Que livro diferente! Eu queria ler este livro desde o lançamento, mas, como sempre, fiquei enrolando, fazendo releituras, e mais releituras e acabei deixando sempre para depois. Bem, o "depois" finalmente chegou!

"A Primeira Filha é para o Trono.

A Segunda Filha é para o Lobo.

E os Lobos são para Wilderwood."

Red e Neve são irmãs. Gêmeas. O que torna as coisas muito piores para as duas.

Existe uma lenda local que diz que a segunda filha da rainha deve ser enviada para a floresta de Wilderwood....como sacrifício para o lobo.

Em muitos anos, poucas eram as segundas filhas que foram reclamadas pela floresta. Red foi. No seu aniversário de vinte anos seria enviada para o sacrifício. Simples assim.

A amizade entre as irmãs não importava. Red morreria mesmo e Neve se tornaria rainha uma dia, quando sua mãe morresse. Nem a própria mãe delas parecia querer muita proximidade com a filha. Com nenhuma das duas, pra falar a verdade!

Neve e seus amigos fizeram tudo que estava ao alcance deles para impedir que Red fosse para a floresta. Apesar de a própria já estar conformada com seu terrível destino.

Pois bem, chegou o momento e ninguém conseguiu descobrir um modo de impedir. Red foi reclamada pela floresta. Seria entregue como sacrifício para o lobo.

"O Lobo e Wilderwood, unidos de maneira que ela não conseguia entender, separados por um limite que constantemente se tornava borrado."

Então ela conheceu o tal lobo. Red percebeu que nada era o que ou como ela imaginava. O lobo era um homem amaldiçoado assim como Red. Que não tinha o destino nas mãos. Tinha que cumprir um destino traçado muito tempo antes pelos seus antepassados.

Claro que os dois irão se envolver e lógico que haverá um romance aí né. Algo que eu não vou contar....

Enfim, esse livro me surpreendeu de várias maneiras. A amizade e o amor das irmãs que são capazes de tudo pelo bem uma da outra é algo palpável neste livro. Assim como a falta de carinho de uma mãe que só pensava nela mesma. A dedicação do lobo para com a floresta que o aprisionou. O amor entre ele e Red...enfim....são tantos os pontos positivos que fica difícil lembrar de todos.

Uma releitura às avessas de um conto de fadas que eu posso dizer que não esperava muito. Mas que entregou tudo. Adorei e já estou lendo a conclusão dessa duologia super diferente.

Fui seduzida pela capa, e acabei me surpreendendo com o livro.

Espera um livro bem YA, mas não é tão jovem assim, o que é algo que eu particularmente prefiro. As protagonistas tem 20 anos de idade.

Gostei bastante de Red, é uma protagonista interessante,que nos conduz bem a descobrir um pouco mais sobre Wilderwood, sobre o passado e também sobre a magia deste mundo. Neve é um contraponto interessante a ela e é instigante ver como o amor pela irmã gêmea a leva a tomar decisões questionáveis e as consequencias disto para ambas e para todos ao seu redor.

Há a presença de romance aqui, mas o foco não é tão grande nisso, o que também foi um alívio para mim. Eammon é misterioso a princípio, e é bom descobrir mais sobre ele e como ele vive aos. Lyra e Fife também são muito interessantes, mas não ganham tanto desenvolvimento assim, do mesmo modo que Raffe, que gostaria de conhecer melhor.

No geral achei um livro cativante e promissor, estou curiosa para a continuação.

No primeiro volume, "Para o Lobo", somos apresentados a Red, a Segunda Filha destinada a se entregar ao temido Lobo na floresta de Wilderwood, cumprindo um pacto ancestral para garantir a segurança de seu reino e de outros domínios. Surpreendentemente, o Lobo revela-se mais humano do que monstruoso, desafiando as expectativas e desvendando mistérios por trás dos mitos. A protagonista é confrontada com a necessidade de controlar sua magia para evitar que as sombras envolvam seu mundo.

Eu amo histórias baseadas em contos de fada, então sou suspeita para falar desse livro! E a Bela e a Fera é o meu favorito de todos para isso.

Amei o livro, a história os personagens, tudo. Estou ansiosa para ler a continuação, a escrita tá autora me envolveu muito, do início ao fim.

