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Holly

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Gosto muito da personagem Holly e estava empolgada para encontrá-la novamente. Não sabia que a COVID era um pano de fundo do livro, e isso não curti tanto, mas também não atrapalhou.

Fiquei feliz em ver que é um livro que não envolve nada sobrenatural, o que acontece em algumas outras histórias envolvendo a personagem. Perdeu alguns pontos por algumas pistas ou conclusões surgirem meio do nada, à la deus ex machina.

Algo que me agradou é que além de acomapnhar os vilões e Holly, também temos bastante da Barbara aqui, que foi bem desenvolvida. Só queria mais do Jerome também.

Os vilões são interessantes e como operam e o que os motivam é sinistro. Talvez teria sido legal ver um pouco mais da pesquisa do Roddy para ter mais informação sobre o que fazem, mas talvez isso seja só a cientista em mim.

O final deixa um gostinho de despedida, mas espero que não seja a última vez que vejamos a personagem.

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🚲 Holly Gibney está às voltas com a COVID, um funeral e o afastamento temporário de seu sócio, mas não consegue resistir ao pedido de ajuda de Penny Dahl e começa a investigar o desaparecimento de sua filha Bonnie. Jerome e Barbara também estão envolvidos com suas próprias vidas, mas dão uma mão à amiga.

🥩 Como thriller, "Holly" é razoável. King pesa a mão nas coincidências, mas os vilões sustentam a história o suficiente para não torná-la enfadonha. O ponto alto do livro, porém, é mesmo Holly, essa personagem que, segundo o autor, surgiu pra ser secundária em "Mr. Mercedes", mas roubou a cena. É um prazer enorme reencontrá-la e ver o tanto que ela cresceu como pessoa, como se desenvolveu ao sair das garras sufocantes da mãe e encontrar compreensão e amor em Bill Hodges e na família Robinson.

❗ Recomendo para quem leu "Mr. Mercedes", "Achados e Perdidos" e "O Último Turno" e não vê a hora de reencontrar Holly. Ah, entre "O Último Turno" e "Holly" há um conto com ela publicado em "Com Sangue" (é o conto que dá título à coletânea) e, se você quiser evitar spoilers, é melhor ler o conto antes.

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3,5 estrelas.

A filha de Penny Dahl, Bonnie, sumiu de uma forma muito estranha e repentina. Muitos acham que ela pode só ter ido embora, mas a intuição de Penny diz outra coisa. Ela está desesperada, a policia não está mais procurando, pois está tendo muitos protestos na cidade e essa investigação não está dando muitas pistas relevantes para eles.
No desespero, Penny vai atrás de ajuda profissional e encontra Holly Gibney, da Achados e Perdidos. Holly está em duvidas se pega o caso ou não, pois ela anda muito cuidadosa para não pegar o vírus da COVID e acabou de perder alguém da família para a doença, mas algo ali deixa ela intrigada e ela aceita o caso.
Também acompanhamos um casal de idosos, professores renomados da universidade, mas que guardam um segredo bem nojento, que pode ter ligação com o desaparecimento de Bonnie, e outras pessoas.

Não sou um leitor recorrente de SK. Sei que a Holly Gibney já apareceu em outros livros, mas, dos que ela aparece, só li "Mr. Mercedes". Já assisti a série de TV de "The Outsider", mas não achei lá essas coisas, e creio que não seja tão fiel ao livro.
Apesar disso, não senti dificuldades de compreender a personagens. Sei que ela tem um jeito bem peculiar, foi algo que ficou marcado em mim quando li "Mr. Mercedes", e sinto que essa personagem o King se sente confortável em escrever.

A história tem um plano de fundo muito forte da COVID-19, pois o presente momento do livro é em 2021. Além do vírus, aborda outras discussões da época como o negacionismo, a politica e os protestos antirracistas.
Como esse foi um período que mexeu com muitas pessoas, inclusive comigo, ainda não me sinto muito a vontade de ler uma história que foca tanto nisso, e senti que o King falava muito sobre isso, de forma desnecessária, acabou me incomodando bastante ter que "reviver" tudo isso.

