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Member Reviews

Obrigada à editora pelo acesso adiantado ao ebook de um dos livros que eu estava mais ansiosa nesse ano!

Confesso que tô cansada de ver gente acreditando que isso é um "romance fofo com patinação" sendo que o livro passa bem longe disso, entregando ódio, traições e muita fofoca. De fofa, só a capa mesmo...

Numa narrativa inspirada em "O morro dos ventos uivantes", Catherine e Heathcliff aqui são Katarina e Heath, uma dupla de patinadores que acompanhamos por mais de uma década no livro..

Variando com entrevistas de pessoas que conviveram com o casal durante sua jornada em busca do ouro olímpico e a narração da própria Kat sobre os fatos, vemos os bastidores de uma vida marcada pela obsessão: pelas vitórias e pelo amor um do outro.

Perfeito para quem gostou de "Daisy Jones and
The Six" e entende a dor por trás de "Eu, Tonya". E para quem conhece Sasha Trusova, saiba que a icônica frase "vitória é o 1° lugar, todo o resto é uma derrota" poderia muito bem ser o lema de Kat Shaw.

Os paralelos entre a história original e essa releitura ficam muito claros no passar da história... Mesmo contando com um final feliz e coerente, terminei o livro aos prantos.

Não é um romance, é uma história de amor, medo, obstinação. Dizer que é uma montanha russa de emoções é pouco para esse livro.

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Aos fãs da escrita de Taylor Jenkins Reid: eu tenho a indicação perfeita para vocês e foi o melhor romance que li no ano!

Katarina e Heath cresceram juntos. Desde a infância deles, extremamente conturbada, eles só tem um ao outro e se agarram a esse sentimento como se fosse um bote de salvação. Mas e quando esse sentimento beira a obsessão? E quando o amor vira ódio?

•Heath ama Kat, incondicionalmente. Mas, muitas vezes, podemos ver que esse amor beira a obsessão. O fato dele ter um passado traumatizante acaba interferindo e muito nessa dependência que ele acabou por adquirir em relação à ela. Tendo crescido juntos, eles superaram todas as adversidades, tendo o apoio um do outro, até chegarem à fase adulta. Mas tudo muda conforme Kat ambiciona mais para sua vida.

•Eu definiria Heath e Katarina com duas palavras: intensos e obcecados. Heath é obcecado por Kat e Kat é obcecada pela patinação. Uma hora, eventualmente, esse desequilíbrio iria se tornar insustentável. E é exatamente essa dinâmica que iremos acompanhar no decorrer do livro.

•O sonho de Kat é ser campeã olímpica. E o de Heath? Bem, ele quer estar onde Kat estiver. Entendem como isso é perigoso? O relacionamento deles é conturbado e nada saudável. Mas além disso, a autora consegue dar tons cinzentos aos seus personagens. Eles não são altruístas, longe disso, e mais fazem mal do que bem um ao outro. E sim, querido leitor, eu, ainda assim, me peguei torcendo por eles.

•A forma como a autora foi intercalando o ponto de vista de Kat, contando a sua versão dos fatos, com os trechos das entrevistas (onde vemos os povs dos outros personagens), fazem o leitor ficar ávido por mais! Eu não conseguia parar de ler. Me pegava ansiando pelas perspectivas dos outros personagens, justamente para saber se a nossa protagonista estava sendo uma narradora confiável ou não. E o mais divertido nesse formato é que nenhum deles é confiável! Todos são falhos e apresentam, de alguma forma, uma opinião enviesada.

➪Eu simplesmente amei o livro e indico para os leitores que gostaram de:

Daisy Jones & the Six
O Morro dos Ventos Uivantes
De Lukov, com Amor

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A premissa e tudo o mais sobre o livro me deixou com um hype bem alto para a história. Ela começa muito bem e vai muito bem até pouco depois da metade. O terceiro ato é realmente meio ruim, o final é descaracterizado dos personagens onde a autora se inspirou e se até então eles agiam de formas BEM SEMELHANTE aos personagens de O Morro dos Ventos Uivantes, as escolhas finais se tornam completamente fora do personagem e isso me deixou desanimada no final.

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Essa não é uma história fofa sobre dois patinadores apaixonados deslizando rumo ao ouro olímpico…

Katarina Shaw é uma protagonista forte, determinada e por vezes implacável. Ao perder a mãe ainda bem pequena, ela encontrou consolo assistindo a lendária Scheila Lin conquistar o ouro. A partir daí, sua vida ganha um único propósito: vencer. Acompanhamos sua história por meio de uma estrutura inteligente e bem diferente em formato de documentário, dez anos após sua última apresentação ao lado do enigmático Heath Rocha, seu parceiro de gelo e de vida.

Heath, é apresentado como o garoto retraído que surgiu em sua vida quase como um acaso do destino. Um menino sem raízes, vindo de lares adotivos, que encontra em Katarina seu porto seguro, ou talvez sua prisão. Ele se dedica inteiramente à patinação, não por ambição própria, mas para continuar ao lado dela. O resultado? Uma parceria impecável no gelo e um relacionamento marcado por uma dependência que beira o tóxico.

É inegável que a autora constrói uma protagonista feminina profunda, cheia de falhas e convicções inabaláveis, o que é, ao mesmo tempo, seu maior acerto e talvez seu maior erro. Katarina comanda a história com mão de ferro, e por vezes parece que tudo gira em torno dela: os treinos, os sacrifícios, os sentimentos...

Heath, apesar de essencial, permanece à sombra, pouco explorado e merecia mais espaço. Sabemos pouco sobre seus pensamentos, sobre sua dor e quando finalmente temos algum vislumbre sobre, já estamos no fim da história.

A ambientação é um dos grandes trunfos do livro. A descrição das coreografias, a atmosfera das competições e os bastidores da patinação artística são incríveis e bem desenvolvidos. A narrativa intercala trechos do presente com entrevistas de um documentário sobre os dez anos desde a última apresentação do casal, criando um clima envolvente e cinematográfico. Através dos relatos de ex-treinadores, competidores e amigos, vamos montando o quebra-cabeça sobre a vida de Katarina e Heath, o auge, a queda e tudo que ficou no meio do caminho.

A inspiração em "O Morro dos Ventos Uivantes" fica clara à medida que a relação entre Kat e Heath se torna cada vez mais destrutiva. Ele gira em torno dela, enquanto ela quer brilhar sozinha, ou melhor, quer vencer, a qualquer custo. E embora seja fácil torcer por sua trajetória e reconhecer sua garra, também é inevitável notar o quanto ela passa por cima de tudo (e todos) para alcançar seus objetivos.

Por fim, o excesso de drama(totalmente desnecessário) e reviravoltas abruptas (também desnecessárias) nos últimos capítulos me deixaram frustrada e decepcionada.

Os Favoritos entrega o retrato de uma mulher que não pede desculpas por sonhar alto e, principalmente, por colocar seus objetivos à frente de qualquer romance. Talvez o título engane: este não é um livro sobre um casal favorito, e sim sobre uma protagonista imparável que se recusa a ser coadjuvante na própria vida.

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