Skip to main content

Member Reviews

Eu queria em primeiro lugar de tudo agradecer a editora Paralela por ter liberado o livro antes do lançamento para ser lido e pelo convite para uma cabine com o autor do livro, Felipe. Foi uma experiencia maravilhosa não só a leitura, mas também conhecer Felipe que é uma pessoa sensacional.

Já pretendia ler o livro de todo jeito, mas foi muito bom ler ele assim com um incentivo a mais.

Em “Os dois amores de Hugo Flores” nós conhecemos mais de Hugo (claro) e sua enorme paixão e amor por trabalhar. Algo que é recorrentemente falado no livro, sobre como ele está sempre preocupado só com o trabalho e com ter uma carreira ótima que possa tirar melhorar a vida de seus pais lá em Fiofó do Oeste (vou falar mais sobre o nome da cidade depois) enquanto ele mesmo mora na cidade grande.

E assim ele está em uma empresa que está passando por uma mudança: depois de quase falir, a empresa que ele trabalha está agora contando com a ajuda de uma mulher chamada Veronica para colocar tudo nos eixos, ele se vê próximo cada vez mais do lançamento de um aplicativo “Rapposo” que ele idealizou a sua vida inteira depois de ter lido “O Pequeno Principe”.

“Rapposo” é para ser um aplicativo onde as pessoas “se cativam”, com o algoritmo trabalhando para que as pessoas encontrem pessoas que gostem das mesmas coisas que elas e criem assim uma amizade profunda – coisa com a qual Hugo batalha bastante em conseguir, sem ter uma amizade durante a juventude e com uma amizade agora que ele nem considera tanto o sentimento assim: com as duas colegas de quarto dele, além dos colegas da empresa, é justamente como ele os vê – como colegas.

Então quando Veronica chega mudando tudo, incluindo o setor onde ele trabalha, deixando apenas ele e mais dois colegas, não é muita surpresa que ela queira que o aplicativo mude sua finalidade: ao invés de pessoas criarem laços de amizade, ela quer que o aplicativo funcione para que as pessoas encontrem outras pessoas que queiram a mesma coisa que elas: seja um sexo casual, um relacionamento duradouro, tudo assim. E é aí que começa a confusão para Hugo.

Por ter passado a maior parte de sua adolescência focado nos estudos e em sair de Fiofó do Oeste, Hugo não tem muita experiencia – leia-se: não tem experiencia nenhuma – em relacionamentos amorosos. Nunca beijou, nunca transou com ninguém, nem nada do tipo. E é no meio de um surto de nervos em que ele vai até o telhado gritar que não sabe transar (uma cena que me arrancou muitas risadas, aliás), que ele começa a conversar com João, que todos na empresa chamam de JB, e que ele acha que não passa de um cara arrogante e metido.

É claro que isso não poderia estar mais errado, mas isso é algo mais para o meio do livro e eu não posso e nem vou dar spoilers, porque vale a pena completamente a leitura dessa maravilha.

Falando sobre o Hugo, no início eu confesso que estava meio incomodada com o fato dele estar tão cego quanto ao que acontecia no trabalho, mas parando para pensar, muitas pessoas ficam assim – incluindo eu, querendo acreditar no melhor e que as coisas não são tão ruins como outras pessoas estão pintando. Principalmente em relacionamentos abusivos é o que acontece e, convenhamos, o relacionamento de Hugo com o trabalho é completamente abusivo.

Mas nós vemos durante o livro também o desenvolvimento dele, a forma como ele começa a perceber as coisas e como ele começa a se abrir para outras coisas que pensou que não teria antes. Eu gostei muito da personalidade dele e eu consigo entender o querer ser perfeito e fazer tudo certo para melhorar a vida das pessoas que importam para ele.

E não só o Hugo é um personagem apaixonante, como o próprio João também é. Mas, além do interesse amoroso, eu simplesmente fiquei APAIXONADISSIMA pelo Jairo. Jairo é um colega de trabalho de Hugo, não um interesse amoroso e nem nada, mas um personagem cativante demais e engraçado demais, queria ter visto bem mais dele.

Além dos dois, vale a pena mencionar também as amigas e colegas de quarto de Hugo: Agnes e Jamille. Elas são absolutamente o oposto uma da outra em questões de ver a vida, o que torna toda a dinâmica do trio bem gostosa e divertida de ler e acompanhar.

