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Vou começar falando o obvio: esta resenha é sobre o segundo volume da série “Covenant”, a série de fantasia da conhecida Jennifer L. Armentrout e que jogou holofotes nela. Falei bastante sobre o contexto e sobre como essa série, já encerrada e publicada entre os anos de 2011 e 2013, com 5 volumes e 3 contos, e até então inédita no Brasil, chega agora pela Editora Bloom em edições que trazem todos extras, então obviamente falarei sobre acontecimentos do primeiro livro, “Meio-sangue”, o qual você pode ler minha resenha SEM SPOILERS clicando AQUI. Dito isso, vamos ler mais um livro que entrega tudo que a gente quer porque a Jennifer sabe entregar tudo que as bookstans adoram.
De volta ao Covenant, a escola para os descendentes dos Deuses, chegamos a conclusão que o lugar está falhando miseravelmente em manter seus estudantes em seguranças porque claro que mais um ataque de daímônes acontece já nos primeiros capítulos e dessa vez na escola, sempre a ameaça ao qual nossa mocinha linda e cabeça-dura Alexandria “Alex” Andros está enfrentando: sendo a segunda Apôlion (que sequer deveria existir), a trama politica começa a se formar com muitos acreditando que ela deveria ser entregue a servidão, o outro único caminho que dão aos meio-sangue, como ela, a se terem.
A sociedade dos descendentes dos Deuses parece não querer aceitar mudanças e por mais que a politica não seja o foco dessa série, me chama muito a atenção como realmente como aqueles que se sentem confortáveis em seus lugares na sociedade não desejam que ela mude porque bem, está ótimo para eles. Alguns já parecem querer começarem a mudar e evitar essa escolha esdruxula para os que são meio-sangue, mas ainda inserida neste contexto, Alex por diversos momentos é apavorada de ser entregue a servidão, e neste livro temos a ameaça mais concreta do que no primeiro volume. Os puros, os descendentes diretos dos Deuses, em seus lugares de privilegio, estão só preocupados em se manterem assim – mas então a escola recebe a vistas das Fúrias, que chegam com a missão de acabarem com qualquer ameaça. Parece que tudo está se complicando, e por mais que Alex goste de sair distribuindo socos e chutes, para o leitor começa a ficar obvio que há uma certa trama por trás de tudo (e eu já tenho minhas apostas) que continua acontecendo. A chegada das Fúrias foi realmente o ponto alto do livro para mim e tudo que se desenrolou a partir delas, principalmente o Conselho Superior, chegado única e exclusivamente para julgar tudo que está acontecendo e porque os Deuses estão se metendo em coisas que normalmente não se metem, já dando indicações do que podemos esperar pela frente nos próximos livros.
A ligação de Alex com Seth continua a se desenvolver, cada vez mais forte. Sem conseguir dormir por causa de pesadelos horrendos que teve com a morte de sua mãe que foi transformada em um daímôn, os monstros que parecem vampiros (mas não são, só mordem e causam dor!) e mordem para sugar o éter dos descendentes dos Deuses, Alex se pega chocada ao descobrir que consegue dormir muito bem ao lado do convencido rapaz (lembrem-se: esta série foi escrita no começo dos anos 2010, ou seja, temos a boa e velha fórmula de triângulo aqui, hein) que insiste em aparecer do nada em torno dela. E foi nessa parte que fiquei entediada na trama porque todas nós sabemos que como o triângulo vai terminar. Entretanto, as cenas de Alex e Seth são ótimas, principalmente as que eles treinam – e treinam muito mesmo. Seth também salva Alex mais de uma vez em momentos exatos, e quando falo “salvo”, não quero dizer que ele salva a vida, mas sim em momentos que ela realmente precisa de alguém, tanto que quando Aiden St. Delphi, o verdadeiro amor da jovem, decide que não há como investir naquilo porque o relacionamento deles é literalmente proibido, já como ele é um puro e ela “só” uma meio-sangue, e a empurra, ela decide… bem, vocês podem imaginar o que vem por ai. O livro termina sendo repetitivo neste aspecto, principalmente para os fãs da autora que já entenderam como as protagonistas dela funcionam.
No meio da confusão sentimental e o luto pela mãe, Alex vai enfrentar outra perda muito, muito grande em sua vida, algo que realmente espero que tenha impacto e não seja resolvido com o poder do amor ou de uma bela pegação – porque isso me irrita demais. É como jogar um enredo forte no lixo simplesmente falando para o leitor não prestar atenção porque o trauma e dor pode ser esquecido se você dormir em braços fortes e deliciosos. Enquanto escorrega nesta parte da trama, tudo que veio com o Conselho para julgar os meio-sangue é simplesmente ótimo de ler porque realmente a sensação de perigo vai aumentando, dando a certeza a Alex que ela não pode confiar em praticamente quase ninguém e que pode terminar sendo somente uma serva, ainda mais se continuar agindo da mesma forma.
Terminei me adiantando e não falando as coisas em ordem cronológica neste livro que foi sim, bom, mas confesso que gostei mais do primeiro, mesmo com uma trama mais pesada neste volume, e acho que muito também veio da própria Alex, que parece ter aprendido zero com seus erros. Ela insiste em continuar manter o pé e fazer coisas que não deve, insiste em continuar falando quando não deve e insiste em continuar desafiando todo o conselho, o padrasto, o tio e quem mais aparecer na frente dela pelo simples fato de que ela pode. Ainda sem consciência de que a menor de suas escolhas pode levar quem aos maiores perigos, Alex vai aprender neste livro que ela precisa amadurecer, e é isto que espero para o próximo volume: uma protagonista mais madura, o fim do triangulo (tô sonhando, me deixa) e, principalmente, a compreensão dos sacrifícios que estão fazendo por ela.
A edição do livro ainda traz 5 cenas extras depois do final da trama: uma cena entre com o ponto de vista de Seth, uma cena deletada entre Alex e Aiden, duas cenas com o ponto de vista de Aiden e ainda uma cena que nos mostra que um determinado casal é realmente feito um para o outro (e não falarei qual neste resenha por motivos óbvios de spoilers, mas digo que vocês irão realmente gostar!). Esses extras continuam dando uma sensação de amplitude na trama e é sempre bom ver um protagonista masculino morrendo de amor pela protagonista feminina pelos motivos que ele criou na cabeça dele.
Lembrando que o terceiro volume, “Divindade”, já está em pré-venda para 20 de maio (clique AQUI e garanta o seu sem brindes porque estes já esgotaram!) e o quarto, “Apôlion”, também já está em pré-venda para 10 de junho (clique AQUI e garanta o seu com brindes, corre!), ou seja, toda série deverá estar completa no começo do segundo semestre aqui no Brasil – e com resenha aqui no site também!