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Salem

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Estou tentando mais uma vez com o King, não eu ainda não desisti.



Jerusalem's Lot recebeu três forasteiros: Mark, um garoto que curte filmes de terror, Ben, um homem que morou quando criança na cidade e o senhor Barlow, um homem misterioso que vai abrir uma loja na pequena cidade. E é aí que coisas estranhas começam a acontecer: uma criança morre e pessoas simplesmente começam a desaparecer ou simplesmente caem doentes. Ben, Mark e Barlow parecem estar interligados a esses eventos ou eles conseguirão escapar?



Eu já li alguns livros do King, então já estou acostumada com sua narrativa de apresentação que pode parecer mais lenta no início, mas é necessária para que a ambientação da história possa acontecer. Com uma narrativa em terceira pessoa, poderemos acompanhar os acontecimentos com mais precisão e digamos que menos emoção, de certa forma.



King conseguiu construir uma narrativa que vai te tocar, principalmente se você se apegar a Ben. Para além disso é necessário dizer que os personagens secundários também são sensacionais e um deles ganhou sua própria saga na série A Torre Negra.



Fora isso, dessa vez, apesar de ainda não ter "chegado lá" com as histórias do King esse foi um dos livros que eu mais gostei do autor.

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King é mestre em construir personagens complexos e realistas, e isso é muito evidente em “Salem”. A narrativa é repleta de detalhes e nuances, e cada personagem é cuidadosamente desenvolvido. Além disso, a atmosfera sombria e opressiva da cidade é muito bem construída, criando uma sensação de tensão constante. Embora o livro seja longo e possa parecer arrastado em algumas partes, cada cena é importante para a construção da trama e do clima de terror. E o desfecho é simplesmente surpreendente e impactante, deixando o leitor com muito para refletir.

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Apesar de o nome sugerir uma estória com bruxas - 'Salem é sobre vampiros!

Como alguém que passou parte da vida em cidades pequenas, o cenário de terror em um lugar que parece ter sido esquecido por Deus é perfeito para o que vai acontecer aqui.

É um dos primeiros trabalhos do King e entre seus iniciais, acabou figurando entre um favorito meu.
Perfeito para ler num final de semana chuvoso ou em um feriado prolongado.

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Stephen King, quando acerta, ACERTA. E esse é um grande acerto. Eu tinha muita vontade de ler Salem e não me decepcionei nem um pouco. A história tem a vibe de clássicos de terror (inclusive dos terrores do King, com a construção gradual dos personagens e do lugar onde a história vai ser ambientada, sem pressa para nos apresentar o que está acontecendo) e é muito bem desenvolvida. Uma coisa que acaba estragando a trama é SABER sobre o plot, porque a graça está justamente na surpresa (o nome antigo do livro entregava demais); então acabei não vivendo esse "eita". Quanto menos souber sobre Salem, melhor!

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“Ben Mears havia jurado nunca mais pôr os pés em Jerusalem’s Lot. A cidadezinha da Nova Inglaterra onde ele passou quatro anos de sua infância foi palco de horrores que ainda lhe tiram o sono.

No verão em que Ben, finalmente preparado para exorcizar seus próprios demônios, decide voltar a ‘Salem’s Lot – como a cidade é conhecida por seus habitantes -, descobre que o mal que ele pensava estar sepultado ainda vive, e precisa ser destruído.
Junto com Ben, chega à cidade um enigmático forasteiro, trazendo consigo um segredo antigo e maligno que mudará para sempre a vida de todos em seu caminho.”

E é nessa premissa que surge o segundo romance de Stephen King. Devo começar ressaltando que apesar de ser apenas o segundo romance publicado (sendo o primeiro Carrie), esse livro parece que foi escrito por um autor experiente, com uns 10 livros na bagagem, pois é muito bem escrito, muito bem desenvolvido e te traz exatamente aquilo que propõem: suspense do começo ao fim.

Já no segundo título de King podemos perceber algumas características que se tornariam clássicas na maioria de seus livros, um professor, ou escritor e uma criança que aparenta ter algum tipo de “iluminação” ou ser muito esperta, além de um personagem (geralmente uma mãe) muito religioso, chegando a levar isso ao extremo. Algumas dessas características já podem ser vistas desde Carrie (temos uma resenha muito boa da obra no site deem uma olhada).

E, quando digo que o romance é bem escrito, não é à toa, King vai preparando o terreno aos poucos, começando com a introdução dos personagens, seguido por seu desenvolvimento até chegar ao ápice da trama. Tudo isso de uma forma bem caracterizada, sem pressa, mas não tediosa, pelo contrário, muitas vezes você acaba ficando tenso, ansioso, esperando algo sinistro acontecer.

Ânsia por sinal é a palavra que poderia descrever esse livro. Existem muitas cenas para te deixar assim, inclusive quando a ação de verdade começa, e é aí que está uma das belezas da obra, pois no livro em si a meu ver não são as criaturas ou sobrenatural que causam medo, quanto a isso já estamos acostumados, mas é a ansiedade do que pode acontecer ao ler uma página que te deixa tenso e assustado. Um grande exemplo de uma das partes que mais me deixou tenso é a que dois simples carregadores vão fazer uma entrega na “poderosa” mansão Masten e o leitor fica com o coração na boca.