A investigação do livro foi muito boa. Os capítulos iam intercalando entre Holly e o casal de idosos/vitimas, então era muito bom ver o que acontecia no passado, poder entender o motivo por que o velhos estavam fazendo isso, mas, ao mesmo tempo, ver o progresso da Holly no caso, descobrindo pistas pertinentes e algumas pistas soltas, que só iriam fazer sentido mais para frente.
Tive um leve incomodo com os capítulos da Barbara. No começo não estavam agregando muita coisa na trama, então eu ficava um pouco irritado, pois queria acompanhar a investigação.

Eu quase peguei uma ressaca literária enquanto lia o livro. Então, acabei fazendo muitas pausas durante a leitura, isso fez parecer que o livro tinha o triplo de páginas, já que quando pegava para ler, não sentia o livro andando. Isso atrapalhou muito, a história é bem detalhada, com muitos acontecimentos que não precisariam estar ali da forma que estão, isso faz com que a leitura fique cansativa.

Apesar disso tudo, foi uma história bem interessante de acompanhar. A escrita do King é viciante, os momentos de ação são bem escritos, todo o mistério é instigante e faz o leitor querer ler mais e mais.
Não tinha muitas expectativas, então acabei achando o livro bem ok.

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Holly é o mais recente lançamento do mestre King e na história ele traz de volta uma personagem que se tornou bem querida para a maioria dos leitores da Trilogia Bill Hodges.

Holly Gibney quando apareceu na trilogia mencionada, era como uma ratinha assustada. Uma mulher que foi sempre reprimida pela mãe, que teve sua autoestima minada e não tinha facilidade em se relacionar com as pessoas. No entanto, quando conheceu Bill Hodges e passou a ajudá-lo a caçar um assassino frio e calculista, Holly foi ganhando confiança e juntos os dois desvendaram um caso macabro e insano.

King utilizou a personagem novamente em outras histórias, mas é este livro que a coloca no ponto mais importante de sua jornada. King mostra em cada página como Holly mudou, amadureceu e se tornou, finalmente, uma mulher independente.

No entanto, não pensem que é um livro para falar de Holly, embora o desenvolvimento dela seja, para mim, o foco central. A história vai além disso e mostra um mistério que a protagonista precisa desvendar a todo preço.

A sensação que tive desde a primeira página foi a de dar uma espiada no final de um livro e descobrir a verdade antes de investigar o mistério. Isso se deve ao fato de King revelar desde o começo quem são os criminosos da vez, os responsáveis pelo desaparecimento de várias pessoas durante um período de mais de dez anos.

O que ele ainda segura é o motivo destas ações, mas também não demora para revelar e eu que nem imaginava o que poderia ser, fiquei abalada. Não nego que senti toda sorte de emoções nesta hora e uma repulsa enorme pelo que a dupla perigosa estava fazendo. Que motivo horrível!

Então eu já sabia quem sumia com as pessoas, mas Holly que hoje é uma detetive particular desde que ficou sócia de Bill lá atrás, é contratada por uma mãe que não sabe aonde está sua filha.

Holly, que acabou de sofrer duas grandes perdas e está em pleno 2021, vivendo apavorada com o surto de COVID -19 nos EUA, precisa de uma distração e aceita o caso. Em suas investigações ela começa a descobrir uma série de desaparecimentos e quanto mais perto chega da verdade, mais sua vida passa a correr riscos.

Assim como em outras obras de King, vamos passar muito tempo na mente dos personagens. Ele nos permite mergulhar nos pensamentos mais íntimos dessas pessoas e conhecer seus segredos. É uma sensação que gosto demais em seus livros, esta oportunidade de estar perto de suas pessoas da ficção.

Não nego que estar na mente dos criminosos foi repulsivo, mas estar na mente de Holly foi empolgante. Eu que já a conhecia das outras histórias, sempre gostei demais de seu jeito e torci para que se livrasse de certas amarras. Ver Holly nesse caminho, ganhando confiança e se tornando uma mulher livre foi ótimo.

