ou não!

Bom, dito o que me incomodou, preciso dizer o que agradou, além da capa, que eu gostei bastante! A escrita da autora é algo a elogiar sempre. Gosto da forma como ela escreve e como conduz suas narrativas, ainda que tenha achado que tudo demorou demais a acontecer, é inegável que em 344 páginas, coisas precisam acontecer né...alguma coisa...qualquer coisa!!!!

Gostei muito de uma família lá, que chegou de outro reino, se você ler, vai saber de quem estou falando e vou ter que ser sincera e dizer que, apesar de não ter gostado dos primeiros 70% do livro, os últimos 30, se não compensaram, pelo menos chegou perto. O final me surpreendeu, confesso que não esperava e só por esse final, vou ler o próximo livro (parece que é uma duologia) na esperança de descobrir que não aconteceu o que todos os sinais mostraram que aconteceu!

"Queria encontrar alegria em tudo, e é difícil fazer isso permanecendo sentada e calada o tempo todo."

Espero, e espero não estar enganada, que a Hollis cresça e mostre a que veio pois depois de tudo o que aconteceu (nas últimas páginas, vamos deixar bem claro) não é possível que ela continue sendo a personagem fraca e superficial que se mostrou até aqui.

Estou bem curiosa para saber o rumo que as coisas vão tomar no próximo livro, não consigo nem imaginar como será. Mas tomara que a autora não enrole tanto para desenvolver a história....

Enfim, enfatizando novamente que EU não gostei, mas indico a leitura! Leia, tire suas conclusões que podem ser bem diferentes da minha e venha me contar o que achou. Vai ver eu estou sendo meio chata!

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Desde o lançamento de A Escolha, há seis anos, eu não lia nada de Kiera Cass. Apesar de tê-los, optei por não ler A Herdeira e A Coroa por conta do feedback negativo que estava rolando na época, pois queria guardar com carinho apenas a boa experiência que tive com a autora. Quando A Prometida foi anunciado, confesso que torci o nariz, afinal, se formos parar para analisar, há semelhanças entre este livro e a história de America, Maxon, Aspen e cia. Apesar dos pesares, comecei a leitura de coração aberto, animada e com grandes expectativas. Será que eu iria reencontrar aquela Kiera que me conquistou? Infelizmente, a resposta é não.

Equívoco. Esta é a palavra que tenho usado para definir A Prometida. Eu não sei o que aconteceu, mas é nítido que houve algo que comprometeu - e muito - o desenvolvimento desta trama. Da história aos personagens, absolutamente nada funciona.

Como eu sempre digo, se o personagem principal do livro não nos causa interesse, para o bem ou para o mal, não há muito o que ser feito, não é mesmo? E Hollis é desinteressante, mimada e completamente fútil. Seus dilemas são irrelevantes, seus embates são rasos e infantis e sua personalidade é unidimensional. Hollis não possui a força necessária de uma protagonista e é sempre engolida por sua antagonista direta, Delia Grace.

Delia Grace é uma personagem infinitamente melhor do que Hollis. Ela sim tem nuances, não é uma coisa só. Sua origem é interessante, assim como os rumos que sua vida toma após um escândalo envolvendo sua família, porém, por conta da falta de explicações acerca de suas questões pessoais, o que sobra é uma personagem demasiadamente amargurada e invejosa; inveja direcionada a Hollis por esta ter conseguido conquistar aquilo que a própria Delia Grace queria. É uma amizade tóxica super romantizada!

Aliás, todas as relações femininas desta história são problemáticas e/ou forçadas. Algo bizarro levando em conta que, teoricamente, A Prometida tenta enaltecer o feminino. As antigas rainhas de Coroa, por exemplo, são grandes lendas no reino, e ainda há toda uma questão envolvendo linhagens que não vem ao caso por ser spoiler.

Hollis possui dois pretendentes e não possui química com nenhum deles. A Prometida começa com o envolvimento entre Jameson e Hollis já em andamento. A relação deles é tão fantasiosa e artificial que chega a causar certo desconforto. As interações entre os personagens são robóticas e repetitivas, e não há, em nenhum momento, sequer um lampejo de veracidade acerca dos sentimentos de um para com o outro.

