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Sobre o amor foi escrito em 1822, e trata-se de uma análise aguçada e divertida de sentimentos e experiências humanas sobre esse sentimento tão complexo. A obra, que passa longe de um romance ou de um texto poético, traz pequenas reflexões sobre a mente humana envolvida em uma paixão, bem como tenta explicar esse afeto fundamental por meio do fenômeno da "cristalização", ou seja, a imobilidade, incapacidade de agir e raciocinar, de uma pessoa, na presença do ser amado.
Stendhal escreveu esse pequeno tratado filosófico após uma desilusão amorosa, fazendo de suas dores, boa escrita.
Seguem algumas frases retiradas do livro, que merecem destaque:
- A partir do momento em que ama, o homem mais sensato não vê mais nenhum objeto tal como ele é. Exagera para menos suas próprias qualidades, e para mais os menores favores do objeto amado.
- Muitas vezes a melhor decisão é esperar, sem pestanejar, que o rival se desgaste junto ao objeto amado, por sus próprias bobagens. (EU RI)
- Uma mulher de espírito não ama por muito tempo um homem comum.
- Desesperado com a desgraça a que o amor me reduz, amaldiçoo minha existência.
-Na picuinha, ninguém está nem um pouco preocupado com o objetivo aparente, só se trata de vitória. É o que se vê nos amores das moças da Ópera; se você afasta a rival, a pretensa paixão, que ia ao ponto de se jogar pela janela, desaba imediatamente.

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