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Para o Trono

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Terminei. Foi uma Leitura arrastada e cansativa.

Depois de Para o Lobo, achei que esse segundo livro seria mais dinâmico. Mais intenso. Não foi.

O tanto que a autora enrolou sem necessidade foi demais. Daria tranquilamente para ter sido um livro só.

No primeiro livro, tivemos a saga da Red. Como segunda filha, seria dada em sacrifício para o lobo. Bom, ela aceitou seu destino e foi para a floresta de wilderwood encontrar seu destino. Era um homem obviamente, que a amou e a fez se apaixonar.

Acontece que Neve, a primeira filha, gêmea de Red não aceitou a decisão da irmã e por conta disso, meteu os pés pelas mãos. Mexeu com magia que não deveria, se uniu às pessoas erradas, tudo para trazer a irmã de volta. Detalhe, contra a vontade dela.

Pois ela fez tanto que ao passo que a irmã absorveu a floresta e estava cada vez mais vibrante, Neve absorveu as sombras.

Ela acabou indo para na terra das Sombras. Um mundo invertido, morto, todo cinza, onde os reis antigos estavam aprisionados, querendo apenas uma chance de fugir dali.

Lá ela encontra Solmir, um rei, preso no mundo das Sombras, com um único propósito: matar aquelas criaturas antigas antes que ela se soltem no mundo.

Claro que ele e Neve terão que trabalhar juntos. Eles precisam se apaixonar afinal!!!!

Foi uma mistura de sentimentos fazer essa leitura. Por um lado, foi muito cansativo e repetitivo, por outro, o sentimento de amor e amizade entre as irmãs e os amigos foi bem legal de acompanhar.

No geral, não foi um livro ruim. Mas não é um que eu leria novamente.

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Nesta duologia conhecemos duas irmãs. A primeira filha Neverah e a segunda filha Redarys. Neve foi criada para reinar e Red para ser um sacrifício.

O primeiro livro é focado em Red e este segundo é protagonizado por Neve.

Se no primeiro livro Neve é uma jovem princesa apática, que se torna uma rainha marionete nas mãos erradas, nesta sequencia ela se mostra um mulher que aprendeu a lição e está disposta a enfrentar seus medos e pagar pelos erros.

As duas irmãs estão separadas, mas os corações juntos e tudo indica que somente a união delas poderá salvar o mundo de ruir frente a todas as ameaças que existem cercando todos.

Neve surpreende do começo ao fim com seu crescimento e a Terra das Sombras, na qual ela está presa, se mostra tão fascinante quando a floresta mágica que foi cenário do livro anterior. Na verdade, a Terra das Sombras é ainda mais empolgante.

Vamos ver nesta segunda parte da história o desvendar de muitos mistérios até então não esclarecidos, nos aprofundar mais na magia desse mundo e ter um conclusão cheia de reviravoltas e surpresas. E podem ficar tranquilos que vai ter final fechado para todo mundo.

Eu fiquei bem feliz com o desfecho. Neve passa por uma grande transformação em ambos os livros. Não é nada boa e ainda assim não é ruim.

Ela é uma pessoa falha, que acaba metendo os pés pelas mãos para conseguir o que deseja. Todo o tempo ela sabe que não fez coisas muito louváveis, mas nem por isso vira uma covarde e se esconde atrás de desculpas. É do tipo, fiz e faria de novo, vamos agora ver o que dá para salvar. É divertida e destemida.

Torço pela oportunidade de conferir mais obras dessa autora em mundos de fantasia. Recomendo!

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Assim que terminei o primeiro volume, já quis pegar o segundo para saber como esta história terminaria.

Neste segundo volume temos um foco maior em Neve, cujo ponto de vista é instigante, pois nos leva a conhecer a Terra das Sombros e saber mais sobre os Cinco Reis e seu passado. As questões internas dela e como ela lida com as consequências de suas decisões passadas é intrigante de se acompanhar.

Aqui achei que o ponto de vista de Red perdeu um pouco do brilho. Suas mãos ficam atadas e achei que por boa parte não saiu muito do lugar. O ponto de vista de Raffe é adicionado, e embora seja relevante para o avanço da trama, achei um pouco cansativo. A adição de Kayu ao grupo me soou um pouco forçada à princípio, mas sua presença fez sentido no final, ainda que ache que o modo como foi inserida tenha sido um pouco preguiçoso.

O final me soou um tanto quanto conveniente em algumas partes, e até um pouco apressado. Gostaria de entender melhor a magia envolvida na resolução de tudo. O fim de alguns personagens me pareceu muito apressado, assim como a sucessão do trono..

