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Fumaça branca

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Pedi esse livro por conta da capa e me supreendi com a história. Não costumo ler livros com essa temática, mas me surpreendeu bastante.

A história é boa de ler e a construção da história me deixou viciada. Li em alguns dias. Enfim, maravilhoso. 5 estrelas

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Resenha:
“Tudo bem. Talvez, então, eu esteja no meio de um filme de terror superclichê. Eu já vi milhares... conheço bem o padrão. Temos todos os elementos básicos: família se muda para uma cidade nova e vai morar em uma casa misteriosa com um passado obscuro.”

Olá praticantes de Livroterapia

Minha indicação de leitura de hoje, é de um livro que me trouxe uma mescla de emoções conflitantes.

Fumaça Branca, é escrito pela autora Tiffany D. Jackson, e lançamento da Editora Seguinte.

A principio o que me atraiu para esse livro foi a capa e sinopse, nós parceiros do grupo editorial Companhia das Letras, temos acesso aos lançamentos dos selos editoriais com antecedência através da plataforma Netgalley (que eu amo e tem muitos livros oficiais disponibilizados, se tiverem curiosidade sobre ele, falem nos comentários, que trago um post especial com mais detalhes), e livro estava lá, disponível e flertando comigo.

E foi assim que comecei a minha leitura, e encerrei no livro físico (lindo e impecável)

“... eu tenho ansiedade é uma explicação completa. Não tenho que te dar motivo algum.”

Mari, é uma adolescente que esta vivendo um clichê, ela e sua família estão se mudando para uma cidade pequena, mas para uma casa linda e enorme, em um bairro estranho e com um histórico bizarro.

E para completar, para eles é um recomeço...

Isso parece familiar para vocês? Está tudo pronto para uma boa história de terror.

Família composta por um casal casados a pouco tempo, três filhos... Dois dela e um dele. As crianças têm uma complexa e perturbadora dinâmica, aliás, a família possui uma dinâmica familiar no mínimo estranha.

Mas voltando a Mari nossa protagonista, ela esta lutando para se recuperar de uma situação muito difícil, está lutando contra um quadro grave de ansiedade, e abuso de substancias ilícitas, tudo o que ela quer para conseguir suportar os dias e as crises é um trago da conhecida Fumaça Branca, mas em sua nova cidade isso não é tão fácil.

Enquanto ela tenta lidar com sua abstinência, logo a nova vida dela começa a se provar muito mais tensa, perigosa e assustadora do que ela esperava.

A casa tem um cheiro estranho, portas se abrem, coisas somem, aparecem em locais bizarros, a filha de seu padrasto que já era uma pequena monstrinha manipuladora, mentirosa e assustadora fica pior e pior e pior.

É aos poucos com as amizades que inicia que Cali começa a descobrir que sua casa, bairro e nova cidade tem muitos segredos obscuros... e até a lenda de uma bruxa...

A vida dela não está fácil, e preciso dizer que ela também não se ajuda, se colocando em cada situação que eu precisei parar a leitura algumas vezes e exclamar: MARI! ME AJUDA A TE AJUDAR!!!

“- Você já se deu conta de que livros são só arvores... com palavras?”

Não falei muito da trama e não falarei mais, porque o melhor de tudo foi me jogar nessa leitura sem saber muito de nada.

Mas vou falar dos sentimentos conflitantes que disse no inicio da resenha.

Eu estava amando a leitura... Sério... eram todos os clichês adoráveis de histórias de terror, jogados em uma trama que fala sobre temas importantes, que tem uma critica social afiada e inteligente e um mistério interessante.

ESTAVA ADORANDO!

Mas ai o livro acabou... Simplesmente... (insiram aqui minha cara de desespero!)

Eu pensei que meu livro tinha vindo sem os últimos dois capítulos, fui conferir no e-book, e não... Era isso mesmo... Aquele final, que não é um final, nem vou dizer, ahhhh é um final em aberto... É uma história que acaba sem resolver praticamente nem um dos plots, que vamos acompanhando, tá o principal sabemos, e temos uma conclusão de dois pontos importantes, mas não temos as repercussões, não sabemos o destino de 88% dos personagens, e olha, não sou chata com finais abertos ou estranhos, meus caros eu leio King, mas aconselho a lerem esse livro sabendo que a partir do final vocês vão ter que se tornar escritores de fanfics e finalizar ela em suas mentes. Inclusive eu fiz isso e o final foi fantástico!

“A incerteza não é necessariamente algo ruim, só te faz se sentir apertado, dentro de uma prisão que você mesmo construiu...”

