Cover Image: Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo

Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo

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ESSE LIVRO É PERFEITO!!!

Ouvi muito falar desse livro durante os anos, mas sempre tive muito medo de acabar me decepcionando por minha expectativa ser muito alta. Mas não foi isso que aconteceu, ainda bem!

Os personagens são MUITO complexos e bem construídos, o autor conseguiu montar uma narrativa bem feita e a química é maravilhosa.

Super indico esse livro!

Muito obrigada, Netgalley e Companhia das Letras, por me proporcionar essa leitura <3 pretendo até comprar o livro físico hehe

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❝- Você precisa tomar um cafezinho com a minha mãe. Aí vocês duas poderiam se preocupar juntas.❞
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Aristóteles é um garoto de 15 anos melancólico e solitário aproveitando o verão quando tem sua vida virada do avesso ao conhecer Dante, outro garoto de 15 anos que é o completo oposto de Ari e apesar de muito diferentes ocorre uma ligação imediata entre os dois e eles acabam se tornando melhores amigos.
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Mas como sempre a vida acontece e eles tem que lidar com diversas situações como um grave acidente, uma mudança de cidade, a descoberta da sexualidade, um irmão sobre quem ninguém fala, uma guerra que assombra a memória e a dificuldade que é crescer e se tornar homem em  1988.
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Confesso que quando comecei a ler achei Ari dramático demais, mas ao decorrer do livro vemos ele crescer e evoluir para se tornar um ótimo rapaz que consegue entender melhor o mundo e as pessoas, já Dante é um amorzinho desde o começo, da vontade de pôr em um potinho para amar e proteger, gostaria que o livro tivesse ao menos algumas partes narradas por ele, teria sido legal ver seu crescimento mais de perto.
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Toda aquela situação com o Bernardo me lembrou do Bruno do filme encanto (🎶 não falamos do Bruno não não não, não falamos do Brunooooo 🎶) kkkkk, mas enfim, os pais de ambos são incríveis e apesar de todos os problemas sempre apoiam os filhos deixando claro o quanto os amam e também tem um ótimo desenvolvimento durante o livro.
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Apesar da situação de transfobia no final (sim ela está lá, não, não passamos pano para esse tipo de atitude) é um livro que em geral vale a pena ser lido pois tem uma escrita fluída e uma história muito bem construída.

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Sabe quando um livro fala tanto com a gente que você quer que todo mundo conheça e leia e sinta tudo o que você sentiu também? Mesmo que esse livro já não seja tão novo e muita gente já o conheça. Eu me lembro desse livro na época que lançou, porém acabei não lendo ele. Mas agora recebi a continuação dele e resolvi ler. E foi sem dúvida uma das melhores leituras do mês. Eu que já tinha me encantado com Charlie e Nick de Heartstopper, acabei me apaixonando perdidamente por Ari e Dante e agora não sei mais qual casal é meu favorito.

A história é narrada por Ari, e se passa ao longo de dois anos da vida dele e de Dante. Ari é um adolescente de quinze anos perdido em seus sentimentos. Sua família não tem o hábito de se abrir e Ari acaba se calando também e está quase sufocando com tantos segredos que o rodeia. Seu pai voltou da guerra diferente e não fala sobre o que passou por lá. Seu irmão mais velho está preso e todos agem como se ele estivesse morto. Ari não tem ninguém, até conhecer Dante, uma pessoa completamente oposta e com uma família totalmente diferente da de Ari.

Dante fala abertamente sobre seus sentimentos, beija seus pais e diz que os ama, em suma é tudo o que Ari queria ser e não consegue. E uma grande amizade acaba surgindo de suas diferenças. E claro que a veia romântica fala mais alta e a gente torce para que aconteça mais do que somente uma bela amizade entres eles. Porque separados eles são personagens incríveis, mas juntos eles se completam e se tornam um casal inesquecível. E uma das coisas que mais gosto neles é que eles são perfeitos em suas imperfeições.

Ari é um personagem que carrega muita raiva dentro se si. Raiva do pai que ele não consegue conversar, da mãe que impõe mil regras diferentes, raiva por ter que ser o filho perfeito para compensar o irmão que não foi. Mas com Dante ele vai aprender que pode ser quem ele quiser ser, mesmo que os velhos hábitos ainda estejam enraizados dentro dele. Ari é o personagem que mais cresce nessa história. Sua evolução é visível e ao final fica aquela sensação de conquista, como se tudo o que Ari passou fosse mérito nosso também, tipo um pai orgulhoso do filho.

Já Dante é aquele personagem extrovertido que fala o que pensa e os momentos cômicos do livro ficam por conta dele. Enquanto que com Ari temos um clima mais dramático, com Dante temos aquela leveza de que só uma pessoa com tanta bondade no coração pode trazer. E até por isso uma das cenas mais pesadas no livro corta o coração da gente, é inconcebível que um ser humano que só traz alegria para o mundo possa passar pelo o que ele passou. Mas apesar da cena super forte o autor soube abordar a homofobia de uma maneira delicada, por conta da classificação indicativa do livro.

A narrativa do autor é lenta e bem poética, mas nada que deixe a história chata, pelo contrário, acompanhar a trajetória desses dois garotos é um prazer indescritível, ver como a amizade deles vai evoluindo, a descoberta da sexualidade, as cenas mais românticas, as engraçadas que a gente ri feito bobo. E no final é claro que chorei. A forma como ele foi conduzindo tudo vai mexendo com a gente até chegar em um ponto que aquilo tudo já é tão natural que a gente só quer que tudo termine bem para todo mundo.

