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Depois do sim

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É sempre tão difícil falar de livros que mexem com a gente, não dá para ser crítico com histórias que conversam com a nossa alma. Vou tentar ser objetiva e não falar tanto de sentimentos, mas como devem imaginar essa é uma missão quase impossível.

Depois do sim conta a história de Lauren e Ryan, dois jovens que se conheceram na faculdade e estão casados há onze anos. Ao perceberem que não estão mais felizes juntos, decidem passar um período afastados para que possam se reencontrar e descobrir se podem ser felizes novamente. O livro é narrado pela Lauren, intercalando presente e passado, nos dando um excelente plano de fundo para entender o motivo deles terem chegado a tal ponto. Apesar de contar a história do relacionamento deles, o livro fala muito mais sobre autoconhecimento e autodescoberta.
"Isso é o que mais me preocupa na nossa situação. Não estamos brigando por causa do aquecedor de água ou pela vaga do estacionamento no estádio. Não estamos brigando por dinheiro, por ciúme ou por falta de comunicação. Estamos brigando porque não sabemos o que fazer para ser felizes. Estamos brigando porque não estamos felizes. Estamos brigando porque não fazemos mais o outro feliz."

Sendo sincera, a Lauren do começo do livro é bem irritante, ela entende o “fim” de seu casamento como um fracasso pessoal e não como algo que simplesmente não funciona mais. A partir do momento em que ela passa a olhar mais para si mesma e para as pessoas ao redor conhecemos uma personagem cheia de defeitos, mas que ama sua família, se preocupa com os amigos e que já não sabe bem quem é. É muito difícil que alguma pessoa que esteja em um relacionamento longo não se identifique com o que a personagem está nos dizendo.
"O sol nasce independentemente das nossas dores. Por mais que acreditemos que o mundo acabou, o sol sempre nasce."
A autora tem uma habilidade incrível em criar personagens imperfeitos, o que nos aproxima e causa muita empatia. Não temos como procurar culpados ou vilões pelo fracasso de um relacionamento, simplesmente são coisas que acontecem, ainda mais com pessoas que se conheceram tão jovens. Todos mudamos ao longo da vida (ainda bem!) e é preciso saber se a pessoa que está conosco segue na mesma direção que nós.

Outro ponto que me deixou extremamente feliz foi o relacionamento familiar da Lauren, mostrando uma família comum, com suas questões internas, mas que se preocupam e estão ali para os que dela precisam. A relação entre os irmãos, que apesar de suas enormes diferenças, se apoiam e ajudam. A mãe e a avó são as melhores personagens, cada uma com sua visão sobre relacionamentos, mas que no fundo nos mostram a mesma coisa, precisamos estar inteiras para conviver com outras pessoas.

"Só porque dá para levar a vida sem uma pessoa não significa que a gente queira isso"
Tudo que a autora faz é tentar desconstruir a visão romantizada do casamento, que relacionamento feliz é aquele que todos estão satisfeitos 100% do tempo. O casamento da melhor amiga de Lauren, Mila, nos mostra exatamente isso, mesmo um casamento feliz tem seus momentos de recaída. No fim, o que importa é o quanto estamos dispostos a nos esforçar para fazer com que dê certo.
"Em algum nível, minha vida amorosa é um fator definidor da minha identidade. (...) O amor representa uma grande parte de quem eu sou. Isso é bom? Quer dizer, é para ser assim mesmo?"
Esse não é um livro que vá agradar muitas pessoas, é preciso um mínimo de empatia e reconhecimento para conseguir aproveitar a história. Também não devemos esperar a Taylor Jenkins Reid de Os sete maridos de Evelyn Hugo e Daisy Jones & The Six, apesar de encontrar muito da autora no estilo de escrita, esse livro não possui toda a carga dramática e peso que os seus sucessores. De certa forma é um livro de leitura leve, mas que fala sobre assuntos espinhosos e por esse motivo incomoda demais, leitura mais que recomendada!