É um livro muito bom, até onde foi escrito, mesmo minha raiva e descrença do final, não me fizeram deixar de gostar deste livro. Ele é vendido como livro único, mas se vier uma continuação ai mantida em segredo, eu vou ler ela com alegria.

Ainda recomendo a leitura, ainda mais, se já saberem do final abrupto e gostarem dos bons livros de histórias de terror bem de leve, com doses de suspenses, investigações e lendas de cidades pequenas e bizarras. Personagens bem escritos, interessantes e uma trama familiar que prende nossa atenção. Ah, para quem não curte livros com menções a drogas, usos e etc, fiquem avisados, que tem esse conteúdo.

É isso, feliz e revoltada ao mesmo tempo com este livro.

Espero que tenham gostado da indicação e até a próxima.

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Fumaça Branca é um livro que explora o teor da casa assombrada, mas que vai além do simples terror ao tratar da vivência negra, do racismo e da exclusão. O drama familiar é, muitas vezes, palpável e compreensível, fazendo com que você deseje apenas o melhor para essa família.

O livro é, ao mesmo tempo, triste, sufocante e aterrador, um combo que combinou perfeitamente com a sua narrativa que mescla humor à drama, vícios insanáveis e terror sobrenatural e psicológico.

Fumaça Branca, pra mim, é meio que uma mistura de surpresa e admiração com um pouco de irritabilidade e saco cheio.

No primeiro caso, posso dizer que a história em si me surpreendeu bastante, principalmente por ter um plot twist que eu nem sequer imaginava. Os últimos capítulos foram frenéticos e me deixaram sem ar.

Porém, contrapondo a isso, houveram certas coisas que me incomodaram e as quais não deixaram eu ter uma experiência 100% positiva, uma delas é a própria protagonista e a outra é o final em aberto.

Mas, tirando essas pequenas raivas que tive durante a leitura, Fumaça Branca conseguiu me conquistar com o seu drama familiar pesado; com os seus sentimentos intensos de tensão, culpa e raiva; com a sua atmosfera sombria de casa assombrada; e com seus personagens os quais me importei cada segundo. Também me ganhou por debater a questão racial dentro de uma família inter-racial e na junção de duas famílias distintas e por discutir a ganância e crueldade de pessoas brancas que têm o domínio da vivência de pessoas negras, de suas moradias, de suas vidas.

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Existem momentos na vida nos quais você é atropelado por um livro de um jeito que perde até o rumo dos seus pensamentos – e é ainda assim que me sinto mesmo depois de ter lido “Fumaça Branca” há 3 dias atrás. Não há como explicar muito sobre esse livro porque, acredite em mim, se eu falar muito da trama em si, vou entregar alguns spoilers que você não quer ter caso decida ler este livro, mas vou falar sobre alguns temas, bem por alto, que estão presentes. Sei que nem todos gostam do gênero de terror e tem medo, mas aqui temos o terror com para algo bem pior e mais duro: a vida real, preconceito racial, os traumas causados e traumas sofridos, a falta de comunicação e confiança e até o amor de uma mãe. E sim, eu indico muito ler este livro.

E ah, se você está reconhecendo o nome da autora Tiffany D. Jackson de algum lugar, é porque ela participou da coletânea de contos “Blackout: o amor também brilha no escuro” (que resenhamos e você pode ler clicando AQUI) que vai ganhar uma continuação chamada “White Out” já confirmada aqui no Brasil pela maravilhosa Seguinte (leia clicando AQUI). E vou aproveitar aqui para falar algo que vocês não estão falando sobre, mas precisamos: como a Editora Companhia está criando capas nacionais com artistas nacionais, para suas versões dos livros. Sério. A capa de “Fumaça Branca” em inglês é muito, muito bonita, mas essa versão nacional é outro nível. Parabéns para a Editora e para a artista Giulia Fagundes. Queremos sempre capas puramente brasileiras, hein!

Marigold “Mari” Anderson começa narrando a chegada de sua família à Cedarville. Sua família consiste em sua mãe, Raquel, seu irmão mais novo Sam, seu padrasto e marido de sua mãe Alec e a filha dele, Piper, que tem 10 anos e é uma das personagens condutoras de tudo que acontecerá, coisa que fica claro desde começo da narração. A família está se mudando porque Raquel conseguiu um patrocínio de 3 anos da Fundação Sterling para se mudar para a cidade e ajudar a basicamente refundar o bairro no qual morarão, mas assim que o carro da família vai entrando na cidade, Mari entende que há algo muito errado por ali: há vários prédios grandes e fechados e parte da cidade está queimada, além de sua família ser a única que está morando em toda sua quadra. Parece que há sinistro no ar com tantas casas abandonas ao redor e com a equipe que reforma a sua casa nunca querendo descer até o portão – mas a coisa começa a ficar realmente complicada quando objetos somem ou mudam de lugar. Parece obvio que a casa está assombrada, certo? Não.