E por falar em Jameson: que grande incógnita! Não sabemos absolutamente nada sobre ele. Há uma tentativa de fazer com que o rei de Coroa se torne uma pedra no sapato de Hollis e Silas, mas não há nada concreto que justifique tal fato. Kiera apenas queria um motivo para pretextar o interesse da protagonista pelo isoltano. Hollis sempre foi frívola e pueril, suas preocupações se resumiam a vestidos, joias, coroas e danças, todavia, do nada, a personagem começa a questionar o fato de Jameson enxergá-la apenas como um enfeite quando ela mesma se comportava como um. A "virada" da protagonista de A Prometida não faz absolutamente nenhum sentido!

Silas é um zero à esquerda, completamente inútil para a história como um todo. Seu envolvimento com Hollis acontece na velocidade da luz, basta um olhar para a jovem começar a questionar tudo o que sentia por Jameson. Se os dois se encontraram cinco vezes antes de fazerem juras de amor eterno um pelo outro, foi muito. Há também toda a questão envolvendo a fuga dos Eastoffe, que deixam Isolte para trás e passam a viver em Coroa. Explicações para quê?

A ambientação também deixa a desejar, já que não há quase nenhum comentário a respeito do funcionamento da monarquia de Coroa e adjacências, é frustrante. Assim como em A Seleção, a história de A Prometida é majoritariamente ambientada dentro de um castelo, porém, como não sabemos quase nada em relação ao que existe fora dos limites de Keresken, a sensação que fica é uma só: claustrofobia.

E ok, é apenas o primeiro livro de uma suposta duologia, mas nenhuma explicação? Zero? Nada? Comigo não!

Os personagens secundários também não fazem muita diferença. Quinten, rei de Isolte, deveria ser um tirano, mas no livro temos apenas um velho carcomido que ladra e não morde. Os pais de Hollis - que nem lembro se têm nome - aparecem apenas para brigar com a filha a respeito das coisas mais banais e aleatórias possíveis. Além de Delia Grace, acho que somente Valentina, esposa de Quinten, pode ter algum crescimento relevante no próximo volume.

Sei que muitas pessoas não curtiram a capa, mas ela combina perfeitamente com a história. O conceito, aliás, foi seguido por outras editoras ao redor do mundo. Aqui vocês podem conferir a capa alemã, que é bem parecida com a brasileira de um modo geral. Como li o eBook, não posso falar nada sobre a edição, mas a revisão está muito boa. Apesar dos pesares, a leitura fluiu bem. Os capítulos são curtos, o que ajuda bastante, mas há algo muito imaturo e incômodo na escrita de Kiera Cass em A Prometida. Eu esperava uma evolução, mas encontrei o oposto. A escrita da autora involuiu, o que é uma pena.

No mais, fica a decepção. Não sei se lerei o volume seguinte, vai depender de muitos fatores. Torço para Kiera se encontrar novamente dentro de seu processo criativo. E como sempre costumo pontuar, leiam e tirem suas próprias conclusões. Pode ser que a história de A Prometida funcione para vocês! 😉

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Desde "A Seleção", eu sei que o forte da Kiera Cass não é escrever sobre política, porque sempre que ela tenta se aprofundar, acaba patinando. O que busco em um livro da Kiera é sempre uma narrativa fluida e boas interações entre as personagens, com alguns momentos divertidos e um casal interessante. Ela consegue entregar isso na maioria dos seus livros, alguns mais, outros menos.

"A Prometida" é sobre Hollis, uma jovem da corte do reino de Coroa (um nome horrível, mas a Kiera nunca foi das melhores com nomes) que entrou no radar do rei Jameson, que está à procura de uma esposa. Logo o rei demonstra interesse em pedi-la em casamento, Hollis parece apaixonada por ele e tudo anda relativamente bem. Só que ela acaba se encantando também por Silas, um jovem de Isolte, um reino vizinho que não mantém as melhores relações com o restante, cuja família pediu asilo político em Coroa.

Mais uma vez Kiera Cass nos traz um enredo com realeza e triângulo amoroso, mas faz isso de forma decepcionante. Hollis é uma personagem sem carisma e sem personalidade. Em boa parte do livro, fica tentando dizer que quer que a vejam como ela é, mas o leitor não faz a menor ideia de quem é Hollis. Ela não se apresenta para nós, as coisas são ditas e não mostradas - e ela não nos convence. Quando chegam pontos críticos da história, sequer há tempo de se importar com o que está acontecendo, porque não apenas Hollis, mas a maior parte das personagens, é mal acabada. Não comove, não envolve. Eu não consegui abraçar as suas motivações, entender as suas decisões ou torcer por ela.