Um sensação de alegria me inundou por ver uma personagem tão querida chegar longe. Quem nunca desejou que um personagem secundário muito bom ganhasse seu espaço quando a história que ajudou a dar vida acabou? King deu esta chance para Holly e foi um sucesso.

E embora o mistério para nós não seja um mistério, para Holly é, isso é o que torna a história empolgante mesmo quando sabemos de tudo que está acontecendo. É gostosa a sensação de seguir a caçada, de ver Holly juntando peças, de ver as relações entre pessoas se formando, de ver a protagonista chegando perto da verdade e não saber se ela vai pegar os bandidos ou ser pega por eles. É muita adrenalina na reta final. E olha que Holly já encarou a morte outras vezes e nem assim foge do perigo.

Foi uma leitura que adorei fazer. É uma história bem escrita, com personagens para você amar ou odiar e um pano de fundo que é totalmente real. A ambientação é toda durante a pandemia e a crise que foi nos EUA, principalmente política, neste período. Tivemos nosso terror nesse sentido aqui e na obra King fala do deles. Acredito que a posição de Holly nessa situação, a forma como encara as ações do governo, a forma de acreditar ou não que era uma doença e não uma gripe falsa, a importância do uso de máscaras e das vacinas, seja a voz do próprio autor. Não nego que acredito que King fez um desabafo nesta páginas.

Eu super recomendo essa obra, é mais uma do mestre que amei. Acho que se você não leu a trilogia Bill Hodges consegue ler e apreciar também, mas de uma maneira diferente de quem leu e seguiu com Holly desde então. Em ambos os casos a leitura vai ser ótima, mas se querem uma dica, leiam os livros anteriores antes, pois a empolgação pelas realizações da protagonista vão ser bem maiores.

Em suma, eu amei e torço para que Holly venha em mais histórias, que King sempre dê novas aventuras para essa personagem querida. Só leiam!

Premiado no Goodreads Choice Award Winner for Best Horror (2023)

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Eu não conheço uma pessoa que tenha lido os livros com a Holly e não seja completamente apaixonado pela personagem. Por isso mesmo, quando a notícia de que teríamos um livro inteiro com ela como protagonista, o hype foi imenso! E sim, totalmente justificado!

Além disso, muito estranho ler um livro onde o COVID tem tanto espaço, mais estranho ainda ler logo depois de ter COVID pela primeira vez depois de ter escapado dele toda a pandemia.

Eu só achei q o King exagerou um pouco, e algumas coisas ficaram muito repetitivas, não que eu ache q ele não devia ter escrito essas coisas, até pq concordo com tudo.

Os vilões são maravilhosos, e a raiva que eu senti deles me assustou.

O terço final do livro é frenético e eu gostei demais!

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O livro se passa em 2021 quando as vacinas do covid já haviam chegado para as pessoas, o livro tem alguns flashbacks de 2012 e atualmente na trama conhecemos Penny Dahl, uma mulher preocupada com sua filha Bonnie que sumiu sem deixar vestígios a não ser um bilhete simples (algo que não é a cara de Bonnie).
Holly é contratada para descobrir o que aconteceu com Bonnie, mas quanto mais ela investiga esse desaparecimento, mais coisas vão surgindo e outros desaparecimentos sem qualquer ligação aparecem durante a trama. Mas, e se todas essas pessoas estiverem conectadas de alguma forma?

Logo de cara já sabemos quem está por detrás dos desaparecimentos, então em capítulos alternados acompanhamos o casal de idosos odioso, alguns flashbacks do passado e Holly tentando descobrir tudo.
A investigação toda é bastante lenta, mas Holly começa a pesquisar mais sobre os outros desaparecimentos enquanto procura por Bonnie, é nesse momento que ela começa a notar um pequeno padrão nas vítimas.

