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Perfeita (na teoria)

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Eu de verdade fico bem triste quando me deparo com livros bem escritos cuja história é bem qualquer coisa. Perfeita (na teoria) se encaixa bem nisso.

A autora escreve muito bem, e consegue dar profundidade em algumas coisas, mas >EU< acho que ela pesou demais a mão em comportamentos bem ruins de alguns personagens (sim, Brooke, estou olhando para você) e deixou as coisas que mais importavam sem um desenvolvimento à altura.

O final tem um momento mega importante ao retratar a bifobia, mas que por não ter sido trabalhado ao longo da obra, parece que foi inserido ali às pressas. Triste pelo potencial desperdiçado

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Uma leitura muito gostosa e fluída.
Amei o desenvolvimento do romance em como se completam. Também gostei muito como a autora abordou esse assunto

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4,5 estrelas!

Ninguém sabe quem administra o armário 89 na escola, mas todos sabem que lá é o lugar certo para pedir conselhos sobre relacionamentos. É só colocar uma carta, explicando a situação, o e-mail para resposta, uma nota de 10 dólares. Em alguns dias, a pessoa recebe a reposta para o seu problema.
Darcy Phillips não tem a vida amorosa dos sonhos, mas gosta muito de ver vídeos no Youtube para se aprimorar em dar conselhos para as pessoas. Ela é apaixonada pela melhor amiga, mas não tem coragem de revelar isso pra ela e já está acostumada em guardar seus segredos.
Até que, por um descuido, Alexander Brougham vê Darcy retirando as cartas do armário. Em troca do seu silêncio, ela topa ajudar ele a voltar com a ex-namorada, mas não vai ser uma tarefa tão simples assim.

Esse livro foi uma grande surpresa para mim, fazia muito tempo que não tinha um sentimento parecido lendo um YA contemporâneo. Esse livro me passou muito a vibe de "Simon vs. A Agenda Homo Sapiens", de Becky Albertalli, e também de qualquer YA lançado na época de 2015/2017. É uma história leve, mas muito informativa.

Darcy é bissexual, e esse é um dos poucos livros que trata a bissexualidade de forma tão honesta e clara. A autora aborda assuntos sobre bifobia e bifobia internalizada de uma forma que explica o quanto essa letra não tem tanta visibilidade assim.

A escrita da autora é viciante, eu mal notava o tempo passar quando estava lendo. Os personagens são bem construídos e a história é muito bem feita, com muita representatividade queer.

Adorei as partes que mostrava ela respondendo as cartas. A autora também é psicóloga, então da para ver que ela usa muito da experiencia dela na personagem, para descrever certas situações nos relacionamentos.

Esse livro tinha tudo para me irritar, mas eu simplesmente me apaixonei por tudo nessa história. Recomendo demais!

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Foi uma leitura extremamente rápida e gostosa, um romancezinho até que clichê, mas o que mais me deixou encantada foi que o conflito do relacionamento do casal principal não foi igual o da maioria dos livros de romance e isso foi super legal. Inovador, praticamente.

Eu recomendo bastante para quem gosta de leituras rápidas e procura um romance gostosinho adolescente para passar o tempo. Sophie Gonzales nunca erra!!

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Uma história leve e super divertida.
Gostei muito da leitura e também das mensagens transmitidas através dela.

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Se você é fã de romances que te obrigam a ler tudo em apenas um dia, esse é o livro pra você!

Perfeita (na teoria) aborda não só a bissexualidade de forma simples e descontraída, como convida ao leitor a se apaixonar pelos personagens e toda a atmosfera criada.

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Descobri esse livro em 2020, li a sinopse e achei a premissa dele muito interessante, botei ele logo em minha lista de leitura, finalmente ele foi lançado aqui no Brasil e muito agraciado eu o recebi da Companhia da Letras e finalmente eu pude conferir essa história que me chamou a atenção a tanto tempo.

Esse não foi o primeiro livro da Sophie que eu li e eu só descobri isso depois que finalizei a leitura. Inicialmente eu tive uma leve dificuldade com a leitura, até eu perceber que essa era exatamente a intenção da autora, as coisa começam bem leves, acontecendo aos poucos, mas, meus amores quando os acontecimentos necessários se encaixam a história simplesmente pega fogo! Eu não consegui mais largar o livro até terminar de ler.