No geral, achei esta uma duologia bem sólida e que vale a pena a leitura.

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A imersão no segundo volume da duologia de Hannah Whitten, "Para o Trono", revelou-se uma jornada envolvente repleta de reviravoltas sombrias e revelações intrigantes.
A história continua a saga da Segunda Filha, Red, que se sacrificou para proteger seu reino enfrentando os Cinco Reis na floresta de Wilderwood. Contudo, o preço foi elevado, deixando sua irmã Neve perdida na Terra das Sombras. A narrativa aprofunda-se nos segredos do reino e dos personagens, enquanto Neve parte numa busca com Solmir, um aliado improvável.
A construção do mundo e dos personagens mantém a complexidade e a riqueza características do primeiro volume. Whitten explora dilemas éticos, escolhas difíceis e consequências inevitáveis, dando forma aos protagonistas. A relação entre Neve e Solmir adiciona uma camada intrigante à história, desafiando as expectativas e explorando a complexidade das alianças improváveis.
A busca pela Árvore do Coração é o cerne da trama, com Whitten criando uma jornada perigosa e repleta de desafios. A mitologia entrelaçada à narrativa continua a ser um ponto forte, conferindo uma dimensão mística à história.
O desfecho desta duologia proporciona respostas satisfatórias para muitos mistérios apresentados no primeiro volume, mantendo espaço para surpresas e reviravoltas. A conclusão é sombria, reflexiva e habilmente amarrada.
Quero expressar minha gratidão ao NetGalley e à Editora Suma por proporcionarem uma cópia antecipada deste e-book. Essa oportunidade enriqueceu ainda mais minha experiência de leitura, permitindo-me explorar o desfecho impactante desta intrigante duologia. "Para o Trono" entrega uma conclusão impressionante e envolvente, cumprindo as expectativas dos fãs e proporcionando novos elementos surpreendentes.

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A trama continua a explorar os desdobramentos do sacrifício de Red e os impactos no reino de Valleyda. A história se aprofunda ao concentrar-se na irmã mais velha, Neve, que fica presa na Terra das Sombras. A narrativa assume um tom ainda mais sombrio, revelando segredos escritos nas estrelas e lançando luz sobre uma jornada perigosa em busca da Árvore do Coração. Neve se une a um aliado improvável, Solmir, desbravando territórios desconhecidos e enfrentando desafios para reivindicar os poderes sombrios dos deuses.

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Uma continuação que termina com primor o primeiro livro! Inclusive é perceptível um crescimento da autora entre os dois livros, fazendo desta uma leitura superior ao primeiro.

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Este revela-se como uma leitura surpreendentemente agradável. Os personagens cativantes se destacam por não seguirem o padrão previsível de heróis redentores, sendo a relação entre as irmãs um ponto forte e envolvente na trama. As reflexões apresentadas sobre a natureza humana, a dualidade de caráter e a complexidade de ações são meticulosamente exploradas, levando o leitor a compreender as motivações por trás das ações dos personagens.

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Nesse segundo volume, Neve e Red continuam sendo as principais protagonistas/narradoras (existem outros, mas sem muita expressão). Neve está presa na Terra das Sombras e, com a ajuda de Solmir, tenta, a todo custo, conseguir sair de lá. Red continua em Wilderwood, e junto a Eammon, buscam uma forma de trazer Neve de volta ao “Mundo Real”.

Neve precisa eliminar os Reis, para que a maldição da segunda filha seja quebrada, afinal, ela luta por isso desde sempre. Red, para que consiga resgatar sua irmã, precisa decifrar sonhos/enigmas que vão surgindo. Será que as irmãs terão sucesso em suas jornadas? Para que o objetivo seja alcançado, elas precisam entender que o ponto de equilíbrio das forças de ambas é a peça-chave. Uma para o Lobo, outra para o Trono. Uma para as Sombras, outra para a Luz.

“Ela deu o primeiro passo para se tornar o seu espelho. Absorveu o poder de um deus das sombras, absorveu a escuridão enquanto você absorveu a luz. Vocês duas são poderosas demais para se ligar através de um simples vidro.” Posição 3066

As personagens e suas relações continuaram sendo os pontos positivos nesse volume. Os casais Neve e Solmir, Red e Eammon mostraram bastante química, assim como os outros casais formados com a volta e o surgimento de outras personagens.

