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A inquilina de Wildfell Hall

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⠀⠀⠀⠀⠀“Meu destino é como uma xícara de chá: contém uma mistura amarga que não posso esconder de mim mesma, disfarçar conforme minha vontade. Posso tentar me convencer de que a doçura a supera; posso dizer que tem um aroma agradável; tudo, menos dizer o que quero, pois ainda está lá e não me resta alternativa a não ser tomá-lo.”

⠀⠀⠀⠀ Olá, leitores! 🙋🏻‍♀️
⠀⠀⠀⠀⠀Hoje vamos apresentar para vocês mais detalhes do livro "A Inquilina de Wildfell Hall" escrito por Anne Brontë.
⠀⠀⠀⠀⠀Um dos grandes romances da literatura inglesa chegou à Penguin-Companhia com nova tradução e textos de apoio. Esse livro mostra, com clareza ímpar, as lutas de uma mulher por sua independência.
⠀⠀⠀⠀⠀Gilbert Markham está intrigado com Helen Graham, a bela e misteriosa mulher que acabou de se mudar para Wildfell Hall com o filho e sem o marido.
⠀⠀⠀⠀⠀Ele é rápido em oferecer amizade, mas, quando o comportamento recluso da inquilina começa a ser motivo de fofoca na cidade, ele se pergunta o que mais pode haver na história daquela família.
⠀⠀⠀⠀⠀Quando Helen permite que Gilbert leia seu diário, ele começa a entender os detalhes obscuros de sua vida, seu casamento desastroso e a situação em que a vizinha se encontra.
⠀⠀⠀⠀⠀Narrado com precisão e carisma, "A inquilina de Wildfell Hall" é uma descrição poderosa da luta de uma mulher por independência na Inglaterra vitoriana.
⠀⠀⠀⠀⠀Lançado em 2021, a obra tem 624 páginas e foi lançada pelo selo Penguin-Companhia da editora Companhia das Letras.
⠀⠀⠀⠀⠀Para quem curte clássicos da literatura, esse livro é uma boa opção.

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Talvez o livro que mais se mantenha atual entre os escritos pelas Irmãs Brontë e definitivamente se tornou um favorito.

Anne toma a missão de nos entregar uma história como se fosse uma denúncia da falta de moral que tomava conta da sociedade na época.

Esse tom de denúncia veio nas críticas ao fato de que homens são ensinados desde cedo a "serem homens" com suas festas, no exagero com o álcool e no fato de que lhes eram permitido fazer o que bem entendessem, enquanto as mulheres eram relegadas a serem submissas e entravam nesse mundo adulto sem qualquer preparo para o que estava por vir.

O relacionamento abusivo que ela vive, a coragem de se libertar dele e a decisão de retornar para o fim por querer dar sossego a uma alma atormentada pela culpa e medo, compõe esse clássico, nos dando no final a tão sonhada redenção à Helen e Gilbert que no final das contas mereciam a paz.

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Obrigada à Companhia das Letras e ao Netgalley pela cópia do livro!

A Inquilina de Wildfell Hall segue um formato bastante distinto: uma carta escrita pelo narrador a um amigo, entrecortada por páginas de um diário mantido pela inquilina do título. Apesar do tom por vezes repetitivo e moralista da protagonista (revolucionária para a época), a escrita de Anne Brontë é tão agradável que se torna impossível não simpatizar com os sentimentos do narrador, tomando parte de suas amizades e inimizades à medida em que a história avança. É impressionante que um livro razoavelmente longo, em que tudo acontece de forma lenta e detalhada, não seja uma leitura cansativa - certamente em razão da fluidez do texto da autora. Impossível não imaginar tudo que Anne Brontë, que escreveu A Inquilina de Wildfell Hall aos 28 anos, logo antes de morrer, poderia ter produzido com mais anos de vida.

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Diferente de muitos livros romancistas de sua época, "A Senhora de Wildfell Hall", escrito por Anne Brontë conta a história de uma jovem mulher, que tomada por uma grande paixão e ignorando os conselhos de sua tia, se casou com um homem controlado por seus vícios e desejos, o que fez com que sua vida em matrimônio fosse um verdadeiro pesadelo.