E engraçado que quando olhei esse título pela primeira vez tive certo preconceito, confesso. Sou dessas que não gosta muito de títulos imensos. Mas ao final de tudo a gente vê o quanto ele é significativo e como descreve tão bem o que vamos encontrar na história. Quanto a edição, eu li em ebook, então não posso falar como está o livro físico. Mas a capa é uma das minhas favoritas. E termino essa resenha indicando o livro é claro. Se você ainda não o leu, não perca mais tempo e descubra os segredos do universo junto com esses personagens maravilhosos.

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ACHO QUE AGORA O CANCELAMENTO VEM...

Mas antes de mais nada vamos falar sobre o que é esse livro, ele nada mais é que uma jornada de crescimento, não chega a ser um romance de formação mas tá bem próximo.

Vamos acompanhar Ari e Dante, dois garotos de 15 anos que estão descobrindo quem são no mundo e o que gostam.


Os dois são descendentes de mexicanos e moram nos EUA, mas as coincidências param por ai, a família do Ari é grande ele tem 3 irmãos, 2 irmãs gêmeas e um irmão que ninguém menciona, é como se ele estivesse morto, mas ele está vivo, só que está preso.

o Ari é o que a gente chama por aqui de raspa do tacho, ele é o mais novo, suas irmãs tem 27 anos, são casadas e tem filhos, então da até pra encarar como se ele fosse filho único. Já Dante é filho único, e tem todo apoio, amor e atenção da sua família.

Mas de algum jeito esses dois são solitários, e esses dois corações vão se encontrar, e de certa maneira vão se completar. Seria tudo lindo se eles não fossem dois adolescente, que ainda estão aprendendo como sobreviver nesse mundo. E quem já passou por essa fase sabe muito bem que é complicado.

Dante sabe muito bem quem é, e quem deseja ser, enquanto Ari reluta em aceitar a verdade que está na sua cara.

É uma jornada linda, é uma história com a qual a gente consegue se identificar, mas acaba ai, não é a perfeição que todos falaram que seria, em diversos momentos eu só fiquei irritada com todo mundo naquela história, o amadurecimento do Ari e do Dante vem, a história se passa durante um ano, mas seus Pais demoram a entender que algumas coisas precisam ser ditas, que alguns segredos não devem permanecer escondidos, e que esconder algumas coisas só fazem com que a jornada de conhecimento fique ainda mais difícil, porque como você vai saber quem é se não conhece uma parte da sua história, se as coisas são só jogadas pra debaixo do tapete e nunca realmente discutidas.

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Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à plataforma Netgalley e à editora Companhia das Letras pelo e-book gratuito em troca de uma resenha honesta. Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo é um livro tocante que aborda a experiência de crescer, a angústia da adolescência, a dificuldade de se compreender os pais e, acima de tudo, como é se apaixonar. O protagonista Ari tem um relacionamento conturbado com si próprio e com o mundo, fechado e sem amigos próximos, ele se surpreende ao formar uma amizade com Dante no verão de 1987.

O leitor observa a amizade dos dois se desenvolvendo durante aquele verão e também percebe que os sentimentos de ambos logo se tornam algo mais intenso e, quanto mais Ari tenta se afastar de Dante, mais o leitor torce para que ele se abra. O livro foca apenas nos pensamentos de Aristóteles, o que faz sentido quando se leva em conta que ele é o mais instável, porém eu teria adorado ler o ponto de vista de Dante e saber o que ele realmente pensava e sentia, ao invés de depender das impressões de Ari. O que realmente me cativou não foi o romance entre os adolescentes, mas sim a relação deles com seus pais e como ela se modifica conforme os garotos vão ficando mais velhos. É raro encontrar uma obra onde os pais sejam retratados como pessoas complexas, que admitem seus erros, que tem conflitos tão intensos quanto os de seus filhos. Tanto os pais de Dante quanto os de Ari têm personalidades distintas e participam ativamente nas vidas de ambos os rapazes, vemos a formação do romance entre os garotos e da amizade entre eles e seus pais.

O dilema interno vivido por Aristóteles é um que eu conheço bem: a aceitação de sua sexualidade, seu sentimento de solidão e isolamento do resto do mundo, e suas explosões de raiva. Também passei por todas elas ao crescer e gostaria de ter lido essa obra quando adolescente, parte da mágica e sensação de pertencimento que se tem ao ler esse tipo de livro é perdida conforme se cresce. Olhando com a visão de uma adulta de vinte e três anos, parte de mim fica irritada e impaciente com os monólogos internos de Ari que, hoje, me parecem tempestade em copo d’água. Eu não consigo mais lembrar como os sentimentos são avassaladores nessa idade, como tudo se torna angustiante e você não tem certeza de quem é. Benjamin Sáenz lembra, não apenas lembra como consegue traduzir em palavras a essência de ser adolescente, de se apaixonar pela primeira, do medo que temos de nos assumir para nossa família e para nós mesmos.

Fiquei muito feliz em ter lido Aristóteles e Dante Descobrem o Segredo do Universo, todos os relacionamentos são bem desenvolvidos, os protagonistas têm vidas que não giram apenas em torno um do outro e me peguei rindo junto com os personagens diversas vezes. Tenho apenas uma ressalva e ela se aplica apenas àqueles que, como eu, se despediram de sua adolescência anos atrás, tenha paciência com Ari e Dante, nós também já fomos intensos daquele modo. Guarde a sua frustração e a sua idade por um tempo e se torne um adolescente junto com eles por um tempo, garanto que irá valer a pena.

Marina Garrido.

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