By Maiani para o Revelando Sentimentos

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Apenas 5 estrelas e favoritado!
A maestria da autora se revelou para mim nesse livro. Já tentei ler outros dois livros dela e simplesmente não consegui me conectar com as histórias. Mas Depois do Sim é o MEU livro da Taylor, que precisa ficar conhecida pela versatilidade em conectar diferentes perfis em cada um dos seus livros, e me conectei com esse aqui.
É uma narrativa crua, honesta. Por vezes sofrida e igualmente cômica, mas não é assim a vida?
As expressões e sentimentos dos personagens revelam muito sobre relacionamentos e as expectativas que temos em relação aos nossos próprios.
Incrível. Sem dúvida será relido.

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Um casal decide passar um tempo separados para tentar recuperar o sentimento dos primeiros anos do casamento que ficou morno no decorrer de uma década, o que poderia dar errado?

Bom...nada. “Depois do Sim” é uma história bem linear, sem grandes reviravoltas e que não tem nada demais, mas a escrita é tão boa e gera tanto entretenimento que passa num piscar de olhos e deixa querendo que seja maior.

Confesso que em alguns momentos torci pro pior e odiei ambos os protagonistas, principalmente o Ryan, porém no fim acabei torcendo pelo casal e achando o livro muito bom. Me diverti, amei os personagens secundários mais que os principais e leria coleções inteiras sobre os irmãos e a avó da protagonista.

O fato de não gostar do Ryan em alguns momentos é mais um feito da escrita divina da TJR, já que os momentos em que odiei ele foram os momentos que a narradora odiou e a mesma coisa nos momentos que amei.

Livro bom pra quem curte comédias românticas de sessão da tarde.

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Após 11 anos casados, Lauren e Ryan percebem que já não vivem mais feliz há um bom tempo. Buscando uma solução para salvar o casamento, os dois decidem passar um ano separados sem qualquer contato, para descobrirem mais sobre si mesmos e, quem sabe, conseguirem voltar a viver felizes juntos.

No livro, somos apresentados a história de Lauren e Ryan desde o começo: quando se conheceram na faculdade, o namoro, os primeiros anos de casados e, por fim, o que os levaram a se separar por um ano. Vamos acompanhando também toda a trajetória de Lauren, nossa narradora, durante esse ano: a dor da separação, a busca por se reencontrar, novas paixões e hobbies, descobertas sobre si mesma e, por fim, a ressignificação de todo seu casamento.

Taylor Jenkins Reid consegue escrever um texto de uma forma tão simples quanto envolvente, que me fez grudar nas páginas do livro. Ao mesmo tempo em que você torce pelos personagens, você também quer entrar no livro e dar um sacode em cada um - mostrando o quanto a autora também consegue construir personagens reais, cheios de qualidades e defeitos quanto qualquer ser humano.

Para mim, o mais valioso nessa leitura foi o conjunto de ensinamentos sobre relacionamentos.

Lauren e Ryan são o exemplo claro do que o problema de comunicação pode fazer com um casal que se ama muito. Desde o começo do relacionamento, é perceptível que os dois possuíam dificuldade extrema em serem abertos e conversarem sobre tudo, falando especialmente de suas expectativas na relação. O que eles ocultaram um do outro foi justamente a razão que fez todo o amor ruir e a convivência ter passado a ser insuportável.

Depois do Sim foi uma leitura que me deixou bastante envolvida, o que me faz considerar uma leitura muito rica, pois mexeu com minhas emoções completamente e diversos acontecimentos do livro acabaram gerando muitas reflexões.

Com certeza, recomendo para todo mundo que deseja ler um romance diferente, em que o começo do amor não é o ponto central da história, mas, sim, a sua reconstrução.

Você já leu esse livro?

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Escrita da Taylor sempre impecável e sempre me surpreendendo! Términos de relacionamento me tocam muito, então me emocionei em várias partes do livro, senti como se tivesse acontecido comigo.

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Depois de ter.solicitado este livro eu já li mais um livro da autora, e após ter lido 3 livros dela eu percebi que talvez ela não seja pra mim.