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Finalmente conheci a obra da Anne, a única irmã Brontë com a qual eu ainda não havia tido contato, e foi uma ótima experiência. Esse livro apresenta semelhanças no estilo a Jane Eyre e O Morro dos Ventos Uivantes e gostei dele tanto quanto dos outros. As irmãs Brontë são especialistas em escrever personagens fortes, casais marcantes, cenários góticos e histórias que despertam sentimentos variados no leitor — encanto, raiva, frustração, surpresa. E com A Inquilina de Wildfell Hall não foi diferente!
A primeira parte foi muito intrigante com o mistério da viúva Graham e da curiosidade da comunidade e de Gilbert quanto a sua chegada à mansão. A segunda parte, quando acompanhamos o seu diário, muda o tom da história e levei um tempo para me acostumar a ele, mas gostei de receber respostas sobre seu passado. Acho que nunca li um livro antigo que falasse tão explicitamente sobre adultério e a hipocrisia dos "cavalheiros" que se entregam a libertinagens, e Arthur me deixou tão frustrada quanto os personagens de Morro, que são notórios por sua crueldade. Amei o desfecho da terceira parte; a essa altura eu estava muito envolvida na leitura e estava torcendo para um final digno para os personagens, o que Anne entregou.

❝Sustento que, fosse mais perfeita, seria menos interessante.❞

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Resenhista convidada Jaci Clemente

A leitura de “A Inquilina de Wildfell Hall” foi meu segundo encontro com a escrita poderosa da Anne Brontë e esse reencontro não poderia ser melhor. Potente, lucida, sensível, visceral, humana, dotada de uma dignidade capaz de ir além de qualquer expectativa, Anne é genial!
Talvez o melhor livro de 2021, certamente um dos melhores livros da vida, guardião de uma das maiores personalidades femininas que tive a honra de encontrar pelos caminhos.

Helen Grahan, protagonista construída pela Anne Brontë, é genial, dona de si, forte, potente, libertária, dona de seu destino e da narrativa da sua vida, ler a história dela é uma honra, receber ela no santuário de meu imaginário é uma experiencia surreal de tão maravilhosa.
Helen Grahan, protagonista da “A Inquilina de Wildfell Hall” é uma viúva misteriosa que chega em um povoado do interior da Inglaterra com seu filho e uma empregada para ocupar uma mansão quase impossibilitada de ser habitada. Dotada de uma força de caráter única choca a comunidade ao ser capaz de expressar suas opiniões de forma firme, cativa o coração de Gilbert Markham e assim acaba suscitando comentários maliciosos de seus vizinhos. Para evitar maus entendidos entre ela e Gilbert,
Helen entrega seu diário a seu vizinho e assim nos da a saber da história aterradora de seu casamento e sobre os tortuosos passos que a levaram a buscar refúgio na solitária e herma Wildfell Hall.
Ainda estou absurdada com a capacidade da Anne Brontë de construir com senso crítico uma trama na qual violência doméstica, assedio, vícios, toxidade da construção da masculinidade, fragilidade da situação feminina numa sociedade patriarcal vem à baila. Numa linguagem límpida e envolve ela denúncia os crimes do patriarcado contra todas as mulheres. É um romance comovente, potente, com nuances sombrias que não se esgota em uma única leitura. Livro sensacional, comovente, com uma protagonista grandiosa capaz de lutar por sua integridade, ir atrás de sua liberdade e conquistar seu final feliz.

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Esse foi o livro agosto do clube mil leituras, que organizo junto com a @milvidasliterarias 💜 Eu estava com a expectativa muito alta para esse livro porque eu to na jornada de ler as irmãs Brontë e sempre ouvi falar muito bem dele! E às vezes eu ficava meio coisa de ter dado 4 estrelas pra Agnes Grey (da mesma autora), mas a Inquilina é bem superior, merecendo as 5 estrelas (não que eu não ame o outro também!!)
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Quem acompanhou meus stories sabe que eu tava lendo na edição física da foto (cuja tradução é A senhora de Wildfell Hall), e eu estava gostando bastante da tradução, mas aí alguém no grupo do clube alertou que haviam edições que nao eram integrais, e com isso algumas detalhes eram diferentes. Infelizmente essa edição não é integral (não fiquei triste porque ganhei de graça), então recorri ao ebook da penguin e gostei muito também.
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Quando descobri que a Anne publicava usando um nome masculino (Acton Bell), tudo fez sentido, porque eu imagino os comentários que iam fazer com uma mulher escrevendo o que ela escrevia nos livros. Infelizmente ela só publicou esses dois, porque ela era muito genial, e não fazia questão de utilizar metáforas ou fazer ironias para criticar a alta sociedade inglesa, os homens, etc, ela fazia diretamente mesmo. Ela não fazia questão de criar homens perfeitos (com exceção para os mocinhos, mas eles também tem suas imperfeições kkkkkkkk). O que é perfeito mesmo é esse livro.
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Leitura super indicada 💜 Agora o próximo das Brontë que vou ler vai ser O morro dos ventos uivantes!!
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Se eu falei alguma besteira literária me perdoa, falei minhas impressões 😊