Enquanto isso tudo acontece vemos Holly descobrir coisas sobre a própria mãe (que faleceu de covid recentemente).
Nesse thriller investigativo vemos um pouco sobre o pior do ser humano, aqui os monstros não são seres sobrenaturais, pelo contrário, são humanos comuns que ninguém sequer consideraria que estariam cometendo esse tipo de atrocidade.

Gostei muito da trama, gosto da Holly por ser uma personagem interessante e que me desperta muita curiosidade, inclusive já vi ela em outros livros do King (Outsider e Com Sangue), mas ela faz parte da trilogia Bill Hodges (Mr. Mercedes). 

Holly é uma personagem muito humana, é leal as pessoas e apesar de todos os seus medos ela fará de tudo para honrar aquilo que prometeu! Realmente uma personagem que rouba o coração do leitor e foi uma delícia ler esse livro, apesar de ter sofrido um pouco com a lentidão da trama. Vale ressaltar que temos um final frenético, porém nada feliz, mas foi o melhor possível dentro do cenário de atrocidades que o casal cometeu.

Obs: Não atrapalha você não ter lido a trilogia Bill Hodges, mas talvez você tome um ou outro spoiler sobre alguns personagens.

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Estava em uma viagem, passando por livros a ler, e livros do King sempre foram um lugar de ir já sabendo que mesmo se o final não for lá essas coisas, a jornada vai ser. Tem algo que sempre me encanta nos livros, não sei se é a construção de carisma das personagens, das situações, não sei. Mas tem algo. E Holly tem esse algo. Passando por esse recorte de pandemia, medo de contaminação, movimento antivacina, cumprimentar com toque de cotovelo (naquele parênteses temporal de não saber como se passava, pegava, desinfetar compras, etc etc), ler um livro de terror que não era sobre a covid em si, mas sim sobre gente sendo ruim (algo recorrente nos livros), foi bom. O casal Harris é um recorte excelente de que a maldade das pessoas pode ser sempre muito pior do que alguma justificativa sobrenatural, e que, como a gente descobriu, as pessoas tem muitas camadas (e que tem muita gente complicada na área acadêmica, risos).
Esse também teve um final que me satisfez, aliás, o que é sempre um bônus nas obras do King. Mesmo que em alguns momentos me sentisse lendo uma wiki, ou, como o próprio autor comenta, pareça um livro que se assemelha a uma lição de moral.

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Um Thriller muito bem construído e mais do que especial para os fãs da trilogia Mr. Mercedes. Quem leu essa trilogia certamente se apaixonou por Holly Gibney, que de personagem secundária, roubou a cena. E em "Holly" mostra todo seu potencial.

A história é ambientada na época da pandemia. King aborda temas polêmicos como: COVID -19, sexualidade, preconceito, tabagismo, entre outros assuntos.

Holly, como sempre incrível. Amei que os protagonistas eram idosos. O enredo é fluído e te prende do início ao fim.

Sou suspeita para falar de King, mas recomendo muito a leitura. E claro, recomendo que leiam a trilogia Mr. Mercedes antes.

"Quando você acha que já viu o pior que os seres humanos têm a oferecer, descobre que se enganou. O mal não tem fim."

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O destaque que a Holly merecia (quase sempre)! É um livro que combina muito com ela, inclusive por ela ser toda certinha e querer seguir regras e o King colocou muita pandemia e questões de saúde no meio e ela é a melhor pessoa para representar o certo a se fazer nesses momentos, já que ela é super certinha, além de, como a própria diz, hipondríaca.

Alguns capítulos são pela visão dos vilões e, como sempre, é algo que eu amo. Com certeza ver vilões bem desenvolvidos e ver de pertinho a mente doentia e as intenções deles dá outra camada para o livro. É um casal que comete crimes muito violentos e com objetivos absurdos. Dá raiva, mas é muito bom de acompanhar.

E aliás, é muito bom o King revelar logo quem são os criminosos pra dar muito mais desenvolvimento para eles e é muito tenso quando algum personagem se aproxima deles e o leitor sabe quem eles são, mas o personagem que encontra com eles não sabe.