Por enquanto não vou ler esse livro.

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Esse virou o meu livro favorito da Taylor Jenkins Reid, superou toda e qualquer expectativa que eu tinha. Romances que não tem um “happy ending” são os meus livros favoritos, porque nem sempre o amor é para sempre, mas nem por isso deixa de ser amor. Ele se transforma em um sentimento diferente. E é legal ver isso em um livro, afinal todo mundo espera que tudo se resolva no final e tudo bem não resolver. Vão haver outras pessoas e novas histórias para serem contadas.

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Depois do Sim | Taylor Redind Jeinks

Oi gente tudo bom? Hoje trago a resenha do livro que foi o mais difícil de ler, devido estar passando pelo mesmo caso dos personagens.

Ryan e Lauren se conheceram na faculdade, se apaixonaram e logo se casaram. Hoje estão juntos a 11 anos e as diferenças escondidas na adolescência começam a ficar gritantes entre os dois.

O início do livro, nos remete a antes dos 11 anos onde vamos conhecendo os dois, durante alguns períodos desde o namoro até a separação.

Ryan tem várias queixas de Lauren e vice versa, eles chegam a brigar todo dia, por coisas mais fúteis possíveis até que os dois resolvem ficar 1 ano separados e ver como as coisas caminham.

Foi bem difícil pra mim essa história, por ver o quanto fiquei dentro do personagem. Também tenho 11 anos de relacionamento e a palavra separação tem se tornado constante na minha vida. A Nati do @loucaporlivrosss está de prova, pois éramos pra lermos juntas mas ela me passou.

O que eu achei:

Primeiramente amo a escrita da Taylor, amo o quanto ela escreve com personagens reais, garanto que além de mim, algum casal já viveu a crise dos 11 anos.
A leitura como sempre foi fluída, regada de sentimento e emoções, e a vontade de entrar no livro e chacoalhar os personagens foram grandes. Gostei dos personagens secundários também, eles deram um rumo na vida da Lauren como a irmã, o irmão e a melhor amiga. As vezes achamos que o fim do relacionamento é o fim, mas não é, podemos enxergar como um recomeço.

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Esse ainda segue na fila de leitura, mas já quero ler todos os livros lançados da Taylor, escrita maravilhosa, e todos com certeza são maravilhosos. Quero os físicos também.

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Apesar de ser um livro com muitas reflexões interessantes a respeito de relacionamentos em geral, senti falta de aprofundamento em algumas questões (principalmente com relação aos personagens secundários, que poderiam ter sido muito mais interessantes se desenvolvidos). Pelo fato de o relacionamento dos personagens principais não ter sido mais aprofundado no início da leitura, não consegui me conectar com eles e muito menos torcer pelo seu sucesso.

A escrita da Taylor está bem imatura. Ela se demora explicando coisas óbvias, o que acaba deixando a narrativa do livro boba.

No geral, gostei da leitura. Mas foi só isso.

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Nessa história, vamos conhecer Lauren e Ryan, que se apaixonaram mais novos e tiveram um casamento incrível. Mas depois de onze anos juntos, perceberam que passaram por muitos atritos e desentendimentos, chegando à triste conclusão de que não estão mais felizes juntos e talvez nem ao menos se amem mais. Com isso, decidem juntos passar um ano inteiro separados para reavaliar seus sentimentos e suas vidas. Neste acordo, eles não poderiam nem ao menos ligar um para o outro.

Acompanhamos então o ponto de vista exclusivamente da Lauren e claro que neste ponto já fiquei completamente inserida nessa história e passei a sofrer junto com os personagens e torcer por eles. A autora tem um poder de fazer tudo parecer tão real que é como se estivesse acontecendo comigo mesma! Eu queria saber tanto quanto ela o que estava acontecendo na vida de Ryan e entendia completamente todas as motivações para o que ela foi fazendo para tentar se sentir o mínimo possível próxima dele, mas também seguir com a sua vida e ser feliz.

