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Wild cards: ases nas alturas

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Hoje vou falar sobre Wild Cards: Ases nas Alturas, segundo volume da série Wild Cards. Mas antes vou fazer algumas observações. Começando pelo fato de que o primeiro livro foi resenhado pela Natalia, mas esse segundo ficou sob minha responsabilidade. E segundo que já que isso aconteceu, resolvi que antes de começar a falar sobre o livro atual irei falar sobre o primeiro. Isso é para que vocês tenham uma noção do que achei e assim emendar com o segundo. De qualquer forma, recomendo ler a resenha da Natalia antes de ler essa, clicando aqui.

Bom, para começar que Wild Cards é uma série de livros organizada pelo George Martin. Os livros contam com a participação de vários autores, é como se fosse uma antologia, porém, com uma história mais ou menos linear. Mais ou menos porque o primeiro livro é como se fosse uma introdução, servindo para cada capítulo apresentar um personagem. Isso faz com que ele seja considerado um livro fraco pelos leitores, pois se torna bem introdutório e parece que a história fica sem uma trama principal.

A verdade não está muito distante disso aí, mas o que ela esconde é que Wild Cards: O Começo é justamente o que o subtítulo diz, o começo. Ele prepara o leitor para os acontecimentos que virão, fazendo com que entendam o cenário político, as diferenças sociais entre os Ases (seres com grandes poderes) e os Curingas (seres afetados pelo vírus e que acabaram deformados), quem são os personagens principais e por aí vai.

Mas ao chegar no segundo volume, o que parecia um livro vazio se torna um grande livro, com uma história linear que se passa por vários pontos de vista diferentes, mas que acabam se conectando de alguma forma. O salto de qualidade da obra é grande, talvez enorme, mas o certo é que vale muito a pena a leitura.

A história vai girar em torno de um grupo secreto de maçons que deseja ajudar uma entidade alienígena dominadora de mundos. Falando assim parece até história clichê de super herói, mas Wild Cards trata tudo isso de uma forma única. Todos os personagens inusitados criados pelos autores, proporcionam um leque de infinitos modos de a história ser contada, variando das histórias de assalto, terror e até de romance. Tudo de forma fluida e com personagens marcantes.

Inclusive, a linearidade começa daqui, já que o plot principal se baseia em uma história contada no volume 1, respondendo pontas soltas e criando outras. Por sinal, isso pode gerar dúvida na cabeça daqueles leitores que ficam desanimados quando sabem que a série de livros é muito grande, pois Wild Cards é disposto no formato de arcos, ou seja, apesar de ser uma série, ele é dividido em mini histórias, e essa é concluída no terceiro volume pelo que fiquei sabendo (apesar de ter uma história fechada para os alienígenas).

A leitura é fluida e a curiosidade que desperta com o que pode acontecer é grande. Devido a quantidade enorme de personagens nem todos podem chegar a ser adorados, vai variar bastante, mas acredito que a maioria acabe caindo no gosto de quem for ler. E falando em leitura, o livro antigamente saía pela Leya, mas agora sai pela Companhia das Letras pela selo da Suma, e com ela vem uma nova tradução. Eu tenho esse livro nas duas versões e pude comparar que a tradução da Suma é boa, mas nada que diferencia muito da que a Leya fez, ou seja, pode ler as duas sem problema.

Para finalizar, Wild Cards: Ases nas Alturas é um livro que você deve dar chance. Não considerar um possível deslize do primeiro e encarar essa continuação com gosto, porque a coisa melhora significativamente. Um livro divertido, que dá ao mundo dos super heróis uma visão incrível e nova (apesar do livro ser dos anos 80) e que o Martin soube escolher muito bem quem colocar pra criar as histórias. Recomendo muito e boa leitura.

Ps: Alguns anos atrás vi que os direitos de uma série tinham sido vendidos para a HBO, mas até hoje nada mais foi dito. Aguardar que um dia saia.