Uma romantasia com vários elementos de contos de fadas e uma pitada de Stranger Things.
Gostei muito do passo da história, mesmo quando tínhamos as “interrupções” do POV da Neve, que eu quase passei várias por estar bem entretida com o casal principal desse livro.
A escrita é bastante gostosa de ler e achei o equilíbrio perfeito entre a leveza dos contos de fadas e um toque mais adulto com acontecimentos mais sérios.
O personagem do Lobo me conquistou em segundos, eu senti uma vibe de Fera nele, e a Red foi me ganhando mais aos poucos, Achei que os personagens conseguiram se desenvolver bem durante a trama e poucas coisas pareceram corridas ou forçadas. Terminei o primeiro e já corri pro segundo, pois estava ansiosa pra saber o que aconteceria com a Neve - mesmo sem gostar muito dela nesse primeiro volume.


* livro enviado pela Companhia das Letras/NetGalley para resenha, mas todas as opiniões são minhas

Eu adorei Para o Lobo. Eu gostei das personagens, gostei das irmãs, gostei de como as coisas acontecem. Gostei de como foi apresentado. O livro é bem escrito e me divertiu, me deixou grudada nele por horas. Fazia muito tempo que eu não lia um livro em dois dias e eu simplesmente estou encantada e já quero pegar a sequência. Estou muito curiosa pra saber como as coisas vão desenrolar.

Para o lobo tem um ritmo muito bom, uma apresentação de mundo muito boa que não foi complicada e não foi cheia de informação jogada.

Eu acho apenas que a motivação inicial da Red para querer se sacrificar e ficar na floresta é meio fraca já que ela nunca machucou mais ninguém além dos bandidos que atacaram ela e a irmã aquela primeira vez, mas fora isso eu realmente adorei.

No reino de Valleyda, a primeira filha é destinada ao trono e a segunda é destinada como sacrifício para o lobo que vive em Wilderwood, uma floresta mágica que se localiza aos arredores do reino.

Há muito tempo não se via uma segunda filha, até o nascimento de Redarys. E agora, aos vinte anos, ela está preparada para cumprir um trato feito no passado.

Lendo a sinopse de Para O Lobo, ele me passa bastante a vibe de O Urso e O Rouxinol, uma fantasia que amo de paixão. Realmente as duas possuem um clima meio sombrio e melancólico e as diferenças param por aí.

Para o Lobo é uma espécie de releitura de Chapeuzinho Vermelho com A Bela e a Fera. A história se passa majoritariamente na floresta, então temos um clima sombrio e de mistério no ar. A escrita da autora é bastante detalhada, o que pode ser bom e ruim. Em questão de ambientação, eu achei que ela soube desenvolver bem, mas havia situações que não precisava tanto aprofundamento assim.

Red foi uma boa protagonista, apesar de ter aquele velho traço de teimosia aparecendo em alguns momentos. Quem roubou a cena foi o lobo Eammon, que de lobo só tem o título já que ele mostrou um homem gentil e altruísta. O romance entre os dois é um pouco mais que migalhas, mas senti que faltou um pouco mais de desenvolvimento.

Boa parte da história foca em Red, mas também temos alguns capítulos focados em sua irmã Neverah, em Valleyda. Gostei da autora ter colocados esses interlúdios, já que as situações que acontecem no reino após a ida de Red para Wilderwood irão influenciar na reta final. E a história aqui termina com um gancho para Para O Trono, que vai ser protagonizado por Neverah.

"Para o Lobo" de Hannah Whitten é uma fantasia que mistura elementos de contos de fadas como Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e A Bela e a Fera. No início, admito que achei a história um pouco superficial e parada, com muitas descrições e poucos acontecimentos. Essa mistura de elementos de contos de fadas com uma história mais moderna me encantou e me fez suspirar, sofrer e sentir ansiedade junto com os personagens. Mesmo com algumas partes confusas, o que realmente salva o livro são os personagens, que são muito bem construídos e cativantes.

Sendo considerado uma fantasia adulta dark, eu esperava personagens complexos, um mundo bem construindo e uma história envolvente - mas não foi isso que esse livro entregou.

Apesar da capa bonita e da premissa bastante interessante, o livro peca bastante por se ater a fórmulas repetidas de construir estórias adolescentes.
As personagens são inconsistentes, existe abuso de extremo opostos para falar de emoções que tenta dar ares de seriedade e profundidade para os personagens e quanto mais avançamos, mais percebemos que não há nada lá.

A parte fantástica também não é muito boa.
A magia não é explicada, tudo é extremamente conveniente de acordo com a necessidade dos personagens de serem salvos ou de salvar alguém.