Curioso foi que eu escolhi fazer essa leitura logo depois do meu próprio casamento e temi por um final não desejado, algo que me deixasse triste pela história. Mas eu acompanhei muitos fatos que podem sim virar realidade e tirei muitas lições sobre comunicação, relacionamentos e sobre a felicidade própria e em conjunto. Foi um livro maravilhoso e que, independente do que aconteça no final, traz reflexões que todo leitor consegue adequar à sua própria vida. Mais uma vez, a autora me emocionou e me fez pensar caminhos que eu não enxergava. Estou completamente satisfeita por ter escolhido esse livro para esse momento e acho que vale a leitura em qualquer oportunidade 🙂

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Durante a leitura da parte um e dois tive a mesma sensação de quando li Em outra vida, talvez, uma boa história, mas que ainda não tinha mostrado todo o seu potencial. Porém, a partir da parte três a história conseguiu prender minha atenção de tal modo que foi difícil largar o livro antes do final. Eu não estava preparada para a parte quatro e cinco. Acho que a última vez que me emocionei com uma história assim foi em O Diário De Suzana Para Nicolas.

Depois do sim fala sobre as várias facetas do amor, não apenas através do relacionamento da protagonista, mas de todas as pessoas que a cercam. É interessante podemos ver as várias formas de amar e como isso pode ser aplicado nos vários tipos de relacionamento, não necessariamente os românticos, que temos ao longo da nossa vida. Amar e ser amado não é garantia de felicidade, mas o amor é um elemento fundamental para a base de qualquer relação. Ao terminar o livro me senti com o coração aquecido e com o aprendizado de que mesmo quando tudo parece não ter solução se nós acreditarmos que vale a pena, então não devemos deixar de tentar!

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ah num adianta eu só senti SONO com esse livro esse negocio de casamento e duas pessoas q se amam mas n tem comunicação zzzzzzzz

o problema n é o livro nao sou EU q n tenho mais paciencia pra livro de romance assim (agr partiu ler stephen king pro meu cerebro liberar serotonina e lembrar q ama ler)

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Lauren demorou tempo demais para admitir para si mesma que não estava feliz no casamento. No início do livro temos uma retrospectiva mostrando como Lauren e Ryan se conheceram e o que aconteceu de importante nos últimos onze anos. Logo nos primeiros capítulos fica nítido que as pequenas brigas foram o estopim dessa relação.

O tempo separados seria uma forma de Lauren perceber que não conseguiria viver sem o marido, mas não é isso acontece. A jornada da Lauren é encantadora pela forma como ela vai constatar o prazer que é estar consigo mesma em algumas ocasiões, que ela não precisa se preocupar com as imposições da sociedade, que nem sempre um casamento é para sempre e está tudo bem.

Narrado por Lauren, vemos como o relacionamento foi se desgastando aos poucos. O principal problema de Lauren e Ryan foi a falta de diálogo. O casal não conversou sobre as pequenas coisas que os incomodavam.
Você pode ler esta obra e pensar: "os problemas deles são bobos e tolos", mas a questão primordial é perceber como os "problemas bobos e tolos" podem significar o fim de um relacionamento. Como não externalizar seus pensamentos e sentimentos pode corroborar para um desgaste emocional.

A relação da Lauren com a família é linda. Ela tem dois irmãos, uma mãe coruja e uma avó sábia. Todos os familiares de Lauren estão dispostos a apoiá-la, mesmo que discordem dela em algum momento. Eles são o retrato de toda família que possui suas questões, mas que não deixam de estar ao lado dos seus.

Mais uma vez a escrita da Taylor é certeira. A autora consegue escrever personagens verossímeis, que fazem o leitor se identificar com cada problema colocado em pauta. Lauren traz consigo as dúvidas, os medos e as inseguranças. Porém, através dela, também percebemos como é possível superar cada coisinha dessa.
A principal mensagem desse livro, para mim, foi a seguinte: você pode viver sem alguém, mas você precisa decidir se quer viver sem alguém. Poder e querer são coisas distintas e qualquer relação vai passar por essas duas palavrinhas.