Falta de personalidade é um problema geral no livro. De acordo com o caminho que Kiera quer tomar, ela muda completamente o jeito de ser de uma personagem. Para mim, foram tentativas falhas de tentar criar reviravoltas que não funcionam, além de forçar que o leitor simpatize com quem ela quer que simpatizem.

80% do livro segue um caminho tedioso, os 20% finais andam em um sentido oposto - mas, para aquilo funcionar, você precisaria ter criado elos com as personagens. A essa altura, só fica extremamente... chato. Eu tentei me agarrar a detalhes, mas Hollis, Jameson, Silas, Delia Grace... meu Deus, estava impossível me interessar pelo que acontecia com eles!

A melhor personagem é a Valentina. Ela, sim, tem uma história a contar - adoraria ler um livro sobre ela, há um magnetismo natural na personagem. Eu queria saber mais sobre ela, mas infelizmente estava presa na cabeça vazia de Hollis. Tenho medo que ela acabe sendo levada pelo caminho que Celeste ganhou em "A Seleção".

Etan é o melhor dos personagens masculinos e teve muito mais química com Hollis que Jameson e Silas juntos.

Tenho muitas teorias (bem óbvias) para o próximo livro, que devo ler apenas para concluir, mas não irei com sede ao pote.

O que me decepcionou de verdade foi sentir que Kiera desperdiçou o tempo inteiro questões que ela mesma levantou ao longo do livro. De início, por exemplo, ouvimos que as rainhas em Coroa são muito mais lembradas que os próprios reis, marcaram a História do reino com grandes feitos. Logo em seguida, o livro nos leva por um caminho contrário. Isso é uma constante no livro - o discurso é um, o que acontece é outra coisa e fica incoerente. E não é de propósito, Kiera parece se esforçar pra tentar fazer com que a gente acredite que aquilo que sai da boca dos personagens é a realidade, mas não consegue sustentar isso na escrita.

Quanto mais eu penso sobre o livro, mais incomodada eu fico. Ela deu muito mais atenção do que costuma ao enredo político e penso que isso também foi um grande problema, porque é um ponto fraco da autora. Se tivesse usado apenas como um detalhe (como em "A Seleção") e se concentrado mais em construir os relacionamentos entre Hollis, Jameson e Sillas, tudo que acontece a partir da metade do livro faria muito mais sentido para o leitor e também comoveria mais. A impressão que fica é que o livro foi escrito às pressas, que a autora não conhece Hollis o suficiente para se atrever a contar a sua história. Infelizmente, o mais fraco da Kiera Cass, e poderia ser diferente.

(Ah, e se já não tínhamos muita representatividade nos outros livros, esqueçam de esperar isso de "A Prometida". Além de tudo, é o mais padrão e a protagonista inclusive constantemente ouve que não parece do reino porque tem a pele muito clara e o cabelo muito loiro. Uau, que sofrimento!)

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Uma leitura deveras decepcionante.

Confesso que minhas expectativas estavam bem altas. Por ser fã da Kiera Cass, e da série A Seleção, imaginei que A Prometida - apesar de semelhanças com sua predecessora, como palácios, reis, vestidos e jóias - seria um novo livro; empolgante, com tramas interessantes e maduras, personagens cativantes e apaixonantes... Porém, eu estava errada.

Hollis Brite é a protagonista, vive com seus pais na corte de Coroa, um reino, aparentemente, amistoso. Delia Grace é outra dama da corte, e sua melhor amiga. Sem nenhum motivo especial, dentre todas as garotas, o rei Jameson tem uma preferência por Hollis. Ela se torna, então, a prometida, futura rainha de Coroa. Mas é claro que as coisas não poderiam ser simples. O amor, ou afeição, que Hollis parecia dedicar ao rei é completamente esquecido quando um surge estrangeiro na corte. Vindo do reino vizinho com sua família, Silas e Hollis se apaixonam a primeira vista - LITERALMENTE, após uma troca de olhares, ambos já se sentem diferentes, sentem que são o amor da vida do outro. E a partir daí é só ladeira abaixo.

A história até parece um pouco interessante a partir da sinopse, mas, na realidade, não é nem um pouco assim. As personagens não tem carisma, não são bem desenvolvidos, as coisas parecem acontecer só por acontecer, sem nenhuma motivação consistente ou crível. Não é possível se afeiçoar a ninguém, todos os personagens parecem descartáveis e insossos. Ok, todos é exagero, mas a maioria sim. Poucos personagens são capazes de passar empatia para o leitor. A história, em muitos momentos, é mirabolante - em um sentido ruim.

