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A serpente e as asas feitas de noite

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O livro nos traz o ponto de vista de Oraya, o que foi interessante, já que descobrimos alguns mistérios aos poucos. Sempre desconfiei do amor que Vincent nutriu pela pequena órfã e o amor cego que ela tinha pelo pai, e foi interessante ver como esses eventos foram amadurecendo.

O torneio é brutal, e vale dizer que esses são os vampiros mais clássicos, que usam da beleza e da força para se alimentar e não têm nenhum olhar empático para os humanos. Por isso, Raihn foi um grande enigma. Bom, claro que fica meio óbvio esse enredo, mas ainda assim, a autora surpreendeu com muitas outras reviravoltas.

Gostei da escrita, achei bem gráfica e fluida. Os capítulos são rápidos e há uma divisão em blocos, seguindo o torneio. Claro que incomoda um pouco as ações de Oraya, treinada a vida inteira para entender qual era seu papel nesse mundo, mas acredito que a autora vai trazer uma reviravolta justamente nesse sentido, por isso estou com boas expectativas em relação ao próximo livro.

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Quando o vilarejo de Oraya foi dizimado por vampiros, o rei dessas criaturas a achou entre os escombros e a levou para seu palácio. Vincent a criou como sua filha e ela o ama como um pai. No entanto, ser a única humana nesse universo de presas e sangue, não é tão simples. Todos os dias a jovem tem que se tornar mais forte para compensar sua natureza. Sua única chance de superação é vencer o Kejari, um desafio orquestrado pela deusa dos vampiros. O prêmio? A deusa Nyaxia concederá seu maior desejo.

É uma fantasia de vampiros, que vem para mostrar que ainda não vimos de tudo sobre essas criaturas, que ainda existem histórias para serem contadas. Foi uma leitura empolgante do começo ao fim, cheia de ação, grandes lutas, muitas intrigas, segredos, um romance proibido e uma mitologia interessante.

Oraya é cheia de dilemas em sua vida e a cada página vamos entendendo como ela não se sente parte nem do mundo dos humanos e nem dos vampiros. Ela busca um lugar para si e em meios de muitas perdas e desilusões, reluta em confiar e amar.

As lutas do Kejari são majestosas, criativas e bem sanguinárias. A deusa não poupa surpresas e nem a vida de seus filhos. Enquanto toda esta luta acontece, a autora abre espaço para contar sobre a história de Nyaxia, a formação da sociedade dos vampiros e suas guerras por sucessão e construir a jornada de Oraya.

É uma história que deixa você com sede de respostas e tentando adivinhar onde a jornada de Oraya vai terminar. Eu por vezes duvidei que ela chegaria viva no final.

E o final? Eu não esperava por tanta maldade por parte da autora. O Kejari foi brincadeira de criança perto do que Oraya vai enfrentar agora. A protagonista, na minha opinião, fez a pior escolha possível e agora vai ter que lutar para corrigir seu erros e sobreviver. Ansiosa pelo próximo livro. Recomendo!

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não esperava nada desse livro, e AMEI. me entregou tudo que eu esperava em uma boa fantasia, no final terminou como 4,5 e favoritado <3 quero muito ler o próximo

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Sabe aquele livro farofa, que mescla várias coisas de outros livro e mesmo assim consegue trazer algo original?
Pois é esse livro. Uma grata surpresa.
Fazia muito tempo que não lia algo descente envolvendo vampiros e gostei muito.

Resenha completa em breve.
https://www.instagram.com/viajando_atraves_da_estante/

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Eu estava morrendo de saudade de ler uma história com vampiros! Assim que vi esse lançamento, fiquei extremamente animada! Bom, só posso dizer que: não me decepcionei nem um pouco!

A Serpente e as asas feitas da noite é o primeiro volume da primeira duologia da série "Coroas de Nyaxia", vou explicar direitinho como tudo funciona rapidinho:

A série principal “Coroa de Nyaxia” terá seis livros no total, divididos em três duologias:

Os livros 1 e 2 são o Dueto Nightborn, seguindo A Casa da Noite.
Os livros 3 e 4 são o Dueto Shadowborn, seguindo a Casa das Sombras.
Os livros 5 e 6 são o Dueto Bloodborn, seguindo a Casa de Sangue.
Além desses seis livros principais, o mundo Nyaxia também inclui dois livros independentes hoje, Six Scorched Roses (uma novela) e Slaying the Vampire Conqueror (completo).