“Isso é maior do que você e sua irmã. Ela ouvira aquilo tantas e tantas vezes... Um aviso de que algo maior e cósmico cairia nas costas das duas, uma Primeira e uma Segunda Filha que se amavam tanto que suas almas, juntas, eram capazes de equilibrar o mundo.” Posição 8295

Foi interessante acompanhar as irmãs novamente, mas, sinceramente, fiquei um pouco incomodado em algumas partes. Alguns momentos sentia como se a trama não evoluísse. Outro ponto que também não me agradou foi o desfecho de Neve. Pode ser apenas impressão minha, mas fiquei com a sensação de que não houve o “felizes para sempre”, mesmo a autora dando a entender que aconteceu (o final é um daqueles em aberto).

Em relação a parte gráfica, a Editora está de parabéns. A capa é muito bonita, e segue o padrão da série. A diagramação interna é simples e agradável aos olhos. Encontrei alguns errinhos de digitação, mas nada que atrapalhasse.

Finalizo a resenha indicando aos amantes de uma fantasia sombria, com direito a muito romance e alguns trechos apimentados, então, não indico para leitores muito jovens.

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Infelizmente a continuação e conclusão da duologia Wilderwood ficou bem abaixo das minhas expectativas. Os elementos que eu gostei no primeiro livro, Para o Lobo, ficaram de lado e a autora acabou entregando, na minha opinião, uma história mal desenvolvida, cansativa e confusa.

Em Para o Trono o leitor fica sabendo o que aconteceu após os eventos finais do primeiro livro. Vemos Neve e Red tentando se reencontrar e amadurecer após as difíceis decisões que tiveram que tomar no primeiro livro, bem como o desenvolvimento de relações já estabelecidas no primeiro volume da duologia e o início de novas relações, além de conhecer mais a fundo o mundo criado pela autora.

Apesar desse livro não ter me conquistado, ainda recomendo a leitura. Pode não ter funcionado para mim, mas pode funcionar para outras pessoas.

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Sendo completamente honesta eu não fui uma grande fã do primeiro livro, achei bem batido e tanto faz, porém os últimos capítulos foram o mais incrível do livro então fiquei animada para ler o segundo livro e ei!!!! ainda bem que me rendi e li pois foi uma leitura completamente deliciosa. Eu amei os personagens, eles não são os mocinhos salvadores da pátria óbvios que se espera, a relação das irmãs me pegou bastante e eu gostei muito da história em si, um ótimo plot que conseguiu se mover bem durante o livro. Meu único problema foi alguns pontos de vista que não sei se eram muitos necessários nesse livro. Obrigada ao NetGalley e a editora pelo envio da arc em troca de uma resenha honesta.

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Esta resenha é do segundo volume da duologia“Wilderwood” e, como vocês podem imaginar, conterá alguns spoilers do primeiro volume, “Para o Lobo”. Vou tentar não dar nenhum spoiler grande da trama de nenhum dos livros, mas se torna impossível falar algumas coisas sem mencionar acontecimentos do primeiro volume.

Além do aviso acima, também deixo claro que esta resenha será rápida e direto ao ponto porque é o tipo de resenha que não gosto de escrever porque me decepcionei com a trama. E não porque a trama em si não seja boa, mas por redundâncias, falta de explicação em alguns pontos da mitologia e, principalmente, com o final.

Para quem já leu a minha resenha de “Para o Lobo”, sabe que eu gostei e me diverti bastante com a história de Red, a segunda filha do reino de Valleyda que estava destinada a ser sacrificada para a floresta de Wilderwood e manter sua irmã mais velha, Neve, como rainha – mas ela encontra um lobo que a ajuda a sobreviver entre a selvagem floresta e tem toda uma trama por trás de como se transformou naquela fera. A história de romance deles é levada a crer que se finalizaria no primeiro livro, tendo como foco no segundo, a irmã mais velha.

Claro que com os acontecimentos no final do primeiro livro, ainda esperava que Red e Eammon, agora seu marido, teriam parte na trama do livro final, afinal, os dois agora eram Wilderwood, com toda magia, mas não esperava que eles tivessem tanta parte assim na trama – com direito a mais cenas hot entre os dois. Confesso que gosto do casal e é um prazer vê-los interagindo como tal, mas me preocupava porque quanto mais páginas eram destinadas a eles, menos páginas para Neve e Solmir, que, obviamente, sairia do lugar de vilão para se tornar o interesse amoroso da jovem.

