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Uma família feliz

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Eu não sou acostumada a ler esse tipo de livro, então foi realmente tudo muito surpreendente pra mim! Devorei o livro, simplesmente adorei mesmo. Achei muito instigante e interessante! Não conseguia largar! Acho Raphael um autor muito envolvente pelo que fiquei sabendo esse foi uma das coisas menos gore que ele escreveu e adorei por isso. Não gosto de choque demais então aqui foi bem na medida. JAMAIS imaginaria o final! Adorei! Mas acho que precisava de uma coisinha ali no final. Uma notícia de jornal que fosse avisando sobre o que aconteceu depois do final mesmo.

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Demorei um pouco para completar a leitura porque senti um aperto no peito lendo ele, e um desespero muito grande de nervoso. A história fica corrida depois do nascimento do bebê, e por isso estou dando essa nota. Não deixou pontas soltas, mas acho que na vontade de deixar o clímax para o final não deixou migalhas ou dicas mostrando que o final seria aquele. Recomendo a leitura.

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Uma família feliz

Raphael Montes inova neste último livro ao trazer o último capítulo no início do livro, fazendo com que o leitor vá tecendo teorias sobre a trajetória das personagens.
A narrartiva é fluída, as reviravoltas são garantidas e as revelações são bombásticas. As críticas às aparências são presentes do início ao fim.
Eva tem a família perfeita, um marido advogado em ascensão, duas filhas gêmeas perfeitas e um trabalho promissor na confecção de bonecas reborn. Mora em um condomínio na barra da Tijuca, local de prestígio no Rio de Janeiro, onde todos os moradores se “ajudam” e se vigiam. Quando as coisas começam a dar errado, quem será o culpado?
As teorias vão sendo formadas e o final é arrebatador. Apesar de ainda restarem algumas pontas soltas, o livro ainda entrega um bom entretenimento e muitas surpresas.

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Algumas histórias são intensas demais para não serem contadas e precisam sair para o mundo, se tornarem tinta no papel, tudo para serem lidas. E algumas são tão intensas, mas tão intensas, que alguns podem entender que são só isso, ficção – ou preferem acreditar. Mas sou viciada em crimes reais (há anos) e posso dizer que por mais chocante que a conclusão final de “Uma família feliz” seja, existem casos como o que acontece no livro. Claro que não falarei o que, mas quero deixar isso registrado logo de começo justamente pela escolha narrativa que temos aqui.

Este livro te dá um choque e te mantém com expectativas de entender o que aconteceu na vida de Eva para levá-la ao ato extremo narrado nas primeiras páginas, já como a trama abre com o trigésimo capítulo, o final. Sim, aqui começamos pelo final, e todos 29 capítulos anteriores vem em ordem crescente normal na sequência, construindo a trama da personagem com sua família, que era feliz – ou parecia ser. Começar pelo capítulo final foi uma jogada bastante ousada, que prende o leitor para tentar juntar as peças e entender o que aconteceu, mas também lança uma pergunta: o livro vai mesmo terminar assim?

A partir do segundo capítulo, que, na verdade, é o primeiro, somos realmente apresentados a Eva, sem o desespero e a desilusão que aparece tomar conta da personagem no final – ou começo, depende de como você vê. Feliz, casada com Vicente, a vida da mulher beira a perfeição: filhas gêmeas prestes a completarem 10 anos, Angela e Sara, um marido esperando receber uma promoção no escritório que trabalha como advogado, querida e bem relacionada no condomínio de prédios de alto padrão Blue Paradise, a vida de Eva parece metodicamente no lugar, cada pedacinho encaixado à perfeição, exatamente como os bebês reborn que produz. Eva é uma chamada “cegonha”, nome dado a quem se dedica a produzir estes bebês ultra realísticos. Antes na faculdade de educação física, Eva agora poderia se dar ao privilégio de trabalhar em casa, no apartamento no qual mora com sua família.