Eu amei ler cada cena da Hollyberry, uma personagem tão querida, esperta, forte, leal, responsável e que sempre quer fazer o certo, mesmo que precise arriscar a própria vida. Uma joia rara. Todo o relacionamento dela com a mãe tóxica é complexo e o King desenvolveu super bem.

Mas em alguns momentos o destaque foi mais para a Barbara e eu queria que fosse só a Holly, um livro 100% dela, esse livro quase tem isso, mas dá umas escorregadas, principalmente na segunda metade da obra. Mas fora isso eu amei. Por mim a Holly protagonizaria outras obras do King.

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Stephen King já comentou algumas vezes que Holly Gibney é um personagem que o pegou de surpresa. Era pra ser só mais uma coadjuvante lá na trilogia Mercedes, mas a sua voz foi ganhando espaço, e arrebatou o autor.

E aqui estamos nós, muitos livros depois, na companhia dela mais uma vez ! Em "Holly", o mais novo livro do King, temos um romance policial/suspense muito bem desenvolvido, alfinetadas politicas pós pandemia muito pertinentes, e um arco de amadurecimento de Holly Gibney que é um grande presente aos fãs que, como eu, também se afeiçoaram a essa personagem.

Holly, que é detetive particular, é contratada por uma mãe desesperada atrás de noticias da filha, que a polícia declarou como mera pessoa desaparecida. Não há recursos nem pessoal pra lidar com casos dessa natureza em meio à crise da pandemia, que é o pano de fundo desse livro. A investigação começa a deixar os culpados preocupados, porque Holly descobre que a moça pode não ser a única vitima.

Logo no início da história, a gente já fica sabendo quem são os vilões, e eu gostei muito dessa escolha. Acompanhamos suas artimanhas para escapar das suspeitas de todos, e conhecemos melhor as motivações para os crimes, que se misturam a questões politicas de forma bem interessante. Outro ponto forte do livro é o desenvolvimento de Holly como personagem. Ela é uma personagem neurodivergente que, a cada novo livro do King, vai ganhando agencia, vai tomando as redeas de sua vida. Nesse livro, Holly se descobre capaz de muito mais do que imaginava, e foi lindo de acompanhar.

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“Às vezes, o universo joga uma corda.”

E finalmente encontramos Holly em seu grande trabalho solo após a conclusão do conto Com Sangue (o qual ela já soluciona sem ajudas externas substanciais)
Em “seu” livro, o problema é maior, os assassinos são conhecidos já de início (o que não atrapalha em nada a narrativa e a aura de mistério). Não existe elemento sobrenatural, o mal é totalmente humano e; talvez por isso mesmo, desiluda a personagem em relação à própria realidade.
O contexto da pandemia é perfeitamente colocado; Holly inicia o livro com o enfrentamento da morte da mãe, que vem a falecer de COVID por se negar em tomar a vacina ou usar máscara. A crítica social perpassa toda a narrativa, e os acontecimentos vão ganhando velocidade com os flashbacks das vítimas.
Com certeza é um livro para ser devorado; conseguindo mostrar ao mesmo tempo uma evolução gigante de Holly e alguns pontos de sua infância e adolescência que contribuem para visualizarmos melhor a grande heroína que ela é hoje.

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Estava com saudades da Holly! Adorei o livro, adorei o desenvolvimento da personagem, junto dos amigos, mas senti falta de mais interação dela com os irmãos. É interessante como King trata a pandemia, embora eu ache complicado reforçar a limpeza com álcool como prevenção ao covid, sendo que se pega no ar, não por contato físico. Fora isso, é um ótimo livro e a tradução está muito boa. O único problema é que existem algumas inconsistências na padronização dos nomes que aparecem em Com Sangue — como li um seguido do outro, foi bem nítido.