( informações retiradas do site da autora)

“Eu podia ser uma serpente, mas até mesmo as víboras corriam para se esconder quando os gaviões pairavam no céu.”

Oraya é humana e foi encontrada pelo rei dos vampiros "Nascidos da Noite", Vicent, ainda bem pequena, sob os escombros de sua casa. Assim que viu Oraya, Vicent percebeu que apesar de ferida e a ponto de desmaiar, ela era forte e corajosa, sua serpentezinha.

Ele a leva para seu castelo e cuida dela como uma filha, a protege e treina, afinal ela só está em segurança com ele. Então ela precisa se proteger de outros vampiros, pois ela reside em um lugar extremamente mortal para um humano. Oraya foi moldada para ser letal, uma guerreira e claro, desconfiada, construiu um muro ao redor de seus sentimentos.

“Viver aquela vida exigira que eu aprendesse a ser muitas coisas contraditórias ao mesmo tempo. Me forçara a dividir a mente em vários pequenos cômodos, cada um contendo uma parte diferente de mim mesma.”

Para continuar sobrevivendo neste mundo, Oraya quer vencer o Kejari, um torneio lendário e brutal. Não só para não ser uma “presa”, mas também para ter a chance de encontrar sua família em Salinae no território Rishan, se ainda restar alguém. Mas este torneio não é nada simples, ela precisará lutar contra vampiros das três casas.

No Palácio da Lua, onde acontece o torneio, Oraya precisa estar sempre atenta, os vampiros usam não apenas a força e violência, mas também magia. Logo que acorda no Palácio e percebe que o torneio começou, Oraya escuta gritos e tenta chegar até eles, pois reconhece alguém que é muito importante para ela. Mas ao correr na direção dos gritos, ela é impedida por alguém, claro que ela esfaqueia o vampiro e consegue chegar onde queria, porém já é tarde demais.

Em meio à dor e luto, Oraya precisa manter a cabeça no lugar para não se distrair e competir. O vampiro que tentou impedi-la é Raihn, poderoso, arrogante e brutal.

Neste universo, os vampiros possuem uma linha de sucessão, por isso, eles não pensam duas vezes antes de matar qualquer pessoa de sua família. Vicent venceu o próprio Kejari séculos antes e sabe que o torneio pode matar sua filha. Ele sabe também que a treinou bem, mas isso não o impede de ficar extremamente preocupado com ela. Oraya irá se conhecer melhor durante o torneio, vai perceber coisas que estavam na sua frente o tempo inteiro, mas que de alguma forma ela não enxergava.

“Mas sabia de uma coisa: pela primeira vez em toda minha vida, eu tinha me sentido poderosa, poderosa de verdade. ”

Imaginando este cenário brutal, é possível entender que Vicent não expresse seus sentimentos e amor por Oraya em palavras, mas sim, ele demonstra em suas atitudes. Oraya sabe disso e eu percebi isso também, mas senti que Vicent não era totalmente sincero com Oraya.

“Não posso levar os créditos por tudo que você se tornou, Oraya. Mesmo que às vezes tenha essa vontade. Mas, se eu for responsável por apenas uma parte do que você é, já vai ser a maior realização da minha vida.”

O enredo conta com uma guerra civil vampírica, o que traz ainda mais tensão. Uma narrativa intensa e repleta de reviravoltas, a ação acontece do início ao fim. Oraya é uma protagonista excepcionalmente forte e complexa, suas escolhas e ambições a levam a enfrentar desafios cada vez maiores. Ela terá que se aliar e claro que será com Raihn e sua amiga Mische, o relacionamento a princípio é tenso, mas eles precisam unir forças para um dos desafios.

Raihn também é um personagem complexo e iremos conhecer algumas coisas do seu passado, ele é um vampiro transformado e não nascido. E é obvio que será o interesse amoroso de Oraya. Gostei que essa relação deles aconteceu aos poucos, ou seja, migalhas de romance. Primeiro amizade, eles se importando um com outro até avançarem. Os diálogos entre eles sempre são repletos de faíscas e provocações. O que traz aquela pegada de enemies to Lovers que tanto amo! Não tinha sentido nenhum inserir um romance intenso no meio do Kejari, então a autora acertou em cheio.