Depois do Sim nos mostra a realidade após o "felizes para sempre". Um livro que nos emociona, faz gargalhar e principalmente refletir. Lauren e Ryan estão passando por um percalço no casamento, o que pode significar o fim. Os dois vão ter tempo para se redescobrir e precisarão tomar decisões difíceis. Existem caminhos mais leves, porém eles nem sempre trarão a felicidade. O amor é a parte boa, as dificuldades só aparecem depois do sim...

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Eu adoro tudo que a Taylor escreve ecom esse livro não foi diferente! Eu adorei a forma como ela trata o casamento, mesmo que eu não concorde com tudo, achei uma boa forma de mostrar que as vezes as coisas ficam mornas mas não é por isso que o amor deixa de existir. Muito bom

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Eu amei. Muito sensível, um livro incrível que retrata muito sobre as dificuldades de um casal no dia a dia. Perfeito!

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Se você gosta de livros de mistério, suspense e thrillers como A Garota no Trem e A Mulher na Janela, com certeza, vai amar O Impulso!

No livro, conhecemos quatro gerações de mulheres da mesma família, iniciando por Etta, Cecília, Blythe e, por fim, Violet.

“Todos esperamos ter uma boa mãe, nos casar com uma boa mãe, ser uma boa mãe.” (p. 15)

O foco principal é em Blythe e seu namorado (que depois se torna marido), Fox. No início, o relacionamento é “perfeito”, cheio de amor, carinho e cumplicidade. Com o passar do tempo, vamos adentrando às camadas das personagens e conhecendo melhor a estrutura familiar da protagonista.

“O conforto que eu encontrava em você me consumia. Eu não tinha nada quando te conheci, então de repente você se tornou meu tudo.” (p. 14)

O ritmo do livro é frenético, os capítulos são supercurtos (cerca de 1 página e meia cada) e te fazem querer cada vez mais. É um daqueles livros que parecem ter sido feitos pensando na adaptação para um seriado ou filme, sabe? Mas isso não é um ponto negativo, muito pelo contrário! A história e a protagonista têm tantas camadas que seria incrível ver alguém dando vida à Blythe nas telas.

“Eu me lembro de um dia me dar conta de como meu corpo era importante para nossa família. Não meu intelecto, não minhas ambições de uma carreira literária. Não a pessoa construída ao longo de trinta e cinco anos. Só meu corpo.” (p. 144-145)

O Impulso intercala entre passado e presente. Posso dizer que em diversos momentos fiquei impactada como a forma que Etta tratava Cecília e, depois, como Cecília tratava Blythe. Esses períodos do livro, apesar de curtos, me trouxeram muitas reflexões sobre quem somos X quem poderíamos ser.

“Uma parte de mim sabia que nunca mais existiríamos do mesmo modo.” (p. 43)

Para mim, a depressão pós-parto é um tema retratado na família, porém, sem receber a devida importância – seja por falta de conhecimento, negligência ou silenciamento – pelos familiares. No livro, vemos Etta, Cecilia e Blythe “murchar”, sem que ninguém tente, de fato, resolver o problema. O que mais lemos são frases (que também são ditas na vida real) tentando minimizar a dor sentida por elas, como: “mas sua filha é tão linda, você deveria ser grata“, “ela é cheia de saúde, é o que importa“, entre outros.

Enquanto isso, vemos as três perdendo o controle de formas diferentes, mas com algo em comum: sempre sempre invalidadas, invisibilizadas e silenciadas.

“Olhei para a minha mãe de novo e imaginei o que as meninas viam, sem o fardo de tudo o que eu sabia a respeito dela.” (p. 104)

É claro que eu falo aqui totalmente sem conhecimento de causa, mas o livro aborda diversas facetas da maternidade: suas expectativas, belezas, dúvidas, julgamentos… A expectativa colocada na mulher para ser “a mãe ideal”, a “mãe guerreira”, enfim, os estereótipos que não abrem precedente para falhas.

