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Conto de fadas

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Stephen Kings tem muito talento para escrever protagonistas jovens e cativantes, e " Conto de fadas" é mais um exemplo dessa sua habilidade.
Nessa historia, uma amizade inesperada entre o jovem Charlie e seu vizinho rabugento Howard rende uma herança inesperada com a morte deste: um portal para outros mundos, e uma cadela chamada Radar. Os dois vão partir em uma aventura que perpassa muitos contos de fada e historias fantásticas conhecidas pelo público.
A historia demora um pouco a engatar, e, assim, a primeira parte do livro pareceu se arrastar um bocado, mas quando engatou, foi uma ótima experiencia. E é o tipo de historia que, na minha opinião, daria uma ótima adaptação para as telonas.
Para pessoas que tem medo de ler King por conta da ideia do terror, esse livro seria uma ótima porta de entrada por misturar bem os gêneros. Recomendo bastante !

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O livro se divide em várias partes e elas são bem diferentes entre si. Gostei demais da primeira parte, a construção dos personagens é belíssima e me emocionei bastante. As primeiras aventuras no outro mundo são ótimas. No entanto, mais ou menos na metade do livro comecei a perder o interesse: muitas descrições, muitas cenas de luta, situações demasiadamente alongadas. Não é um livro ruim, mas dentre os do King é um dos que menos gostei. Seria bem melhor com umas duzentas páginas a menos.

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Agradeço ao Netgalley e à Suma pela cópia digital do livro em troca da minha opinião honesta sobre o livro.

Já sou fã do King, e aqui mais um vez ele faz o que faz melhor: nos entrega personagens cativantes por quem não podemos deixar de se importar e torcer. Charlie e o Sr. Bowditch me cativaram logo no começo.

Porém, quando há uma mudança grande no livro, acabei perdendo um pouco o foco, que é quando a parte mais fantasiosa começa. Demorei um pouco para retomar o ritmo, mas outros bons personagens ajudaram a me fisgar de volta.

Há uma tentativa de romance, mas assim como outros romances em histórias do King, achei desnecessário e não muito bem construido.

O final não foi exatamente o que eu queria, mas ainda assim gostei muito, fechou muito bem a história.

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“Tenho certeza de que consigo contar essa história. Também tenho certeza de que ninguém vai acreditar nela. Por mim, tudo bem. Contar vai ser o suficiente. Meu problema (e sei que muitos escritores têm o mesmo, não só os novatos como eu) é decidir por onde começar. Minha primeira ideia foi começar com o barracão, porque foi lá que as minhas aventuras de fato começaram, mas aí percebi que antes eu teria que falar do sr. Bowditch e de como nos aproximamos. Só que isso nunca teria acontecido se não fosse pelo milagre que houve com o meu pai. Um milagre bem comum, pode-se dizer, que aconteceu com muitos milhares de homens e mulheres desde 1935, mas pareceu um grande milagre para uma criança.”

Olá praticantes de Livroterapia

Hoje a minha indicação é de um super lançamento! Estou falando do mais novo romance de Stephen King, Conto de Fadas, publicado pela Suma e mal chegou e já conseguiu um lugar em meu coração.

Que o King é um mestre da literatura todos sabemos, ele definitivamente escreve e escreve muito!

E graças a isso, eu tenho sempre um novo livro do King para ler e me surpreender.



Conto de Fadas foi escrito em meio a pandemia, e tem um agradecimento no final do livro que me emocionou muito. Stephen mostrou mais uma vez o porque ele é um dos meus autores favoritos, não somente pelo talento inegável, mas pelo seu coração, sua empatia e o modo como sempre está pensando em seus leitores e no mundo. Obrigada Stephen suas palavras chegaram até mim e confortaram meu coração.

“Aprendi uma coisa em Empis: as pessoas boas brilham mais em momentos sombrios.”

Conto de Fadas é um drama que faz jus ao seu título, mergulhando em vários contos de fadas e moldando todo o lore para criar uma história emocionante e cativante, King entrega um livro que apesar de ter vilões terríveis, cenas difíceis, pode ser lido sem medo, não é terror, porém, fala sobre terror, perdas, sobrevivência, chegar ao final do poço e também fala sobre tudo o que contrabalanceia isso.

Amor, lealdade, superação, bondade, escolher a escolha difícil quando ela é a certa. Sacrifício e alimentar o que existe de bom dentro de nós mesmos.

“Existe um poço sombrio em todo mundo, eu acho, que nunca fica seco. Mas você bebe dele por sua própria conta e risco. E a água é venenosa.”

Um livro poderoso e com muitas mensagens, como todos os contos de fadas clássicos.

Charlie Reade, é um jovem de 16 anos que passou por muita coisa em sua vida. Jovem precisou encarar a perda de sua mãe, o fato de seu pai cair em um luto doloroso e com consequências pesadas.

Ele precisou amadurecer muito cedo e isso o levou a fazer uma promessa.

E essa promessa o levou a tentar ser uma pessoa decente e boa.

O que levou a muita dor e também uma aventura incrível.