Terminei o livro com uma sensação de desapontamento, misturada com frustração. A prometida termina com uma tentativa de gancho para o próximo livro. Irei ler? Provavelmente. Com um pouquinho de esperança de que a história melhore, mas sem realmente acreditar que isso vá acontecer.

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Aqui vamos conhecer Hollis Brite, a garota do castelo de Keresken, que agora compete com outras damas da nobreza para conseguir o coração do cobiçado rei de Coroa, Jameson. Com os sorrisos constantes em sua presença, ela tem certeza que roubou a atenção e o prêmio requisitado do homem mais influente do reino. E quando está tudo certo de que ela será a prometida do reino, um par de olhos azuis surge para revirar suas certezas. O dono deles, Silas, parece ser algo que ela sempre sonhou. Só que ela já prometeu seu coração ao rei... Pode dar tudo certo quando as submissões à coroa são necessárias e há segredos escondidos por trás dos olhos azuis e dos sorrisos do rei?
A Prometida tem uma das capas brasileiras mais bonitas que eu já vi, assim como a diagramação e os detalhes da edição, além da tradução e revisão impecáveis, de verdade, está muito limpo e lindo. No entanto, o problema do livro vai no enredo e na construção de alguns personagens.
Se você é apaixonado pela escrita de Kiera e precisa de uma leitura rápida, "A Prometida" pode sim ser uma opção - vestidos, festas, bailes, reis, o jogo da nobreza... Estão todos presentes aqui, mas não espere uma comparação com A Seleção, pois a trama de A Prometida é completamente diferente e, no final, posso dizer que segue por um caminho completamente oposto, que espero ser resolvido em breve...

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Se você foi um leitor de livros jovem adultos nos últimos oito anos, com certeza já ouviu falar da trilogia da autora americana Kiera Cass: A Seleção, A Elite e A Escolha. Conhecida por suas capas, a série fez fama por ser fácil e rápida de ler. Bom, depois de alguns anos afastada da realeza, Cass voltou esse ano com seu mais novo livro A Prometida QUE NÃO É UMA CONTINUAÇÃO OU UMA PREQUEL DE SUA TRILOGIA ORIGINAL. Dou ênfase nisso porque passei os primeiros capítulos meio confusa sobre o que teria acontecido com Illéia, o país onde se passava a história anterior, para agora ser um reinado chamado Coroa. Bom, nada aconteceu, porque se trata de um mundo e uma história totalmente diferente... bom, na verdade, nem tão diferente assim.
Aqui acompanhamos Lady Hollis, uma dama que viveu sua vida inteira na corte do Rei Jamenson, que depois de vários anos disputando com outras pretendentes pela atenção do Rei, agora parece ser a favorita dele para ocupar o trono da rainha. Sua missão, entretanto, ainda não acabou, pois precisa impressionar o resto da corte e os conselheiros do Rei para que finalmente eles aprovem a união dos dois e o casamento seja oficializado. Sua devoção para provar seu valor acaba sendo abalada, entretanto, quando uma família de refugiados chega ao castelo, e o charmoso estrangeiro Silas a faz questionar todos os sonhos que ela achava que possuía.
Vários temas de A Seleção são, portanto, reciclados nesse novo livro. O triangulo amoroso entre alguém da realeza e um “mero plebeu”, sendo o mais óbvio deles. Mas também a luta de Hollis para ser aceita na corte, tendo que realizar tarefas que provem que está pronta para assumir o papel de rainha, estudando política, apresentando soluções diplomáticas para problemas, entretendo convidados, acompanhando o Rei em eventos. Até mesmo o jeito que as amizades da personagem principal com outras mulheres são construídas me lembrou do modo como o mesmo foi feito nos primeiros livros da autora. Por isso, como disse antes, o mundo pode até ser diferente, mas o cerne da história é igual.
Porém devo dar crédito Kiera Cass por ter melhorado consideravelmente sua criação de mundo, a política nesse livro e os conflitos entre reinos são muito mais claros, fáceis de lembrar e acompanhar. Coisas ainda são um pouco... vagas. Mas não é nada que prejudique o entendimento da história, como eu creio que aconteceu na trilogia original.
O livro, até mesmo por ser tão parecido com as outras obras da autora, é extremamente previsível. Descobri exatamente o que iria acontecer no capítulo cinco. E eu estava certa, o que eu previ realmente aconteceu, mas então a história de Hollis continuou, e o rumo que a narrativa tomou no final me pegou totalmente de surpresa. Fiquei feliz por essa decisão de Kiera de tentar algo diferente. Embora eu ainda tenho outras reclamações, como o instalove entre Silas e Hollis, o final me fez ficar curiosa por uma continuação, que eu acredito que será uma coisa mais diferente daquilo que já conhecemos de Cass.
Não sei se recomendo essa história ou não, ela foi fácil de ler, muito mais leve do que os livros que eu andava pegando, e por isso, agradável. Se você quiser sair de uma ressaca literária, ou gosta muito dos outros livros da autora, esse pode ser sim o livro para você.

