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Nós somos a cidade

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Uma ideia super criativa que logo me chamou a atenção. Não conheço NY, mas a autora parece diferenciar e diversificar bem os personagens (adorei que as cidades não se resumem em um ser só, isso fez toda a diferença. Cada ponto da cidade é um organismo). O mundo da autora se constrói naturalmente - parece, de fato, que ele já existia e ela apenas o observou e registrou, de tão orgânico. Foi uma ótima experiência de fantasia, bem acima da média, uma leitura diferente.

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Este livro é muito visual e perfeito para amantes de fantasia urbana e/ou aventura.
N.K. Jemisin me surpreende a cada leitura, com suas descrições na medida certa, suas invenções de histórias incríveis, suas pesquisas acuradas e suas tiradas maravilhosas por meio dos diálogos de suas personagens.
Eu nunca imaginei uma pessoa sendo uma cidade no sentido literal, mas a metáfora é tão boa, mas TÃO boa, que nos pegamos pensando o quanto de nós realmente tem na cidade e o quanto da cidade tem realmente em nós. Para os fãs que adoram quando veem o Brasil retratado em obras estrangeiras, São Paulo tem mais de uma aparição nesta história. Um bônus bem legal.
O ritmo da trama é muito bom, apesar de eu ter sentido um pouquinho de lentidão em alguns pontos (mais por um problema de estresse meu do que da obra em si).
Já estou esperando ansiosamente pela continuação!
Agradeço à editora pela cópia concedida pelo NetGalley. Com certeza vou querer meu exemplar físico também. ♥

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Quando comecei o livro já tinha algumas expectativas sobre a história, mas me entregou muito mais do que esperava. Fui realmente surpreendida. Para mim, o ponto alto do livro é sua criatividade.

A construção do mundo é bem diferente de tudo que já li até hoje e a criação de personagens é bem complexa. Não conheço tão bem a cultura novaiorquina a ponto de afirmar com certeza que a autora conseguir personificar os distritos e a cidade perfeitamente, mas me pareceu muito bem idealizado, pelo menos na identidade de cada um.

Os personagens são extremamente complexos. Nenhum é 100% bonzinho ou 100% mal (diria isso até para vilã da história). Há subjetividade e aprofundamento em todos eles, com seus defeitos e qualidades. E o mais impressionante disso é essa complexidade que ocorre em 7 ou 8 personagens, o que é bem difícil em um livro de fantasia que tem um mundo para apresentar.

Puxando esse gancho, a apresentação de mundo não se esforça para te fazer crer nas coisas que estão acontecendo nem perde tanto tempo com explicações lógicas, mas fala com tanta naturalidade sobre os aspectos desse universo que se torna crível. Me lembrou muito as religiões antigas que criavam histórias para justificar coisas que eles não entendiam, principalmente a questão da morte das cidades.

Concluindo, foi um livro que me deixou extasiada, principalmente da metade para o final. A resolução foi meio corrida, mas compreendi que o objetivo não era a finalização e sim a construção até chegar ao final. Vários personagens com suas complexidades me irritaram e outros me encantaram. As diferentes representatividades foram muito bem colocadas na história e não esperava menos da N. K. Jemisin. Já quero ler as outras obras da autora e ansiosa para continuação dessa trilogia.

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