“Você está segura, Oraya, ele sussurrara para mim, e eu havia acreditado.”

Bom, não quero dar spoilers mas UAU. Eu senti desde o começo que esse livro seria intenso, só não esperava tantas reviravoltas. Os capítulos finais que marcam o último desafio, são avassaladores, eu suspeitava de algumas coisas e uma situação que envolve Raihn me deixou ... chateada. Apesar de entender totalmente.

O final foi EITA atrás de VIXXE e eu não parava um segundo de pensar: MEU DEUS, NÃO É POSSÍVEL. O QUE QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI. NÃO. NÃO. NÃO. RAHIN NÃO FAÇA ISSO. ORAYA PELAMOR!

Enfim, foi intenso, eletrizante e eu sei que o primeiro livro acabou de ser lançado, mas trabalho com datas Suma, quando sai o segundo?

Beijos e até a próximaaaa!

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Pensa em Jogos Vorazes. Você gostou? Então vai amar
esse livro. E ainda que não tenha lido Jogos Vorazes vai
gostar também.
Mas confesso que queria um pouco mais dos jogos.
No início não estava dando nada pelo livro, mas depois fiquei
obcecada pela leitura. Gostei muito da construção da história.
Algumas coisas, acredito eu, só serão desvendadas no
segundo livro. Mas algumas coisas tenho minhas teorias. Me
apaixonei pelos personagens, pela ambientação Sombria, foi
minha primeira leitura com vampiros (sim, eu não li
crepúsculo) e amei, o slow burn que, nós amantes de
romantasia, amamos e os jogos que eu queria muito mais
daquilo.
Oraya, a rebelde revolucionária. Raihn, o vampiro
transformado ainda preso aos hábitos humanos.
Os dois se tornam aliados e aí que tudo começa a ficar bom.
A escrita da autora é viciante. E eu precisei de um tempo para
processar aquele final. Que montanha-russa foi aquilo. Você
odeia, ama e odeia de novo. Já estou ansiosa para o próximo
livro.

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Li o livro em inglês, antes de sequer saber que iria sair aqui no Brasil, e quando vi que a Suma ia lançar simplesmente surtei.
Apesar de ser considerado romantasia, o foco de A Serpente e as Asas Feitas de Noite é bem equilibrado. A construção de mundo é simples de entender e nada fora do comum nas estórias envolvendo vampiros. Ainda assim, a autora conseguiu criar seu próprio sistema de magia bem o suficiente para manter o leitor entretido. Aqui encontramos vampiros com poderes de controlar o sangue, fogo, e outros elementos, mas sem torná-los criaturas impossíveis de se derrotar.

Rola um torneio até a morte, estilo Jogos Vorazes, o que torna o livro muito mais interessante e faz o plot se desenvolver de forma fluida.

Cheio de ação, com cenas bacanas e bem descritas das lutas, o desenvolvimento do romance entre os protagonistas é bem feito e não soa forçado, não é amor à primeira vista nem nada do tipo, conseguimos acompanhar e entender o motivo dos dois se apaixonarem um pelo outro.

A reviravolta no final me deixou sem ar. Li durante a madrugada e eu só queria gritar haha. Cheguei a cogitar alguns acontecimentos parecidos, mas confesso que foi surpreendente ver a autora tomando uma certa decisão que eu particularmente não achei que ela teria coragem de tomar, justamente porque a maioria dos livros de fantasia desse estilo não costumam fazer isso, e quando fazem, não fazem de maneira tão brutal.

Com toda certeza foi um dos melhores livros do gênero que já li. A edição nacional é lindíssima (comprei a minha na pré venda) e tô quase relendo no físico em PT-br pra poder anotar e vivenciar tudo de novo.