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“Holly tem potencial de ser meu novo livro favorito do King!” Foi o que falei para a Ju enquanto li “Holly”, novo livro de Stephen King, e sim, eu estava certa: por todos motivos do mundo, este livro é simplesmente uma senhora canetada de um autor que já se consolidou de tal forma que pode navegar por todos os gêneros e surpreender seu leitor. E a surpresa aqui vem na forma da trama: Não há sobrenatural. Não há nem mesmo menção a qualquer causa sobrenatural com os crimes que acontecem neste livro. Se você quer começar a ler King e tem medo do sobrenatural, pode ler “Holly” sem medo algum (e me permita abrir este parêntese para dizer que não é o primeiro livro do autor que não há terror, como, por exemplo, “Billy Summers”).

Para os que não conhecem Holly Gibney, a personagem principal que dá o título este livro, destaco que ela apareceu pela primeira vez em “Mr. Mercedes” como uma coadjuvante que definitivamente roubou a cena. Presente em todos livros desta trilogia, fazendo participação ainda em “Outsider” e em mais um conto do livro “Com sangue”, Holly enfim ganha um livro todo seu para mostrar o funcionamento de sua mente brilhante e da agência de investigação Achados e Perdidos mais uma vez. E algo me diz que não será a última vez que a vemos, o que me deixa bem feliz. Agora vamos falar da trama de um livro que tem tantos acertos que fica difícil elogiar.

“Holly” se passa durante a pandemia, já no ano de 2021, quando as vacinas já haviam chegado, mas as pessoas ainda estavam morrendo em grande quantidade. Nos Estados Unidos, varrido por uma onda de negacionismo, muitos escolheram não tomar as vacinas, entre eles Charlotte, mãe de Holly, que morreu no hospital. O relacionamento das duas sempre foi marcado pela falta de incentivo à filha, que tem um jeito metódico e certo de ver a vida e de agir tanto em suas investigações, quanto com seus relacionamentos. Apesar de não ser a cena que abre o livro (já volto nesse ponto), lemos uma Holly arrasada realizando seu discurso em um velório pelo aplicativo Zoom. Tudo parece demais e seus amigos entendem isso, especialmente Barbara, a irmã mais nova de Jerome Robison, outro personagem que também adentrou o Kingverso em “Mr. Mercedes” e que tem participação também nesta trama.

Com seu sócio Pete tendo contraído Covid e uma Holly enlutada, a Achados e Perdidos está fechada temporariamente, mas, para sua surpresa, Holly recebe quatro mensagens em sua caixa postal de uma mulher chamada Penny Dahl. Holly foi indicada a Penny por Izzy, detetive que está cuidando do sumiço de Bonnie, filha de Penny. Mesmo sabendo que não deveria se colocar sob pressão e depois de conversar com Pete, Holly aceita se encontrar com a mulher e saber mais sobre o que está acontecendo. É é assim que, claro, aceita o caso para procurar pela jovem adulta Bonnie.

Lembram que falei acima que a cena do velório da mãe de Holly não era a cena que abria o livro? Pois bem, a cena inicial se passa em outubro de 2012, com um professor universitário chamado Jorge Castro sendo sequestrado. E eis aqui que eu conto para você, que me lê, um dos maiores trunfos de King neste livro: ele nos apresenta e faz o leitor se apegar a todas as pessoas que estão sendo sequestradas, porque sim, há uma sequência de sequestros acontecendo. Todos que forma levados têm seu momento de contarem sua história, já como a narrativa do livro não é cronologicamente linear, e todos, absolutamente todos, causam um impacto no leitor, cada um por um motivo diferente, a ponto de torcer demais para que o destino interfira e eles encontrem uma saída para o mal que os atacou.

Holly logo tem acesso a última filmagem de Bonnie viva e saindo de uma loja, com sua bicicleta. Brigada com sua mãe, com quem tinha um relacionamento bastante atribulado, Penny está desesperada para ter a filha de volta, ajudando como pode Holly. Mas a investigadora começa a entender que há sim, um padrão de pessoas desaparecidas: Jorge Castro, Cary Dressler, Elle Craslow, Peter Steinamn e Bonnie Dahl. Apesar de serem pessoas aparentemente sem qualquer ligação, sabemos que Holly irá encontrar algo em comum entre todos porque King não está escondendo o que está acontecendo do leitor, que tem a visão total do que está acontecendo, ao contrário das personagens.

