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Mia Couto é um dos maiores autores Africanos da atualidade e estava mais do que na hora de começar a ler os livros do autor. “O mapeador de ausências” foi meu primeiro contato com sua escrita e acredito que eu não poderia ter sido mais feliz com a escolha, já como o livro realmente é uma ode a Moçambique antes e depois de sua independência, me apresentando mais sobre um país que eu deveria saber mais sobre – que deveríamos, na verdade. Ganhador de diversos prêmios da literatura mundial, entre eles o Camões, e autor de contos, crônicas, romances e livros de poesia, Mia Couto é biólogo de formação e ainda reside na África. Tive a oportunidade de participar de uma conversa com o autor sobre sua mais recente obra que agora tento falar um pouco sobre, e estou ainda encantada com a simplicidade de Mia.

No ano de 2019, um ciclone devastou a cidade de Beira, cidade natal do intelectual moçambicano Diogo Santiago, que também é professor universitário em outra cidade (Maputo), e retorna às vésperas da chegada do ciclone a Beira, tudo para receber uma homenagem. Obviamente que voltar a cidade na qual cresceu é também é ir de encontro as suas lembranças há muito guardadas, principalmente as que envolvem seu pai, Adriano, que foi jornalista em uma Moçambique antes de sua independência de Portugal, país que o colonizou.

Assim que chega na cidade, Diogo conhece Liana, que lhe entrega documentos que mostram que Adriano era considerado “subversivo” em um regime bastante opressor, fazendo com que Diogo comece a se lembrar de duas viagens feita na companhia do pai para a cidade de Inhaminga, palco de um massacre por parte do governo, praticamente destruída durante a guerra civil que varreu o país. O avô de Liana foi o inspetor que participou da prisão de Adriano e a narrativa é absurdamente criativa em um nível acima do normal: somos apresentados aos personagens e lemos em página alguns dos documentos que Liana entrega a Diogo, que começa a reconstrução de sua memória de fatos que há muito tinha deixado de lado, como as viagens acima citadas.

Aos poucos, a perseguição e prisão de Adriano pela PIDE (sigla para Polícia Internacional e de Defesa do Estado) vão se tornando mais e mais consistentes, fazendo com que Diogo vá juntando pedaços de um quadro imenso que são suas memórias, algumas embaralhadas pelo tempo e saudade. Enquanto vai revivendo tudo isso, Diogo também se lembra e revive o amor do pai pela poesia, coisa que muito guiou o homem ainda em vida.

Os personagens não se restringem somente a Diogo e Liana e somos apresentados a Benedito, homem que participou efetivamente do passado de Diogo e dirigente da FRELIMO (sigla para A Frente de Libertação de Moçambique) e ainda somos apresentados a história de Mariana Sarmento, uma narrativa repleta de tristeza e momentos de partir o coração. Também conhecemos Natalino Fernandes – cada um com um lugar certo e grafado na narrativa, poderosos e presentes de uma forma que impulsiona a narrativa sempre adiante. Descobrir mais sobre Mariana e seu passado leva Diogo a juntar mais algumas peças do grande quebra-cabeças que está montando durante aquela viagem.

A conclusão da trama para mim remete bastante justamente ao título do livro, que não poderia ser outro: “O mapeador de ausências” é um livro tocante, repleto de paisagens deslumbrantes e altamente bem descritas que levam o leitor até o centro de um país em duas fases de sua história, mostrando e falando sobre regimes e sobre revoluções, mas, trazendo acima de tudo, como a construção da imagem sobre uma pessoa pode, sem sombras de dúvidas, evocar sentimentos que nem ao menos entendemos em nós mesmo. Não é um livro sobre esquecer de onde se veio, e sim para se lembrar da importância de se revistar os lugares que lhe marcaram, frase bastante marcante da narrativa. Não é um livro sobre quem se foi e o que a pessoa deixou, mas sobre como podemos sanar essa ausência em nossas vidas e nos construirmos a partir disto.

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Diogo Santiago é poeta e professor. Ele retorna à sua cidade natal, Beira, para receber uma homenagem, às vésperas do ciclone que atingiu Moçambique em 2019.
Esse não é um simples retorno, mas também um regresso ao que viveu em sua juventude, quando Moçambique ainda era colônia portuguesa.
Será Diogo capaz de encontrar o que procura e preencher suas ausências?
Encontramos neste livro capítulos intercalados entre o presente (2019) e o passado (1973).
Mesmo que algumas partes da leitura foram arrastadas para mim, vou destacar dois pontos positivos desta obra:
Mia Couto costurou muito bem as histórias dos personagens, que vamos descobrindo cada vez mais conforme avançamos nas páginas.
E o outro ponto muito positivo é o autor ter mesclado a ficção com acontecimentos reais.
Um livro sobre buscas, memórias.
Uma história para tentar preencher ausências.

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Eu sou uma super fã da escrita do autor Mia Couto, a forma como ele cria suas histórias, tem uma magia que é difícil de descrever.

Fora que ele sempre ambienta suas narrativas em localidades de cultura rica, com um contexto histórico bem fundamentado.

Diante disso, quando fiquei sabendo que a @companhiadasletras iria publicar esse volume, não tive como não ficar ansiosa, contando os dias para adquirir o meu exemplar. Mas qual não foi a surpresa quando a @taglivros enviou ele na caixinha do mês.

Nesse volume, Mia Couto, conta a história de Diogo Santiago, professor universitário em Maputo, um homem que ao receber uma homenagem se viu em uma viagem pelo seu passado, relembrando acontecimentos de sua vida, enquanto Moçambique ainda era colônia portuguesa.

Foi emocionante ver como ele se envolvia com a família, lutando para descobrir o paradeiro de seu parente (soldado) perdido em combate.

Além da traição de parentes, vizinhos e até mesmo companheiros de luta. Podemos ver como a forma de trata-lo muda, a medida que ele se torna um homem importante na comunidade. Ficando claro os preconceitos sociais arraigados daquela população.

Esse foi um livro que me tocou profundamente. Você já leu alguma obra do Mia Couto? Me conta qual foi

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Uma visita ao passado em busca de si mesmo e de suas raizes.
O autor volta a sua cidade natal e faz um relato ficcional com umas pitadas de vida real o que torna a leitura ainda mais apaixonante.

Diogo Santiago é escritor e poeta, assim como seu pai Adriano Santiago. Numa viagem nostálgica a cidade de Beira em Moçambique, ele vai visitar pessoas e lugares da sua infância e juventude em busca de respostas e verdades sobre sua vida e dos seus.

A narrativa é mesclada entre a voz do narrador e trechos de documentos diversos do passado, que vão desvendado pouco a pouco a sua história.

Sendo minha primeira experiência com a escrita do autor, fiquei encantada com a sua forma poética de narrar os acontecimentos.

Entre 1973 e 2019 acompanhamos um pouco da história de Moçambique em meio à guerra pela sua independência, aos massacres, ao racismo existente e a todo sofrimento trazido por um conflito dessa magnitude.

Personagens femininas marcantes são presenças importantes nos dois períodos da narrativa, o que enriquece grandemente a história que é triste, comovente e emocionante, fala de dores, descobertas, conflitos, amores e muito mais.

Gostei muito e já quero ler outros livros dele.

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