No final, depois de páginas de interações vazias e piegas, o livro entrega uma narrativa de construção preguiçosa que só entretém quem nunca leu um livro de alta fantasia antes.

E lá vou eu, novamente, embarcando em uma fantasia. Dessa vez, o desafio é “Para o Lobo”, o primeiro volume de uma duologia inspirada em contos de fadas bastante conhecidos por nós. E, o que posso adiantar é que ele faz bem seu papel de porta de entrada para esse universo.

Nesse volume, acompanhamos a história através das irmãs gêmeas protagonistas/narradoras: Redarys (Red), e Neverah (Neve). Red nasce minutos após sua irmã, tornando-se assim a segunda filha da Rainha, detentora de um destino bastante cruel: Ao completar 20 anos, será entregue como sacrifício ao Lobo, que habita em Wilderwood (uma floresta que fica às margens do Reino de Valleyda, e guarda mistérios bastante sombrios), devido a um pacto realizado há séculos.

Desde muito jovens, as irmãs já têm o conhecimento de seus destinos e tentam lutar contra eles, principalmente Neve, que nutre um amor enorme por sua irmã, e não se conforma com a possibilidade de perdê-la.

Só por esse breve relato geral do ponto de partida dessa trama, percebemos que os principais ingredientes do gênero estão presentes: magia, mistérios, cenários característicos, pactos, maldições e atmosfera sombria dão a tônica nas páginas.

“Wilderwood aceitou o pacto, e eles permaneceram dentro de seus limites a fim de defendê-la e protegê-la das coisas que sob ela existiam. E toda Segunda Filha e todo Lobo que viessem depois deveriam aderir ao pacto e ao chamado e à Marca.” Posição 67

Um dos pontos altos é a narrativa da autora. É leve, fluida e descritiva na medida certa. Outro destaque fica por conta das personagens, que, além de poucas, são bem trabalhadas em sua maioria. Inclusive, Wilderwood, que inicialmente seria apenas um cenário, acaba transformando-se em um cenário/personagem conforme as páginas vão passando (confesso que ela me chamou mais atenção do que todos os outros).

O Lobo e nossas protagonistas também merecem elogios. Não existem “mocinhas frágeis” aqui. Elas são fortes e lutam pelas verdades em que acreditam, mesmo quando não sigam na mesma direção. E o Lobo? Será que ele é o vilão principal? Aliás, será que ele é vilão?

“Ela não sabia como agir ali, como se comportar. A estrutura daqueles relacionamentos tinha mudado na sua ausência, uma mudança sutil que ela não conseguia entender bem.” Posição 6574

Já algo que me incomodou um pouco foi o ritmo da trama em algumas passagens. Em sua maior parte, segue um fluxo interessante, mas, em determinados momentos, tive a sensação de que não havia uma evolução na história.

Em relação a parte gráfica, a Suma está de parabéns. A capa é linda e a diagramação interna é agradável. Encontrei alguns errinhos de digitação, mas nada que atrapalhe a leitura.

Finalizo a resenha indicando para os amantes de uma fantasia dark, com todos os ingredientes do gênero. Mas com a ressalva de que, em algumas passagens existe a presença de conteúdo sensível (cenas de magia com descrição de mutilações).

Uma é para o Lobo
Para o Lobo é uma fantasia mais sombria com referências a contos de fadas como A Bela e Fera, Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho. Embora eu ame recontos, sinto que já saturou um pouco A Bela e a Fera para mim.

Acompanhamos Redarys (Red), que precisa se sacrificar por ser uma Segunda Filha, cumprindo um pacto que foi feito há muito tempo. Neve, sua irmã gêmea, decide fazer de tudo para recuperar a irmã da floresta de Wildereood e do Lobo. Tudo mesmo!

Para mim, embora Red seja a protagonista, Neve que tem a trajetória mais interessante com tramas políticas, religiosas e ascensão do seu poder.

A grande personagem é Wilderwood, a complexidade da floresta e da magia é única e achei incrível essa representação.

A história é ótima, mas não é incrível. Alguns plots, principalmente o romance, é previsível, mas o final é sensacional e eu não vejo hora de ler o próximo!

Talvez a culpa seja minha por esperar algo diferente do que recebi. Mais do que um livro bom ou um livro ruim, tenho que ver se o livro é meu tipo de leitura. Quando vi que era uma releitura de contos de fadas, eu peguei na hora, mas o romance não é o foco. É uma fantasia né? Pois bem, a leitura se tornou arrastada e não cativante, infelizmente.