Charlie ao ouvir um pedido de ajuda não se esquivou, salvou a vida de um idoso rabugento, ganhou várias responsabilidades, uma cachorra idosa e a necessidade de enfrentar o inimaginável e vários perigos para salvar essa cachorra que ganhou seu coração.

É um livro que acontece MUITA COISA, um calhamaço e preciso dizer que nem o fato da escrita do King para mim ser fluida, fez a leitura não se arrastar por uns dias.

“O tempo é uma sombra na mente…”

Talvez porque, para que possamos nos conectar com os personagens e sofrer por eles, King foi bem minucioso e foi escrevendo com detalhes os relacionamentos entre os personagens, o que eles precisam enfrentar e tudo o mais.

Funcionou que foi uma beleza, e sofri muito, porque Charlie, é um personagem que parece tão real, tão alguém que pode ser meu irmão, meu amigo, etc

Que eu torci demais por ele, e ele encontrou outros personagens adoráveis e outros terríveis em sua jornada

Que não foi fácil!

Mas é isso, não posso falar muito do livro, a história é uma que sempre encontramos em contos de fadas, uma terra amaldiçoada, um povo sofrendo, um príncipe, ops um garoto de bom coração e um passado cinzento e ele é o escolhido para salvar o mundo!

Pode ser um clichê, mas que história poderosa nos espera nessas páginas.

“E chorei. Não consegui não chorar. Não foi um gesto principesco, acho, mas, como você já deve ter percebido, isto aqui não é esse tipo dr conto de fadas…”

Recomendo para todos que gostam de livros de fantasias bem escritos, personagens densos e complexos, uma trama interessante é inteligente, que carrega em si uma lição de moral e é claro, uma boa jornada de herói!



Charlie pode até não ser um príncipe da Disney mas ganhou meu coração.

A edição está maravilhosa, diagramação confortável para leitura, ilustrações lindas, tudo muito bonito e eu amei a capa, tão perfeita para a história!

Espero que tenham gostado da minha indicação e até a próxima!

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Charlie Reade teve uma infância e adolescência bastante conturbadas após a perda da mãe num trágico acidente, o que levou o pai ao alcoolismo. Um dia, voltando para casa após a escola, escuta os latidos de um cão – Radar, um pastor alemão do vizinho ranzinza que vive isolado na casa no topo da colina. O Sr. Bowditch havia caído na escada, Charlie o salva, e nasce uma amizade improvável. Mas o Sr. Howard tem pouco tempo de vida, e entrega uma fita para Charlie. É assim que ele descobre um grande segredo: tem um portal para outro mundo no terreno.

Conto de Fadas é exatamente o que se apresenta: King cria seu próprio mundo encantado, que está cheio de referências à clássicos como O Mágico de Oz e as obras dos irmãos Grimm, tendo toda a peculiaridade do toque do autor. O livro tem cenas brutais, principalmente quando pegamos as referências à H.P. Lovecraft. Tem duas luas e uma princesa Leah!

Narrado em primeira pessoa, se divide em dois momentos: primeiro, conhecemos um pouco da vida mundana de Charlie, e todo o drama em função do alcoolismo do pai. Ao salvar Bowditch, Charlie é alçado a herói, mas só na segunda parte ele colocará esse heroísmo em cheque.

Apesar de um calhamaço, o livro é dividido em muitos capítulos, que são, por sua vez, subdivididos. Além disso, cada capítulo se inicia com frases curtas, e com ilustrações belíssimas, que vão deixar as cenas mais gráficas. Por tudo isso, se torna fluido, e fácil de avançar.

É um livro que traz uma grande aventura, daquelas que a gente caminha com o protagonista, e por isso não dá para avançar muito nas descrições. Uma jornada com amizades e heróis improváveis, se trata da velha luta do bem contra o mal em meio a gigantes, princesas, vilões terríveis, sereias e sapatos, e do amor de um garoto e seu cão. É uma grande homenagem ao gênero e aos fãs, com uma trama finalizada, mas que deixa margem para mais. O cineasta Paul Greengrass adaptará o livro, e já consigo imaginar Empis nas telas...

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É em livros como esse que conseguimos enxergar verdadeiramente todo o talento de Stephen King quando não está preso na fórmula do horror que traz repulsa com coisas envolvendo sexo.

Esse livro nasceu em partes da vivência do autor com a dependência química e por conta disso, é mais profundo e mais bem trabalhado com os outros.

Apesar do ritmo lento nos primeiros 30% do livro, a narrativa cativa o leitor, somos enviados a um mundo sob a ótica de uma criança e King tem um talento único para descrever a partir do ponto de vista de crianças.

Um livro altamente recomendado para quem gosta dessa fase mais madura e com narrativas mais interessantes do autor.

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Eu sou apaixonada por King e isso não há como negar. A forma envolvente que ele escreve, suas histórias criativas, tudo. É incrível! Quero ler todos os livros dele, mas ainda não cheguei lá.

A grande capacidade do King é entregar ao leitor personagens bem construídos, que são bem reais.