Não sou nada fã de vilões que se transformam por amor, mas aceitaria a história de Solmir, que já havia perdido o primeiro amor de sua vida (a mãe de Eammon) e que agora queria matar os outros Reis e assim acabar com a magia de uma vez por todas. As cenas entre ele e Neve são bons, as personagens têm química e faz o leitor torcer por eles, mas não consegui comprar a forma como o amor entre ambos termina sendo épico mesmo com ele tramando tanto nas costas de Neve, que é uma personagem bem menos destemida do que a irmã.

Enquanto Neve está lidando com Solmir e toda trama para matar os Reis no mundo das sombras, Red está fazendo de tudo para conseguir resgatar sua irmã e trazê-la de volta. A “novidade” é que até Raffe, jovem por qual Neve era apaixonada, tem ponto de vista neste livro, coisa que também me incomodou. Se a autora queria dar um desfecho ao personagem, deveria ter feito um livro spinoff para ele, mas não inserir ele em uma trama que já acontecia coisa demais, tudo ao mesmo tempo, para não deixar a história do jovem sem desfecho. A quantidade de ponto de vistas foi a primeira coisa que realmente me decepcionou e me irritou no livro.

Mas estamos falando de uma fantasia focada no romance, então claro que havia tempo para romance e mais romance, o que, definitivamente, cortou tempo da construção da intricada magia que a autora criou. Entendo que o foco era o romance, mas não precisávamos do ponto de vista de Raffe e – vocês já entenderam – do romance que foi criado para ele. Em certa altura do livro, uma personagem reclama que nada do que foi feito no primeiro livro pareceu importar porque tiveram de remediar bastante coisas, e foi assim que me senti. E só piorou com o fim, que terminou de forma satisfatória para a parte do romance e nada completa com as consequências, que vieram, de tudo que as irmãs causaram nestes dois livros.

A sensação que termino foi que realmente a autora errou em trazer a construção de dois romances neste livro, tirando o foco de Neve e do que precisava na magia. O final, mesmo que não sendo insatisfatório para os fãs dos casais, é completamente frouxo em relação ao que acontece com a consequência dada as irmãs – e nem posso falar sobre outra personagem que, hã, volta e fica solta no final. Parece que a autora não seguiu o planejado e me sinto bem frustrada de me sentir assim. Até fui pesquisar o que os gringos acharam e a maior parte gostou de como terminou, o que me leva a acreditar que sim, o problema é esta que vos escreve, que não aceita mais um livro que entrega coisas porque sim, nem que seja para salvar um trono.

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Uma fantasia sombria, com inspiração em Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve, o primeiro livro já traz esse ar mais sombrio, principalmente porque o Lobo faz muitos sacrifícios para manter as sombras. E foi lá que tomei uma certa irritação pela Neve, inconsequente demais. Mas não é que ela me surpreendeu?

A interação entre Neve e Solmir foi se desenvolvendo muito bem, e a mitologia ficou mais clara nesse segundo livro. Dois inimigos, que são inimigos de forças maiores que eles, por isso tem de fazer uma trégua para esse combate. Mas as interações são sarcásticas e melancólicas – de um jeito bom, e Solmir foi mesmo o grande destaque.

Agora é a vez de ser inconsequente, colocando todos em risco em função do amor e da certeza de que tem de salvar Neve. Entretanto, apesar disso, gosto do amor dessas duas, capaz de abalar as estruturas do mundo! Ainda que lento em alguns momentos, foi muito bom finalizar a história das duas irmãs.

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Para o trono é o segundo volume de Wilderwood, iniciado em Para o Lobo e é um livro que realmente perdeu o fôlego do primeiro. Enquanto para o lobo é um livro interessante, com um ritmo maravilhoso, divertido, intrigante, para o trono poderia ser menor e enrolar menos. A história continua interessante, mas as partes sobre a Red são repetitivas e estão lá só para que a irmã apareça no segundo livro, o que acho desnecessário já que ela é a protagonista do primeiro. Quando Neve aparece no primeiro livro, todos os seus capítulos são importantes para o final do primeiro livro, enquanto os de Red em para o trono são apenas uma repetição meio chata do pouco que ela tem pra fazer, suas ações quase não influenciam a história de Neve na terra das sombras, então é meio chato. O relacionamento entre Neve e Solmir é ótimo e muito bem feito assim como foi o de Red e Lobo, mas o livro perde muito ritmo com as interferências de capítulos sobre Red. Metade deles era desnecessário.

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Continuação maravilhosa, amei cada página e cada capítulo. Me emocionei e o final foi maravilhoso. Recomendo pra todos que conheço.