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O grande problema de 'A Prometida' (além de uma protagonista chatinha) é o fato dele vir depois de 'A Seleção', a autora não consegue superar a sua trilogia inicial, parece presa aos plots de realeza, de YA com personagens ambíguos e que tudo se resolve rapidamente. Até mesmo os sentimentos. parecem frios e não envolvem. Na realidade, não consegui torcer por ninguém, não consegui me apaixonar pela história.

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2.5 estrelas

Agradecimentos especiais ao Netgalley e a Editora Seguinte por ter fornecido uma cópia gratuita do e-book em troca de uma resenha honesta.

Você gosta de A Seleção? Sim? Então não leia esse livro.

"Por uma fração de segundo, me vi completamente esmagada pela humilhação."

O tão aguardado comeback de Kiera Cass finalmente aconteceu! Eu gostaria de dizer que foi um sucesso, tudo o que eu queria, mas não foi. Na verdade, foi o contrário.

Hollis Brite é nossa mocinha. Vinda de uma família nobre, ela está nas graças do rei Jameson de Coroa que procura uma nova esposa para se casar o mais breve possível com ele. Hollis gosta do rei? No começo, não sabemos. Ora ela está indiferente com a atenção dele, ora ela decide que sua missão de vida era fazê-lo sorrir. E isso só foi o começo a confusão que Cass causou.

"O legado das rainhas coroanas havia deixado marcas no continente inteiro, e talvez esse fosse mais um dos atrativos de Jameson. Ele não era apenas bonito e rico, não tornaria a moça apenas uma rainha...mas uma lenda."

Os mocinhos também não são muito mais esclarecedores do que Hollis.
O rei parece ter uma versão meio deturpada e material do que é amar, ou até mesmo, gostar de alguém. ~SPOILER~ Encha sua mina de presentes e venda os filhos dela — que ainda nem foram gerados —, sem avisar, para outros reinos. Tudo certo.

Silas Eastoffe. Como posso começar a explicar Silas Eastoffe? Bem, acho que posso iniciar com: "eu deveria me apaixonar por ele?".
A família de Silas acaba de chegar do reino de Isolte buscando refúgio em Coroa e, bastou Hollis olhar para Silas uma vez e pronto, se tudo já estava indo ladeira a baixo, começou a ir ladeira a baixo na velocidade turbo. Eu não vou falar muito porque não quero dar muitos spoilers para os guerreiros que ainda vão ler, mas sério como alguém vai de America e Maxon para isso, eu não sei.

"Antes de eu nunca mais falar com você de novo… será que me concederia um último beijo?"

A Kiera ainda tentou colocar uns enredos secundários que chamassem atenção, tentou usar o fator choque para subir o nível do livro, mas infelizmente, deu tudo muito errado. Foi tudo muito raso, subdesenvolvido e insubstancial. Difícil de engolir e difícil de entender. Daria um bom primeiro rascunho, mas não funcionou como livro finalizado.

"Não, eu não sou o menino por quem vocês esperavam. Não, não me tornei rainha. E, sim, envergonhei nossa família publicamente. Mas por que se importam com essas coisas?"

Corta meu coração escrever uma resenha negativa sobre um livro de Kiera, afinal, além de ser uma das minhas autoras favoritas e de eu ter esperado tanto tempo por algo novo, eu cresci lendo suas histórias. Porém, acontece… Creio que darei mais uma chance para a história do Hollis no próximo livro, mas, dessa vez, já lerei não esperando muita coisa.

A Prometida está planejada para ser uma duologia, mas aviso que se você tiver leituras atrasadas ou algo melhor para ler, faça-o.

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