Mas talvez por trás toda essa perfeição, as coisas não sejam exatamente assim. Talvez Vicente seja exigente demais. Talvez suas filhas precisem de mais atenção do que ela esteja conseguindo dar – até porque Sara tem uma doença autoimune. Talvez ela não esteja pronta pra ser mãe. Talvez as amigas que pensa que tem não sejam tão amigas assim. Talvez ela não tenha superado a infância traumatizante. Talvez essas hipóteses não sejam tão hipóteses assim e desencadeia um processo de quebra da mulher quando se descobrir grávida de um menino, exatamente como o marido tanto quer. Talvez a perfeição esteja sendo cara demais. Mas talvez… não.

Eu sei, parece tudo confuso, mas é justamente o que o autor faz aqui: quando a vida perfeita de Eva começa a ruir, o leitor fica na dúvida se algo está realmente acontecendo ou se ela está sucumbindo aos traumas de infância. Filha de uma psicóloga que ainda criança e adolescente enfrentou o temperamento da mãe que não soube lidar com a separação e despejou frustrações, dor e ressentimento na filha, causando traumas que a acompanham. Com a mãe já morta durante a narrativa, Eva tem que vender o único bem que a mãe lhe deixou: a casa no bairro Cachambi, Rio de Janeiro, palco da trama. Sendo pressionada por Vicente para fazer logo a venda, já que com a chegada do bebê e o gasto excessivo que a família tem para manter o padrão de vida, o dinheiro a mais seria de extrema ajuda, Eva vai até a casa, despertando lembranças que não gostaria.

A medida que a gravidez de Eva avança, mais ela parece estar no limite. Não sou mãe, mas tudo que a personagem passa – enjoos, dúvidas, mudanças no corpo, medo da responsabilidade – parecem reais demais e compreensíveis. Eva tenta manter tudo no lugar e até mesmo o parto é permeada pelo senso de perfeição que Vicente quer impor, feita por ele. É absurdo ler essa parte e o que é pior é imaginar que existem relacionamentos por aí assim. Superando o parto, de volta ao apartamento, sozinha com o bebê recém-nascido, Lucas, Eva começa a ter uma espécie de apagões de tão exausta, já como Vicente não tem condições de arcar com uma funcionária para ir todos os dias e a família conta somente a ajuda de uma diarista. Em um desses apagões, Lucas aparece machucado. A partir daí, Eva e o leitor são jogados em uma teia de confusão e teorias que só se explica no final e depois de ler os outros 29 capítulos.

Há algo em Eva que é tão vulnerável, tão carente, tão ansiosa para agradar o marido que faz com que o leitor deseje cuidar daquela mulher, mesmo quando o espiral de loucura continua a acontecer e ela é acusada de algo hediondo demais – quero dizer, não tanto quanto o que está fazendo no último capítulo, e, por isso, indico cautela na leitura dessa trama que pode conter gatilhos para violência psicológica e física, mas acredito que uma altura dessas, todos já entenderam que a trama é realmente adulta. Se você gosta de um bom suspense psicológico, pode se jogar sem a menor preocupação.

Por falar em livros, “Uma família feliz” foi publicado dia 13/03 e o filme com Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini como o casal principal chegou ao cinema ontem, 04/04. E foi procurando sobre que li que a história foi originalmente escrita como um roteiro, se desenvolvendo para também um livro. Dirigido por José Eduardo Belmonte e com roteiro do próprio Raphael Montes, é definitivamente um filme que está na minha lista para assistir, até porque quero ver as reviravoltas que a trama apresenta na telona.

Quem já leu algo de Raphael sabe que as tramas dele são como socos na cara de Regina George: é ótimo tomar, então enquanto fui lendo, já estava esperando a reviravolta que viria. O problema é que enquanto a narrativa vai se desenvolvendo, primeiro Eva se questiona se ela está louca e se sabotando, deixando o leitor com essa dúvida (como já mencionei acima), mas depois Eva começa a duvidar disso e começa a questionar se há alguém a sabotando. E foi aí que entendi que a personagem estava tendo a mesma ideia que eu, o que me fez ter certeza que não era o que estava suspeitando e me fez tentar achar diversas outras pistas na trama para mais teorias. Se eu estava certa ou errada, deixo só pra quem ler o livro e entender o que quis falar.