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Esse livro além de bem escrito, também tem uma história que retrata nossa realidade: homem machista e tóxico. E mexeu muito comigo mais por conta das personalidades cativantes e bem construída dos personagens. Super recomendo, Anne Bronte conseguiu!

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A inquilina de Wildfell Hall é uma obra primorosa e mostra a escrita da Anne Bronte. Eu nunca tinha lido nada da autora e só ouvido falar bastante de Charlotte e Emily, porém devo dizer que foi CADA TAPA NA CARA! Gosto como ela diz que um livro é bem escrito e considerado bom independente do sexo do autor ou autora, acusa o casamento e como a mulher era diminuída (e ainda é, né? muitas vezes) dentro desse relacionamento. Gostei muito das construções, dos tapas que a Helen dá nos egos das pessoas e como ela é uma mulher forte em meio a uma sociedade tão retrógrada, muitas vezes.

Aquele clássico que vale muito ter!

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Agradeço ao Netgalley e à Penguin Companhia pela cópia digital do livro em troca de minha opinião honesta.

A Inquilina de Wildfell Hall foi minha primeira leitura da Anne Brontë e fiquei muito surpresa pelo tanto que gostei, talvez até tenha se tornado meu livro preferidos das irmãs Brontë (preciso reler Jane Eyre pra ter certeza).

Ouvi muitos comentários de gente que achou o livro lento, mas como li bem aos poucos não senti isso.

A primeira parte, com Gilbert contando ao seu amigo sobre a sra. Graham me deixou intrigada para saber mais sobre a personagem e o motivo de certas atitudes. Quando chegamos na parte dos diários dela, em que realmente descobrimos quem ela é e como foi parar ali fui realmente cativada. Sofri junto com a personagem e devo dizer que poucas vezes senti tanta raiva de um personagem como senti aqui.

A autora foi muito corajosa de inserir aqui o tema do papel da mulher no casamento e certas atitudes que ela toma (isso lá em 1848!). Sofri junto com a personagem vendo pelo que ela passou, e que não podia fazer nada quanto a isso, pois é vista como propriedade do marido.

Além do texto principal esta edição ainda conta com introdução de Stevie Davies que enriquece ainda mais a leitura desta obra (contém spoilers, cuidado).

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Um clássico escrito pela mais novas das irmãs Bronte, nunca ouvi ninguém falar sobre ele...

Uma história INTENSA, cheia de reviravoltas agonizantes.

Por que esse livro não é muito comentado? Por ser um calhamaço? Ou por até pouco tempo atrás não ter sido publicado na íntegra, tendo várias de suas partes cortadas?

Durante a leitura sofri demais tentando imaginar quais rumos a história tomaria e se o final seria ou não feliz.

Ler esse enredo é sofrer com as mulheres que eram submissas em casamentos a maior parte das vezes desastrosos, não falando mal de seus cônjuges nem para suas melhores amigas, não podendo deixá-los e tendo que suportar seus vícios e sua degradação moral.

A construção da narrativa foi muito criativa: Temos o Gilbert escrevendo para seu amigo/cunhado Halford, então a visão do livro todo é masculina. Porém, na parte II passamos a acompanhar o diário da Sra. Graham, que é como se Gilbert estivesse expondo por meio de cartas esse diário ao amigo.

Conforme vamos entendendo os mistérios dessa inquilina e a personalidade e falta de ação de Gilbert em momentos cruciais, mais somos envolvidos nesse doloroso livro.

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Uma obra atemporal, de certo modo ousada. Com formato epistolar, amei conhecer Anne Bronte. Outra coisa interessante é ele ser narrado pelo protagonista masculino. Ele é um pouco lento, mas é bem arrojado, bem estruturado e envolve. Recomendo! O que não gostei foi a barra na capa, não entendi o propósito.

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