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I have to confess that I am not a fan of the sci-fi genre, but I am beginning to enjoy the adventures of Dr. Tachyon, Aces and Jokers. Creativity in the creation of the characters and their powers and or deficiencies. For those who have read up to this volume, my favorite character has been Croyd ... Imagination travels far, just like the Wild Cards virus.

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"Ases nas alturas" é o segundo livro da série Wild Cards, que fala sobre um vírus alienígena que afetou as pessoas, causando mutações e habilidades, transformando-as em Ases ou Curingas.


O segundo livro começa em 1979, com Fortunato, que tem poderes de projeção astral, telepatia, consciência ampliada entre outros, com origens tântricas. Ele é um cafetão de mulheres de alto nível, que são treinadas como gueixa e tem uma grande influência e conhecimentos das pessoas locais.

Fortunato está procurando um indivíduo que acaba morto e que carrega uma moeda de cobre. Diante do que tem acontecido no bairro, Fortunato começa uma investigação para tentar descobrir o significado da moeda de cobre e acaba se deparando com a palavra TIAMAT.

“— Tem mais uma parte. A coisa que está por trás da moeda de Balsam é uma divindade suméria chamada TIAMAT. É de onde Lovecraft tirou o Cthulhu. Algum tipo de monstro imenso, amorfo, de além das estrelas. Lovecraft provavelmente criou sua mitologia a partir de documentos secretos do pai. O pai de Lovecraft era maçom.”

Essa investigação e todas as respostas que Fortunato consegue dão início a uma trama que irá se desenrolar por alguns anos.

Em 1985, Jube um vendedor de jornais e revistas no bairro dos Curingas é o segundo personagem que terá um grande papel nessa história envolvendo TIAMAT. Conhecido como "A Morsa", Jube esconde de todos a sua verdadeira origem, mas uma mensagem de Ekkedeme, que trabalha para "A Rede" coloca todas as engrenagens para funcionar... Jube, Croyd, Crisálida e até mesmo o jovem Kid pterodátilo vão estar envolvido nessa busca, que será um dos focos centrais da história.

E aqui que podemos dizer que teremos o primeiro grande vilão da série e sua trupe: o líder é conhecido como "O Astrônomo" e assume várias identidades e manifesta vários poderes no decorrer do enredo. Um dos seus objetivos é recrutar o máximo possível de pessoas com habilidades para o seu grupo para conseguir por em prática o seu grande plano de dominação. Fazem parte do grupo: o Matthias, um às que tem o poder de perceber curingas e que é um policial, Kim Toy com o seu poder repleto de ferormônios e o seu marido, o Vermelho, além do Ceifador e tantos outros.

Em outro núcleo temos Maxim Traverck, um cientista desprezado que constrói um andróide de inteligência artificial chamado Modular. Conforme Modular vai atualizando seus dados, vai definindo sua personalidade e assim começa a avaliar os atos do seu criador..

Esse segundo livro tem ameaças tanto internas quanto intergalácticas. Aparentemente, todo mundo tem um plano para dominar o planeta Terra.

Do espaço temos uma possível invasão de um inimigo desconhecido: o Enxame. O Enxame tem fama no espaço, pois em todo o lugar que ele passa, deixa rastros de destruição. Seus ataques são rápidos e precisos e os nossos heróis terão muito trabalho nessa batalha.

E temos também os takesianos, mais conhecidos como "os parentes do Dr. Tach". Nesse livro vamos conhecer um pouco mais suas família, suas "obrigações" e as intrigas e mentiras que tornam esse núcleo surpreendente.

A grande sacada dessa série é que os autores pegam vários núcleos, cada um com a sua história e particularidades e que, inicialmente aparentam não ter nada em comum um com o outro e os unem em um história coesa, cheia de altos e baixos e surpreendentes.

É impossível citar todos os personagens que participam do livro sem soltar detalhes significativos da história, mas vou deixar alguns nomes mencionados aqui que participaram dessa continuação: Tartaruga, Peregrina, Darlinfoot, Hiram Worchester, Crisálida, Guimli, Pulso, Uivador e tantos outros. É uma diversidade tão grande de personagens, personalidades e poderes, que impressiona o leitor.

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