Agora sobre o que eu disse do nome da cidade: Fiofó do Oeste. Eu achei engraçadinho demais, mas amei mais ainda esse nome quando nos agradecimentos li o que Felipe falou sobre a ideia de ter colocado esse nome para não nomear a cidade de onde ele veio e nem colocar esse “peso” na cidade do interior de nenhuma outra pessoa que lesse esse livro. Simplesmente maravilhoso.

Aliás, queria comentar aqui que eu não li (ainda) “Gay de Família”, mas pretendo ler e para quem leu: tem um pequeno crossover. Não vou dizer de quem e nem como, mas eu achei engraçado e fofinho e só de ler essa cena já fiquei com vontade de ler o livro sobre tal personagem que aparece.

Se você gosta de comedias românticas que são cheias de representatividade (o que num mundo ideal seria TODAS), leia “Os dois amores de Hugo Flores” e vem amar junto comigo todas as nuances de Hugo e todo o caminho que ele faz enquanto tenta se encontrar. Garanto que você não vai se arrepender.

Was this review helpful?

Felipe Fagundes me ganhou como fã com o Livro Gay de Família, aí chega o segundo livro e ele me ganha novamente na primeira frase, mas se engana quem vai esperando um Gay de Família 2, Os Dois Amores de Hugo Flores é bem diferente, mas nem por isso menos maravilhoso.
Hugo é daqueles personagens que quero guardar num potinho. Sensível, inteligente, mas inseguro, tentando descobrir seu lugar no mundo, tentando se descobrir, naquele momento da vida que a gente quer agradar todo mundo e esquece que a gente tem que pensar na gente também. Hugo é menino do interior de Fiofó do Oeste, que foi para cidade grande brilhar, e encontra em Verônica Rico sua grande oportunidade.
A vida de Hugo e sua paixão pelo trabalho, sua sede de sucesso, seu vestir a camisa, como ele vive tudo isso intensamente é uma análise muito boa das nossas relações com o trabalho, e o equilíbrio que buscamos com nossas vidas pessoais, ou a falta de equilíbrio, né? Eu me enxerguei em diversos momentos da minha vida profissional, e ao ver Hugo passar por algumas situações fiquei pensando, Deus como fui trouxa. E como é bom ler isso num livro e poder rir da vida. Sem contar todas as situações de só quem vem do interior pode entender. E minha cidade tá ali no livro, que honra!
O que eu mais gosto na escrita do Felipe é o senso de humor, a capacidade de tratar de assuntos sérios sem torná-los maçantes, fazer com que a gente pense em diversas situações de forma leve, e aprendendo com isso. E ele ensina que nem todo gay é o mesmo gay, e já tô doida pra conhecer todos os gays que ele quiser escrever. Já pronta pra próxima aventura de Fiofó do Oeste pro Mundo inteiro!

Was this review helpful?

Felipe Fagundes sabe como ser engraçado. Tive a oportunidade de ler um ARC do seu novo romance, "Os dois amores de Hugo Flores", lançamento de maio da Editora Paralela, e foi um deleite. Estava com saudade desse universo desde que maratonei Gay de Família e Um Conto Gay de Natal, além das histórias dos Dioguinhos no blog do Felipe. E. olha, valeu a espera.
A gente acompanha a história de Hugo, um workaholic que trabalha em uma empresa de TI e que está fazendo o possível para criar um aplicativo que conecta pessoas. Só que quando Verônica, uma CEO bem pancada das ideias, chega pra botar ordem na empresa, seu projeto para conectar pessoas acaba se transformando num aplicativo de pegação. E pra Hugo, que ainda não faz parte desse mundo, ver sua ideia se transformar desse jeito só vai levar a uma coisa: surtos e surtinhos.
Com pegação no banheiro de balada, cachorros encapetados e muito humor, Felipe nos leva a refletir: vale a pena lutar tanto por algo que vai acabar com quem eu sou por dentro?
Os dois amores de Hugo Flores estará disponível dia 20 de maio de 2025 em todas os lugares que você compra livros (mas eu recomendo você comprar na Kobo).

Was this review helpful?