Tudo que acontece quando as personagens são sequestradas é aterrorizante, mas, reforçando, não há nada sobrenatural. Absolutamente nada. É é muito isso que torna tudo mais horrível. Todo arco de Ellen, toda a história de vida dela e tudo que acontece com a personagem, abre um rombo no coração de quem lê este livro. Por diversas vezes me peguei chocada e triste, frustrada e impotente, tentando entender como as pessoas podem chegar a este lugar porque sabemos que podem e digo em diversas frontes: lembram que a narrativa se dá durante a pandemia? Temos exemplos de pessoas que não acreditam na Covid, pessoas contra as vacinas e os bons e velhos adeptos de teorias da conspiração, tudo em um cenário gigantesco de pessoas que tem a maldade dentro de si às vezes são simplesmente equivocadas – e há, claro, as boas, como Jerome, Barbara e Pete.

Mas não há como encerrar esta resenha sem falar de duas personagens que a própria sinopse já menciona: o casal de professores universitários Rodney e Emily Harris. Os dois na casa dos 80 anos, desde cedo fica claro o lugar de ambos na trama. Não quero falar exatamente o que ou muito sobre os dois porque obviamente não é minha intenção estragar a leitura de ninguém, mas me permitam falar que são duas personagens (insira um palavrão aqui) ODIOSOS. É bizarra a capacidade que King tem que nos fazer sentir asco por suas personagens e pela forma como elas escolhem viver suas vidas em determinadas situações, e temos um claro e vivído exemplo aqui.

Quero deixar novamente claro que este livro é realmente tudo e mais um pouco que você pode esperar de um thriller investigativo, com um extra a mais por mostrar o pior da humanidade. King sempre deixa claro isso de um jeito ou de outro em seus livros, porque por mais que as ameaças e os vilões de suas tramas possam ser um palhaço vindo do espaço ou um cemitério que traz os mortos a vida mas em uma versão violenta, os seres humanos sempre são o verdadeiro horror em suas histórias, seja por sua ganância, homofobia, egoísmo ou violência. Existe um trecho em “Depois” que o personagem principal, um garoto que vê gente morta, pergunta ao espírito de um assassino serial porque ele matava pessoas quando vivo. A resposta? “!Porque eu podia.” É assim que King mostra a maldade pura em seus livros, e, infelizmente, é assim que é na vida real também.

A cada livro que passa, King mostra o quão fã de livros e cultura geek ele é, e aqui temos menções alque vão de Star Wars à Star Trek, a poetas e séries, como Veronica Mars. É sempre maravilhoso entender que amamos os livros escritos por alguém que entende seu público dessa forma e que é capaz de escrever grandes cenas de violência sem apelação ou que é capaz de partir o coração do seu leitor com “jeitinho”. A sensação que tenho é que parte do meu coração foi partido por King neste livro, mas o partido que todo Bookstan adora e pede mais. Para os que já conversaram comigo, não é surpresa alguma eu adorar um livro deste autor que definitivamente é um dos maiores nomes da literatura de todos tempos, mas a surpresa da vez ficou por conta da intensidade e trama tão… Mundana. Porque é isso: da pandemia a crimes diários, a violência humana se faz presente de formas aterrorizadoras. A diferença é que na ficção temos uma Holly Gibney pronta para fazer o que for preciso para ajudar, mas na vida real, compete a nós tentar salvar uns aos outros – e a nós mesmos.

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Um livro rápido e alucinante, simplesmente fantástico
A Filha de Penny desaparece e para encontra-la pede ajuda para a detetive Holly que a principio não aceita por estar de licença, mas algo de muito intrigante na historia a fez mudar de ideia, assim ela descobre coisa macabras que tem haver com o desaparecimento de Bonny, um livro que você não consegue parar até o termino.

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