Então, infelizmente, não tenho como elogiar muito apenas por não ser MEU tipo de livro.

Eu me surpreendi de maneira positiva com esta história que lembra A Bela e a Fera e Chapeuzinho Vermelho e me vi presa na leitura do começo ao fim. Este foi o segundo livro que li este ano de uma garota entregue como sacrifício em decorrência de um pacto e tendo uma jornada de descoberta pessoal e romance. Eu já tenho para mim que este tipo de história sempre vai ser favorita no meu coração.

Não é uma narrativa que se desenrolou com pressa. A autora construiu com calma todo um cenário, foi delineando os acontecimento em detalhes, criou uma aura de mistério ao redor de tudo e assim foi deixando o leitor ansioso, esperando por algo grande e certamente perigoso e trágico.

É uma história de fantasia densa, como forte carga emocional e um romance que ganha seu coração facilmente. Não é um amor relâmpago, Red e Eammon vão se aproximando devagar e quando de fato se entregam, é muito emocionante.

Ainda assim, o romance de ambos não é o foco central, o que move Para o Lobo é a trama sombria de criaturas malvadas das sombras que desejam o caos e um ser que as comanda e deseja vingança.

Torço para a Suma trazer logo Para o Trono, preciso saber o que acontecerá com todo este pessoal depois do final surpreendente deste primeiro volume.

Para O Lobo é uma história com elementos de conto de fadas, como Chapeuzinho Vermelho, com toques de A Bela e a Fera, A Branca de Neve e O Barba Azul, um prato cheio para os leitores de fantasia.
E se a Fera na verdade não fosse uma fera? E se a Bela fosse uma fera? Em Para o Lobo temos uma visão um pouco diferente, trazendo a Bela com uma personagem cheia de força e determinação. Os contos de fadas são trazidos com uma abordagem diferente da original, quebrando os padrões que estamos acostumados a ler e ouvir.
A fantasia nesse livro é uma fantasia dark, com uma construção impecável da autora e cheia de elementos que permitem a visualização de tudo que está sendo descrito.
A história acompanha majoritariamente a Red, mas alguns capítulos chamados de “Interlúdios” são contados na perspectiva da Neve, irmã gêmea de Red. Essa abordagem trouxe uma visão interessante da história, mostrando os dois lados diferentes de uma forma que deixa o leitor curioso para ser como o enredo vai se desenrolar.
A minha única ressalva (e o motivo da minha nota) foi o desenrolar da história, eu senti que a autora criou um universo rico, mas não explorou toda a trama por trás. Os detalhes e descrições de cenas são incríveis, mas as explicações das motivações do Reino e da Red são rasas, deixando muitas pontas e confusão.

Existe algo sombrio por trás dos contos de fadas. Maçãs envenenadas; sangue escorrendo pelo fuso de uma roda de fiar; o desespero do soar da meia-noite… lobos maus. Em toda e qualquer história do gênero, o medo é indispensável para a narrativa. No entanto, em Para o Lobo, primeiro livro da duologia Wilderwood, de Hannah Whitten, esse medo é mais do que um mero ingrediente: é um prato servido deliciosamente frio.

Para o Lobo é, infelizmente, um amontoado de clichês já bem batidos de fantasia. Personagens com personalidades rasas e estereotipadas, plot twists previsíveis e convenientes, um romance que não convence, e as próprias revelações do enredo não dão vontade de continuar lendo a história.

Red, a protagonista, é a típica "badass" durona de livros de fantasia, e não vai muito além disso. Já Wolf é o típico interesse amoroso dos livros do gênero: o cara sério, meio grosso, que no início parece frio e distante mas depois demonstra que tem sentimentos (outro clichê já muito utilizado). O próprio enredo principal - a maldição na qual a primeira filha sempre irá governar no trono, e a segunda, sempre será levada para floresta como sacrifício humano para o lobo - tem vários furos e não convence. Em resumo: Para o Lobo é um livro que em nada surpreende.

Para uma releitura de contos de fadas, eu esperava bem mais.

A primeira filha é para o reino, a segunda é para o Lobo. Redarys, a segunda filha da rainha de Valleyda, sempre soube que seu propósito de vida era único: se entregar ao Lobo para garantir a segurança de todos que ama.