“Pensei em maneiras de fugir. Ali, no escuro, enquanto meu leite fluía e a poltrona balançava. Pensei em devolvê-la ao berço e ir embora no meio da noite. Pensei em onde estava meu passaporte. Nas centenas de voos listados nos quadros de partida do aeroporto. Em quanto dinheiro eu conseguiria sacar de uma só vez no caixa eletrônico. Em deixar meu celular ali, na mesa de cabeceira. Em quanto tempo levaria para o leite secar, para meu seios se livrarem das provas de que ela havia nascido.” (p. 57)

Como Blythe é a nossa narradora, muitas vezes eu me perguntei se não estava sendo levada a “defendê-la” simplesmente por ser a única “visão” que eu tinha de um determinado acontecimento da trama. Muitas vezes, meu sentimento foi o de “pobre Blythe, ODEIO Violet” mas, pode ser que levar o leitor para esse fluxo de pensamento seja exatamente o desejo de Ashley Audrain.

“Eu não podia lhe contar a verdade: que eu desconfiava que havia algo de errado com nossa filha. Para você, o problema era eu.” (p. 89)

Por falar nisso, a construção de Violet e seu crescimento diante do leitor é muito interessante de acompanhar, mesmo com o viés da mãe.

“Onde começa? Quando sabemos? O que os transforma? De quem é a culpa?.” (p. 111)

Resumindo, O Impulso é um livro que nos prende e nos faz questionar diversos paradigmas sociais referentes à maternidade, ao mesmo tempo que entretém. O final é catártico. Superindicado!

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O livro começa nos apresentando a um casal visivelmente contrariado na companhia um do outro. O motivo do stress e da animosidade é simples (bobo até) e reside no fato dos dois estarem saindo de um estádio lotado e não lembrarem onde deixaram o carro. Desse ponto, a narradora – Lauren – volta no tempo e começa a contar como seu relacionamento iniciou e como ele chegou àquele momento que acabamos de presenciar. Conhecemos a versão jovem universitária de Lauren e também de seu marido, Ryan, e o amor intenso, saudável e sólido que os dois construíram. Depois lemos a respeito do pedido de noivado e do casamento. Até aqui, a história de amor é de fazer suspirar. Pouco a pouco, conforme vamos chegando perto do presente, pequenos sinais de desgaste vão surgindo: o sexo é quase inexistente, as brigas por coisas corriqueiras aumentam e a distância entre os dois também. E o leitor fica tão triste quanto Lauren e Ryan ao presenciar essa transição, que culmina num acordo desesperado: eles ficarão separados por um ano, sem contato, na tentativa de retomarem a relação após esse prazo. E essa decisão promove mudanças profundas nos protagonistas – especialmente Lauren, cujo ponto de vista nos guia.

Qualquer pessoa que já viveu um relacionamento longo tem grandes chances de se identificar bastante com Depois do Sim. Taylor Jenkins Reid é muito competente em fazer a transição natural que acontece do início do namoro (repleta de paixão) para uma relação duradoura (mais baseada na rotina), colocando um ingrediente fundamental pra fazer com que Lauren e Ryan fracassem: o ressentimento. Se no início da relação um era mais paciente com o outro, dispostos inclusive a concordar com certas coisas só pra ver o parceiro feliz, com o tempo essa prática se torna insustentável. Então Lauren e Ryan carregam uma carga de coisas não-ditas e de mágoas não resolvidas que mina a relação ao ponto de ser impossível dividir o mesmo lar. A decisão de ficarem um ano separados é pouco ortodoxa e causa estranhamento, mas os dois decidem que será necessário esse tempo longe pra entenderem se ainda se amam e sentem saudade um do outro.