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Sempre falo que gosto mesmo é de escrever resenhas de livros que adorei e não estou mentindo – a vida é curta demais para não aproveitarmos com o que gostamos, então é com toda felicidade que chego aqui pra panfletar “A serpente e as asas feitas de noite” e seu universo. Antes de começar a gritar a plenos pulmões o quanto essa trama é maravilhosa e o quanto amei os personagens, preciso explicar um pouquinho a série de livros (calma!) e o universo, então vamos por partes: este é o livro 1 de uma duologia chamada “Nascidos da Noite“, sendo o livro que abre o universo. Já o segundo livro será lançado em breve pela Suma, minha editora favorita da vida, e se chamará “As Cinzas e o Rei maldito pelas estrelas“. Esses 2 primeiros livros contam a história de Oraya e Raihn. Depois desses dois livros, numerados 1 e 2 respectivamente, há 2 livros únicos dentro do universo: “Six Scorched Roses” (que na verdade é uma novela com 128 paginas) e “Slaying the Vampire Conqueror“, e estes tem por numeração 1.5 e 2.5. Esses 4 livros já foram publicados, e apesar desses 2 livros únicos complementarem a história, mostrarem mais do universo e apresentar personagens dos livros futuros (calma!), não são de leitura obrigatória. O que ainda não foi publicado no universo são as outras duas duologias, ou seja, 4 livros.

E se você se pergunta porque essa série será composta por 3 duologias, a resposta vem fácil a medida que você entra no universo de “Coroas de Nyaxia” (nome da série completa): Nyaxia é uma Deusa que criou os vampiros deste universo, que estão devidos em 3 casas: A Casa do Sangue, A Casa da Noite e A Casa das Sombras – ou seja, cada duologia se passará em uma das casas, que possuem territórios próprios. Ficou fácil assim, não foi? Essas 3 casas compõe o território de Obitraes, lugar onde nossa trama incrível se passa, mais precisamente na Casa da Noite, que tem Sivrinaj por capital e fique tranquilo que aqui temos uma edição maravilhosa com mapa interno e também um glossário no final, tudo para ajudar na compreensão da trama, bem no estilo da Editora Suma de ser, bem incrível. Pois bem, se prepare pra trama que começarei a falar agora porque sim, são vampiros, mas também temos Deuses (como a própria Nyaxia), demônios e outros seres, tudo do jeitinho que nós, fãs de fantasia, tanto amamos – afinal vampiros nunca saem de moda, não é mesmo?

“A serpente e as asas feitas de noite” começa nos mostrando como Rei dos Vampiros, Vicent, adotou uma garotinha humana sobrevivente do massacre de sua família. Desde o primeiro segundo que colocou os olhos nela, o poderoso vampiro soube que a pequena estava lutando por sua vida entre predadores muito mais fortes do que ela. O amor que o Rei iria ter pela garotinha, chamada Oraya, era poderoso, mas a trama também deixa claro que seria a ruína de todo o Reino da Casa da Noite, o que nos prepara para o que virá em seguida. Logo a trama tem um salto temporal de vários anos e Oraya agora é uma jovem de 23 anos que foi criada para ser uma guerreira forte e destinada, afinal, cresceu entre vampiros, como filha do Rei. Além de estar entre os vampiros predadores que claramente poderiam colocar sua vida em risco em um segundo, os vampiros da Casa da Noite não estão pacificados, divididos entre uma espécie de guerra civil entre seus dois tipos de vampiros.

Todos os vampiros aqui possuem asas, mas há uma diferença primordial entre eles: Há os vampiros do clã Hiaj, o qual Vicent faz parte, os quais as asas são somente pele, imensas e poderosas; e há os vampiros do cã Rishan, os quais suas asas possuem penas, com cores variadas. Os Hiaj, liderados por Vicent, há 200 anos, lutaram contra os Rishan e tomara o poder, com ele se tornando o Rei dos Nascidos da Noite, mas claro que os Rishan guardam a lembranças de tudo que aconteceu, do massacre que sofreram e ainda sofrem e ainda esperam o momento certo para tentar saírem do julgo do Rei. Além disso, estamos chegando no torneio Kejari – um torneio que acontece uma vez por século no qual qualquer vampiro, de todas 3 casas e de toda Obitraes, pode se inscrever e participar, e que basicamente consiste em lutarem desafios até somente restar um, que ganhará um desejo concedido pela própria Deusa Nyaxia. Todos que se inscreverem podem competir, e claro que Oraya quer competir por um motivo muito específico: ela deseja o vínculo Coriatis, uma ligação profunda que deseja fazer com Vicent, com o qual ela teria os mesmos poderes do vampiro, muito levada pela sede que tem de mostrar que era digna de viver entre os vampiros, mesmo não sendo uma.