Os personagens como sempre são muito bem escritos (vocês vão ver muito esse comentário em resenhas de King). Mas o que achei mais fácil de criar uma identificação foi o garoto Mark, fã de bonecos de monstros clássicos e um garoto muito esperto, ciente dos problemas que a cidade vai passando enquanto os outros moradores ou se mostram céticos ou não querem admitir o real problema. Inclusive os capítulos são divididos pelo ponto de vista dos personagens principais.

Já o vilão em si e os problemas que ocorrem na cidade são também muito bem trabalhados, começando com um pequeno mistério sobre o personagem, para logo depois uma grande tensão ao redor da cidade devido a acontecimentos estranhos e, por fim, um embate alucinante. Tudo muito bem explicado que te deixa preso na leitura e faz você ler o livro todo em dois ou três dias no máximo.

Em resumo, essa é uma obra que merece ser lida, uma das melhores de King, inclusive considerada pelo próprio autor como uma das suas favoritas, onde nem parece que foi apenas sua segunda obra, sendo nítida a evolução da escrita de Carrie para Salem. Bons personagens, boa história e um suspense do início ao fim o livro vale cada página e, para quem gosta do gênero, é uma leitura obrigatória.

Curiosidades:
- Existem três adaptações para o livro, sendo o primeiro Os Vampiros de Salem (1979), o segundo O Retorno a Salem’s Lot (1987) e A Mansão Marsten (2004).
- O livro surgiu de uma pergunta de King à sua esposa sobre o que ela achava que aconteceria se Drácula andasse no mundo de hoje.
- A cidade de Gate Falls é mencionada no livro, futuramente ela se tornaria palco de outras obras como Heart in Atlantis, O Corpo, Blaze e etc.
- Mark recebe uma visita inesperada no livro e recita um verso para tentar ficar calmo. Esse verso é o mesmo utilizado em It A Coisa.

By Fábio P. Santana

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Gostei muito dessa história! Claramente, o autor se inspirou em histórias clássicas de terror sobre vampiros para escrever Salem. Começamos a história acompanhando a chegada de Ben, Mark e do Senhor Barlow à cidade. Somos apresentados à rotina de Jerusalem’s Lot e a seus habitantes, bem como aos nossos três forasteiros.

No início do livro achei que o autor estava sendo muito prolixo, mas depois entendi que esse início, mais lento e detalhista, era necessário para criar a ambientação do livro. No fim, a cidade acaba se tornando um dos “personagens” do livro.

O livro possui uma grande quantidade de personagens, mas isso não atrapalhou a leitura. Os personagens principais são cativantes e me conectei a todos. Por isso, senti que alguns deles não tiveram um desfecho satisfatório. Na minha opinião, senti que o potencial desses personagens foi desperdiçado.

Acredito que saber o plot principal da história estragou um pouco a surpresa de descobrir o que estava por trás dos eventos estranhos que estavam acontecendo na cidade. Mas, apesar disso, fiquei satisfeita com o desenvolvimento da história. Super recomendo a leitura!

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Salem pode ser um dos primeiros livros de Stephen King, mas traz em cada linha toda a qualidade de uma escrita que com o passar dos anos só o consagrou. Há a boa construção dos personagens, dos detalhes apurados de tudo que é apresentado, uma atmosfera sombria e fascinante. O cenário respira como os personagens e há um mal apresentado da forma como deve ser, sem ser romanceado e sim na mais pura essência, como de fato queremos que seja quando lembramos de onde veio a inspiração para sua criação.

Sem mais delongas (acho que fiquei empolgada), recomendo Salem para quem curte o trabalho do autor e para quem aprecia uma boa história assustadora, pois esta assusta pra valer. Salve King!

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Uma das coisas que amo na escrita do Stephen King é o humor mais puxado pro sarcasmo que ele usa em algumas passagens. E como os personagens são humanos, eles possuem várias nuances que a gente identifica pessoas que conhece que poderiam estar naquele papel.
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Salém foi originalmente publicado no Brasil como A Hora do Vampiro, o que já revelava bastante do mistério da trama nesse título. Não considerei um livro pra dar medo, mas que me deixou bem tensa em vários momentos.
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E no livro ainda tem o melhor xingamento infantil que eu já vi na vida! 😁Coloquei aqui embaixo porque adorei, queria ter usado durante a infância.
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" - Você é gosmento, sabia? - disse Danny.
- Eu sei - disse Ralphie com orgulho. - O que é gosmento?
- É gente verde e grudenta, que nem ranho."

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Vou começar dizendo que Salem não figura na minha lista de preferidos. Cheguei até a dizer que estava em meu top 3 dos livros do King que eu menos gosto. Mas acho que essa releitura tirou ele dessa lista. Mas segue não sendo um dos meus preferidos.

É difícil falar sobre ele sem entregar o plot. Não que seja uma surpresa pra quem já sabe o título antigo (A hora do vampiro). Salem, ao contrário do que o nome pode indicar, não é um livro sobre bruxas, mas um livro sobre vampiros.

Ao final do livro King explica toda a fascinação que Drácula exerceu sobre ele durante a infância e que o livro seria não apenas uma homenagem ao livro, mas o seu oposto: enquanto Drácula foi derrotado pelo das modernas invenções da época, no seu livro, um vampiro facilmente invadiria uma cidade americana porque as invenções modernas atuais fizeram com que as pessoas duvidassem da existência de tais criaturas. Está aí a grande sacada do livro!

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