Aos dezessete anos de idade, Charlie Reade parece ser um garoto comum: pratica esportes, é um filho atencioso e aluno de desempenho razoável. Suas lembranças, entretanto, não são feitas apenas de momentos felizes. Após perder a mãe em um grave acidente quando tinha apenas dez anos, Charlie precisou aprender a cuidar de si e do pai, que, enlutado com a perda da esposa, buscou refúgio na bebida. Eu achei um dos momentos mais tristes e envolventes da história.

Certo dia, ao pedalar pela rua de casa, Charlie atende um pedido de socorro vindo do quintal de um dos vizinhos: Howard Bowditch. O homem recluso e rabugento, que amedrontava as crianças do bairro, cai de uma escada e se machuca gravemente.

Bowditch precisa se recuperar do acidente, e enquanto isso, Charlie passa a ajudar o vizinho com tarefas domésticas e com o cuidado de Radar, seu fiel pastor alemão, e assim o rapaz faz duas grandes amizades. Quando Howard morre, Charlie se depara com uma fita cassete que revela um segredo inimaginável: um portal para outro mundo.

Mas não se enganem... A história começa de um jeito e toma um rumo completamente diferente. Logo no início já fico toda melancólica com a história e depois tudo muda. O mundo revelado é repleto de criaturas, magias, príncipes e princesas. Por isso o nome do título, é um verdadeiro conto de fadas.

Achei os cenários tão incríveis, bem feitos. Adoraria assistir a uma adaptação desse livro. Seria encantador.

Obrigada, Companhia das Letras (SUMA) e NetGalley por esse livro maravilhoso.

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É o mais recente livro do mestre King e novamente ele nos leva por uma jornada única, algo que só poderia ter saído de sua astuta e criativa mente.

Uma mente que sabe criar ótimos suspenses, histórias de terror de arrepiar, dramas com um pé no sobrenatural e até mesmo uma boa fantasia que pode misturar o suspense e uma pitada de terror. Versátil como só ele sabe ser, esta obra traz mais uma história cheia de surpresas.

A história começa com um toque de drama de um garoto em busca de superar a perda da mãe e que não sabe como ajudar o pai. Passado este momento inicial de drama familiar, é que a verdadeira trama de Conto de Fadas começa.

É um dos calhamaços de King, não tão grande como It - A Coisa (será que há semelhanças?), mas ainda assim é uma obra grande cheia de detalhes, que leva o leitor fiel numa jornada para um mundo único.

O que posso afirmar é que o que King nos mostra nesta história é muito criativo, empolgante e cheio de ótimos segredos para desvendar. Um enorme quebra cabeças que vai ser triste e sangrento em vários momentos.

Não é um livro de terror, apesar de eu ter achado que o mistério de um certo barracão nos levaria por este caminho, na verdade é algo mais do gênero fantasia. Há quem um aspecto na história que me lembrou um pouco Rose Madder.

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O primeiro livro (porque fairy tale é vários livros em um) eu quase não consegui largar e eu achei absolutamente incrível (daria 5 🌟 fácil).

Aí começa o segundo livro e sim o início é incrível também, muita aventura, um gênero que eu amo e muita fantasia.

Aí no meio eu me perdi. Precisei terminar outros livros e foi difícil eu me reencontrar com o Charlie e com Radar. Mas a gente se reencontrou sim e eu me achei no caminho e o final foi maravilhoso e eu quase virei a noite lendo (coisa que já muito tempo não fazia e só não virei a noite msm porque terminei o livro antes das 3 da manhã).

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King é chamado de mestre do horror, mas na minha concepção é uma afirmação falsa. Pois, o autor transita em todas as áreas, construindo personagens muito humanos, que faz nós leitores nos ficarmos apegados e torcendo que tudo dê certo ao final. Aqui em Conto de fadas não foi diferente, quero muito a versão física do livro para reler no futuro, pois King é um bom construtor personagens carismáticos com suas falhas e virtudes!

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Charlie Reade perdeu a mãe em um acidente quando tinha apenas dez anos, desde então seu pai buscou refúgio na bebida e Charlie aprendeu desde cedo a cuidar de si e do pai. Sete anos depois a vida de Charlie parece estar finalmente voltando ao normal, ele pratica esportes e tem notas medianas, mas o pai está sóbrio e tudo tem indo bem na medida do possível, é nesse período que Charlie salva a vida de Howard Bowditch.

Howard Bowditch é um homem rabugento e recluso que costumava amedrontar as crianças do bairro, ele acabou de cair da escada e se machucou gravemente; se não fosse por Radar - sua cadela - Charlie jamais teria ido até o local e chamado ajuda. Nesse incidente infeliz nasceu uma amizade improvável, Charlie se sente responsável pelo vizinho e começa a cuidar dele, aos poucos o garoto descobre que o homem esconde um segredo e quando o pior acontece Charlie se vê diante de uma estrada mágica cheia de perigos, mas ao lado de Radar ele decide enfrentar o portal para outro mundo.

Não é um livro apressado, King levou um tempo para construir o luto dos personagens, suas angústias e seus relacionamentos (tanto a amizade como o lado da família). É uma leitura muito fluída, mas como todos sabem o autor costuma ser bem descritivo, por isso leia com calma.
Charlie irá se aventurar por esse novo mundo afim de dar mais alguns anos de vida para Radar, a cadela está morrendo e existe algo que pode ajudá-la, mas os perigos que rondam o novo universo estão por toda parte.