Não porque Mari está se recuperando de uma overdose. Aos 13 anos ela desenvolveu Parasitose delirante, que é a crença de se estar infestado por insetos que não existem depois de sua casa ter sido infestada por insetos – percevejos, mais exatamente. Sua mãe, ainda casada com seu pai, Chay, à época, jogou tudo que pode fora da casa, mas a parasitose é acompanhada pela compulsão por limpeza, depressão, paranoia, insônia e ansiedade nível máximo, o que levou Mari a começar a fumar maconha para tentar controlar sua ansiedade fora de controle. Poucos anos depois, membro da equipe de atletismo, Mari sofre um pequeno machucado que requereu remédios para dor, o que a levou a se viciar de vez em substâncias. Claro que tudo termina saindo de controle e é ai que sua overdose acontece, dentro de sua casa, para pavor do seu irmão Sam, a levando a ser internada e quebrar financeiramente sua família para pagar seu tratamento. As consequências para ela e todos são severas, já como seu padrasto não consegue arrumar emprego – e é aqui que entra a Função Sterling na vida de sua família, tirando a família Anderson-Green de Los Angeles e a levando para a pequena cidade.

Claro que passando por essa recuperação, Mari se questiona se os objetos que acredita que somem e o cheiro pobre que ela sente é real ou só coisa de sua cabeça, mas quando seu irmão Sam também sente o cheiro e sua mãe começa a encontrar coisas fora do lugar da mesma forma que ela, a jovem começa a achar que a casa está realmente sendo assombrada, tudo enquanto seu relacionamento com seu padrasto Alec começam a deteriorar de forma irrecuperável e Piper, a irmã postiça, começa a ver uma mulher idosa que se torna sua amiga. Piper, alias, é uma criança que perdeu a avó, que claramente era a figura feminina na sua vida, e não lida bem com ter uma madrasta e deseja muito a atenção do seu pai. A narradora da trama é a Mari, então muito do que vemos de Piper é através dos olhos de Mari, que tem zero paciência para a garotinha, até que é lembrada, por sua melhor amiga Tamara, em uma video ligação, de que a garotinha é… bem, uma garotinha de 10 anos e Mari deveria ser mais madura e agir melhor com ela, o que lembra o leitor de que o relacionamento ali não tem qualquer tipo de equiparidade. E ah, a amiga idosa de Piper se chama Dona Dulce.

Some tudo isso a abstinência que Mari está enfrentando por estar em uma nova cidade e não conseguir acesso fácil a maconha junto com o nervoso por acreditar estar lidando com o paranormal, somado ainda a desconfiança de sua mãe e temos a receita certa para todo insucesso que acontece com Mari: Ela implora para sua melhor amiga enviar sementes de maconha para plantar em um jardim de uma das casas abandonadas da sua rua. A quantidade de más ideias que Mari tem ao longo deste livro não são poucas, mas você sabe o lugar no qual ela se encontra, tentando manter-se inteira por fora enquanto não está nem perto de estar assim por dentro. Em diversas passagens do livro, as crises de ansiedade da garota vão aumentando ao ponto de se tornar difícil ler para quem, como eu, sofre de Transtorno de Ansiedade. Mas também precisamos dar a Mari o que é dela: além do trauma que a levou a desenvolver a parasitose, ela é uma viciada que tem dificuldade de assumir seu vício, que tenta manter a capa de normalidade em uma situação que não tem absolutamente nada de normal.

Ainda há mais um ponto importante nessa trama que preciso apontar: Logo quando chegam a sua nova casa em Cedarville, Mari conhece Yusef, um jovem preto que vai estudar na mesma escola que ela. Através de Yusef, sabemos mais do contexto da cidade: há uma lei forte contra drogas na cidade – não, não é só forte: é draconiana. Tão draconiana que mandou grande parte da população masculina para a cadeia naqueles prédios fechados que Mari vê assim que entra na cidade, lembra? É tão bizarro a quantidade de presos que basicamente não há garotos estudando na escola de Mari. As coisas parecem ser tão bizarramente duras que quando a única amiga que Mari fez na escola é presa por tráfico, ela imediatamente culpa Piper por acreditar que a garotinha a espia o tempo inteiro e sabia tudo sobre ela. São acontecimentos estranhos, mas a medida que Mari vai investigando mais e mais a história da cidade e até mesmo o Sr. Sterling, o homem que concede o patrocínio a sua mãe, tudo vai começando a se juntar em um quebra-cabeças que deixa o leitor de queixo caído e não estou brincando.

