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A cidade de vapor

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Zafón é um dos meus autores favoritos. A cidade de vapor não tomou o posto de melhor livro dele, mas certamente é muito bom. A escrita deliciosa do autor nos leva a passear pelas ruas de cidades espanholas, dando vontade de realmente pegar um avião e ir até lá conhecer tudo. Zafón é sempre ótimo, é uma pena que tenha nos deixado.

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Adiei ao máximo possível a leitura desse livro, por ter sido o último que Carlos Ruiz Zafón compilou a respeito das histórias que se passam no Cemitério dos Livros Esquecidos.

Apesar de não trazer coisas reveladoras sobre alguns mistérios que ainda ficaram por explicar nos romances, é uma experiência nostálgica retomar a esse mundo - como ser abraçada pelos tempos bons da infância, ou o carinho do seu gato favorito.

Os contos são curtos, mas traz alguns eventos separados das vidas dos personagens em jornadas anteriores ou coisas que o autor não colocou no romance originalmente. Simplesmente, um fanservice muito bem feito de um autor que sem dúvidas, fará falta.

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Eu sou simplesmente apaixonada pela escrita do Zafón e lamento muito que ele tenha nos deixado tão cedo. Ele conseguiu terminar sua obra prima, a série O cemitério dos livros esquecidos, que aliás recomendo que leiam, e esse livro traz onze contos escritos como uma homenagem para quem acompanhou a jornada do autor pela série.

Os contos serão melhores aproveitados por quem leu a série, mas nada impede quem quer conhecer a escrita do autor de ler esse livro. Ele é mestre em passear entre o poético e o mistério gótico e é impossível de ler suas obras e não ficar fascinada pelas histórias e ávidos por querer mais de suas obras.

Como em todos os livros de contos, sempre vai ter aquele que agrada mais e outros que não agradam tanto, e isso muda de leitor para leitor. Porque li algumas resenhas e vi muita gente tendo como conto favorito o que eu menos gostei e vice-versa. Por exemplo o conto “O Príncipe do Parnasso”, que vai trazer uma figura real, Miguel de Cervantes, que é o único autor a superar Zafón em exemplares vendidos na Espanha, é um dos favoritos dos leitores, mas não o meu.

Vou citar aqui Blanca e o adeus, Sem Nome, Uma senhorita de Barcelona e A mulher de vapor como meus favoritos e curiosamente todos eles me trouxeram lágrimas aos olhos. E também trouxe alguns personagens que estão entre meus favoritos do autor como o misterioso Andreas Corelli que aparece vários livros, David Martín protagonista de O Jogo do Anjo e claro os Sempere, cuja família esteve presente em toda a série O cemitério dos livros esquecidos.

É impossível determinar um gênero para os contos. Vamos ter de tudo um pouco neles. Temos suspense, romance, sobrenatural, fantasia e como já é característica do autor, um pé no terror. Por isso acredito que é um livro para todos e ideal para quem quer conhecer um pouco sobre esse autor fantástico. Marina ainda é meu favorito dele, mas todos seus livros tem um cantinho especial no meu coração.

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Este é um livro de contos do espanhol Carlos Ruiz Zafón. Ao todo o livro contem 11 contos, que variam bastante de tamanho, alguns são bem curtos, enquato outros se estendem por mais páginas. Eu, particularmente, gostei mais dos mais longos.

Dentre os 11, os meus 3 favoritos foram: Uma Senhorita de Barcelona, Rosa de fogo e Principe do Parnaso (que tem o próprio Miguel de Cervantes como personagem!).

Em muitos casos aqui a ambientação é tão bem feita que o cenário se torna quase como um personagem (como o autos faz também na série “O Cemitério dos Livros Esquecidos”.

Pode ser uma boa porta de entrada para quem quer conhece ro autor sem ter que se comprometer com uma série (embora eu recomente fortemente O Cemitério dos Livros Esquecidos).

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Resenha Jaci Clemente

Que livro de contos PERFEITO! Eu particularmente não tenho uma palavra negativa a dizer sobre “A cidade do vapor” do Carlos Ruiz Zafón. O livro é um compilado de vários contos do autor, alguns mais longos outros mais curtos, unidos e lançados após o falecimento dele como presente aos fãs e homenagem póstuma muito merecida. Nele encontramos histórias com as cores, sabores e temperaturas das obras de um mestre da escrita incapaz de desperdiçar palavras, dono de um proza impecável. Como disse uma amiga minha: “Um Zafón é um Zafón!”.
Nos contos encontramos doses muito bem temperadas de nostalgia, inverno, milagres, mistérios, magia, alquimia, mitologia, suspense, lirismo... Cervantes e até Dragões. Não tem como não amar esses contos. Para quem já teve contato com a prosa de Zafón é um último encontro melancólico que faz relembrar como nos apaixonamos pelo autor. Para quem nunca leu o autor e ficou curioso é um primeiro encontro promissor.
Gostei muito de todos os contos, mas de algum a gente sempre gosta mais néh? Então, meu favorito é “Rosa de Fogo” uma história sobre livros, magia, cidades antigas, Barcelona e dragões. Puro suco de boa literatura, esse conto tem sabor de brinquedo, infância literária de quem gostava de histórias de magia e mistério. Também gostei bastante de “O Príncipe de Parnaso” no qual Záfon preenche com sua imaginação vários episódios da vida de Cervantes, amo Dom Quixote de todo meu coração e considerei muito legal uma história ficcional sobre os amores do pai do mais genial dos personagens literários. O conto “Gaudí em Manhanttan” também é maravilhoso e merece um destaque.
Enfim, esse é aquele livro de fácil leitura, bem escrito, bem temperado que a gente ler aos pouquinhos para não acabar logo como se fosse uma xícara de chocolate quente em um dia especialmente frio. Amei e recomendo. Terminei ele com vontade de ler todos os livros do Záfon que ainda não li.