Charlie entende o fardo que é cuidar daquele portal, afinal como os seres humanos reagiriam se soubessem das maravilhas que aquele lugar esconde?
Gostei muito do universo criado pelo autor, é difícil não se apegar a Charlie e Radar, inclusive Charlie é um garoto muito doce, ele sabe que fez coisas ruins/malvadas no passado, mas tenta expiar seus pecados .. afinal nem todos são perfeitos.

O livro tem um final bem fechado e nada frustrante, o autor faz vários paralelos com questões atuais e em meio a gigantes, anões, ouro e heróis improváveis, King vem trazendo uma fantasia muito envolvente.
O exemplar físico tem várias ilustrações no decorrer da leitura e a capa é simplesmente perfeita, foi um livro que eu demorei para ler, mas que foi completamente apaixonante!

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Resenha:



“Tenho certeza de que consigo contar essa história. Também tenho certeza de que ninguém vai acreditar nela. Por mim, tudo bem. Contar vai ser o suficiente. Meu problema (e sei que muitos escritores têm o mesmo, não só os novatos como eu) é decidir por onde começar. Minha primeira ideia foi começar com o barracão, porque foi lá que as minhas aventuras de fato começaram, mas aí percebi que antes eu teria que falar do sr. Bowditch e de como nos aproximamos. Só que isso nunca teria acontecido se não fosse pelo milagre que houve com o meu pai. Um milagre bem comum, pode-se dizer, que aconteceu com muitos milhares de homens e mulheres desde 1935, mas pareceu um grande milagre para uma criança.”

Olá praticantes de Livroterapia

Hoje a minha indicação é de um super lançamento! Estou falando do mais novo romance de Stephen King, Conto de Fadas, publicado pela Suma e mal chegou e já conseguiu um lugar em meu coração.

Que o King é um mestre da literatura todos sabemos, ele definitivamente escreve e escreve muito!

E graças a isso, eu tenho sempre um novo livro do King para ler e me surpreender.



Conto de Fadas foi escrito em meio a pandemia, e tem um agradecimento no final do livro que me emocionou muito. Stephen mostrou mais uma vez o porque ele é um dos meus autores favoritos, não somente pelo talento inegável, mas pelo seu coração, sua empatia e o modo como sempre está pensando em seus leitores e no mundo. Obrigada Stephen suas palavras chegaram até mim e confortaram meu coração.

“Aprendi uma coisa em Empis: as pessoas boas brilham mais em momentos sombrios.”

Conto de Fadas é um drama que faz jus ao seu título, mergulhando em vários contos de fadas e moldando todo o lore para criar uma história emocionante e cativante, King entrega um livro que apesar de ter vilões terríveis, cenas difíceis, pode ser lido sem medo, não é terror, porém, fala sobre terror, perdas, sobrevivência, chegar ao final do poço e também fala sobre tudo o que contrabalanceia isso.

Amor, lealdade, superação, bondade, escolher a escolha difícil quando ela é a certa. Sacrifício e alimentar o que existe de bom dentro de nós mesmos.

“Existe um poço sombrio em todo mundo, eu acho, que nunca fica seco. Mas você bebe dele por sua própria conta e risco. E a água é venenosa.”

Um livro poderoso e com muitas mensagens, como todos os contos de fadas clássicos.

Charlie Reade, é um jovem de 16 anos que passou por muita coisa em sua vida. Jovem precisou encarar a perda de sua mãe, o fato de seu pai cair em um luto doloroso e com consequências pesadas.

Ele precisou amadurecer muito cedo e isso o levou a fazer uma promessa.

E essa promessa o levou a tentar ser uma pessoa decente e boa.

O que levou a muita dor e também uma aventura incrível.



Charlie ao ouvir um pedido de ajuda não se esquivou, salvou a vida de um idoso rabugento, ganhou várias responsabilidades, uma cachorra idosa e a necessidade de enfrentar o inimaginável e vários perigos para salvar essa cachorra que ganhou seu coração.

É um livro que acontece MUITA COISA, um calhamaço e preciso dizer que nem o fato da escrita do King para mim ser fluida, fez a leitura não se arrastar por uns dias.

“O tempo é uma sombra na mente…”

Talvez porque, para que possamos nos conectar com os personagens e sofrer por eles, King foi bem minucioso e foi escrevendo com detalhes os relacionamentos entre os personagens, o que eles precisam enfrentar e tudo o mais.

Funcionou que foi uma beleza, e sofri muito, porque Charlie, é um personagem que parece tão real, tão alguém que pode ser meu irmão, meu amigo, etc

Que eu torci demais por ele, e ele encontrou outros personagens adoráveis e outros terríveis em sua jornada

Que não foi fácil!

Mas é isso, não posso falar muito do livro, a história é uma que sempre encontramos em contos de fadas, uma terra amaldiçoada, um povo sofrendo, um príncipe, ops um garoto de bom coração e um passado cinzento e ele é o escolhido para salvar o mundo!

Pode ser um clichê, mas que história poderosa nos espera nessas páginas.