Porque sério, a quantidade de tramas e motivações que há nesse livro são grandes e com vários assuntos fortes se entrelaçando. O racismo aqui, presente em tantas passagens e no enredo central do livro, me pegou de jeito. A história da cidade, tudo que as pessoas da cidade já viveram (e sobreviveram). Uma família que está tentando ainda se encaixar, multirracial, com uma criança querendo atenção, um pai biológico é presente fisicamente de longe, vicio em drogas e saúde mental – tudo isso está aqui, presente, junto em uma trama que não enrola o leitor e não perde tempo em explicar coisas que não farão diferença para a trama – como, por exemplo, não há explicação para a morte da avó de Piper porque o que importa é que a mulher está morta e é isto, mas tudo na medida certa, sem pular nenhum evento que dá as pistas sobre o que está acontecendo e a forma como tudo está se desenrolando.

Quando terminei de ler “Fumaça branca” realmente precisei de um momento para pensar sobre o que tinha lido, não só pelas cenas de terror que li, mas também pelas cenas de forte impacto com saúde mental, pela raiva que passei ao ver o lugar mental no qual Mari estava, pensar no quanto odiava o padrasto dela apesar dele ser somente humano, pensar em como uma decisão ruim pode realmente ferrar todos seus planos, sobre como o racismo estrutural está presente em nossas vidas de uma forma tão incorporada e como a vida pode ser injusta de diversas formas. Eu sei, eu sei, você pode até desconfiar como um livro de trezentas e poucas páginas pode enfrentar tantos assuntos, mas eu te garanto que tudo isso está aqui e por isso este livro me impactou tanto. Parecia ser uma trama que precisava ser escrita como foi e tudo que eu posso fazer é te pedir para ler com a mente aberta – porque sei que muitos de vocês não gostam de terror, mas, acreditem, o pior terror que existe é o real e causado pelas próprias pessoas: O terror mais pavoroso que há é o humano e o pior vilão que existe é a humanidade. Não há fumaça branca nisto.

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Mari e sua família estão se mudando para uma nova cidade e uma nova casa. Começamos o livro com a narração da dinâmica dessa família, que é composta por Mari, seu irmão, sua mãe, o novo marido da mãe e a filha do padrasto. Mari está fugindo de algo que aconteceu no passado dela. A relação de confiança entre mãe e filha, claramente, está abalada.

Ao chegar na nova residência, que está recebendo os últimos reparos da equipe de construção, já podemos perceber que tem algo de estranho na casa. Os operários não gostam de ficar na casa. Quando a família pergunta sobre o bairro, que tem a aparência de estar abandonado, ninguém responde claramente. As coisas começam a piorar, quando estranhos acontecimentos começam a ocorrer na casa. Objetos desaparecem. Visões de vultos. Barulhos estranhos.

A autora aborda assuntos super importantes na história, em especial, a gentrificação, que é o processo de revitalização de um bairro ou cidade, que proporciona melhorias ao local, ao mesmo tempo que encarece o custo de vida, fazendo com que os antigos moradores acabem se mudando, por não conseguirem mais pagar para viver nesse local.

Mari é uma personagem complexa, com defeitos e virtudes, não é a típica “mocinha” de histórias de terror. Me irritei com ela algumas vezes, mas, mesmo assim, a personagem me conquistou. Gostei muito dos personagens secundários também. Achei a escrita da autora muito fluida. O livro aborda alguns assuntos mais delicados, que podem incomodar pessoas mais sensíveis, como o vício em drogas. Super recomendo a leitura!

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Marigold Anderson acabou de se mudar com sua família para Cedarville, essa mudança será um novo recomeço tanto para Mari quanto para o resto da família.
A casa que a família irá morar parece ter algo errado, as coisas somem, os pedreiros fogem quando dá certo horário e as luzes se apagam do nada. Inclusive o porão está sempre trancado e um cheiro podre vem daquele lugar, ninguém nunca entra no porão.

Mari está aprendendo a viver novamente depois que sobreviveu a uma overdose, ela desenvolveu Parasitose delirante (quando mais nova) depois de uma infestação de percevejos em sua casa (quando seus pais ainda eram casados). A garota é completamente compulsiva com limpeza, tem depressão, paranoia, insônia e um grau alto de ansiedade.
A garota acabou ficando viciada em remédios depois de um pequeno machucado e atualmente está tentando ficar limpa das substâncias, pois a família gastou muito para pagar um tratamento para deixá-la sóbria, contudo Mari acredita que fumar maconha ajuda com sua ansiedade.