Darcy é uma protagonista tão realista, é possível perceber com clareza que a maioria de suas atitudes e escolhas seriam tomadas por uma adolescente, não vou dizer que adorei a personagem, pra ser sincero iniciei a história achando ela uma grande escrota, mas, com o passar da leitura eu fui gostando mais e mais dela, por que? Porque eu adoro ver o desenvolvimento e crescimento de personagens, principalmente quando eles não são perfeitos. Também adorei os outros personagens presentes no livro Brooke que é a melhor amiga de Darcy, Ainsley irmã maravilhosa e doida de Darcy, mas, gostei demais de Brougham, ele é o tipo de personagem que traz leveza a história, ele é fácil de gostar, além de ser um fofo.

Eu gostei bastante da forma que a autora trabalha bissexualidade, esse foi um dos pontos fortes do livro para mim, pessoas bissexuais geralmente sofrem apagamento dentro da comunidade, como se o fato delas se relacionarem com pessoas do sexo oposto a tornassem menos Queer, e não mesmo quando ela está com uma pessoa do sexo oposto ela continua sendo parte da sigla! Outro ponto que me agradou muito foi a tomada de responsabilidade por seus atos principalmente quando da merda.

Essa leitura me surpreendeu, como disse ela inicia lenta, porque o livro tem construção em estilo slowburn, cheguei a pensar que ela não iria render, mas, a história simplesmente me arrebatou por completo e eu finalizei a leitura em completo êxtase pelo desenrolar dos acontecimentos e da resolução da história, fiquei bem satisfeito com a leitura e até com um gostinho de quero mais.

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QUER CONSELHOS AMOROSOS? MANDE UMA CARTA ANÔNIMA PARA O ARMÁRIO 89

💌 Darcy Phillips é fã de youtubers que dão conselhos amorosos. Inspirada nisso, ela decide pegar um armário da escola para receber cartas anônimas e ajudar outros alunos no anonimato. Após receber as cartas ela responde por e-mail e ninguém sabe quem há por trás do famoso armário conselheiro.

💌 Já vida amorosa de Darcy não vai bem pois ela é secretamente apaixonada por sua melhor amiga Brooke. Darcy acumula todos esses segredos guardados até que um dia, Alexander Brougham descobre que é ela que está por trás do armário 89 e para manter esse segredo, ela topa em ajudá-lo a reconquistar a ex-namorada.

💌 Lidar com Brougham não parece ser uma tarefa difícil, apesar da arrogâncidele. Mas aos poucos tudo vai mudando e os sentimentos deles, um pelo o outro também.

💬O QUE EU ACHEI:
“Perfeita na teoria” é um romance adolescente gostoso de ler. Amei acompanhar o desenvolvimento desse romance que no início parecia até impossível, é um friends to lovers que deixa a gente sem ter a mínima ideia de como tudo vai se desenrolar, mas quanto mais vamos conhecendo Darcy e Brougham, fica claro o quanto os dois se completam mesmo sendo tão diferentes.

🏳️‍🌈A trama também aborda a bifobia internalizada, já que aqui temos uma personagem declaradamente Bissexual, mas que ao se apaixonar por um homem começa a a se questionar se é ou não queer mesmo e como seria vista pela sociedade por isso. Eu amei a forma que a autora trabalhou esse assunto, não deixando de lado um assunto tão pouco explorado.

❤️Enfim, Perfeita na Teoria me deixou com o coração quentinho. Uma leitura estilo sessão da tarde, com hate to lovers, um mocinho apaixonante e personagens bem trabalhados. Amei!

📌Ebook disponibilizado em parceria com a editora, através do NetGalley

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Parece que a leitura de livros YA está se tornando recorrente na minha vida, e é claro que Perfeita (na teoria) da Sophie Gonzales estava na minha lista desse ano. Sinceramente, não quis saber nada sobre ele antes de começar, e eu acho que quanto mais me mantenho assim, mais gosto da leitura. Mas vou falar sobre ele hoje, já que virou um dos favoritos do ano!