“E chorei. Não consegui não chorar. Não foi um gesto principesco, acho, mas, como você já deve ter percebido, isto aqui não é esse tipo dr conto de fadas…”

Recomendo para todos que gostam de livros de fantasias bem escritos, personagens densos e complexos, uma trama interessante é inteligente, que carrega em si uma lição de moral e é claro, uma boa jornada de herói!



Charlie pode até não ser um príncipe da Disney mas ganhou meu coração.

A edição está maravilhosa, diagramação confortável para leitura, ilustrações lindas, tudo muito bonito e eu amei a capa, tão perfeita para a história!

Espero que tenham gostado da minha indicação e até a próxima!

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Aqui nós vamos ter o Charlie, um adolescente, que certo dia escuta um pedido de socorro da cadela idosa do seu vizinho. Este é um idoso, recluso, rabugento e tinha fama de amedrontar as crianças do bairro que acabou sofrendo um acidente doméstico.

Além de socorrer esse senhor, Charlie passa a ajudar o vizinho com tarefas domésticas e com os cuidados de Radar, a cadela, durante o período de recuperação. Assim o rapaz faz duas grandes amizades e a descoberta de um portal para outro mundo.

A primeira coisa que tenho a falar é que de todos os livros lançados em 2022 esse era o que eu tinha mais expectativas e sinto muito prazer em dizer que elas foram superadas! A 2ª coisa é que se você é do grupo de pessoas que fala que tem “medo de ler livros do King” por causa do terror, esquece isso! Porque esse livro é uma FANTASIA de livro único!

Na verdade, esse livro caminha entre o drama e a fantasia. No início, vamos conhecer algumas situações vividas pelo protagonista ainda criança. Experiências que foram moldando a personalidade dele e que no processo fazem a gente se afeiçoar a ele.

O que mais gostei nessa construção é justamente o fato que o protagonista não é perfeito. Sim, ele é um garoto bom! Inclusive, ele é mais responsável do que a maioria dos garotos de 17 anos, mas tem um motivo para isso. Vocês vão entender quando lerem. Ele é estudioso, respeita o pai, mas também tem suas frustrações, já fez algumas besteiras que condizem com a sua idade e coisas do tipo. Isso o torna um garoto muito real.

Sobre a construção da amizade com o idoso e a cachorra, talvez algumas pessoas achem essa parte um pouco lenta. Não foi algo que me incomodou, mas o fato do livro já trazer a ideia que vai ter uma fantasia, pode gerar uma ansiedade de querer ver logo a parte fantástica acontecendo. Mas o King decide tomar o tempo necessário para nos mostrar o dia a dia deles para que a gente vá se apegando aos personagens. Inclusive, achei muito bonito como o autor trabalhou a questão de como pequenas atitudes podem fazer diferença no coração do outro.

Também tem um certo acontecimento mencionado na sinopse, que mesmo sabendo o que ia acontecer... Eu ainda assim senti muito quando estava lendo. Logo, podemos ver que tudo isso foi realmente necessário para criar o vínculo emocional com o leitor e também gerar a motivação do protagonista para quando a história fosse entrar na parte fantástica.

Sobre a fantasia em si, achei genial! Como o próprio título já diz, obviamente teremos muita inspiração em contos de fadas. Inclusive, teremos o próprio personagem reconhecendo isso. O livro possui referência a 3 Porquinhos, Guardadora de gansos, João e o pé de feijão, O mágico de Oz e muitos outros contos de fadas, mas esse livro não é releitura de nenhum deles. Ele é uma aventura com identidade própria!

O livro também traz referências a outros autores e histórias, mas não é nada do tipo “se você não leu não vai entender do que o King está falando”. Na verdade, você vai entender muito bem, mas talvez te deixe curioso para ler outros livros. Por exemplo, eu fiquei com muita vontade de ler “Algo sinistro vem por aí” por causa de um parágrafo desse livro. O King soube referenciar sem fazer a história parecer uma mistureba. Ele não coloca referência “só por colocar”. Elas tem um sentido e ajudam a compor a história sem deixar o leitor com a sensação de perdido porque não assistiu certo filme ou não leu o livro citado.

Voltando ao Charli, algo que me fez gostar muito dele é que ele quer viver essa aventura. A maioria das histórias que vemos por aí, temos o protagonista não querendo está no mundo mágico. O Charlie quer e ele tem um objetivo indo até lá! E pensem bem... Se você tivesse essa oportunidade... Principalmente na sua adolescência, você não ficaria nenhum pouco curioso? Eu, com certeza, me jogaria de cabeça.

Outra coisa que amei ver nesse é livro, foi o King tirando o estereótipo de personagem de aventura e deixando a história mais crível. Na maioria delas, temos aquele garoto que vive meio isolado, não tem amigos, com a cara enfiada nos livros e é ruim em esportes ou bem desajeitado. Sim, o Charlie realmente adora ler, mas também tem uma vida social e até tem um perfil atlético por causa de alguns esportes escolares. A verdade é que se a você não tiver o mínimo de preparo físico, você vai morrer. Imagina: Você ter que correndo de um gigante e morrer porque simplesmente faltou fôlego?! Parece um detalhe simples, mas fez muita diferença para mim. O protagonista não está vivo simplesmente porque o roteiro quer. Ele está vivo porque ele realmente foi capaz de superar aquilo.