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O livro é muito bom foi uma surpresa, super recomendo, agora quero um físico na estante. Se querer uma leitura rápida, esse é o livro.

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Sinto que preciso contextualizar tudo antes de realmente começar a falar de “A Cidade de Vapor”, então vamos lá: Zafón é um dos maiores escritores contemporâneos e, em sua país natal, a Espanha, ele só perde em números de exemplares vendidos para Miguel de Cervantes (sim, O Miguel de Cervantes, autor de “Dom Quixote”). Zafón é realmente tido como um dos autores que influenciou uma geração e tem total mérito, já como em suas obras mescla diversos gêneros em um só – o que me leva a falar da quadrilogia “O Cemitério dos Livros Esquecidos” (que é composta pelos livros “A Sombra do Vento”, “O Jogo do Anjo”, “O Prisioneiro do Céu” e “O Labirinto dos espíritos”), que foi publicada entre os anos 2001 à 2016. “A Cidade de Vapor” é, na verdade, uma coletânea de contos ligados a essa quadrilogia e é o último livro do autor, que faleceu ano passado. Não há como se explicar a falta que o autor fará no cenário da literatura mundial.

“A Cidade de Vapor” traz 11 contos que fala mais sobre os personagens e seus antepassados de “O Cemitério dos Livros Esquecidos”, mostrando até mesmo como o famoso labirinto do Cemitério foi desenhado e como terminou sendo construído em Barcelona. Eu sei que se você não leu absolutamente nada do autor e deseja, você pode começar por qualquer livro, em qualquer ordem, até mesmo pelo agora livro de contos, porque esta série foi criada pelo autor com essa ideia: você pode entrar no universo por qualquer livro, na ordem que você desejar. Os livros nem mesmo se passam em ordem cronológica, indo e voltando no tempo em uma simples rede de acontecimentos que leva o leitor a juntar peças de um quebra cabeças maravilhoso. Como vocês podem ver, sou fã da série e do autor, e foi com felicidade que peguei este livro de contos para ler e resenhar.

Alguns dos contos presentes em “A Cidade de Vapor” já haviam sido publicados, mas agora a Suma, casa de Safón no Brasil, os reuniu em um único exemplar para os brasileiros, e, assim como a série que os ligam, temos basicamente todos os gêneros nos contos que trazem até mesmo figuras históricas reais como o autor Miguel de Cervantes (sim, ele) entre os personagens do conto “O príncipe do Parnaso”, que é o maior em número de páginas. Tratando de uma beleza e dor exemplares, temos um clássico do autor aqui: nem sempre temos o destino que merecemos e, muitas vezes, ele é implacável. Só esse conto já merece todos elogios possíveis e inimagináveis ao autor, que constrói uma rede de eventos que ninguém sabe distinguir o que realmente aconteceu na vida de Cervantes para o ligar a família Sempere, que é, definitivamente, a principal família ligada ao Cemitério – com direito a presença de um grande vilão aparecendo aqui também. Vemos a ideia do Cemitério de livros florescer e começar a tomar forma, o que é um alento para os fãs da série e uma ótima introdução para quem deseja começar a ler o universo.

E é o momento de vermos tudo em ação que me leva ao conto “Rosa de fogo”, que acho que é um dos meus favoritos – mas, sendo sincera, fica difícil escolher um favorito. Abusando da fantasia que é capaz de criar, Safón construiu um conto com um pézinho no terror que faz o leitor querer ler mais sobre a catástrofe que está acontecendo nas páginas (sim, esse é o nível que o autor faz o leitor desejar: ler mais sobre o terror espalhado por 7 dias e 7 noites) que são poucas demais e mereciam mais. O que me transporta ao conto “Uma senhorita de Barcelona” e a trágica história de Laia, que quase me levou as lágrimas – não estou brincando. Aproveitando o clima de final de ano, não poderia deixar de mencionar o clima adoravelmente estranho de “Lenda de Natal” e a forma como Zafón nos fazia embarcar em tudo que escrevia. Mas, pensando enquanto escrevia essa resenha, acredito que talvez meu conto favorito seja “Sem Nome”, pelo peso que carrega e pela brutalidade contida em suas páginas – nunca saber o nome de alguém que é tão importante em sua vida parece algo cruel demais.

Muitos desses contos são realmente pequenos, com menos de 10 páginas, por isso não estou mencionando um à um e nem fazendo grandes comentários sobre eles com o intuito de preservar você, que me lê, de receber qualquer spoiler a mais. Esse universo é tão rico, tão vasto, tão bem escrito, tão maravilhoso que tudo que eu posso (e quero) fazer é recomendar a leitura imediatamente para todos vocês. Completam ainda a listagem de contos, fora os que mencionei acima: “Blanca e o adeus”, “Alicia, ao amanhecer”, “Homens cinzentos”, “A mulher de vapor”, “Gaudí em Manhattan” e “Apocalipse em dois minutos”.

Uma coisa que muito me consola é saber que o corpo físico de Zafón não caminha mais sobre essa terra, mas, assim como seu Cemitério de livros, que guardam palavras que precisam ser lidas e conhecidas pelo mundo, seus livros aqui ficarão. Nós, leitores, o perpetuaremos, exatamente como precisa ser. Se você ainda não conhece o autor e sua obra, a hora chegou.

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