A fundação Sterling dá uma nova casa para a sua família com o intuito de melhorar/renovar o bairro (esse é o motivo da mudança para uma cidadezinha no interior), claro que tudo tem um preço, a mãe de Mari é uma escritora e será a primeira de muitos artistas que irão morar nas casas renovadas. Mas, algo está errado naquele lugar, os vizinhos são desconfiados e a cidade tem um histórico violento de incêndios, drogas, encarceramento da população negra, fanatismo religioso e vários outros mistérios.

O livro tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, fora os problemas familiares. O padrasto de Mari tem uma filha pequena que aparentemente não tem amigos na nova escola, fala com alguém dentro da casa que ninguém mais vê e passa o livro todo fazendo ameaças a Marigold. O pai da criança parece não se importar com seu comportamento e o leitor passa o livro inteiro sentindo raiva dos dois.
A medida que as páginas passam o terror vai crescendo a ponto de Mari começar a ver pessoas dentro de casa, mas achar que são efeitos do baseado. Tudo tudo muda quando seu irmão também começa a ouvir coisas assustadoras dentro de casa.

Confesso que não imaginava a reviravolta dos fantasmas, foi interessante, porém mal trabalhado.
O livro tem um terror muito bom, mas várias situações mal resolvidas, o romance não dá em absolutamente nada, o final é um pouco sem pé nem cabeça e mesmo que o leitor compre a ideia do que é o fantasma .. não dá em nada, simplesmente NADA é resolvido e o livro não tem uma conclusão, ele termina sem mais nem menos no meio de uma situação perigosa.

Apesar de todas as coisas sem respostas eu gostei muito do livro, o terror ficou bom levando em conta que é a primeira vez que a autora se aventura pelo tema. Inclusive terminei a leitura apenas por causa do terror, senão fosse isso teria abandonado o livro.

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Marigold se muda com sua família para um casarão que parece bom demais pra ser verdade e ela vai descobrir que é mesmo ao notar acontecimentos estranhos e inexplicáveis ao seu redor. O que será que a casa esconde?

A autora trabalha temas clichês que eu amo, vários elementos de casa assombrada, desespero, momentos de tensão, os questionamentos sobre o que é real e o que não é e toda a tentativa de parar as coisas ruins que estão acontecendo.

Infelizmente não achei que o desenvolvimento foi tão bom, muitas questões ficam sem resposta, sem uma excecução que faça jus a temas importantes como racismo, gentrificação. dependência quimica, problemas psicológicos, encarceramento de pessoas negras e justiça com as próprias mãos.

Mais da metade do que a protagonista fala envolve maconha e no final não serviu pra nada, tem um romance terrível nesse livro e o interesse amoroso da Marigold é deixado de lado na parte final, sem cena nenhuma, então pra que fazer?

O final foi absurdo, parece que a autora desistiu de escrever e terminou tudo de qualquer jeito. Uma coisa é deixar em aberto o que acontece na casa (como em A assombração da casa da colina por exemplo, que eu amo), outra coisa é revelar o que acontece, mas simplesmente não fazer nada com isso e acabar tudo rapidamente sem dar um final. O livro não tem final.

E no geral faltou muito desenvolvimento, apesar da autora ter escolhido temas interessantes pra trabalhar.

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Fumaça Branca é um livro de terror e segue a história de Marigold, uma jovem que se muda com a família para uma nova cidade. Mas lá, nada é o que parece: os vizinhos os encaram de forma estranha, algumas casas da rua parecem abandonadas, e assim que eles chegam em sua nova habitação, a meia-irmã de Marigold começa a agir de uma forma diferente. Perturbada pelos conflitos do passado e os acontecimentos do presente, Marigold terá de enfrentar grandes desafios se quiser que ela e sua família sobrevivam à essa cidade intactos.

Tiffany D. Jackson traz brilhantes críticas em Fumaça Branca: a especulação imobiliária, o encarceiramento da população negra, o uso de drogas, transtorno pós-traumático, todos os assuntos que a autora se propõe a abordar, ela o faz com maestria.

Marigold é uma protagonista cativante, capaz de despertar empatia até nos leitores que não compartilham de suas mesmas experiências de vida. Durante a leitura, senti como se estivesse assistindo a um filme de terror: a forma como a autora descreve lugares e acontecimentos, toda a ambientação é muito descritiva e visual. As reviravoltas são chocantes, e terminei o livro com vontade de ler todas as obras da autora.

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