Sobre a questão das descrições, afinal muita gente reclama que os livros do King são muito descritivos e prolixs, realmente... Alguns livros, como por exemplo “O talismã”, tem descrições demais, tem coisas que demoram demais pra acontecer, mas aqui não. Achei que o King deixou na medida certa. Era realmente necessário para criar o vínculo com o leitor, construir personagens e deixar todo o cenário MUITO imersivo. Apesar do livro ser grande, ele tem uma ótima fluidez.

Foi uma história realmente INCRÍVEL para mim! Amei os personagens, as referências, a aventura em si e o final me deixou muito satisfeita. Inclusive, para quem reclama dos finais do King, imagino que este irá agradar bastante. Era a escolha certa! Com certeza foi uma das MELHORES LEITURAS do ano para mim.

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Conto de Fadas é o mais novo romance de Stephen King, o rei do terror. Mas isso não o impede de nos entregar uma obra que nos transporta ao mundo fantástico, no estilo das melhores fantasias e contos de fadas.
Aqui, o universo Stephen King inicia a narrativa, mostrando o encontro entre o protagonista adolescente Charlie e o sr. Bowditch, dono da cadela Radar e conhecedor do outro universo que o livro vai nos mostrar.
A partir da improvável amizade entre o garoto e o idoso, a responsabilidade em relação ao mundo fantástico troca de mãos, e Charlie vai ser o herói desta nova história.
A fantasia trará então toda a jornada e descoberta deste herói, seres míticos, monstros, lutas e todo um universo descrito de forma que só King consegue fazer. Entre reis e rainhas, criaturas e mortes, somos convidados a desbravar esse mundo. E, de dentro dele, desafiados a voltar ao universo central de Charlie e King.

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Que o King é o mestre a gente já sabe, que ele escreve personagens infantis de maneira única também, mas aqui ele superou todas as minhas expectativas.
O que era pra ser uma história supertranquila, divertida até, sobre a amizade improvável entre um garoto e um velho rabugento, se tornou algo totalmente diferente.
Uma história que envolve vários segredos, um universo subterrâneo, e muitos perigos.

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Antes de começar a falar do livro em si, preciso deixar claro duas coisas que você, que me lê, também precisa saber. A primeira é que este não é um livro de terror: isto mesmo, é do Stephen King e não, não é terror, é FANTASIA. “Conto de Fadas” é uma fantasia clássica, com uma jornada do herói, uma trama com elementos de alta fantasia e um mundo aonde o Mal está em guerra contra o Bem na forma de um governo tirano. Muitas pessoas acreditem que King só escreve terror, mas o autor já chegou em um patamar que pode (e deve) escrever o gênero que quiser, e entre seus livros não-terror mais conhecidos temos “A Espera de um milagre” (que inspirou o filme homônimo) e também “Misery”, que também inspirou um filme chamado “Louca Obsessão”, e ainda o mais recente “Billy Summers”, que resenhei sem spoilers e você pode ler clicando AQUI. Acho que já está claro que King é o rei do terror mas não se restringe ao gênero, e se você tem medo e não quer ler nada assustador, tem muito King pra você se jogar – e pode começar por este livro que você não vai se arrepender.

A segunda coisa que preciso deixar claro pra vocês é que “Conto de Fadas” é uma carta de amor aos livros, porque King prova aqui que além de ser o autor que ele é, ele nada mais é do que gente como a gente e um belo de um bookstan. A quantidade de menções à livros, tantos clássicos quanto menos conhecidos, e, claro, a todos contos de fadas, é capaz de deixar qualquer coração quentinho de amor. É uma homenagem perfeita para todos que leem, todos que o acompanham e todos que tem os livros como algo caro. Perdi as contas de quantas menções existem neste livro e acho que King resolveu escrever uma fantasia para chamar de sua, uma fantasia que possa se enquadrar em clássica, com todas suas características – e eu aposto que daqui alguns anos, é lá que “Conto de Fadas” estará.

O enredo do livro é exatamente o que tem na sinopse: Charlie é um adolescente que está tentando ser o melhor possível porque ele acredita que presenciou um milagre, que, na verdade (e ele sabe disto) não é bem um milagre, mas foi algo que mudou sua vida: a ida do pai ao Alcoólicos Anônimos. Depois da morte por atropelamento da mãe do garoto, seu pai George ficou tão perdido que se entregou a bebida. Foi um tempo sombrio para o pequeno Charlie, ainda criança, a ponto dele implorar à Deus por um milagre. Depois que seu pai recuperou a sobriedade, nosso protagonista se dedicou a cumprir sua parte da barganha feita com Deus em troca do seu milagre e se tornou um garoto comportado, estudioso e com boas intenções. Tendo feito isso ainda criança, é bastante fácil do leitor compreender todas as atitudes que um adolescente Charlie toma, tudo em prol de ser uma pessoa melhor.