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Para o Trono encerra a duologia de Kristen Whitten iniciada em Para o Lobo. Publicado aqui pela Editora Suma, que enviou este exemplar em cortesia, trata das consequências das escolhas das irmãs princesas e de um possível fim dos tempos caso não confrontem o seu destino.

Esta resenha vai conter alguns spoilers do primeiro livro.

Neve está presa na Terra das Sombras. Junto a Solmir, que deveria ser um inimigo, mas acaba se mostrando igualmente ansioso para acabar com o reinado dos reis, ela aceita seguir por esse domínio terrível em busca de poder para impedir que os reis sejam libertados em seu mundo. Para isso, ela e Solmir precisam caçar deuses.

Em Wilderwood, Red e Eammon estão conectados com a floresta. Depois de toda a situação com Neve e os dois reinos, Red está determinada a encontrar e resgatar a irmã. Mas não sabe por onde começar essa busca e nem mesmo como acessar a Terra das Sombras. Para a sorte dela, no entanto, os dois mundos estão conectados, e as duas filhas - uma para o lobo, a outra para o trono - estão ligadas a esses mundos.

Enquanto Neve corre contra o tempo para encontrar poder, Red precisa entender o que seus sonhos e visões significam, e como uma pode ajudar a outra a se salvar de um destino terrível.

Para o Lobo foi uma leitura muito querida minha. Eu adoro histórias com florestas vivas, e a autora usou muito bem esse artifício durante a jornada da Red. O fim aberto e desesperador deu margem para uma sequência eletrizante... Que acabou não correspondendo a todas as minhas expectativas.

Para o Trono foi, sim, um livro legal. Mas só isso. Ele acabou se enroscando em questões óbvias, repetindo conflitos, e o começo e a metade dele se arrastaram demais da conta. Eu gosto de fantasia que leva seu tempo para construir as situações com seus personagens, só que aqui eu tive a sensação de estar lendo isso em slow motion.

Toda a questão da Neve com a Terra das Sombras foi bem divertida. Mas aí os capítulos dela eram interrompidos pelos da Red e a gente entrava naquele limbo em que nada parecia estar acontecendo. E não digo isso por cenas do cotidiano, mas sim pela repetição. Era sempre o mesmo papo de "preciso salvar a Neve" e depois "mas ela fez isso porque quis" terminando com "talvez tenha um jeito" e repete.

Então o ritmo, pra mim, foi truncado. Alguns capítulos, eu devorei. Outros não acabavam nunca (os da Red e do Raffe, sempre). Raffe que, aliás, eu não poderia me importar menos. Sim, ele é um personagem importante no primeiro livro, mas aqui parece estar andando em círculos também.

Para o Trono acabou escorregando nessa questão de ritmo e por se passar dentro de muita coisa acontecendo, entregou essa montanha-russa que em partes divertiu, em partes enjoou.

Neve e Solmir foram meus favoritos. Eu adorei as interações e como eles dividiam um neurônio funcional (a Neve, principalmente, precisava de um). Gostei das picuinhas e daquela coisa gostosa de inimigos se unindo por uma causa em comum; "o inimigo do meu inimigo é meu amigo" e tal, só que com tensão sexual e flertes.

Amei, amei, amei o Solmir. A personalidade sombria e depressiva contrastando com a debochada, o quanto ele parecia carregar em história e o quanto realmente entregava isso no decorrer da trama. O desenvolvimento dele foi notável e importou bastante para a jornada da Neve.

Neve, também, teve um crescimento bem escrito. Da garota amedrontada e perdida no começo até quem ela se torna no fim tem uma curva de desenvolvimento excelente; que teria sido melhor aproveitada se o livro não desse aqueles encontrões abruptos em capítulos chatos da Red.

Que, aliás... Tá ali. Ela e o Eammon não têm muito que oferecer a esse livro. Já desenvolveram tudo que precisavam no primeiro e aqui estão naquela coisa de repeteco que eu mencionei antes. O que foi uma pena, porque eu queria ter visto conflitos mais interessantes entre os dois.

A edição da Suma tá muito bonita. Eu amo que mantiveram a capa original e o trabalho gráfico, em si, tá impecável. Com tradução de Natalie Gerhardt, o texto flui bem (até nas partes chatas), com ótimas adaptações para o português.

Para o Trono encerra a duologia que reconta conto de fadas nos moldes mais sombrios. A história de duas princesas destinadas a monstruosidades e sombras que, nessas circunstâncias, encontram poder.

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Final muito bom para a trilogia, é um pouco lento e não faz taaaaaaaaanto meu estilo, mas é envolvente, foi uma boa experiência.

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