Mas ao contrário do que dizem as lendas, Red descobre que o lobo não é um monstro e sim um homem e que precisa dar ainda mais de si se quiser que sua irmã e todos no reino fiquem a salvo.

Para o Lobo me despertou a curiosidade pela proposta ao mesmo tempo que não prometia muita coisa ao meu ver, mas pra minha surpresa ele me ganhou.

Os capítulos em sua maioria são focados em Red e seu objetivo de ir para a floresta se entregar ao Lobo, mas também em alguns momentos temos um foco na irmã dela, Neve, que vai fazer de tudo para salvar a irmã.

A história, que é um reconto de uma fusão entre Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e A Bela e a Fera, é bem legal e me vi super imersa e curiosa para saber o que iria acontecer.

Apesar disso, me vi não suportando a Neve e fico triste de saber que o próximo livro é mais focado nela, até porque, penso que o livro tinha tudo para terminar fechadinho e não precisava de uma continuação se não fosse o destino da irmã no fim.

Sem mais, Para o Lobo entrega uma fantasia legal, que consegue prender o leitor e o manter curioso até a última página.

Para o Lobo é uma fantasia dark, com gatilhos, portanto, não vá ler se estiver procurando um reconto fofo de contos de fada. Mas, se esses gatilhos não forem dolorosos para você, acredito que poderá ter uma ótima experiência.

Neve e Red são irmãs gêmeas, princesas do Reino de Valeyda. Por conta de um acordo feito há 400 anos antes entre os reinos e a floresta de Wilderwood, a ordem de nascimento determina aquela que reinará, e a que será levada em oferta para o lobo, para que os monstros da floresta não sejam libertos.

Sendo assim, ao completar 20 anos, Red é levada aos limites de Wilderwood. Parece conformada, mas ela esconde um segredo: talvez ela já carregue um pedaço de magia da floresta. Entretanto, Neve está relutante, e fará o que estiver ao seu alcança para salvar a irmã das garras do lobo!

Um enredo que caminha lentamente, até entendermos o que é a floresta e como ela está conectada ao lobo, Wilderwood é uma entidade viva e faminta, que tem um papel em relação aos reinos que a temem completamente diferente do que se conta nos altares dos templos.

Foi muito interessante encontrar um laço entre duas irmãs que ultrapassa intrigas românticas – Neve deve se casar com o namorado da irmã, o que foi uma grata surpresa. Elas são frágeis, com falhas e medos, o que as torna bem humanas.

Mas, o que me encantou de fato, além da floresta viva, foi o lobo. Red esperava encontrar um lobo, mas se depara com um homem misterioso, guardião da floresta, ajudando-a a conter as sombras. O típico personagem golden retriever ...

Primeiro livro de uma duologia, e já podemos perceber que o próximo livro provavelmente focará em Neve, que teve um final bem interessante. Se você gosta de fantasias sombrias, com irmãs, florestas mágicas e um personagem enigmático, esse livro é para você.

Para o Lobo é uma fantasia dark, com inspirações em contos de fadas (A Bela e a Fera, Chapeuzinho Vermelho, A Branca de Neve e O Barba Azul) e é o primeiro volume da duologia Wilderwood (pelo que sei, é uma duologia, e já tem o 2º volume publicado lá fora).

Neste primeiro volume acompanhamos a história de Red, uma gêmea segunda filha. Acontece que no reino de Valleyda a tradição é que a primeira filha fica com o trono e a segunda filha vai para o Lobo. E quem é este Lobo? É um ser místico que habita Wilderwood, uma floresta mágica onde acreditam-se que os antigos Reis que governavam o reino, estão presos. De acordo com a lenda local, o Lobo é o responsável por obrigar as segundas filhas a irem para a floresta, em troca da libertação dos antigos Reis. Também temos trechos onde podemos acompanhar a primeira filha, Neve. Neve quer fazer de tudo para mudar o destino de Red, livrando-a de ir para Wilderwood. E com isto, temos todo o desenrolar da trama. A cada capítulo que passa vamos entendendo mais sobre as origens das lendas e sobre o papel de cada um na história.

Eu amei demais gente. Fantasia rica, bem elaborada, com uma trama coerente. Minhas únicas ressalvas são que o final foi meio acelerado e que teve personagem mal aproveitado. Porém nada disso atrapalhou a experiência de leitura como um todo. Foi um livro maravilhoso, uma das melhores fantasias que li este ano, empatando ali com O domínio das sombras.