E é justamente por se tornando essa boa pessoa, que tenta fazer o bem, que Charlie atende os latidos de Radar, a velha cadela do senhor Howard Bowditch, que mora próximo ao garoto e que tem uma casa que lembra a casa de Norman Bates (lembra que eu te falei a quantidade de menções a livros que tem nesta narrativa? Pois bem, não é só a livros e também à diversos filmes) e todos no bairro tem medo do senhor idoso, assim como de Radar, que em outros tempos costumava aterrorizar as crianças que moravam por ali. Tendo salvo um idoso de uma queda feia aonde quebrou o quadril e outros ossos, Charlie se sente responsável pelo homem e se apega imensamente à Radar, e é assim, em uma dupla jovem-e-idoso que King tão bem desenvolve, que temos um dos principais relacionamentos deste livro, o qual começa de uma forma muito crível e atrelada a realidade: um jovem que quer ser bom porque acredita que o destino (ou Deus) lhe deu um milagre e que decide ajudar um idoso sozinho que precisa se recuperar de uma cirurgia com uma cadela que também está envelhecida. Até aqui, não temos sequer uma ideia do que está por vir, todo esse relacionamento sendo construído e contado em forma de flashback, já como Charlie deixa claro desde o começo que se tornou um escritor e essa história é sobre o que aconteceu com ele em 2013.

Até por volta da página 200 da narrativa, temos toda essa construção que já comentei, com clara demonstração de quem Charlie é na escola e em seus relacionamentos, sendo o principal com seu pai, o qual o jovem ama profundamente. Mas, quando esse terço inicial do livro é completo, temos a virada na trama que vem na sinopse do livro: a morte de Howard, de uma forma inesperada depois de tudo que ele passou. Charlie tem dificuldade de lidar com isso, se tornando tutor de Radar, mas ver também o quanto a cadela está velha o atinge. Ele acredita que não tem muito mais tempo com o animal que tanto se afeiçoou, e, além disso, há muito mais: George, o pai de Charlie, já havia contando ao filho as suspeitas de que Howard não era exatamente quem dizia ser, e isso, somado ao fato de que o idoso precisou aprender a confiar no adolescente para cuidar de sua casa e de Radar até que a conta do hospital chega e ele precisava conseguir dinheiro para quitas as dividas. É ai que Howard surpreende Charlie, indicando o lugar em sua casa no qual tinha “bolotas” de ouro, então pedindo ao garoto para trocar e conseguir dinheiro para quitar a dívida e também pagar ao próprio Charlie, o qual contratou como seu “faz tudo” naqueles tempos.

Claro que Charlie fica bastante desconfiado de como Howard poderia ter aquele tanto de ouro, mas, depois da morte do homem, tudo que ele quer fazer é cuidar da casa. Só que claro que não vamos parar por ai, porque mais alguém sabe do ouro que Howard tinha e invade a casa. Mas temos um protagonista que não é nada, nada bobo e já esperava que algo assim poderia acontecer – mas o que não esperava era a fita que Howard lhe deixou, explicando o que há em um barracão no fundo da casa (e de onde Charlie já tinha ouvido sons inexplicáveis!) e ai sim, temos o começo da trama de fantasia por um motivo muito nobre: Charlie está tentando salvar alguém.

Ao ter acesso a este outro mundo, o qual se chama Empis, Charlie segue exatamente as indicações de Howard e logo descobre uma doença que se abate sobre os moradores do lugar, mas há muito mais com uma trama de um tirano , trama esta capaz de colocar sua própria vida em perigo enquanto vemos que o jovem aprender sobre amizade, lealdade e amor em uma grande aventura que pode resultar na recompensa que ele tanto deseja. E eu não vou te entregar nada, absolutamente mais sobre a jornada do herói que acompanhamos com Charlie.

A medida que a trama se desenrola, vamos vendo a construção de King, que não está escrevendo um conto de fadas: ele está reescrevendo, a sua forma e semelhança, os contos de fadas que conhecemos e que também sabemos que não é tão lá contos de fadas assim. “João e o pé de feijão”, “Mágico de Oz”, “A pequena sereia” e muito, muito mais, são sim, misturadas em um caldeirão de contos de fadas com o toque de King. Sinto que eu estou me repetindo, mas não tem como não deixar claro que King fez o seu próprio conto de fada com sua visão, que sabemos ser sombria, do que imaginamos e do que esperamos com um “final feliz” através de Charlie Read, que fala diretamente com o leitor enquanto vai narrando sua jornada, nos instigando e mostrando mais e mais de seu caminho em Empis.

Alias, caso você não tenha entendido o quão uma carta de amor este livro é ao leitor e aos livros, o sobrenome do personagem principal é Read, ou seja, Ler. Não há como não entender isso a medida que a aventura de Charlie vai se tornando mais perigosa e mais profunda nas terras até então desconhecidas, seja por todas referências, seja pelo simples fato de que você entende que King está se divertindo ao escrever este livro de um jeito até mesmo leve – atenção> leve para os padrões King, é claro! Porque há algumas passagens sombrias, com deformidades em seres, bichos grandes, monstros, anões, gigantes e até mesmo duas luas (“Star Wars” também ganha sua referência aqui em forma de duas luas e não dois sóis!), tudo tendo papel em uma história que definitivamente é capaz de conquistar todos os corações. E para quem está acostumado a livros de Fantasia se tornarem séries de livros, aqui temos uma trama redondinha, sem necessidade de continuação, mas que deixa ainda espaço para isto acontecer, se King quiser. Quem sabe o que pode acontecer? E ah, claro que os direitos de adaptação já foram comprados pelo cineasta Paul Greengrass e você pode ler a noticia em inglês clicando AQUI.

