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Eu estava com medo. Pura e simplesmente com medo. Depois de ler o primeiro livro (que vocês podem ver minha resenha aqui) e ter amado mais do que eu pensei que amaria, eu estava realmente com medo do que me esperava no segundo livro. Tanto pela forma como o primeiro terminou, como o que poderia vir a acontecer. Mas, além do medo, eu estava ansiosa. Mal via a hora de colocar minhas mãos em “Keeping 13” e quando coloquei não consegui largar até terminar.
E aqui fica meu aviso: essa resenha pode conter spoilers do primeiro livro.
Quando o primeiro livro termina, nós não temos sequer uma ideia de como poderia acontecer um final feliz: a lesão de Johnny se complicou ao ponto de ele ter que fazer uma segunda cirurgia e Shannon voltou para casa depois de uma viagem com o colégio apenas para ser espancada pelo pai a ponto de quase morrer e ir parar no hospital.
Quando o livro começa, com Shannon em um hospital e Johnny em outro, Johnny está desesperado para saber de Shannon porque quando a garota contou a ele que era o pai quem a agredia, ele ainda estava dopado de remédios, então ele tem certeza de que tem algo envolvendo o pai dela que ele precisa saber, porém não sabe o que.
Até que ele descobre que ela está internada por causa da agressão tão forte que sofreu e faz o inferno na vida de todo mundo no caminho dele – incluindo os pais – para ir até ela e ver como ela está. Enquanto isso Shannon está lidando com a recuperação e com a volta de uma pessoa para a vida dela que ela nem sequer queria que voltasse.
Para ser bem honesta, não era só Shannon que não queria que essa pessoa voltasse, mas eu também não – pelo menos não para ser do jeito que foi, mas não vou me aprofundar nisso porque não quero dar spoilers desse livro em si.
Shannon, quando volta para casa, tem que lidar com as mentiras que tem que contar para as pessoas que seriam capazes de ajudar ela por puro medo que ela e os irmãos sejam levados para um abrigo, para que fiquem todos juntos e não aconteça com eles o que aconteceu com o irmão mais velho, que serviu para traumatizar tanto Shannon quanto Joey.
E, como eu mencionei acima, Johnny estava virando a cidade abaixo para dar um jeito de conseguir ajuda para Shannon – e para os irmãos mais novos da garota e para Joey também. Enquanto isso Joey, provavelmente abrindo a entrada para o próximo livro (“Saving 6”) tomou um caminho completamente diferente do que eu esperava, mas que me fez gostar ainda mais dele.
Fazia muito tempo que eu não passava tanta raiva com algum personagem como estava passando com a mãe de Shannon nesse livro. Eu consigo entender o ponto de que ela era uma vida de um abuso continuo que passava com o marido, mas tinham coisas que ela fazia que me deixavam questionando até onde ia a sanidade dela, sinceramente. Ela me pareceu em vários pontos completamente desconexa da realidade.
Eu sei, porque já vi por aí, que a maior reclamação referente aos livros de “Os garotos de Tommem” é o tamanho deles porque “não é possível que um livro de romance precise ser tão longo assim” e eu mesma era uma pessoa que, antes de ler, pensava que não tinha motivo para tanto, mas na verdade tem sim.
Se você quer que uma história tenha profundidade nas coisas que pretende contar, que não passe apenas de um drama para desenrolar o relacionamento, mas também para desenvolver personagens e apresentar mais sobre como eles são, você precisa de espaço para isso e é isso que Keeping 13 nos propõe e entrega com maestria.
Você passa a se importar de verdade com aqueles personagens, principalmente quando vê eles crescendo emocionalmente. E digo isso principalmente por Shannon. No primeiro livro eu gostei dela, mas no segundo, ela está espetacular. Parece que passar pelo que passou no primeiro abriu espaço para que ela finalmente se abrisse e aceitasse a ajuda que ela precisava.