Darcy Phillips tem dezesseis anos e de alguma forma conseguiu a senha do armário 89. Desde então, começou a oferecer conselhos de relacionamentos - de forma anônima - na sua escola. Para receber o serviço era simples: você escrevia uma carta com sua dúvida, junto de um endereço de e-mail e uma nota de dez dólares e colocava no armário. Pronto, em breve você teria uma resposta. De imediato foi um sucesso, afinal ela era boa nisso e adolescentes estão sempre precisando de conselhos.

Mas é claro que, com tanta experiência, Darcy estaria com seus próprios relacionamentos em dia né? Muito pelo contrário! Sua paixão pela melhor amiga Brooke a consome e ela não sabe nem por onde começar a resolver a situação.

Não fosse por esse pequeno probleminha, tudo estava correndo perfeitamente bem, até que Alexander Brougham resolve contratar os serviços do armário para ajudá-lo. Só que ele não queria que fosse de forma anônima, pois achou que seu problema era muito complexo e precisaria de mais do que um conselho por e-mail. É então que ele pega Darcy no flagra depois da hora na escola, recolhendo as cartas, e oferece muito dinheiro para que ela o ajude. Em troca ele não contará seu segredo (além dele ser riquinho, então ela ficaria com zero remorso de receber 50 dólares pelo coaching em relacionamentos).

Ambos se detestam. Brougham por precisar dos serviços de Darcy, e ela por ter que falar com um menino tão metido e insuportável. Mas até que ele é bem bonitinho, ela só não entende qual é a dele e nem onde isso vai parar. Com o tempo as coisas vão ficando estranhas, a situação sai do controle de Darcy e tudo explode de uma só vez.

Esse livro trata da bifobia internalizada de pessoas queer, tem muita representatividade LGBTQIAP+, fala sobre relacionamentos famíliares, amizade, apego, amadurecimento. Inclusive acho que vale salientar que a sensação que eu tive lendo ele, foi a mesma de Para Todos os Garotos Que Já Amei da Jenny Han. Me fez sentir eufórica, ansiosa, nervosa e feliz com o rumo da história. Enfim, é um livro ótimo e muito amorzinho.

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Nota: 4.5

Darcy Phillips acabou conseguindo a senha do armário 89 e atualmente usa ele para receber cartas desesperadas sobre conselhos amorosos, depois ela responde tudo de forma anônima através de um e-mail. Com exceção de sua irmã, ninguém sabe quem é a pessoa por detrás do armário, mas um dia Alexander Brougham acaba flagrando Darcy retirando cartas do armário e agora seu segredo está em perigo!

Em troca do seu segredo, Darcy concorda em ajudar o atleta a reatar seu namoro com a ex-namorada.
Apesar de Darcy ter um negócio de relacionamentos, sua vida amorosa é um verdadeiro desastre. Ela é apaixonada pela melhor amiga tem muito tempo e nunca conseguiu dizer o que sente com medo de estragar essa amizade, e as coisas começam a ficar complicadas quando Ray (uma garota odiosa) começa a se aproximar de Brooke (a melhor amiga de Darcy).

No passado Darcy já usou informações que obteve através do armário 89 para atrapalhar um relacionamento de Brooke, e atualmente Ray mandou uma carta para o armário contando um segredo terrível que fará com que Brooke e Ray terminem.
Enquanto isso Darcy vai se aproximando cada vez mais de Alexander e não percebe que seus sentimentos por ele começam a crescer.

Brooke foi o personagem que menos gostei nesse livro, ela usa os erros de Darcy como desculpa para cometer uma traição, mas diferente de Brooke, Darcy simplesmente diz que entende os sentimentos da amiga e a perdoa sem nem hesitar. Darcy é culpada pelas coisas que fez, mas aprende com seus erros enquanto Brooke sai basicamente ilesa por seu erro.

Foi uma leitura bem divertida, envolvente e carregada de drama na medida certa. O livro trabalho bifobia, relacionamentos amorosos e problemas familiares, pois vemos como o divorcio dos pais afetou diretamente a Darcy e como o relacionamento nada saudável dos pais de Alexander tem afetando ele.
Essa leitura demorou um pouquinho para me conquistar, mas assim que peguei o ritmo não consegui mais largar.