Claro que o torneio não demora a começar e logo Oraya se vê dentro do Palácio da Lua, lugar onde todos participantes devem ficar durante todo evento. As lutas são brutais e claramente há magia envolvendo o lugar e todos desafios, fazendo que ela tenha certeza que vencer aquele torneio será algo muito difícil, mas ainda acreditando está preparada – para vocês entenderem, de cara, no primeiro momento, a jovem já escuta gritos de humanos sendo atacados por vampiros dentro do lugar, a fazendo reconhecer a voz de alguém que conhece, uma das duas únicas pessoas que ama. Desesperada, começa a correr no escuro na direção doa gritos, mas é segurada por um homem, que, estranhamente, está tentando salvá-la. Claro que nossa protagonista não reage bem e o esfaqueia na perna para poder continuar sua tentativa de ajudar a amiga e acho que não preciso falar nada mais de concreto porque você que me lê, já entendeu quem a segurou foi Raihn, um vampiro que se tornará mais do que o interesse amoroso de Oraya: ele também tem uma trama gigantesca e é pivotal com muito que acontece, principalmente mais pro final – mas sem spoilers aqui, é claro.

Os vampiros aqui são ferozes, chegando ao ponto de matarem e mutilarem seus pais e filhos, tudo em uma luta eterna por poder. Como são imortais, não há morte para o chefe de uma família, então seu filho vampiro precisará matar o pai para assumir seu lugar e ainda todos na sucessão, seus irmãos, tios e familiares, e foi isso que Vicent fez. Se um vampiro tem um filho poderoso o suficiente com magia, parece ser uma ideia natural o mutilar para que ele não possa usar a plenitude de poderes. A violência é declarada desde o começo e entendemos que aqui a força física, magia e poder estão acima de todas as coisas, com segredos permeando toda trama até os momentos finais. A narrativa é construída de tal modo que fica claro que até de Oraya há coisas que o leitor não sabe ainda, mesmo acompanhando o ponto de vista da personagem durante a trama.

Oraya é uma das melhores protagonistas que li em uma fantasia. Já mulher adulta, repleta de desejos e anseios, ela sabe o que quer e vai fazer o que precisa até o final, mesmo acreditando que pode morrer. Leal, ama ferozmente seu pai a ponto de acreditar nele de olhos fechados e não fazer perguntas que, para quem lê, parecem essenciais, e acredita que não deve se apegar a ninguém naquele torneio porque só está lá para vencer ou morrer, mas Riahn e Mische, a melhor amiga dele que também está no torneio, começaram a quebrar as barreiras tão bem construídas de nossa heroína ao formarem um trio bastante improvável e poderoso porque tanto Riahn quanto Mische possuem magia, algo não incomum para os vampiros deste universo.

E acho que foi justamente a personalidade de Oraya que me fez amar tanto esse livro. Não esperem uma mocinha fofinha, não esperem uma mocinha que precisa ser salva, não esperem alguém que não saiba o que quer – e justamente por isso a construção do relacionamento dela com Raihn e Mische foi tão poderosa e tão profunda a ponto de levar o leitor a querer mais deles só existindo naquelas páginas. Muitos colocam “A serpente e as asas feitas de noite” como um forte exemplo de Romantasia, o novo gênero dentro da Fantasia onde o romance dita a trama, mas sinceramente achei aqui o romance e a mitologia MUITO equilibrada. O romance é construído e forte, não acontece nas primeiras 100 páginas e demora sim (mas, aos que querem saber, há romance e há cenas de intimidade sim) para acontecer porque a autora não quis só jogar o amor e sim fazer o leitor TORCER pelo casal quando este acontecesse. E sim, Carissa Broadbant conseguiu com total sucesso.

Já falei sobre a violência do universo e ainda preciso apontar também que as transformações de humanos para vampiros são muito, muito difíceis de se completarem e por isso Oraya deseja vínculos Coriatis, porque sabe que há grandes chances de morrer caso o pai a transformasse. Enquanto a trama vai se desenvolvendo temos sempre vislumbres do passado através de flashbacks, com informações importantes para podermos juntar as peças do que está acontecendo no torneio e logo temos algumas reviravoltas inesperadas, junto com informações sobre o passado das personagens – e aqui deixo um grande ALERTA DE GATILHO: não posso entregar exatamente o que aconteceu, mas no começo do livro há esse alerta sobre violência sexual, com uma cena que pode causar desconforto em pessoas sensíveis a este tema. Por mais que tenha amado o livro e o indique para os fãs da fantasia, não posso deixar de pedir cautela e que realmente se atenham ao aviso porque ele é muito real.