Raphael Montes é capaz de personagens tão complexos e com todos tipos de traumas que posso imaginar. Já tomei todo tipo de susto e soco enquanto li seus livros, e não foi diferente aqui. Em uma narrativa com todos os tipos de temas sensíveis possíveis, desde racismo à relacionamento tóxicos, mães com problemas psicológicos e a futilidade de determinadas camadas sociais, “Uma família feliz” é mais uma pequena obra prima do autor, mostrando que a grama do próximo sempre parece mais verde do que realmente é, e nem sempre uma família feliz é realmente feliz. Ou sequer uma família.

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🌸 Eu li o novo livro do Raphel Montes, “Uma Família Feliz”, mas… eu detestei o final 🥲

O livro gira em torno de uma família de classe média alta do Rio de Janeiro. O casal mora com as duas filhas gêmeas em um condomínio riquíssimo na Barra da Tijuca 🤑 e aparentam ter a vida perfeita, até o filho bebê deles nascer e as crianças aparecerem machucadas.

Durante a leitura, até uns 50% eu estava gostando bastante do livro. Mas quando eu parava para pensar nas pistas que o autor estava dando para a gente do que poderiam estar acontecendo só apontavam para a mulher, a Eva. 😬😬 E tudo bem, o livro é narrada por ela… mas quando você analisa outros livros que também são narradas pelo protagonista suspeito, como é o caso de “O Impulso”, nós conseguimos ver outras possíveis suspeitos na narrativa.

⚠️ E é ai que entra outro problema kk Mais pro final do livro, em uns 70% mais ou menos, o autor coloca outro possível suspeito na história e cria toda uma narrativa em cima disso. E essa narrativa envolve temas muito delicados e que precisam ser tratados com cuidado, porque realmente acontecem na vida real ‼️‼️

Dos 70% aos 90% a história estava sendo direcionada para esse fato, mas ai chegamos na revelação final… 😯 O que estava realmente acontecendo com as crianças? Era a Eva ou era esse segundo suspeito? NENHUM DOS DOIS! 😡🤡 Ele pegou a narrativa que eles estava construindo e jogou no lixo. E o final do livro, para mim, foi péssimo. O verdadeiro culpado para mim não fez sentido nenhum.

Eu, pessoalmente, acredito que em um livro de suspense é importante o autor colocar pistas do verdadeiro culpado ao longo livro. Você não precisa jogar o leitor para um outro lado, só para trazer o elemento do plot twist no final. E para mim, o que aconteceu com o final de “Uma Família Feliz” foi bem mal feito 😳😳 kk Fora que o livro também apresenta vários furos ao longo da história, que mesmo sendo narrado pela Eva poderia ter sido corrigidos.

Fiquei triste, porque eu realmente queria ter gostado livro, ele tinha tudo para ser bom… mas o final não rolou pra mim. E no fim ele ficou do lado de “Onde Está Daisy Mason?” com livros que o final estragou tudo hahaha 😰

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Eu não li, eu devorei esse livro! A trama é muito bem elaborada, e o plot final é realmente surpreendente. Raphael Montes em sua melhor forma! Muito obrigada por proporcionar essa ótima leitura!

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este é um livro que comecei com algumas expectativas por conta do nome do autor e acabei saindo decepcionado. como um livro de raphael montes, é bem decepcionante. como um livro de suspense, é apenas um livro qualquer, sem grandes mistérios e riscos.

o livro demora muito para ficar realmente interessante, mesmo utilizando pulos temporais e colocando já o final no começo do livro. mas assim que engata, a partir da página 120, é uma leitura muito rápida, pois raphael montes sabe escrever de uma forma muito fluída. a estrutura do livro (o começar pelo último capítulo) não torna a história mais interessante, nem cria ilusões para quem está lendo, e talvez tenha até sido uma decisão arriscada demais para esta história, pois não senti que houve uma conexão entre os dois últimos capítulos. a solução dos problemas também é apressada e sem muita explicação, como se a revelação, que não é surpreendente, respondesse tudo de forma coesa.

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Simplesmente avassalador. Quando você pensa que descobriu o plot, ele vira e te surpreende de uma maneira que só Raphael Montes é capaz de escrever.

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