No começo achei Alexander muito mais muito chatinho, mas com o passar do tempo fui entendendo sua personalidade e os traumas que ele carrega. Vale lembrar que todos os personagens são adolescentes, então é obvio que vão acabar errando em algum momento.
Se você está procurando uma leitura gostosinha, com um pouquinho de drama e romance, essa com certeza é a leitura certa para você!

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Perfeita (na teoria) traz uma comédia romântica adolescente que me agradou demais, com momentos divertidos, fofos e discussão sobre situações atuais e relevantes.

Darcy Phillips é uma conselheira amorosa, que é boa em ajudar os outros, mas a si mesma não. Apaixonada pela melhor amiga, só comete erros na arte da conquista e quando um garoto entra em sua vida, ela que é bissexual, se vê meio perdida em relação a si mesma.

Eu já havia lido outro livro da autora e gostado de como ela aborda temas que geram discussão e causam muitos dilemas na vida das pessoas. Em Fica Entre Nós ela tratou de homossexualidade em um banda de garotos que precisava vender uma imagem hetero e nesse novo livro ela aborda a bifobia (um termo usado para descrever ideias, atitudes ou sentimentos negativos, preconceituosos ou discriminatórios contra a bissexualidade).

Darcy é bissexual e está gamada na melhor amiga Brooke, mas conforme passa a ajudar Brougham, ambos se tornam amigos e com o tempo um sentimento mais forte também parece esta surgindo.

É interessante ver que a autora não foca apenas na vida amorosa desastrosa de ambos, mas abre espaço para desenvolver os personagens e tudo que os envolve. Não vamos ter apenas foco em relações românticas, mas também em relações em família e entre amigos. Isso foi sensacional, pois criou uma história mais consistente, com emoções mais densas e momentos de deixar o coração do leitor acelerado. Eu amei ter tanta coisa acontecendo e tantos sentimentos em alta.

A história me cativou. Fazia tempo que um livro com personagens em fase de ensino médio não me ganhava assim.

Ultimamente parecia que eu estava sem mais idade e cabeça para gostar desse plot, mas depois desta leitura, percebi que eu não tinha encontrado a história e personagens com a dose certa de carisma para me cativar. Foi bem momento nostalgia, com pegada Sessão da Tarde. Eu gostei demais e recomendo.

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Perfeita (na teoria) é uma comédia romântica queer que foi escrito pela autora Sophie Gonzales, corresponde a Editora Seguinte. Traduzido pela Sofia Solter. Recebi o livro físico com marcador em parceria com a editora. Eu li o livro no desafio 28 livros antes dos 28 anos. Eu já li outro livro da escritora chamado Fica entre nós que também recebi em parceria com a editora. Apesar de ter o livro físico li em ebook pelo Netgalley no caminho da USP de ida e volta para casa durante poucos dias.

"Eu sabia o que deveria fazer. Mas nem por isso estava animada." p.234

O livro é sobre a Darcy Phillips, ela responde cartas sobre relacionamento amoroso no armário 89 da escola que ela estuda mediante a pagamento e ninguém sabe quem está por trás das respostas, utilizando um e-mail anônimo. Por ironia ela é apaixonada por sua melhor amiga e não se declara por anos. Quando de repente Alexander Brougham pega ela em flagrante e descobre seu segredo.

"Eu podia jurar, por um momento, que ele quase tinha sorrido." p.111

Em troca de ele não espalhar o segredo ela terá que ajudá-lo reconquistar a ex-namorada dele. Esse livro possui: Confusões amorosas, Clube de debate queer, orgulho bi, sotaque australiano e passeio na Disney. Afinal, o que poderia dar errado? Será que ele manterá segredo e ela conseguirá ajudá-lo? O que será que acontece mais no livro?

"E eu não ia deixar Alexandre Brougham atrapalhar de jeito nenhum. p.35

Portanto eu gostei desse livro apesar de não achar certo deixar só a Darcy como culpada é um ótimo livro. Com sua representatividade LGBTQIAP+, ótima escrita, a leitura fluiu, um clichê bem adolescente e bem leve, ótimo para sair da ressaca literária e ler em maratonas literárias. Pretendo continuar ler livros dessa escritora e indico que você entre nesse universo com a Darcy Phillips e Alexander Brougham.