Sei que muitos podem começar a ler o começo desta resenha e pensar: “Lá vem o esquema de pirâmide!“, mas eu realmente aposto no sucesso dessa trama porque ela tem tudo que queremos, absolutamente tudo: traições, mocinha chutando bundas, mocinho com passado tortuoso repleto de camadas que faz qualquer leitor se apaixonar por ele, vampiros em nova mitologia e um final não esperado mas que nos deixa desesperados pelo próximo volume. Não fique na dúvida: venha conhecer este universo e se apaixonar – inclusive a minha Editora favorita da vida, a Suma, está sorteando dois exemplares com brindes do livro e você pode participar clicando AQUI e AQUI. E quando você vai lendo, vai entendendo perfeitamente o título do livro: A Sepente é a própria Oraya e as Asas feitas de Noite é Raihn, o par que torcemos para ganhar o Kejari, mas que somente Uumpode e irá ganhar, mesmo que isso signifique a morte do outro: sem pegadinhas aqui, só um poderá vencer, mas, sendo sincera, quem venceu mesmo aqui fomos nós, bookstans, tendo um livro desses pra ler.

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Uma fantasia para todos os amantes de vampiros e de um bom Enemies to Lovers.

Altamente recomendado aos leitores de Jogos Vorazes e De Sangue Cinzas.

Nesse livro iremos acompanhar a história de Oraya, uma humana que foi adotada pelo rei dos vampiros, logo após ter sua família massacrada por Rishas durante a guerra, tendo que aprender logo cedo que ou ela era a caça ou a caçadora.

Com o evento centenário chegando, as coisas estavam prestes a mudar para a nossa protagonista. O Kejari, era o torneio que acontecia a cada cem anos, em homenagem a Nyaxia,a própria deusa da m*rte, tendo como o grande prêmio um desejo, que seria realizado pela própria.

Oraya então viu a oportunidade perfeita de se tornar aquilo que sempre sonhou, uma vampira, uma filha, uma igual ao seu pai. Havia treinado durante sua vida toda para aquele momento, ela estava preparada e esperava que fosse subestimada pelos seus oponentes, utilizaria isso ao seu favor, pois quem enxergaria uma humana como uma oponente digna. Ser mundana era sua maior força.

Mas quando um dos vampiros mais poderosos do torneio decide querer se aliar a ela, é quando as coisas começam a ficar ainda mais interessantes, pois ele era nada menos que um Risha, inimigo do rei e que deveria ser o seu também. No entanto, o estranho misterioso de cabelos vermelhos, a ajuda quando ela mais precisa e salva sua vida mais de uma vez, mesmo a nossa serpentinha tendo o esfaqueado.

Seu pai sempre lhe disse para sempre proteger seu coração, mas ela não conseguia se livrar de seus sentimentos mundanos, tendo então seu mundo destruído pelas pessoas em que ela mais confiava.

E recomendo que você também proteja o seu coração, pois ele está prestes a ser roubado por essa história viciante e cativante. Fazia tanto tempo que eu não lia uma história tão instigante sobre vampiros, esse livro é como o Jogos Vorazes sobrenatural que vai te conquistar a cada página e te fazer ter vários surtos durante a madrugada. Fora os plots twists que esse livro tem, foi um atrás do outro e me surpreendeu demais, estou ansiosa pelo próximo livro!!

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muito bom, a história é envolvente e maravilhosa, impossível de largar, li o e-book e já quero comprar o meu livro físico.

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4.75 stars!!! i couldn't put this book down! sexy vampires? sign me up.

first off, the world building was beautiful. the book intrigued me from the beginning with vincent and oraya. their father/daughter relationship throughout the book had me on my toes and made my heart hurt towards the end. i loved carissa's way of incorporating gray characters where they weren't necessarily good or bad but blended and had so much depth. oraya was so strong and powerful.

raihn was everything. i adored him and the way he cared deeply for oraya. their back and forth banter, tension and allegiance blossoming in to friendship then in to more was beautiful.

the balance between the fantasy elements, almost hunger games like feel of a competition, family/friend dynamics and romance was incredibly written.

my heart broke at the end, the cliffhanger was so intense!!! really really enjoyed this one! can't wait for more of this series.