Adoro que a autora trate da separação e da mudança do amor com realismo, mas sem ser cínica. Lauren não se torna alguém que não acredita mais no amor ou no próprio casamento – mas se questiona pra entender onde eles erraram, o que poderia ter sido diferente. Isso é muito relacionável, especialmente se você já passou por algum tipo de rompimento significativo. Por mais que no início a separação seja sufocante e Lauren ache impossível viver sem Ryan, aos poucos ela percebe que existe muito na vida além da relação que iniciou aos 19 anos. Sua família tem um papel primordial nisso, e eu adorei os pequenos detalhes que caracterizam cada membro dela. Os Spencer são muito carismáticos, incluindo a ácida e divertida vó Lois. Lauren descreve pequenas “manias” da família, como disputar a melhor rota no trânsito, e há pinceladas disso em várias cenas de forma muito natural, o que causa a sensação de que conhecemos aqueles personagens. Além deles, Lauren também conta com o apoio dos amigos para manter a cabeça ocupada e expandir seus horizontes a respeito de onde a vida pode levá-la (e do quão surpreendente ela pode ser).

Um ponto importante reside no fato de que Lauren busca exemplos à sua volta, desejando ser um deles pra saber o que vem a seguir (como sua mãe, tendo um namorado aos 59 anos, ou sua avó, que amou seu avô a vida toda). Mas a verdade é que cada vida e cada relacionamento são únicos. A gente não consegue, por mais que queira, saber o que vem pela frente. E quando ela se dá conta de que precisa deixar a vida acontecer e ser surpreendida pelo que cada dia reserva, Lauren começa a amadurecer de uma forma que ela não imaginava ser possível.

Depois do Sim é um livro que trata de um tema complexo e por vezes doloroso, mas Taylor Jenkins Reid narra cada passo dessa relação de uma forma divertida, suave e inspiradora, mesmo nos momentos mais difíceis. A visão da autora e da protagonista sobre as relações é bastante real, mas de forma que deixe espaço para a esperança e para a renovação. Lauren é uma narradora fácil de gostar, assim como as pessoas que a cercam, e o leitor se vê torcendo pra que de fato o melhor aconteça após aquele ano (mesmo que isso possa significar um divórcio). Mas, mais do que ser um livro envolvente, Depois do Sim também é uma obra que nos mostra o quanto vale a pena nos conhecermos e estarmos felizes com a nossa própria companhia para então apreciarmos a do outro. Terminei o livro com o coração quentinho, acreditando no amor mas também nas inúmeras possibilidades de recomeço que a vida nos oferece. Favoritado!

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Nossa protagonista, Lauren, é casada com Ryan, seu namorado da época da faculdade. Eles sempre foram apaixonados um pelo outro e decidiram morar juntos logo após a formatura da faculdade. O casal perfeito, feitos um para o outro. No momento atual, são onze anos juntos, e agora eles estão naquela fase que toda a paixão da juventude esfriou. Onde tudo é motivo para briga e discussão, em que parece que um não suporta o outro. Com a convivência difícil, em um dia a ficha cai: eles não estão mais felizes juntos, não se amam mais como se amavam. Não aceitando que seria o fim do casamento, resolvem fazer um acordo e ficarem 1 ano sem se ver. Durante 1 ano viverão separados, sem se ver e se falar, poderão sair com outras pessoas, tendo novos relacionamentos. Após um ano, a ideia é retornarem ao casamento, tendo descoberto o que estava ruim, e melhorar. Será que vai dar certo? Bom, só lendo pra descobrir. Deixo vocês com a curiosidade sobre o que acontece neste período em que viverão separados.
Gostei do livro? Muito! Gostei bastante da narrativa, do desenvolvimento dos personagens. A protagonista é real demais, com falhas que fazem parte da humanidade, com dilemas que fazem a gente se conectar muito com a história. Recomendo bastante. Agora pretendo ler os outros livros dela, assim que tiver oportunidade. Espero gostar de todos.

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Taylor não decepciona, com um bom romance, cheio de emoções e sentimentos, nos faz enxergar a realidade de muitos casamentos hoje em dia.

Mesmo a trama se tratando de um romance, entre um casal que passa por uma separação, podemos acompanhar como a família é afetada por essa separação, e claro os sentimentos confusos da protagonista, o que traz mais realidade a trama.

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