"Mas, em vez de falar, eu caí no choro." p.221

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“Perfeita (na teoria)” nos conta a história de Darcy, a dona “não-oficial” do armário 89. O armário por si só é basicamente um personagem no livro e é por causa dele que nossa história começa. Darcy usa o armário como um meio comercial de vender conselhos amorosos, apesar de sua praticamente não existente vida amorosa, ela se baseia em canais de sucesso na internet que dão dicas de relacionamento e sempre pesquisa a fundo sobre isso: sobre como os relacionamentos são ou deveriam ser, basicamente sendo uma conselheira total apesar de não ter nenhuma formação para isso e tem quase 100% de casos que deram certo com a ajuda dela, tudo feito de forma anônima.

E tudo funciona muito bem até então: ela precisa ficar até mais tarde na escola todos os dias para esperar sua mãe, que é professora lá, e com isso ela tem tempo para ir até o armário e pegar as cartas que deixam lá, lê as cartas em casa e responde para o e-mail que as pessoas deixam em suas cartas dando conselhos e dicas. Até o dia em que Alexander Brougham a pega no flagra.

Alexander ficou na escola porque usa a piscina que tem lá para treinar e quando saiu da piscina, a viu mexendo no armário e pegando as cartas. Mas, ao invés de espalhar para todos quem era a responsável pelo armário, o que ele queria de Darcy era ajuda: por um determinado valor, ele queria que ela o aconselhasse e ajudasse a recuperar Winona, sua ex-namorada, que o largou sem nenhum motivo aparente.

Enquanto tenta ajudar ele com dicas, porque Alexander não é o mais fácil de se lidar, aparentemente, Darcy ainda tem que lidar com a paixão que sente por sua melhor amiga, Brooke – e com ela possivelmente se envolvendo com outra pessoa.

No primeiro momento que eu vi a sinopse desse livro, eu sabia que ia querer ele. Eu achei aquela capinha fofinha e a sinopse já parecia bem aquele tipo de comédia romântica adolescente e, preciso dizer, é exatamente isso que é. Não é uma história com um romance cansativo, apesar de ter várias coisas bem clichês, mas que também toca em pontos em importantes – e eu já vou falar um pouco sobre isso.

Darcy, para mim, é uma personagem meio… dúbia, por assim dizer. Eu gosto dela, gostei mesmo da personalidade dela e da história dela, mas confesso que teve algumas coisas que ela fez que me fizeram ficar meio “hmmm”. Eu entendo e imagino que o ponto da autora era mostrar que mesmo que Darcy fosse a personagem principal do livro, ela ainda era “humana” e passível de errar – porque esses dois erros dela pra mim foram bem feios mesmo, não vou mentir. Mas, no final do dia, se você ver 99% das mocinhas de comédias românticas jovens assim cometem alguns erros tão parecidos com os dela que fica fácil só deixar para lá mesmo e curtir o livro.

Alexander eu também colocaria numa área meio cinzenta, mas por motivos diferentes dos dela. Eu consegui entender bem a personalidade dele em um certo ponto do livro e, a partir dali, ficou fácil entender as escolhas que ele fazia e porque ele as fazia – e nenhuma delas foi tão séria realmente. Pode até parecer que estou fazendo o que tanto critico, que é julgar mais a mocinha do que o mocinho, mas não é isso não. É que é mais fácil entender quando as escolhas que um personagem faz afetam apenas a eles mesmos e não quando machucam outras pessoas.

Dito isso não posso dizer mais nada sem entregar do que estou falando 😛

Eu acho muito interessante o desenvolvimento que o livro num geral tem. Apesar de ter algumas coisas que eu considero clichê, teve outros clichês que foram bem apagados e eu gostei bastante disso. E nisso vem o ponto que eu falei ali em cima: é importantíssimo frisar que Darcy é uma personagem bissexual. Ela se identifica como tal e nada das escolhas dela muda o fato de que ela é sim.