No começo do livro nós ainda vemos muito daquela passividade que ela apresenta no primeiro, o que faz todo sentido, com o medo que sente do pai e que ele volte para aterrorizar ela e terminar o que começou no primeiro livro. Mas então ela começa a ficar mais forte para se impor e principalmente para buscar por ajuda.
O que me leva ao que falei de Joey acima: ele tem uma virada enorme. Finalmente deixando sair de dentro dele toda a mágoa e tristeza e raiva que tem, não apenas do pai, mas principalmente da mãe que acompanhou tudo que eles passaram e sempre escolhia o lado do homem e trazer ele de volta para a vida deles. Eu confesso que fiquei surpresa, esperava um desenvolvimento desse tipo no livro dele, mas imagino que agora no livro dele vai ser ainda mais.
E claro, eu não podia deixar de falar principalmente de Johnny. Vi muitos comentários aqui e ali sobre as coisas que ele fez nesse livro, sobre como ele ficava se “intrometendo” na vida de Shannon e da família dela, mas eu sinceramente não entendo como isso pode ser visto como algo ruim. Tudo que ele fez, se ele não tivesse feito, eles provavelmente estariam ainda naquela situação terrível que estavam ou talvez fosse um final ainda pior.
Eu adorei a forma como o relacionamento de Shannon e Johnny foi desenvolvido a partir do momento que eles aceitaram que queriam ficar juntos, porque dali em diante, não teve mais nenhum drama sobre o relacionamento em si, só pelas coisas que os dois estavam passando.
Isso sem contar no próprio Joey também, que como eu falei já bastante dele, tudo que eu sentia por ele era vontade de colocar ele em um potinho e proteger de tudo de ruim que estava acontecendo. Eu tenho certeza de que Saving 6 vai acabar comigo e com força.
Eu recomendo muito, se você gosta de romances bem escritos e bem desenvolvidos, que você dê uma chance a “Keeping 13”, eu tenho certeza de que você não vai se arrepender.

O primeiro volume da série, Binding 13, me deixou com o coração na mão, sem saber o que iria acontecer com a Shannon. Então, é exatamente desse ponto que Keeping 13 se inicia. Em uma cena, inclusive, me deixou temendo pela vida da nossa Shannonzinha.🥺
💔Chloe Walsh não nos poupa de sofrimento. Isso é um fato. Ela vai estraçalhar o seu pobre coração, querido leitor, sem dó nem piedade. Mas fique tranquilo, porque assim como ela vai maltratá-lo, ela também trará a cola para juntar todos os pedacinhos.🩹
A leitura de Keeping 13 foi uma montanha-russa de emoções. Eu chorei (e como!), me diverti com os momentos mais leves nos quais vemos todos os personagens interagindo e fazendo coisas bobas de adolescentes. Esses momentos são leves e divertidos, e trouxeram aquele alívio entre as cenas mais dramáticas.
Eu diria que a autora soube dosar as duas coisas na medida certa e isso foi um alívio. Além disso, nesses momentos também podemos conhecer mais dos personagens secundários, que, futuramente, terão seus próprios livros na série também.
Não quero dar spoilers, para não estragar a experiência de ninguém. Mas quero dizer que essa série ficará guardada no meu coração com muito carinho, porque me encantei de tal maneira pelos seus personagens e pelas suas histórias, que é como se o meu cérebro entendesse que eles, de fato, fazem parte da minha vida. Eu me importo, torço e sofro por eles, assim como também fico feliz com suas conquistas. E tudo isso é mérito de Chloe Walsh que conseguiu criar personagens complexos e soube explorar suas emoções e dramas próprios, tornando-os assim tão reais.
Eu amei este segundo livro da série, assim como amei o primeiro e pretendo sim dar seguimento a esse esquema de pirâmide, que agora acompanhará Joe Lynch, o irmão da Shannon. Estou com medo? Definitivamente. Estou aterrorizada. Mas estou preparada com lenços em mãos e uma cola para o coração.
Se você ainda tem alguma dúvida se deve ou não começar a série, eu apenas digo o seguinte: apenas leia!❤️