Como fã de Fantasia, meu gênero literário favorito, e também fã do autor, eu não poderia estar mais feliz com esse livro, o qual definitivamente entrou na minha lista de melhores do ano. Não só por Charlie conversar comigo e me levar por sua história e ser um personagem que deixa muito claro suas motivações e quem ele é. Não só pela amizade de Charlie com Howard ou o amor de um filho por seu pai ou ainda o amor deste rapaz por Radar, é também por alguém que é capaz de fazer o necessário quando precisa e não tenta maquiar suas intenções. É por Charlie ter se tornado um amigo querido meu e por ter me contado o que viveu em seu próprio Conto de Fadas.

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Eu adoro histórias que abordam amizades improváveis e em Conto de Fadas, de Stephen King, temos uma. Uma amizade que começa “contra a vontade” das partes envolvidas, mas que evolui para uma relação de confiança e companheirismo muito bonita.

O livro é basicamente o que o título diz, um conto de fadas no sentido mais puro do termo: um reino que precisa ser salvo e trás muitos perigos, mas também muita beleza e magia.

Dá para se dizer que o livro é dividido em duas partes: uma história “real”, no sentido de encontrarmos algo bem próximo do dia-a-dia da vida de pai e filho e sua vizinhança e o conto de fadas, com um mundo cheio de misticismo, magia e perigos.

Minha parte favorita foi o mundo real, eu adoro como King desenvolve as relações humanas e constrói personagens que conseguimos imaginar na realidade: pessoas com falhas, mas acima de tudo, humanas. Eu simplesmente devorei essa parte. Já a parte do conto de fadas, li de forma mais lenta, tenho certa dificuldade com fantasia, em me envolver com os cenários e tramas e por isso a leitura perdeu o ritmo quando entrei nessa parte. Mas isso não quer dizer que não gostei dos personagens, não torci por eles, ou fiquei curiosa pelo que viria pela frente, só se deu de forma mais lenta do que com a primeira parte.

Gostei muito da forma que o autor inseriu personagens e tramas de contos de fadas clássicos, além de outros elementos da fantasia mais recente, criou uma espécie de caça ao tesouro para que o leitor encontre as referências.

Ao terminar, minha conclusão foi de que é uma leitura apaixonante. Foi meu primeiro contato com King autor de fantasia e gostei da experiência. Terminei com aquela sensação de quentinho no coração.

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Um bom livro para passar o tempo e só. Não tem nada de incrível ou genial aqui.
No começo o King me surpreendeu com a fofura contida ali, e de fato despertou a minha curiosidade. A dinâmica entre o Charlie e o Bowditch me conquistou, mas assim o mundo de conto de fadas foi apresentado, a indiferença pelo que tava acontencendo ali veio junto.
Eu gostei da ideia e até gostei dos personagens (principalmente da querida da Dora), mas não consegui me apegar e nem me conectar com nada que estava sendo apresentado. E apesar de não ter amado, ainda assim foi uma boa leitura.

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Como sempre a atrativa de King é fascinante e vai gradativamente nos captando pra dentro do universo que ele está apresentando. Em "Conto de Fadas" o encontro ao acaso de um jovem rapaz com um senhor misterioso se transforma em um 'portal' para a fantasia.

Os universos ambientados são bem delimitados em meio a sutilezas da forma que Stephen narra e catacteriza as particularidades de cada momento. De maneira semelhante, os personagens com suas pequenas particularidades são carismáticos e nos tomam a atenção, sendo eles os humanos, os animais ou as criaturas. Todos gem personalidades tridimensionais e bem desenvolvidas.

Os dois arcos são bem amarrados, mas pode parecer um tanto estranha a transição, pois parecem histórias coexistentes e não contínuas (a realidade na primeira parte e a fantasia na segunda). Entretanto, o ritmo agitado faz com que a o tempo interno da história aconteça de forma rápida e, por vezes, agitada. Prestem atenção o que se lê senão algum fato pode acabar se perdendo e trazendo a sensação de que algo não faz sentido.

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Embora eu tenha gostado bastante do livro, se eu tivesse que fazer uma lista de favoritos do King provavelmente Conto de Fadas não estaria nela.
Terminei a leitura um pouco incomodado com o estilo do narrador e com a constante lembrança de que "é uma história fantástica e vocês não vão acreditar nela".
Em todo caso, o livro consegue criar uma atmosfera parecida com um Conto de Fadas, com um toque do mestre do terror e recheado de referências a outros escritores de terror e horror e aos contos em suas versões "infantis".
Mesmo assim fiquei com uma sensação de que teria gostado mais se cada fase da história fosse uma história curta.

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