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Em “A serpente e as asas feitas de noite” somos apresentados a Oraya, uma jovem humana criada pelo rei dos vampiros Nacidos da Noite, Vincent. Oraya precisa lutar constantemente pela sobrevivência, o que faz dela uma protagonista resiliente e determinada. Sua jornada para vencer o Kejari, um torneio mortal, é repleta de desafios e alianças improváveis, especialmente com Raihn, um vampiro misterioso que desperta sentimentos conflitantes.

A problemática gira em torno não apenas das batalhas físicas que Oraya enfrenta no torneio, mas também das batalhas internas que ela trava consigo mesma e com seus sentimentos. O dilema entre lealdade e amor, entre confiar em seus instintos ou seguir as regras impostas pelo mundo ao seu redor, adiciona uma profundidade emocional que eleva a trama para além de uma simples aventura. À medida que segredos são revelados e alianças são testadas, fui levada por uma montanha-russa de emoções e reviravoltas que me manteve vidrada até o último momento.

O livro tem cenas clichês e alguns diálogos rasos, mas não posso negar que apesar disso, fiquei obcecada não apenas com a trama envolvente, mas também com a habilidade da autora em criar um universo complexo e personagens multifacetados.

Thank you NetGalley and Companhia das Letras for sending this book for review consideration. All opinions are my own.

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Ainda não sei muito como me senti ao ler A Serpente E As Asas Feitas De Noite, me interessei pois achei que seria um high fantasy e me desanimei quando vi que era "romantasy", mas graças a deus não teve muito romance ao ponto que estragasse a experiência! O plot é super interessante, eu adoro essa nova onda de trazer os vampiros de volta e achei que a autora fez isso muito bem. O estilo meio battle royale também foi bem feito (apesar de que essa parte teve alguns problemas de ritmo comigo) e o plot twist do final REALMENTE foi muitíssimo twist pois não estava mesmo esperando. Foi um livro que me fez levantar as sobrancelhas algumas vezes, mas definitivamente foi ler o segundo para saber onde esses absurdos vão dar. Obrigada ao NetGalley e a editora pelo envio da arc em troca de uma resenha honesta.

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Exatamete assim que minha cabeça está depois de finalizar esse livro. EXPLODIU.

Oraya é vista pelo povo como o bichinho de estimação de Vincent, ou até mesmo como sua amante. O Rei a isolou por 20 anos o máximo que pode, evitando com que ela ficasse a mercê dos predadores.

Raihn Ashraj, um vampiro de mais de 300 anos entra no Kejari, mas você só descobre qual o desejo muiiito lá na frente, demora. Sombrio, durão, poderoso, e incrivelmente tem um senso de humor e ironia que não é comum em vampiros. A personalidade dele me lembrou muito a do Cassian de ACOTAR.

Apenas uma pessoa pode sobreviver ao Kejari, mas uma das 4 provas do triibuto requer parceria entre os participantes, Oraya se junta a Raihn e Mische, melhor amiga de R.

Óbvio que antes durante e depois da parceria você pode esperar muitos atritos e farpas entre os protagonistas. A relação deles é muito bem construída, pois apesar de ambos serem de territórios da Casa da Noite são de povos que lutam entre si, ele é um Rishan e ela Hiaj.

Confiança segurança é o que mais precisam trabalhar em conjunto. Mesmo sabendo que lá na frente só um deles irá sobreviver.

Tem hot: tem! E dos bons, mas são 2 cenas explícitas (ou 3). Não consegui achar a classificação do livro, mas eu colocaria 18+.
Só gostaria de deixar claro que é um mundo bem complexo, e demorei 5 dias para ler 645 pag. pois precisei parar diversas vezes para ir a glossário (que está no final do livro), Recomendo que antes de ler o livro você leia o glossário, pois os termos não são todos explicados ao longo da história. E você entender antes vai fazer sua leitura ser bem mais rápida e fluída.

Pensa numa negócio estilo Jogos Vorazes, multiplica por 10... É apenas uma pequena parte do que é o Kejari... Acrescente Vampiros, uma única humana e desafios muito mas MUITO sangrentos.

O livro tem uns plots que você não espera. E os últimos 10%, o último desafio eu dei 2 socos na mesa e xinguei alto, sério, confia na Patizinha, que o negócio é bom. Não saiu como eu esperava. e minha cabeça simplesmente explodiu.

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