E isso é algo que, para mim, ficou muito bem colocado no livro. Uma das cenas em que eu mais gostei, inclusive, é quando é falado sobre isso, sobre o fato de que pessoas bissexuais tem sua sexualidade apagada dependendo de com quem ela está. Se está com o outro gênero = é hétero, se está com o mesmo gênero = é gay/lésbica. E isso acontece muito, em todos lugares. E isso é muito, muito bem colocado no livro, a explicação de que ser bissexual não muda dependendo de com quem a pessoa bissexual está. Ela ainda é bissexual. E eu adorei a forma com que isso foi abordado ali, de verdade.

Além dos dois e de Brooke, a melhor amiga de Darcy por quem ela é apaixonada, tem vários outros personagens presentes no livro, entre os amigos deles e muitos deles tem bastante representatividade, isso também é algo muito importante de deixar claro.

O desenvolvimento do relacionamento é uma das coisas mais gostosas de se ver. Fazia bastante tempo desde a última vez em que uma comédia romântica adolescente me fazia ficar tão presa assim, porque a forma com que tudo se desenvolve e se transforma, me deixaram com o coração bem quentinho.

“Perfeita (na teoria)”, é um livro tão bem escrito e de uma forma que te prende tanto, que ensina também tanto sobre alguns relacionamentos e sobre as formas das pessoas se apaixonarem, que só me deixa com vontade de panfletar esse livro pra todo mundo. Romance bom é assim, no meu ponto de vista: não precisa de grandes dramas ou de tramas enormes e intrínsecas, basta um pouco de humor e personagens que façam você gostar deles, por mais falhos que sejam e torcer para que eles tenham um final feliz, porque, acredite, você vai torcer para eles terem um final feliz sim.

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“Existem formas de nos referirmos a uma pessoa mesmo não sabendo o gênero dela. Não é teimosia maior insistir em usar pronomes que não conhecemos se a língua nos permite ser neutros?”

Perfeita (na teoria) é o tipo de livro que você quer ter o físico. Para poder abraçar e enfiar a cara no livro em algum momento fofo ou constrangedor, sem contar as dezenas de cenas que vai querer marcar. E quando vê já está suspirando por Alexander Brougham.

Tem um pegada Gossip Girl por causa do lance com o Armário das Cartas, mas não fica preso nisso.

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Eu gostei muito da história, e eu quase nunca gosto de livros com personagens principais nessa faixa etária. A narrativa é rápida, animada, te deixa com vontade de ler tudo de uma vez, os personagens são bem construídos, (sobretudo na questão da representatividade), fora que os tópicos abordados pelo livro são super necessários. Darcy representa milhares de jovens pelo mundo, que, mesmo com dúvidas sobre o que sentem, sobre quem são, buscam ajudar, sensivelmente, seus amigos, que podem estar passando pelos mesmo dilemas, e isso é muito legal. Além disso, ter personagens bissexuais, gays, lésbicas e trans faz da história muito inclusiva e com debates bem atuais, o que enriquece a narrativa. No mais, acredito que todos devem ler esse livro, ainda mais pessoas lgbtqia+ na mesma faixa etária da personagem principal. De ponto negativo, só pontuo a questão de Darcy objetificar sua amiga, Brooke, em alguns momentos, com comentários pejorativos, fora isso, nada a pontuar!

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Perfeita (Na Teoria) é o que espero de um jovem adulto: uma leitura ágil, divertida e bem fácil de se apegar aos personagens, apesar da Darcy ser uma protagonista um pouco...complicada. Não tem como concordar com tudo que ela fazia, mas sinceramente era tão divertido ver ela lidando com preserpadas. O Brougham foi um personagem muito querido também, gostei muito de todas as cenas deles juntos, infelizmente não consegui simpatizar muito com os outros personagens, inclusive achei que a falta de consequências para a atitudes de alguns estragou um pouco a experiência do livro pra mim. No geral, foi uma ótima leitura, a autora definitivamente conseguiu fazer um livro leve, perfeito para ler em um dia. Obrigada ao NetGalley e a editora pelo envio da arc em troca de uma resenha honesta.

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